30 de junho de 2011

Crônica de uma morte anunciada

Pois eu ultimamente vinha criticando o Renato. Até caí de pau nele no post do último jogo. E me incomodava com os idólatras que se recusavam a ver erros no Renato. Sei que é difícil separar o ídolo do funcionário do clube, mas é dever de consciência fazer isto.

Renato foi um grande treinador o ano passado, o que mostra que competência ele tem. Renato se enredou este ano.

Eu tenho algumas teorias sobre as causas:

Renato tem um temperamento debochado, é boa pinta, foi um dos maiores craques do Brasil, é o maior ídolo do Grêmio, não leva desaforo para casa.

Odone é um político medíocre, é presidente do Grêmio pela terceira vez e sonha desesperadamente em chegar ao nível do Hélio Dourado e do Fabio Koff. No fundo ele sabe que nunca chegará lá. Sabe que não chegará nem perto. Odone é orgulhoso e é invejoso. É dono dos dois piores pecados capitais. Se para ele é terrível estar abaixo de Koff, de Dourado, do Seu Petry, do Fernando Kroeff e outros gremistas ilustres, ficar atrás do treinador do time no carinho da torcida era insuportável. Por esta razão ele não o queria no início do ano. Por esta razão ele não fazia nada para ajudar no vestiário. Por esta razão ele esperava o melhor momento de se livrar do inimigo.

Este momento foi chegando. Muito por culpa de Renato. De uns tempos para cá ficou visível que Renato estava a cada dia mais incomodado e, fruto de seu temperamento, mais desafiador. Começou a não respeitar hierarquia muito além do que é seu normal. Começou a reclamar em público. E, pecado dos pecados, resolveu desafiar a torcida. Era a torcida pedir um jogador e ele colocava outro. Era ver a preferência por um esquema e lá vinha ele com outro sem treino nenhum. No fundo Renato queria sair. E conseguiu.
Odone, que espreitava jogou Renato e AVM no matadouro ontem à noite e, depois, de surpresa, apareceu para dar entrevista desautorizando tudo o que os dois haviam dito.
E tudo aconteceu como ele planejou.
Só teve uma falha no script: AVM se agarrou ao cargo. Não pediu para sair. Qual o próximo passo de Obinodone em relação a ele?
Enquanto isto, ele já foi atrás de treinador por conta e risco e não será surpresa se desembarcarem Roth e Pelaipe.

Quem virá?



Renato deve mesmo deixar o comando técnico do Grêmio. Em respeito ao nosso maior ídolo, não faremos análise sobre a sua saída. Tudo que tínhamos que dizer sobre sua atuação à frente do time foi dito nos posts pós-jogos. Desejamos toda o sucesso a ele, onde ele estiver. Vejam o vídeo abaixo.



Ponto final.
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São poucos os técnicos de futebol competentes do mercado. Quem estará na casamata no próximo jogo? Esperamos sinceramente que não se reproduza (na casamata e no comando do futebol) uma receita surrada, com discurso surrado. A torcida merece respeito.

29 de junho de 2011

Panela só é boa na cozinha

Grêmio 2  x 2 Avai

Liguei a tv e no canal que abriu pintou a bolinha. Já tem um gol falou o locutor. Era do Avaí. Corri achar o canal e dei uma passada de olhos no campo. Eles estavam lá. Rafael Marques, Lúcio e Gabriel. A panela estava completa.

O primeiro tempo do Grêmio pode ser definido com uma palavra: ridículo. Os três queridinhos não jogaram nada. Douglas tinha hoje os pedidos avantes para pifar, como diziam seus fãs. Não pifou ninguém. Magrão, estou me convencendo, é quase ex-jogador. Lúcio pode ser definido como podre. André Lima totalmente fora de jogo e Leandro tentando uma jogada aqui e outra ali.

Sobrou Marcelo Grohe com duas grandes defesas. E a sorte é que o avante deles é o Batoré. Não fosse isto e a situação ao final do primeiro tempo seria muito mais dramática. Para completar o quadro, um bandeira ordinário sonegou um gol legítimo na única bola parada que o time aproveitou nos últimos 3 meses.
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O segundo tempo começou um pouco mais parecido do que deveria ter começado. Lúcio não voltou. Aos 2 minutos o ladrão resolveu se redimir do gol roubado e expulsou um do Avai por uma cotovelada meio duvidosa. Aos 6 minutos, com um a menos o Avaí fez o segundo numa jogada bisonha do Roca. Até ele está contaminado.


Miralles entrou no lugar de Magrão e mostrou que poderá ser muito útil. Isto, é claro, se houver mudanças profundas no vestiário e na diretoria. Não que eu tenha esperanças de que isto venha a acontecer. O Grêmio perdia gol, mas o Avaí com 10, perdia igual número ou mais.

Aos 26 pênalti em Escudero que lutava como um leão. Gol de Douglas, não sem antes ter que repetir a cobrança. Aos 30 Douglas foi expulso pelo larápio safado. Reclamou, tomou amarelo. Bateu palmas. Foi expulso. Mais uma vez prejudica o time. Contradição? Não. Ele deveria saber que o juiz estava louco para expulsar um do Grêmio.


Uma dura lição. Na vida tem sempre que escalar os melhores. Amigos, queridinhos, simpáticos, bonitinhos são para o convívio nas horas de lazer. Pena é que duvido que o empate servirá para alguma coisa produtiva. Há algo de muito muito podre no reino do Olímpico.

Rafa Marques, tem muita sorte e empatou no fim.
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Como Jogaram

Marcelo Grohe: Poderia ser escolhido como o melhor do Grêmio apesar de levar dois gols, para terem idéia do que foi o time hoje.
Gabriel: ridículo. Deve ter deixado o futebol do ano passado escondido em algum lugar.
Mário Fernandes: Joga muito mais na lateral.
Rafael Marques: O peixinho tem muita sorte.
Bruno Colaço: Medíocre, como esperado.
Rochemback: Perdido no meio dos paneleiros parece cansado de jogar sozinho.
William Magrão: Ridículo.
Lúcio: Mais do que ridículo. Quase um ex-atleta.
Douglas: Ridículo. Provocou o juiz e foi expulso quando o time esboçava reação.
Leandro: Correu, se esforçou
André Lima: É centroavante. Mesmo sem ritmo de jogo fez um gol mal anulado.

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Escudero (Lúcio): Até eu jogaria melhor que o Lúcio. Mostrou indignação com a derrota. Cavou pênalti.
Miralles (Magrão): Muito participativo.
Roberson (Leandro): Sem tempo.

Renato: Seus defensores intransigente e incondicionais terão que fazer milagre esta semana.

Trio de arbitragem: jogo do Grêmio sempre tem juiz das grotas. O ladrão de hoje é de Pernambuco.

Um jogo fácil?

Eu falei nos comentários do blog que não há jogo fácil para o Grêmio nos dias de hoje. Poderia ter dito que no Campeonato Brasileiro não há jogo que em tese seja fácil. Os contra times da ponta de cima por razões óbvias. Os contra os times do fundo pelo desespero destes. Não se esqueça o fato de que hoje não há diferenças profundas entre nenhum time. Nem os melhores têm super craques nem os piores têm apenas perebas. Acabou-se há tempos esta época.
Os jogos podem, inesperadamente tornarem-se fáceis, como foi o jogo dos "mano" contra os "bambis" domingo. E os jogos podem se tornar inacreditavelmente encardidos, como têm sido os jogos do Grêmio nos últimos tempos.
Não se enganem então aqueles que pensam que podem ficar comendo amendoim durante o jogo de hoje ou refestelarem-se no conforto da sala quente assistindo a um passeio. E nem pensem em largar o amendoim para vaiar se demorar para sair o primeiro gol.
O time do Renato tem sim a obrigação de ganhar. Pela posição na tabela e para afastar uma crise que faria a alegria dos isentos baratos. Mas só vai ganhar se suar a camisa em frio próximo de zero grau centígrado e, se especialmente, conseguir jogar bem. Time para isto tem e, melhor ainda, hoje, aparentemente, não haverá invenções. O Grêmio vai com o que tem de melhor e cada um em sua posição. Um 4-4-2 convencional e, que até por isto, será provavelmente eficiente. O que preocupa é a falta de rítmo do André Lima e do Leandro. Mas isto também pode ser superado.

28 de junho de 2011

Espelho, espelho meu!

Uma história para ilustrar a inveja que a Arena está causando em certas pessoas.

Porto Alegre, junho de 2011. A rede elétrica de alta tensão que vai alimentar o mais moderno estádio de futebol em construção na América Latina estava chegando ao terreno do Humaitá. Passaria pelo canto de um quartel da Brigada Militar que, futuramente, será removido do local.

Quando os operários chegaram para fazer a fixação dos cabos entre os postes, dois soldados da PM, cumprindo ordem de superior, de fuzil em punho, ameaçaram atirar se eles se aproximassem do terreno.

Para perplexidade e profundo desgosto do superior, encontrou-se solução: foi erguido outro poste, formando um "V" para desviar a praça de guerra. O custo da inveja ultrapassou R$ 110 mil, uma vez que postes da rede são fixados por estacas que atingem 16 metros de profundidade.

Não se dando por vencido, a tal criatura promete mobilizar os moradores do bairro para impedir a remoção do Posto da Brigada para instalações novas e mais modernas. A inveja é uma m, mas há quem morra disso.

26 de junho de 2011

Quem inventa é... derrotado

22:25 h - Atualizado com lances do jogo
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Botafogo 2 x 1 Grêmio

A ordem ao time para o primeiro tempo parece ter sido: "É proibido ultrapassar a linha do meio do campo". A diretriz valeu até a providência divina (infelizmente) ter machucado Marquinhos. O Botafogo, que não saia do campo do Grêmio, não soube aproveitar mais um momento Pardal do nosso técnico. Com a entrada de Roberson, desmanchou-se a invenção tática. O 3-6-1 foi para o espaço e o time passou a ter chances. Primeiro, com Fernando, que desperdiçou a melhor oportunidade do primeiro tempo, ao chutar mal ao se ver sozinho à frente do goleiro, em assistência (vejam só) de Lins. Depois, em voleio de Lúcio, em bola que o zagueiro tirou da trajetória do gol. Um dos nossos ainda quase fez gol. Foi Rafael Marques, só que este jogando contra. Marcelo Grohe defendeu.

Na etapa final, o jogo se arrastou sofrível. Nos primeiros 25 minutos, tivemos apenas uma chance, em contra-ataque armado e desperdiçada por William Magrão. Então houve a expulsão de Fernando e, na sequência, o gol do Botafogo e a falta de energia elétrica. Na volta, um gol relâmpago do Botafogo, parecia encerrar o assunto. Mas Rafael Marques fez um gol de cone, reavivando a esperança de reação. Contudo, nada mais aconteceu.

O inventor colheu mais um fruto da sua burra teimosia e nós com ele.
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Como jogaram

Marcelo Grohe: Sem culpa nos gols.
Gabriel: Nada fez de produtivo.
Mário Fernandes: O melhor da zaga.
Rafael Marques: Não pode ser titular, apesar do gol de letra.
Neuton: Boa partida até ficarmos com 10.
Fernando: Mal. Serviu cardápio completo: errou gol, errou passes e foi expulso.
William Magrão: Razoável. Puxou um contra-ataque incrível, quando perdeu um gol incrível.
Marquinhos: Saiu machucado, aos 23 minutos do primeiro tempo.
Douglas: Um passe para Magrão e foi só, para nós. Para eles, armou vários contra-ataques.
Lúcio: Está jogando na cota de cascudos, inventada como critério para compor o time.
Lins: Assistiu Fernando um vez e o jogo o tempo todo.
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Roberson (Marquinhos): Sua entrada melhorou o time.
Leandro (Lins): Entrou bem, mas com pouco tempo.
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Renato: Inventor malsucedido reincidente.
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Arbitragem - Jailson Macedo Freitas, com Adailton José de Jesus Silva e José Carlos Oliveira dos Santos: Dúvida num lance sobre Leandro, quando estava 0 x 1. Pareceu que o jogador estava dentro da área. O árbitro marcou fora.
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Adendos do seu Algoz

Shakespeare, se não me engano escreveu uma vez: há algo de podre no Reino da Dinamarca. Pois eu acho que há algo de podre no Reino do Olímpico.
Treinador e diretoria, esquecendo o ensinamento do seu Petry, se bicando nas rádios. Renato escalando um time absolutamente ridículo após apenas 20 minutos de treino.
Como consequência, o que se viu hoje foi uma maçaroca horrorosa.
Eu marquei: até os 11 minutos de jogo Douglas, Marquinhos e Lins não tinham tocado na bola. Se era sorte que Lins não tocasse na bola, os dois meias de ligação zanzando tal qual zumbis no gramado era uma amostra do que estava acontecendo. Foi a lesão de Marquinhos que levou ao desmanche dos nós da maçaroca. Mas aí apareceu a deficiência dos atacantes.
Para variar Douglas causou o contra-ataque que resultou na expulsão do Fernando (que na minha opinião jogou bem, tirando o gol perdido).
É hora de uma de duas coisas: mudanças profundas na direção e na equipe técnica, o que é complicado pela falta de opções de treinadores; ou que todos sentem e resolvam as divergências. Como adultos, sem vaidades e pensando no Grêmio. Seria pedir demais?
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Lances do jogo

25 de junho de 2011

As coincidências da vida

A vida é cheia de coincidências.

Setembro de 2008. O Grêmio estava na ponta do brasileiro. Subitamente o senhor Celso Juarez Roth foi chamado a prestar depoimento na Polícia Federal, para explicar a suposta remessa de dólares ao exterior através de uma empresa que estava sendo investigada. Dentre outros, um pedalado havia feito as mesmas transações. Por sorte pessoal, este e outros que lhe eram lindeiros não foram chamados. Na sequência do episódio, o time, conquistou apenas 2 pontos de 9 disputados e começou a perder terreno no campeonato.

Junho de 2011. Fábio Rochemback é um dos principais jogadores do Grêmio na temporada. É noticiado com alarde que foram encontrados acessórios para rinha de galo em uma fazenda de sua propriedade. Uma autoridade se apressa a informar que a pena para o crime pode chegar a um ano de prisão.

A vida é cheia de coincidências.
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Uma vez mais: bi-bingo

O Gaguinho ligou e perguntou se eu lembrava deste post. Depois emendou:
Ago-gora, lê a última frase do primeiro pro-problema apontado nesta ma-matéria sobre o técnico-avatar do co-côlorado.
Obrigado Gaguinho, pela sua participação.

24 de junho de 2011

Picadinho

Ir a treino para vaiar é o cúmulo do atraso. Vaia, quando necessária, deve ser apenas ao final de jogos em que o time tenha ido muito mal, onde se detecta falta de vontade ou estruturação errada do time.
Mas pode ser que eu esteja enganado. Alguém poderia me informar quais são os benefícios da vaia antes de um treino?
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Foi Mário e Saimon formarem uma dupla de respeito na zaga e Rafa Marques virou manchete. Está pronto para voltar e é a dúvida para domingo. Dúvida para quem paisano? Rafa Marques só joga agora quando houver desfalque ou Mário tiver de ser deslocado para a lateral. Se não for assim, não entendo mais nada de futebol.
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O Botafogo é um time que pode ser batido com alguma tranquilidade. Além de ser fraco está sob pressão da torcida. Se o Grêmio entrar com um 4-4-2, com Escudero ou Roberson no lugar do Lins acho que os três pontos são relativamente certos.
Com a saída do Roca vai acabar jogando William Magrão como segundo volante. Renato deveria amarrar uma corda curta nele para evitar aquelas subidas que deixam a zaga toda desguarnecida. Eu preferiria o outro Magro, o Mateus. Joga mais plantado. Marquinhos deveria compor o meio de campo. Lucio seria lateral ou banco.
No mais é esperar a entrada dos novos e a recuperação dos machucados. Rezando, de preferência.
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Pois o País das Maravilhas está deixando de ser sonho para virar pesadelo. Obras paradinhas paradinhas. Contrato preparado as pressas e há 2 meses sempre faltando 2 semanas para ser assinado. Fala-se já em fechar o remendão por alguns meses. Extensão de mais 6 meses para a colagem final dos remendos.
E se na última hora a empreiteira der para trás?
Isto chama-se exemplo de gestão. Queeeee gestão!
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Alguns blogs insistem na tecla de que Renato está em rota de colisão com a diretoria. Não importa se todos dizem que o assunto está superado. Importa é criar o clima de desavença. Que sejam todos adultos para não caírem neste truque mais do que manjado.

23 de junho de 2011

A coisa por lá está preta feia

O vídeo abaixo, gravado em Pelotas no dia 21/06/2011, teve o link postado pelo leitor Paul Kersey nos comentários desta semana. Vamos dar destaque a ele, porque mostra duas coisas importantes. Vejamos.

Primeira

Escrevemos algumas vezes aqui no blog sobre a falsidade da nova riqueza do aterro, "verdade" alimentada de forma continuada pelos isentos da imprensa barata. Claro, nunca faltaram pessoas para vir aqui, a cada divulgação de informações, para destratar os proprietários do Imortal Tricolor e reiterar que são ricos sim e escrever todo o repertório de palavras "bonitas" que debatedores "cheios de razão" utilizam para fazer valer os seus argumentos.



Como vocês viram e ouviram, Adroaldo Guerra Filho, um homem que conhece até as entranhas do cheira-rio, fala com todas as letras que os salários estão atrasados lá por aquelas bandas. Eu vos digo: se Aod Cunha não tivesse passado por lá e mostrado a eles como se faz contas de mais e menos, o buraco da obra do "estádio da Copa" iria engoli-los, com casca e tudo.

Aliás, o afogadilho com que está sendo feito o contrato para salvá-los da falência pode trazer surpresas quando as suas cláusulas forem (se forem) desnudadas. Registre-se que o silêncio sobre o progresso da parceria é algo espetacular.

Concluindo, a primeira das coisas mostradas pelo vídeo é esta: mais uma vez, o blog tinha informações de boas e confiáveis fontes e as repassou aos leitores.

Segunda

Salários atrasados sempre foi um prato cheio para a imprensa. Agora, vejam só: Guerrinha, um jornalista que vive os bastidores do futebol róseo, afirma com todas as letras numa conversa com torcedores que o clubinho está deixando de comparecer no guichê no dia 5 e não se houve um pio sobre isso fora da informalidade. Isto contraria toda a lógica da forma como a imprensa trabalha.

Esta a segunda coisa importante mostrada pelo vídeo: constata-se, uma vez mais, que a mídia isenta e  barata oculta fatos negativos do seu patrono. Ao menos neste ponto ela está certa. Afinal, é para isso mesmo que ela foi criada.
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Uma palhinha sobre as coletivas

Renato deu coletiva e AVM deu coletiva. O conteúdo está na internet. Na boa, está na hora do nosso técnico ser mais técnico e jogar menos para a mídia. Parece que ele é pago para dizer gracinhas e frases de efeito. Aliás, não esquecemos: foi ele quem entregou jogadores de qualidade muito duvidosa que andaram ou ainda estão por aqui "mastigadinhos" para a Direção. AVM fez bem em colocar as coisas nos seus devidos lugares.
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Adendo do seu Algoz

Passou batido pelo Arigatô, provavelmente porque ele não é dado à má leitura. Mas eu vi a manchete num cantinho do site e fui conferir.
Da notícia, que já vou contar qual é abaixo, dá para ver que o setor da imprensa isento e barato é, também, prestativo e rápido quando precisa. Pois foi o video do Guerrinha começar a circular e está lá a manchete mais rápido do que Corisco:

Inter: salários em dia e bicho até 12 de julho

O interessante é que, mais uma vez, o pudor e a vergonha são jogados no lixo, ou efetivamente não existem. Por que será que do nada surgiu esta noticiazinha safada?

22 de junho de 2011

Modelo Pedro pedreiro

O Grêmio dos últimos anos lembra o personagem do poema musicado de Chico Buarque. Nossos dirigentes parecem ter incorporado, há vários mandatos, o modelo de gestão Pedro pedreiro.

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem.

O presente é a melhor testemunha. Estamos finalizando o mês de junho. Jogadores considerados fundamentais para as pretensões do time acabam de ser contratados. Anuncia-se que outros mais virão. Todos só poderão estrear no mês de julho. A Libertadores da América, principal competição do ano, já se esvaiu e o Brasileiro parece comprometido.

Pedro pedreiro fica assim pensando, assim pensando o tempo passa e a gente vai ficando prá trás.

Talvez no auge do modelo, há não muito tempo e em plena Libertadores, esperamos 45 dias pelo treinador Paulo Autuori. O homem chegou com bagagem de missionário e ticket de primeira classe. Soube-se depois que apenas esperava o dia de voltar pro norte.

Esperando, esperando, esperando, esperando o sol, esperando o trem...

O nível do futebol atual exige dos clubes profissionalismo, planejamento, motivação, qualidade no plantel e treino, muito treino. Sem isso, fica-se entregue aos caprichos do acaso.

Pedro pedreiro espera o carnaval e a sorte grande do bilhete pela federal...

Entrar no mês de julho sem ter sequer o plantel definido é a negação de tudo que se precisa para ter um clube vencedor. Infelizmente, tem sido assim, pelo menos na última década.

Pedro não sabe mas talvez no fundo espere alguma coisa mais linda que o mundo, maior do que o mar, mas pra que sonhar se dá o desespero de esperar demais...

O nosso Grêmio necessita passar por uma profunda reflexão. Os homens de todos os matizes que se sucedem na direção precisam despir algumas peças da vaidade que lhes estufam as silhuetas, debruçarem-se sobre a realidade do clube e pensarem, um pouco que seja, com determinada inteligência e ávida paixão, no bem da nossa Instituição. Sem isso, seguiremos repetindo erros antigos e inventando novos. Ficaremos esperando que nos caia algo no colo, fruto de uma conjunção de acasos que não vêm,
que não vêm,
que não vêm,
que não vêm...

20 de junho de 2011

O mico e o desinteressado



Pois o Grêmio fez um catálogo dos maiores jogadores já formados no clube e não colocou o Dentuço Pilantra. Lá estão Danrlei, Carlos Eduardo, Lucas, Anderson, Douglas Costa, Leandro e Roger. Pelo teor da reportagem o jornalista parece surpreso e não concordar com isto. Você, gremista, acha que deveria estar a foto do pilantra no material?

Aliás, li hoje no UOL: o Flamengo estaria tentando desesperadamente se livrar do elemento na janela de julho. Não conseguiu vender um único patrocínio e ainda viu o sujeito ser impiedosamente vaiado pela torcida domingo. Claro que para sair o A$$i$ vai querer uma compen$ação. Tipo assim, metade do que ele ainda teria para receber nos 2,5 anos restantes. Coisa simples de uns R$ 23 milhões. Afinal, deixar as praias do Rio, os pagodeiros e a "maravilhosa torcida do Flamengo" para trás com certeza provoca um stress e uma tristeza muito grandes.
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Assisti ao jogo do timinho contra o Coritiba. Fico pensando como foram entregar o título do gauchinho para um time tão varzeano. Mas o que chamou a atenção mesmo foram as caras e bocas do Bozo. Cada vez me convenço mais que ele não é mau treinador. O problema é que durante os jogos ele fica tão preocupado em aparecer bem para as câmeras que esquece de olhar a partida.

Aliás, isto me fez lembrar de duas histórias deste homem público impoluto. A primeira, contada pelo glorioso Roberto Gigante, aquela bicha exuberante que não sei se ainda é viva, em entrevista para um jornal gaúcho lá por 1977. Conheci o Bozo" falou ele, quando ele me ligou pedindo para escrever umas notinhas sobre ele na minha coluna. A outra foi quando ele comprou um hotelzinho furreba no centro e ofereceu moradia para o grande Mário Quintana quando o Majestic, onde Quintana morava fechou. Ofereceu e correu a divulgar na imprensa. Para ele não tem almoço e nem palito grátis.
No fim, o empate foi bom. Garantiu mais umas 2 rodadas para ele.

19 de junho de 2011

Gosto amargo

Atualizado com lances do jogo.
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Grêmio 1 x 1 Vasco da Gama

Gabriel nunca foi batedor de pênalti no Grêmio. Alguém mandou bater. A cobrança foi ridícula. Este juíz é aspirante a entrar na lista da FIFA corrupta. Anulou um gol em que ninguém do Grêmio tocou na bola. Um jogo que era para ser resolvido naturalmente no primeiro tempo foi ficando complicado. 0 x 0 no primeiro tempo foi um prêmio para o Vasco, embora não tenha sido propriamente uma injustiça para o Imortal.
O Grêmio voltou com Escudero no lugar de Lúcio. Aos 8 minutos do segundo tempo um pênalti escandaloso no Viçosa passou em branco. Aos 9, Douglas isolou uma bola com quem quer ser vendido.
Voltou a história de escanteios batidos curtinhos ao invés de levantados para a área. Esta jogada é própria para armar contra-ataques.
Aos 20 entrou Vilson no lugar de Gabriel. Muito vaiado porque não jogou nada.
Aos 30 Victor levou um frango memorável. Até então, o Vasco era um timeco que não tinha feito nada que pudesse preocupar.
Aos 40 Roberson fez um grande gol de cabeça empatando.
Aos 45 Mario Fernandes quase fez um golaço.
De positivo no jogo? A dupla Mário Fernandes e Saimon.
De negativo? Dá para escolher: Douglas, Victor, Lins, Viçosa, Gabriel, a falta de ataque, a falta de padrão de jogo. A falta de garra até levar o gol.

Como jogaram

Victor: Sem trabalho no primeiro tempo. Continuou sem trabalho no segundo tempo. Até levar um frango inacreditável.
Gabriel: Muito mal no primeiro tempo com o agravante de um pênalti ridiculamente batido. Saiu na metade do segundo tempo muito vaiado.
Mário Fernandes: Excelente.
Saimon: Excelente.
Neuton: Muito bem.
Fábio Rochemback: O de sempre.
William Magrão: Razoável.
Douglas: Errou muitos passes toscamente.
Lucio: Mal, muito mal no primeiro tempo. Saiu merecidamente.
Lins: Muito bem sem a bola.
Viçosa: A bola não chegou nele no primeiro tempo. E continuou sem ver a bola no segundo tempo.
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Escudero (Lucio): Razoável.
Vilson (Gabriel): Quando exigido mostrou firmeza.
Roberson (Viçosa): Um golaço.

Renato: Na falta de opções fez o que poderia fazer. Não se sabe se fez o melhor.
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André Luis de Freitas Castro: Anulou um gol legítimo no primeiro tempo. Irritou a torcida o tempo todo. Ladrão juramentado.
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Lances do jogo

O umbigo e quase tudo mais

Se bem procurado, se poderá achar mais de 100 blogs que escrevem sobre o Grêmio. Só na rede Blogremio há uns 30. Se forem lidos, se verá que há blogs para todos os gostos. Alguns reproduzem notícias da imprensa, outros comentam os treinos, outros descrevem os jogos jogada por jogada, tem um que pergunta se o leitor já se associou, etc. Cada um tem, portanto, seu estilo e atende a determinado segmento da torcida.
Nós optamos por fazer análise mais geral do clube, tirar onda em cima dos morangos, alertar ao leitor sobre as "mal feituras" da imprensa contra o Imortal e, de quebra, postar sobre os jogos logo ao final destes e, claro, furar a imprensa sempre que possível.
Fruto, talvez, desta linha, os leitores do blog aumentaram e muito. Aumentaram a ponto de que seria viável hoje permitir publicidade (o que daria pelo menos um bom vinho semanal) e de que fôssemos forçados a ativar a moderação. Cerca de 30 % dos comentários são de morangos recalcados e de gremistas que fazem acusações sem provas e dizem impropérios. Os blogueiros, todos sabem, por lei são responsáveis até pelo que é dito nos comentários. Como regra liberamos todos que não possam causar problemas, não importando se concordamos ou não com o que é dito. Mesmo os que nos ofendem são muitas vezes postados.
Eu e o Arigatô trabalhamos e muito. Temos família e uma série de compromissos. Mesmo assim cuidamos de manter o blog sempre atualizado. Tem jornalista pago para blogar que não atualiza com a mesma frequência. Ter que ler todos os comentários e decidir se liberamos ou não consome tempo e cansa também.
Por estas e outras é que chateia ler comentários não sobre o conteúdo dos posts mas reclamando da linha que seguimos. Muitas sugestões são bem vindas e aceitas. Até já incentivamos leitores a mandar textos para publicarmos. Mas ler dia sim outro também que é para parar de escrever sobre isto, escrever mais sobre aquilo, que estão chateados com o blog e blá blá blá, cansa. Cansa mesmo.
Foi por isto que respondi ao Alexandre no post abaixo para procurar outros blogs mais afeitos às expectativas dele. Não tive intenção de agredí-lo. Apenas fiz uma sugestão honesta. Que ele e outros me desculpem se sentiram-se ofendidos. Mas a vida segue.
Hoje, com chuva ou sem chuva todos ao Olímpico. Estes 3 pontos podem nos posicionar muito bem para o restante do campeonato. Especialmente do ponto de vista psicológico do grupo.
E para compensar aos incomodados, um presente dominical:

Para atender a todos os leitores, ou quase todos

18 de junho de 2011

Faltas e Vasco

A polêmica do dia é o baixo número de faltas que o Grêmio tem feito. Renato argumenta que time que faz muita falta é consequência de mau posicionamento. Isto é uma verdade. Dinho afirma que hoje em dia jogador já não se assusta com cara feia ou com uma entrada mais forte. Esta pode ser outra verdade. Pouca falta, para mim, pode também significar desinteresse ou falta de ambição. O que é uma terceira verdade. Embora eu seja fã de jogador do tipo do Dinho, que impõe respeito pela imposição física e dando uma chegada boa quando necessário, não gosto de falta pela falta. Muitas vezes me irrito quando perdendo o jogo, ou em jogada de ataque, são feitas faltas desnecessárias. O bom mesmo é o equilíbrio. Nem ficar visado por cometer muita falta e nem parecer um bocó cheio do fair play.
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Engana-se quem pensar que o Vasco é jogo tranquilo. As partidas contra o Avaí e Coritiba mostraram um time forte no meio e no ataque. E determinado também.
Quem for ao campo deve estar preparado para apoiar incondicionalmente. Acredito na vitória, desde que não haja uma nova invenção.

17 de junho de 2011

Pequenas diferenças

Pois o único morango isento e não barato da imprensa levou um pau do Bozo. Sinal dos tempos, dos desesperos e consequentes destemperos do Cheira Rio. A batata está assando e os ratos começam a saltar do navio antes que afunde.

Enquanto isto, repasso um belo vídeo de Josue Albani.

http://youtu.be/q_ojhfLblEs

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Adendo do Arigatô: Ingrato! Quando articulou a derrubada do Juarez, pediu o apoio do Guerrinha para tornar-se avatar do Julinho Camargo.

As voltas que o mundo dá

Da coluna Radar da Veja:

Um fracasso de marketing


A contratação de Ronaldinho Gaúcho era considerada a grande jogada de marketing do futebol brasileiro em 2011. Passados 5 meses, o Flamengo não tem patrocinador e o jogador não foi garoto-propaganda de absolutamente nada na TV.
Perguntas:
  1. Estaria melhorando o Brasil e os brasileiros deixando se serem otários?
  2. O A$$i$ tem dormido à noite?
  3. Odone e AVM já caminharam até o túmulo do Padre Reus para agradecer a graça alcançada?

16 de junho de 2011

Novos recursos no blog

A partir de hoje, adicionamos um plugin do Brasileiro ao blog. Veja ao lado. Estão disponíveis informações sobre a pontuação dos times, resultados, jogos e vídeos. Isso atende, talvez em parte, demanda antiga de pessoas que moram no exterior e não conseguem assistir os compactos dos jogos, que são bloqueados pela Globo.
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Atualização: Plugin alterado para apresentar, preferencialmente, informações do Grêmio.

15 de junho de 2011

A hora do Mamute

O guri é falado há muito tempo. Cuidado para evitar o "sequestro", aos 16 anos vai para o teste de qualidade. Jogando nas categorias de base, sempre foi destaque atuando com garotos acima da sua idade. Sempre mostrou muita força e técnica. É para ser uma das maiores revelações do Grêmio. Dizem que é muito marrento. Se jogar o que parece que joga, tem todo o direito. Vejam vídeos do menino que começa a atuar com os profissionais. Yuri Mamute é o seu nome. Outro de quem se falava muito é o Mutante. Não tive mais notícias. Pode ser que já tenha sido levado.




14 de junho de 2011

Que meigo

O Angelo tuitou e eu retuito aqui. Time da piada pronta:

Que raça meu Deus!

Eu considerei Douglas um dos culpados pela derrota de sábado. Mas não entrei na onda de trucidá-lo porque já o vi ganhar vários jogos.
Àqueles que querem vê-lo longe do Grêmio peço para lerem os isentos baratos hoje. Bastou um murmúrio da torcida e uma ausência em treino (que poderá ter explicação boa hoje, ou não) e já saiu uma reportagem longa, eu falei longa, com os seguintes título e sub-título:
Dias turbulentos

Do erro na partida contra o São Paulo ao sumiço desta segunda-feira, Douglas viveu três dias de muitas polêmicas na sua trajetória no Grêmio
Devia estar pronta há meses só esperando uma oportunidade de ser jogada na rua.
Olho vivo pessoal. Olho vivo.

12 de junho de 2011

Treinadores ... Esta raça estranha


Vou começar dizendo que gosto do Renato como treinador e nem de longe quero que ele saia agora. Até porque as alternativas no mercado me dão urticária e hipertensão. Mas ...
O Guardiola e o Mourinho, o Felipão e o Renato, o Burroth e o Bozo, o técnico do Fortes e Livres de Muçum e o do Glória de Vacaria, todos eles tem duas coisas em comum: todos tem bruxos e todos se acham gênios táticos.
Não importa o quanto entendam de futebol, o quanto conseguem fazer um grupo de atletas render ou o quanto são vencedores ou perdedores. Todos se acham mais inteligentes do que os "mortais comuns".

Bruxismo é uma praga impossível de eliminar. Todo time tem pelo menos 2 jogadores que ninguém entende porque o técnico escala. Não falo de reposições, de reservas esforçados que entram em emergências. Falo daqueles que são titulares e só o técnico sabe porque. Estes tem virtudes supremas que só o treinador enxerga. Por pior que joguem, por menos que façam, por mais que atrapalhem estão lá, firmes na "titulância". E só saem em caso de lesão ou quando o jogo está praticamente perdido e aí o técnico se lembra do bicho perdido e da corda no pescoço.

Táticas malucas então são a perdição de todo treinador. Vicia mais do que carteado ou crack. Parece que não conseguem ficar mais de 1 mês limpos. Sempre têm recaída. Eles se perdem nos números e só não tentaram até agora jogar com 2 ou 3 goleiros porque a regra não permite. Fosse liberado e não tenham dúvidas, já teríamos visto isto em campos de futebol. É um tal de 4-2-3-1, 3-1-1-1-3-1, 1-2-3-4, etc. que vai chegar o dia em que, por se atrapalharem com as somas veremos times com 12 ou 13 em campo.

Quando junta bruxismo com invenção é que a coisa fica feia. Neste caso lateral vira meia ou centro-avante, zagueiro vira armador, centro-avante joga de volante, e titulares indiscutíveis acabam no banco ou nem isto para que o gênio consiga acomodar os bruxos e sua tática mirabolante.
No meio disto, ficamos nós, pobres torcedores, sem nenhum poder de opinar ou de mudar alguma coisa. Perder é ruim, muito ruim. Perder é péssimo. Perder é do jogo. Mas perder por conta de bruxismos e táticas alopradas é muito pior. Deixa o fígado sobrecarregado, o vizinho de saco cheio pelos palavrões gritados na frente da tv e deixa a tv em risco de ser destruída por um radinho voador.
Seria pedir demais querer a pena de morte para treinadores que inventam e privilegiem seus bruxos?

11 de junho de 2011

Prof. Pardal derrotado

São Paulo 3 x 1 Grêmio

Os fatos e os personagens da história ocorrem duas vezes, escreveu Hegel. A primeira como tragédia, a segunda como farsa, completou Marx. O futebol não é imune a reflexões que tenham a história como pano de fundo. No jogo contra o Oriente Petrolero pela Libertadores, quando perdemos por 3 x 0, o lado inventor de Renato viveu sua tragédia. Hoje, ao reeditar a colocação de Gabriel no meio de campo, experimentamos a farsa. Também pela formação do time, não criamos uma única situação de gol no primeiro tempo. Levamos um gol num chute que desviou na zaga e tirou Victor da jogada. Foi um período no qual estivemos mais próximos de tomar mais gols do que obter o empate.

Para o segundo tempo, a teimosia continuou em campo, com a entrada de Lins no lugar de Neuton. Chegamos ao gol de empate num lance ocasional de cobrança de falta. Então, o armador entrou em ação: Douglas armou, de forma ridícula, um contra ataque para o time paulista desempatar. As entradas de Marquinhos e Roberson nada acrescentaram ao time, que seguiu sem criar situações de gol. Sem força para empatar, vimos o São Paulo fazer mais um gol, em lance irregular. Houve impedimento claro não marcado por Carlos Berkembrock.

Assim, seguimos à espera dos cascudos.
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Como jogaram

Victor: Evitou coisa pior.
Mário Fernandes: Merece continuar titular.
Saimon: O melhor dos zagueiros.
Rafael Marques: Mal na defesa, bem no ataque. Fez o gol de empate. Expulso por estupidez.
Neuton: Muito mal.
Gabriel: Era para ser uma espécie de falso ponta. Foi um falso tudo.
Fábio Rochemback: O melhor do meio de campo. Sem o brilho de outras vezes.
Fernando: Razoável. Segue com a síndrome do enxadrista (acha que tem tempo para pensar o lance, sem ser importunado pelo adversário).
Douglas: Responsável direto pelo segundo gol do São Paulo. Para o nosso time, nada fez.
Lúcio: Irreconhecível. Desatento, sem força, errou muito.
Júnior Viçosa: Sozinho na frente, nada pode fez. Acompanhado por Lins, nada poderia fazer.
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Lins (Neuton): Não tem culpa de ser relacionado para os jogos.
Marquinhos (Gabriel): Tentou fazer mas nada fez.
Roberson (Júnior Viçosa): Se entrou, ninguém viu.
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Renato: Tem o grupo na mão, mas peca pela proteção aos bruxos e pela teimosia em achar que Escudero é opção pior do que Gabriel na meia, Lins e Roberson. Já passa da hora de descer da vassoura e começar a usar o cérebro.
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Arbitragem - Paulo Henrique Godoy Bezerra, auxiliado por Carlos Berkembrock e Marco Antônio Martins: Um gol em completo impedimento não marcado, comprometeu a atuação do trio.
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Pitaco do seu Algoz

Renato, Douglas e o juiz, pela ordem, os responsáveis por uma derrota que poderia ser uma vitória. Quando ele deu uma ajeitadinha no time começamos a pressionar e o empate poderia vir, não fosse o catarina ordinário.

Saimon, Mário Fernandes na defesa e Rochemback se salvaram. Além do Victor, é claro.

Escudero é um caso a parte. Eu, se fosse ele, arrumaria minha mala e iria embora. Não sem antes mostrar o dedo médio para o Renato.

Empate e discos voadores

Empatar é melhor do que perder. Dãããã.
Mas eu não gosto de empate. Empate é uma coisa xôxa. É transa pela metade ou nem isto. É igual a ficar aos beijos com uma gostosa a noite toda e na hora agá ela dar um beijinho na bochecha e agradecer a carona. Por isto me irrita quando o Grêmio entra para empatar. Tenho nojo de treinadores e dirigentes que ficam dizendo que empate fora é bom resultado. Até pode ser no final de uma campanha. Mas isto não dá direito a que se jogue pelo empate. Eu gosto do treinador Renato exatamente por isto. Empate para ele também só é melhor do que perder.
Então fica combinado: o time jamais poderá entrar para empatar, que este é o caminho mais próximo para chegar à derrota. Porém, no entanto, nevertheless, pelas circunstância do time, se der empate hoje será ótimo.  Tem vários cascudos ainda para entrar e se, ao entrarem, estivermos no grupo de cima, aí as chances do título aumentam e muito.
Mas querem saber? Algo me diz que o Grêmio hoje vai voltar mais feliz do que voltaria com um empate.
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Não sei vocês, mas eu nunca vi uma campanha tão intensa da imprensa para vender um jogador. Aliás, nunca tinha visto uma campanha tão direta, tão sem pudores. A coisa chega ao desespero. A cada dia tem um clube interessado no Impedidão. A cada dia propostas milionárias são recusadas. Depois do corte da seleção então já virou caso de polícia. Se jornalistas fossem políticos caberia uma CPI das cabeludas. Como são simples funcionários, embora muito mal pagos, penso que a chefia imediata e os donos de jornais e rádios deveriam fazer uma sindicância interna. Deveriam tentar descobrir o que está acontecendo. Até por uma questão de sobrevivência da empresa que lhes pertence. Credibilidade na imprensa esportiva gaúcha é igual a disco voador: há quem diga que existe, mas só os malucos e os mal intencionados afirmam já tê-la visto.

9 de junho de 2011

Duas róseas

Avatar profissional

Olhando aqui e ali, chegamos a uma informação surpreendente. Vocês sabiam que o Bozo é avatar profissional e a incursão como técnico não é a primeira vez que ele encarna o papel? Vejam só esta revelação sobre como eram escritas as suas colunas na Zero Hora:
Havia vários anos que o ex-jogador assinava uma coluna no diário, que, na verdade, era escrita por um ghostwriter, o jornalista Nilson Souza.
Fonte: Coletiva.Net (clique para ler)
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Uma notícia barata

Depois da sua participação espetacular no corte do grupo que vai disputar a Copa América, não se surpreendam se as redações baratas produzirem uma notícia como a escrita abaixo.

Os principais artilheiros do Campeonato Brasileiro são:

Anderson Aquino e Bernardo, com 3 gols.

Alessandro, Anselmo Ramon, Borges, Bottinelli, Elton, Jobson, Júnior Viçosa, Leonardo Silva, Lucas, Magno Alves, Rafael Moura, Rodriguinho, Foca e mais 1, com 2 gols.

Douglas, Antônio Carlos, Casemiro e mais 38, com 1 gol.

Leandro Impedidão, com 0 gols (mas quêêêê gols).
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P.S.: É claro que o negrito nos nossos jogadores é do blog. Os baratos jamais fariam isso.

7 de junho de 2011

O círculo danoso

Coletamos a série histórica dos valores recebidos pelos clubes de futebol pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro nos últimos 16 anos e uma estimativa para o triênio 2012-2014.

A busca dos valores passados foi feita no site do Clube dos 13. Eles podem não expressar fielmente o montante contratado, mas se aproximam da realidade em medida suficiente para ilustrar o propósito deste post. Os valores futuros (2012-2014) foram estimados. Como não houve o fechamento de um pacote global com os participantes da Série A e alguns ainda não assinaram com a Globo, tomou-se por base para a estimação as notícias vinculadas na imprensa sobre os montantes contratados por alguns clubes, comparativamente ao que recebem atualmente. Do mesmo modo, o propósito deste post prescinde da exatidão dos valores, posto que eles servem apenas para mostrar, de forma aproximada, a evolução da receita dos clubes. Vejam a série:


Os valores de 2000 e 2001 não possuem índice por terem sido expressos em dólares americanos. Poderiam ser convertidos para reais pela cotação média do dólar nos respectivos anos, mas isso consumiria mais pesquisa e não agregaria informação relevante para o que se deseja mostrar.
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Em economia, chama-se de círculo virtuoso um contínuo de resultados favoráveis crescentes, cujos efeitos positivos realimentam o ciclo seguinte do processo. A expressão batiza o fenômeno mais saudável que se pode desejar ter na dinâmica de um mercado.

Para ser breve, listamos duas constatações: 1) a receita dos clubes multiplicou 53 vezes em 19 anos; 2) um clube do Grupo 3 (no qual o Grêmio se insere) receberá, em 2012, quase tanto quanto todos os clubes recebiam em 1997. Há que se considerar o valor do dinheiro no tempo, afetado pelo fenômeno inflação, mas nem por isso a evolução das cifras deixa de ser admirável.

Um alheio ao mundo do futebol que olhasse os números, imaginaria, com absoluta convicção, que os clubes estão muito bem, obrigado!, com patrimônios crescentes e situação financeira resolvida. Sabemos que, quase absurdamente, nada disso aconteceu ao longo destes anos. O advérbio "quase" da frase anterior foi colocado porque sabemos que nem só de paixão vivem os homens e há que se ter isso em conta, quando se pensa a realidade.

Hoje, clubes de primeira linha não possuem orçamentos inferiores a R$ 100 milhões/ano. Contudo, o  aumento das receitas foi totalmente consumido por despesas que cresceram mais do que proporcionalmente e pode-se dizer que não há exceção quando se fala em dificuldades financeiras dos principais atores do Brasileirão.
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A verdade é que moscas procuram mel. Desconsiderando-se os descaminhos que sempre acompanham as cifras altas, o acréscimo nas receitas dos clubes nos direitos de TV, rendas dos jogos, patrocínios, quadros sociais etc serviu como feromônio para atrair um enxame de interessados em se relacionar com os pretensos novos ricos. Afora os descaminhos já citados, aproximaram-se para mamar no mel da colméia: jogadores querendo e obtendo maiores salários; empresários desejando e alcançando ampliação dos seus lucros; dirigentes gastando de forma irresponsável; advogados buscando falhas na condução de contratos e condutas e conquistando danos morais, reversão de contratos de imagem em salários e toda a gama de pedidos de reparação possíveis e inimagináveis; órgãos de fiscalização buscando porções do néctar. Enfim, para os clubes, os ganhos viraram fumaça, pairando no imaginário como uma redenção que poderia ter sido.

Pode-se dizer que, nos últimos 20 anos, vivemos um círculo danoso: quanto mais a receita cresceu, mais os clubes se endividaram. Uma aberração administrativa.

A reversão deste quadro exige responsabilidade administrativa, compromisso ético com o clube e profissionalismo. Sem isso, é de se torcer para que o crescimento dos ingressos pare, pois representa apenas mais corda para quem quer enforcar o pescoço da paixão coletiva.

5 de junho de 2011

Fim do jejum

Grêmio 2 x 0 Bahia

O primeiro tempo mostrou o time alternando boas triangulações com momentos de lentidão. A fragilidade do Bahia é flagrante (e continuará sendo até que enfrente determinado time, quando se transformará num time de "bons valores e perigoso") e auxiliou a construção da vantagem de 2 x 0.

A etapa final trouxe a equipe aparentando querer administrar o resultado. Nenhuma grande chance de gol foi criada e o jogo arrastou-se até o final.

A vitória foi a boa notícia do dia, mas a equipe precisa melhorar, o que parece possível com os reforços que aguardam e os que ainda devem chegar.
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A vitória acaba o jejum de 3 jogos sem vitória em casa e leva o time para o primeiro pelotão na classificação. Podemos encerrar a rodada na quinta colocação.
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Como jogaram

Marcelo Grohe: Uma boa defesa e intervenções seguras.
Mário Fernandes: Ótima atuação.
Saimon: Muito bem. No quadro atual, é titular.
Rafael Marques: Pouco exigido.
Neuton: Alternou bons e maus momentos.
Fernando: Vem ganhando ritmo. Belo passe de calcanhar no primeiro gol.
Fábio Rochemback: Atuação padrão, ou seja, de alto nivel.
Douglas: Jogou bem, porém sem brilho.
Escudero: Boas jogadas. Como quase sempre, armou, marcou, correu e foi substituído. Boa metida para Lins no segundo gol.
Lins: Uma boa assistência para Viçosa marcar o segundo gol.
Júnior Viçosa: Dois gols. Nada mal para um centroavante.
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Leandro (Lins): Entrou com vontade, mas pouco fez de produtivo.
Marquinhos (Júnior Viçosa): Poucas intervenções.
Gabriel (Escudero): Sem tempo.
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Renato Portaluppi: Nada a registrar, exceto que, uma vez mais, tirou Escudero.
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Arbitragem - Marcelo de Lima Henrique (RJ), auxiliado por Roberto Braatz (PR) e Lilian da Silva Fernandes Bruno (RJ): No primeiro tempo, inexplicavelmente o juiz deixou de marcar uma falta claríssima do ex-craque Danny Moraes em Lins, no risco da área. No mais, atuação normal. Já o senhor Braatz sinalizou impedimento em cobrança de lateral. O juiz lhe ensinou que isso não existe.
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Lances do jogo

4 de junho de 2011

Sugestão para o compacto do dia

Será que a Gaúcha vai colocar compacto dos "melhores momentos" do Impedidão no jogo de hoje? Seria mais ou menos assim:
1) Neymar cruza da esquerda e Impedidão, no banco, faz grande acompanhamento do lance, com os olhos;
2) Termina o primeiro tempo e Impedidão foi o melhor de todos os reservas;
3) Impedidão entra no lugar de Fred e arruma a camisa antes de entrar, com muita categoria;
4) Lucas cruza e Impedidão quase consegue ver a bola;
5) A zaga holandesa toca a bola do lado direito e Impedidão dá um carrinho em grande estilo, quase atingindo o risco da meia lua da grande área;
6) André Santos cruza na área, a bola bate no pé do Impedidão e sai para tiro de meta com uma qualidade impressionante;
7) Termina o jogo e o Impedidão sai de campo com a elegância de um grande goleador.

2 de junho de 2011

Uma aposta

O Grêmio trouxe por empréstimo até o final do ano (com opção de compra e contrato de 5 anos) um zagueiro que foi revelação do Paulista deste ano. Trata-se de Rodrigo Augusto Sabiá, de 18 anos. No vídeo abaixo, mostra ser um jogador técnico.


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Leiam, abaixo, post do seu Algoz, sobre a confissão do Bob Esponja de que presenciou atos de racismo nas cadeiras do aterro e nada fez. Com base na confissão, o advogado gremista Carlos Josias peticionou à FGF e ao Tribunal de Justiça Desportiva do Estado para que tomem providências sobre o fato.

Racismo e inteligência

Por alguma razão que só a psiquiatria explica, um elemento do timinho resolveu levar adiante acusação de racismo por parte da torcida do Imortal. Nem vou reportar aqui fatos da história que mostram quem foi o time verdadeiramente racista no Rio Grande do Sul. Quero só me deter num fato, digamos assim, jocoso. Se dissesse hilariante poderia estar cometendo ofensa.

Pois então o elemento em questão tem um blog. E neste blog escreveu o seguinte (os grifos são meus):
Um dos aspectos mais repugnantes da humanidade é o racismo. (...)
Domingo passado, quando o Internacional pela 40ª vez sagrou-se Campeão Gaúcho, assisti perplexo a uma cena primitiva. Torcedores das cadeiras e sociais do Estádio Olímpico gritavam "macaco.... macaco...", enquanto o atleta Zé Roberto aquecia para entrar em campo. (...)
(...) apenas algumas manifestações de narradores, repórteres e comentaristas noticiaram o fato no Estádio Olímpico. Mas, com todo o respeito a eles, nada além disso.
Da mesma forma, os procuradores do TJD, órgão administrativo da FGF, nada fizeram. Repito: o fato foi público e notório. (...)
Imediatamente, vendo a reação do nosso jogador, tomei as providências cabíveis para noticiar com provas o ocorrido ao presidente da FGF. Soube hoje que a Segunda Delegacia de Polícia Civil instaurou inquérito para investigação do fato. (...)
Amanhã mesmo vou abastecer meu requerimento e a delegada responsável com mais provas, inclusive manifestações da Internet.
Algumas questões, todavia, ficam sem resposta: (...)

O que fará o TJD para punir a agremiação pelo ato de seus sócios? (...)

Já vi manifestações racistas até mesmo nas cadeiras do Beira-Rio. Algo tem que ser feito. Um cidadão que assiste a uma manifestação racista deveria chamar um policial, denunciar e exigir a prisão em flagrante do ofensor. (...)
Pois é Mané! E há quem diga que o peixe morre pela boca. Só os peixes? Parece que os asnos também.
Há outra diferença entre um pitbull e o Bob Esponja: o Pitbull tem inteligência. Canina, mas já é alguma forma de inteligência.

1 de junho de 2011

Curtinhas

Eu afianço o Marquinhos no Grêmio. Podem me cobrar mais adiante.
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A diferença de um pitbull e o Bob Esponja é que o pitbull pode ser vacinado contra a raiva.
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Bozo está encurralado. Esta gente é ingrata demais da conta como diria um mineiro. O segundo maior ídolo deles chegou e já querem escorraçá-lo.
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O Grêmio ganhando do Bahia e empatando com o São Paulo fica prontinho para decolar com a integração dos reforços.
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Vocês se deram conta da baba que eles pegaram no início do campeonato? Reservas dos reservas do Santos, Ceará em casa e América de Minas no Mato Grosso do Sul. Coisa de fazer 9 pontos com os pés nas costas. Se fizerem 2, devem festejar e muito.