30 de novembro de 2014

O Pastor Everaldo não fez tão feio

Bahia 1 x 0 Grêmio 

Primeiro Tempo: 1 x 0


A goleada do Fluminense no Corínthians tirou um pouco do gosto de fim de festa do jogo. Não totalmente, mas fez os caras terem uma pequena vontade a mais de correr.

E o jogo começou pegado. O Bahia marcando por pressão na frente.
E Grohe fez boa defesa aos 6 minutos mandando para escanteio.
O Grêmio só chegou aos 15 minutos. Cruzada que Barcos cabeceou sem jeito e sem direção.
Aos 19 minutos Grohe fez duas grandes defesas. O Bahia jogava melhor.
Um minuto depois Grohe fez outra grande defesa e na sequência o atacante do Bahia chutou para fora na cara do gol.
Grohe fez mais um milagre aos 25 minutos. Uma das defesas mais importantes e bonitas de todo o campeonato.
Ramiro deu uma bomba de fora da área aos 27 minutos. A bola passou raspando o travessão.
Geromel teve de derrubar um atacante para evitar o gol. Como era o último homem, foi expulso aos 29 minutos. E a expulsão nem adiantou porque na cobrança da falta, gol do Bahia. A defesa não pulou e a bola entrou no canto. Golaço de falta.
Como estava pouco difícil, Werley entrou no lugar de Luan para recompor a defesa. Se é que este lazarento recompõe alguma coisa.
E o primeiro tempo seguiu com o Bahia em cima e Grohe mostrando que é um extraordinário goleiro. 
O Grêmio só tentava alguma coisa levantando para a área em cobranças de falta.

.....


O Grêmio teve vários momentos ruins no campeonato. Talvez nenhum tão triste e constrangedor quanto este primeiro tempo contra o Bahia. Mesmo o desconto por ser um jogo que não valia nada não serve como desculpa. Que entrassem soltos e com vontade de dar uma pequena alegria para a torcida era o mínimo que se esperava.
No entanto o que se viu não tem nome. 

Segundo Tempo: 0 x 0

Everton foi a novidade para o segundo tempo. 
E aparentemente o time voltou com mais atitude.
Aos 11 minutos Barcos bateu para boa defesa e aos 12 Everton chutou raspando para fora.
O Grêmio começou a fazer pressão e aos 17 minutos quase empatou.
Aos 21 minutos Barcos serviu Zé Roberto que bateu de primeira para fora. O empate amadurecia.
A tv deu o público do jogo. Pouco mais de 5 mil mostrava o interesse do torcedor. Mas não justificava o desinteresse dos times, especialmente do Grêmio.
Eric entrou no lugar de Dudu, totalmente desaparecido. E aos 40 minutos fez um carnaval e deu para Everton chutar em cima de um zagueiro.
Everton bateu forte de fora da área para bela defesa do goleiro a escanteio aos 42 minutos.
Aos 45 minutos Lomba fez um milagre evitando o empate em chute de Barcos.

.....

Fiquem à vontade os corneteiros para cornetear. 

Depois de um primeiro tempo vergonhoso o segundo tempo, com um a menos, foi mais palatável. Nada de especial, mas ao menos com atitude. Só o Grêmio atacou, mas a velha inapetência para marcar apareceu.
Não havia mais ilusões antes do jogo. Não há como o Corinthians não ganhar ou empatar com o Criciúma em São Paulo. E esta falta de perspectiva foi a campo. Não deveria, porque há uma camisa e um escudo para serem respeitados. Mas aconteceu.
Então que paguem o preço.
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Como jogaram

Marcelo Grohe: Salvou-se do vexame com defesas milagrosas. O melhor do time.
Pará: Mais do mesmo.
Geromel: Foi expulso ao parar mais um ataque com falta por trás. Pode ter se despedido do tricolor. 
Bressan: Sofreu com os rápidos e ruins atacantes do Bahia.
Zé Roberto: Troteou em campo como se fosse um treino antes das férias.
Wallace: Entrou na moloidice dos mais velhos.
Fellipe Bastos: Será que vai acertar um chute antes de deixar o Grêmio? Não jogou nada e saiu no intervalo.Ramiro: Um dos pouco que correu. Mas errou bastante.
Luan: Não jogou nada até sair para entrar o Vérley.
Dudu: Um primeiro tempo ridículo. Saiu sem ter entrado.
Barcos: Sozinho na frente pouco fez.

.....

Werley (Luan): Não comento este jogador.
Everton (Fellipe Bastos): Entrou com vontade de mostrar serviço.
Eric (Dudu): Se mexeu muito. Parece ter futuro.

Felipão: Não conseguiu injetar ânimo em um time que entrou sabendo que estava fora da Libertadores. Vai ter trabalho, mas tem muito crédito.

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Arbitragem: Não teve culpa de nada.

29 de novembro de 2014

Daniel Matador - De olho em 2015

"Espere pelo melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier."
Antigo provérbio de autor desconhecido

Caros

A classificação para a Libertadores até poderia ser matematicamente viável, não fosse a necessidade de, além do Grêmio ter de ganhar seus dois últimos jogos (algo perfeitamente possível, dados os adversários), também o fato de que o Corinthians teria que perder seus últimos dois confrontos. E considerando que seu último jogo é em casa, contra o rebaixado Criciúma, a probabilidade gira próximo de zero. Mas o campeonato tem de ser jogado e ainda restam dois compromissos para o tricolor cumprir. E o penúltimo deles é neste domingo, contra o Bahia, na Fonte Nova.

A equipe de Felipão vem montada com o time que vinha sendo a base das últimas vitórias: Grohe no gol, Pará e Zé Roberto nas laterais, Rhodolfo e Geromel compondo a zaga, três volantes (Fellipe Bastos, Riveros e Ramiro), Dudu, Luan e Barcos. Não há muito a ser testado nesta formação, a não ser verificar a quantas anda a vontade dos titulares e daqueles que querem permanecer no ano que vem. E talvez uma ou outra mudança no decorrer da partida.

O jogo inicia às 19h30min, então dá tempo de fazer aquele programa de domingo antes de aboletar-se em frente à televisão ou ficar atento ao rádio. "Ah, Matador, mas nem tem mais graça, o campeonato já acabou, agora é só cumprir tabela". Azar, tô nem aí. E contra o Flamengo estaremos lá na Arena também, revendo os amigos no pré-jogo e vivendo a última partida do ano em casa.

A base finalmente foi formada. Um treinador campeão está na casamata. Muitas arestas administrativas e financeiras foram aparadas, não obstante ainda haver muito a ser feito. Mas é uma das poucas vezes nos últimos anos em que o prognóstico para a temporada seguinte tende a ser mais alvissareiro. Lembrando aos incautos: da última vez que Felipão assumiu o Grêmio, levou mais de ano para erguer uma taça. Antes disso, fez o trabalho de base para montar um time que pudesse conquistar alguma coisa. Por essa e por outras é que ainda continuamos firmes e fortes, sempre esperando pelo melhor. E os mesmos que hoje vociferam contra tudo que é feito no clube, amanhã estarão vibrando com um gol tricolor novamente. O Grêmio é uma cachaça que não dá pra largar.

Saudações Imortais

28 de novembro de 2014

Opiniões impopulares para 2015

Texto enviado pelo leitor Jonas Bernardes Silveira

Torre Eiffel - Paris

Como o título já demonstra, não espero que o leitor concorde com nada do que segue. O objetivo principal desse texto é a manutenção da minha sanidade mental após mais um lamentável final de ano, em uma década que teve como “pontos altos” um chocolate em final de Libertadores, uma goleada em Gre-nal que não adiantou pra nada e a Batalha dos Aflitos. Triste.
Após ver o Galo levantar a Copa do Brasil, a chance de classificação gremista à Libertadores se resume ao Corinthians perder algo na Justiça Desportiva, que pro torcedor tricolor é apenas “Desportiva”, e a torcer pro Inter não marcar três pontos contra o enrascado Palmeiras e o Figueirense - que transferiu o jogo para Chapecó, basicamente vendendo a alma ao diabo.
Viva os pontos corridos!
Resta olhar para o futuro. Considerem que os argumentos a seguir partem de um torcedor que, nessa altura do campeonato, se contentaria com o título da Sulamiranda 2015, nos pênaltis, contra o glorioso Melgar de Arequipa.

1) Às favas com o Ruralito.
A Caravana da Miséria 2015 contará com nova fórmula, os dezesseis clubes se enfrentam em turno único, classificando oito equipes. Oitavas e quartas de final vão ocorrer em jogo único, com mando da melhor campanha, e a final terá dois jogos, com gol qualificado, totalizando dezenove partidas. Três equipes serão rebaixadas para eventualmente reduzir o número de participantes do Cafezinho a doze, “elevando” o nível do certame.
A única coisa que essa competição faz é justificar a existência da FGF, a federação que mais lucrou no país em 2013, e possibilitar a construção do Palácio da Bola; enquanto o Estrela D’Alva do Guarany de Bagé vai a leilão por dívida de 63 mil reais e o Sapucaiense vende o Arthur Mesquita Dias.
Essa competição, organizada por colorados e para colorados, tem como objetivo sustentar uma delirante ideia de supremacia vermelha no RS. O Presidente-Conselheiro-Colunista-Isento é só um símbolo do que se tornou o futebol gaúcho.

Valorizamos essa competição nos últimos anos, escalando os titulares e queimando jovens jogadores, por vezes até literalmente, no escaldante Passo D’Areia.
Minha sugestão é simples, que os titulares só joguem Gre-nais e partidas decisivas, pois um time de jovens do Grêmio consegue passar entre os oito melhores. O Tricolor pode escolher os melhores jogos para preparar o time pra Copa do Brasil e pra sequência do ano.
Quem sabe com suficiente tempo de treinamento, Felipão não consiga ensinar alguém a cruzar e bater escanteios? Talvez Barcos aprenda a bater de primeira, já pensaram? Muito melhor que marcar três no Aimoré e achar que tudo está lindo e maravilhoso.

O outro ponto positivo é dar espaço pra jovens da base mostrarem o que podem fazer, bem como dar oportunidades pra emprestados como Tinga, Maxi e Grolli. Na pior das hipóteses, o Grêmio pára de perder tempo e consegue fazer melhores negócios nos novos empréstimos desses atletas. Na melhor das hipóteses, descobriremos algum titular ou reserva útil que ficaria arquivado até o meio do ano, esperando que uma sequência de suspensões e lesões o colocasse na fogueira (Exemplo: Wallace).

2) É melhor guardar o dinheiro que contratar um coadjuvante
Se o Grêmio pretende gastar milhões na contratação de alguém, que esse alguém seja um destaque de sua equipe, um jogador que possa efetivamente ser uma estrela no time. Contratar veteranos coadjuvantes como Fernandinho, ou os famosos “jogadores de grupo”, não acrescenta em nada ao clube; se perde dinheiro e se tira espaço dos jovens, o que também tira dinheiro do clube, mesmo que indiretamente.

Se o grupo tem carências e a base não oferece opção para a titularidade,  é  preciso procurar jovens jogadores, coisa que temos feito bem nos últimos anos. O lucro que teremos com o pacote do Juventude e os dois laterais do Londrina já justifica que o clube siga nessa fórmula. O que me leva a próximo ponto...

3) Apostar nos jovens é o caminho.

Os jovens jogadores, de modo geral, são os que mais tem a provar, pois precisam construir suas carreiras. Eles também estão no auge, do ponto de vista físico, e representam os melhores prognósticos em termos de investimento. Um atleta que tenha uma boa passagem no Grêmio, ainda que breve, comanda altos valores no futebol europeu, milhões de euros que potencialmente vão ajudar o Tricolor a contornar seus problemas financeiros, dos quais espero ver o clube livre na década que segue. Quem sabe até seja possível pagar a dívida do Rodrigo Mendes, contraída em 423 a.C. e noticiada a cada seis meses pela IVI desde então.

Por esse motivo, não entendo como Wallace e Luan são os únicos jogadores da base titulares . Temos dois laterais com passagem por seleções de base, mas nossos titulares para o ano que vem potencialmente terão, somados, 70 anos de idade.

Não tenho nada contra Geromel, Riveros, Alán Ruiz, Dudu e Zé Roberto. São bons jogadores, muito úteis; porém, não lamentaria a saída de nenhum. Não acho que esses atletas possam dar uma contribuição muito maior do que têm dado, o que me faz refletir bastante sobre o investimento financeiro que o Grêmio precisaria fazer para mantê-los. Mesmo Geromel, o mais importante da lista, provavelmente não é uma grande perda para um clube no qual Paulão quase foi ídolo, até ser vendido com lucro para a China. O próprio Werley já esteve “na mira de Inter de Milão e Barcelona”, lembram? Aposto que ainda vamos ler sobre o interesse milanês no futebol de Thiago Heleno e na dificuldade para a renovação de seu empréstimo junto ao glorioso Deportivo Maldonado... É só uma questão de tempo.

Quanto a Pará, sua saída justifica, no mínimo, um foguetório.

Sou favorável a que se escalem todos os bons valores da base gremista, prometo inclusive não corneteá-los. Até mesmo os maus valores, devidamente motivados, podem dar uma contribuição maior que alguns chinelinhos que certamente lotariam o Salgado Filho se desembarcassem aqui.

4) Marcar é muito bom, marcar gols é muito melhor.
Faz muito tempo que o Grêmio não tem um sistema ofensivo. Percebam que não falo de um “bom” sistema ofensivo, dois atacantes se fazendo passar por meias e um centroavante não preenchem os requisitos do tipo “sistema ofensivo”.
A atitude precisa mudar um pouco, é preciso aproveitar a velocidade dos jovens jogadores pra marcar no campo do adversário, precisa sair mais pro jogo. Jogar por uma bola não nos permite sonhar com títulos; mas sim, no máximo, com boas campanhas.

Gostaria de ver laterais cruzando da linha de fundo pra três jogadores tricolores dentro da área. Da forma que o time tem jogado nos últimos anos, é mais fácil imaginar um unicórnio correndo pela Arena.

Se o Grêmio quer tomar os mineiros de exemplo, primeiro precisa reconhecer que ambos tem alto potencial ofensivo. Se enquadram no que a IVI chama de futebol “faceiro”. Hoje estão faceiros de tantas taças que levantam.

5) Há motivos para o otimismo.

Essa é a opinião mais polêmica de todas, sem dúvida. Vocês podem ler sobre o Apocalipse Gremista toda a semana em ZH (que eu abandonei faz tempo), desde a falta de dinheiro até o entorno da Arena, passando por entrevistas e notas oficiais de jogadores, empresários e até mesmo familiares; fora as supostas irreparáveis saídas do coordenador da base, do preparador físico... É só uma questão de tempo até que a mídia comente a saga da renovação contratual do porteiro da Arena.

O Grêmio já foi à falência setenta vezes nas páginas dos jornais, mas a marca segue crescendo e o clube constantemente figura entre os dez melhores do futebol nacional.

Para 2015, contamos com o melhor treinador brasileiro em atividade. Felipão seria nacionalmente considerado um dos melhores de todos os tempos, não fosse o ranço da imprensa do eixo RJ-SP, que vive num mundo de fantasia onde a Seleção Brasileira ainda é favorita pra ganhar alguma coisa. O que podemos esperar de uma imprensa que acredita na seriedade de instituições como a CBF, a CONAF e o STJD, não é verdade? O torcedor gremista, no entanto, sabe da vantagem que tem com um treinador desse nível, em sintonia com a direção, moldando um grupo desde o início do ano.

Mal faz uma semana que vi o Grêmio praticamente acabar com suas chances de disputar a Libertadores ao perder dois jogos decisivos, e já mal posso esperar pra sentar na frente da TV e assistir o Sub-20 ser roubado pela arbitragem no questionável gramado do Aldo Dapuzzo, caso o São Paulo não tenha que vendê-lo até Janeiro.
O nome disso é GREMISMO.

27 de novembro de 2014

Nunca antes e nem depois

Novembro é o mês da Batalha dos Aflitos. Só quem é gremista entende o que aconteceu naquele dia. E se orgulha. Quem não é tricolor, reage com desdém e se remói de inveja. Este é um episódio único para o todo sempre na história do futebol.
Dezembro é o mês do Mazembeday. Só quem é morango mazembado entende o que aconteceu naquele dia. Quem não é morango amargo reage com ironia e morre de rir todos os anos. É a piada que jamais será imitada.
O Brasil já tem todos os campeões. Minas de novo mandando no pedaço.
O São Paulo, mais uma vez, eliminado na Sulamiranda.
O Grêmio rateou no início e está pagando o preço. Dificilmente chegará na Libertadores. Menos pelas últimas duas derrotas e mais por aquelas lá no primeiro turno. Para o Coritiba em casa, por exemplo. Se bem que, se tivesse ganho aquele jogo, teria adiado a saída do Enderson.
Agora não adianta se lamentar.
Tem de ganhar os dois jogos que falta e aguardar. Pouco vai conseguir provavelmente. Menos pela qualidade dos adversários, mas mais pelo pacto de um deles com o demônio e do outro com juízes e federações. O julgamento do tal de Petros hoje mostrou como as coisas funcionam neste país.
Análise e projeção de 2015? Só depois da toalha ser devidamente jogada ao chão. Não no Grêmio, onde Felipão e a direção já estão trabalhando nisto. Mas aqui no blog.
Por enquanto lembremos a Batalha dos Aflitos. Não pelo título, que este é pequeno diante da história do Grêmio. Mas pela atitude e pelo ineditismo eterno.
E que a lembrança desta jornada inspire o time a voltar para a trilha que não deveria ter abandonado.



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Sobre a matéria terrorista do RBS, que mereceu perguntas ansiosas e apreensivas de leitores gremistas do blog, deixo um twitter do Arigatô.


25 de novembro de 2014

Qual a mágica financeira?


Assim como na vida, como disse o Daniel Matador, o futebol é uma MATEMÁGICA. Menos no caso do Cruzeiro, um  dos times mais endividados do Brasil. Qual a mágica financeira dos mineiros? Algum grande mecenas por trás?
Em 2014, a dívida  do Cruzeiro , líder do Brasileirão, com a União saltou de R$ 7,8 milhões para R$ 14 milhões. Como comparativo,  as dívidas da dupla Gre-nal somadas subiu R$ 6,5 milhões.
O Atlético Mineiro foi o clube que mais aumentou suas dívidas federais, se tornando também o maior devedor da União após o primeiro semestre de 2014 – o número mais do que dobrou: de R$ 120 milhões em dezembro de 2013, para R$ 272 milhões no começo de julho de 2014.
Por coincidência, os dois clubes mineiros são os dois destaques do futebol brasileiro nos últimos dois anos.


Então chego às seguintes perguntas:
1) Seremos nós, pagadores de impostos, os mecenas para o sucesso dos endividados convictos Cruzeiro e Atlético Mineiro?
2) Qual a vantagem de Grêmio e Inter controlarem com responsabilidade suas dívidas fiscais?
Quem entende do assunto, me responda por favor. Para uma leiga, é difícil entender os escaninhos da contabilidade financeira. Ou seja, quanto mais deve e caloteia, mais sucesso terá? Mas isso não contraria a tão decantada organização e responsabilidade no futebol?
Na dívida total, o Cruzeiro baixa alguns degraus. Já o Atlético MG está na turma da frente, junto com Flamengo, Botafogo e Vasco.

Ranking dos clubes que mais devem no país. Fonte: Estadão

24 de novembro de 2014

Avalanche Tricolor: é ganhar as duas e seja o que os deuses quiserem

Por Mílton Jung

Corinthians 1 x 0 Grêmio
Campeonato Brasileiro – Arena Corinthians (SP)


O domingo à noite começou no sábado. O desempenho dos adversários que jogaram no início desta antepenúltima rodada pautaria o tamanho do nosso desafio nestas partidas finais do Campeonato Brasileiro. E os placares apenas conspiraram contra nós. Tudo ficaria mais complicado na combinação de resultados, o que atormentava a espera pelo jogo. Ainda antes de a partida se iniciar fui a igreja. E fui porque é o que sempre faço aos domingos. Não peço pelo Grêmio, não. Já deixei claro nesta Avalanche que prefiro não misturar as coisas. Até porque se nossa história nos deu o direito à imortalidade, não seria eu a ocupar as intenções superiores com pedidos mundanos. Nas coisas do futebol costumo depositar minha confiança nos nossos e na mística de que somos capazes de renascer a qualquer instante, mesmo quando não somos mais acreditados por ninguém.

Nosso melhor momento na partida de hoje foi o início do segundo tempo com a bola trocando de pé em pé, movimentação rápida dos jogadores, descidas especialmente pela direita e alguns bons lances mal acabados. Insistimos com alguns erros, desperdiçamos todas as cobranças de falta e nos incomodamos com um árbitro pernóstico – mais um a cruzar nossa caminhada. Diante de tudo isso, perdemos três pontos e ficamos a três da vaga da Libertadores faltando apenas seis a serem disputados.

Quando Luis Felipe Scolari assumiu o Grêmio, o desafio era difícil pois precisava reconstruir um time desacreditado. Ao ajeitar as peças e alcançar resultados resgatou a confiança necessária. Trouxe o Grêmio de volta para a disputa, goleou quem tinha de golear e agora está pronto para alcançar mais uma de suas façanhas: ganhar as duas decisões que faltam e deixar que o destino faça o que for necessário para voltarmos à Copa Libertadores.

Seja o que os deuses (os do futebol) quiserem!

23 de novembro de 2014

Daniel Matador - Só a Matemágica salva

Corinthians 1 x 0 Grêmio

Primeiro Tempo: 0 x 0

Após o resultado adverso do jogo contra o Cruzeiro na Arena, o Grêmio entrou em campo para enfrentar o Corinthians em sua casa. Ambo buscavam o mesmo objetivo: um lugar no G4 e a possibilidade de classificação para a Libertadores 2015.
Desde o início não houve o tradicional "estudo" por parte de nenhum dos times. Tanto Grêmio quanto Corinthians partiram para cima nos primeiros minutos, mostrando que o jogo poderia ser franco e sem grandes retrancas. Mas a equipe paulista acabou por tomar a maior iniciativa.
O Corinthians, por estar em casa, atirou-se mais ao ataque e, aos 16 minutos, Guerrero acertou o poste e o tricolor escapou de tomar o gol.
Aos 24 minutos um atleta corinthiano dá uma TESOURA no jogador do Grêmio e o juiz, além de não marcar NADA, ainda dá um CHILIQUE em campo e sai xingando Barcos.
Aos 30 minutos, Grohe faz uma defesa monumental, salvando o tricolor. 
Aos 35, Fellipe Bastos recebe bola de Riveros e dá um tirambaço que passa perto da forquilha direita de Cássio.
E mais não teve no primeiro tempo. Precisando vencer, o Grêmio não conseguiu sobrepujar a equipe paulista, que controlou boa parte das ações. Credite-se muito disso também aos desfalques que desmancharam a estrutura que vinha sendo utilizada com sucesso e havia ganho jogos nas últimas rodadas.

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Segundo Tempo: 1 x 0

O segundo tempo começou
e o Grêmio veio com alterações. Giuliano entrou no lugar de Riveros. Tentativa óbvia de Felipão para tornar o time mais ofensivo.

Aos 3 minutos, após rebote de Cássio, Barcos marcou aquele que seria o gol de abertura do placar, mas o bandeirinha assinalou impedimento muito duvidoso e o juiz invalidou o lance.
Aos 5 minutos, outro impedimento milimétrico marcado.
Aos 7 minutos, Guerrero fez grande jogada, mas chutou pra fora. Aos 9, Ramiro fez bom lance pela direita, chutou e Cássio mandou para escanteio. Aos 12, Dudu entrou a dribles e deu um chutaço da entrada da área, o qual passou próximo do travessão.
Aos 22, um gol do Corinthians corretamente invalidado, pois o cruzamento havia sido feito após a bola ter ultrapassado em muito a linha de fundo.
Aos 25, mais um roubo prejudicando o tricolor. Em uma tentativa de cruzamento para a área alvinegra, a bola bate na mão do jogador corinthiano dentro da área, o bandeira marca o que seria pênalti, mas mesmo após consultá-lo, o juiz não confirma e salva a pele da equipe de Itaquera. Chamar isso de CONCHAVO é pouco.
Aos 35, uma cabeçada do Corinthians bate no pé da trave e o Grêmio escapa mais uma vez, logo após a entrada de Alan Ruiz no lugar de Luan.
Até que aos 37 Guerrero chuta e a bola passa entre Grohe e um zagueiro tricolor. Castigo para o tricolor. Na sequência, o juiz dá cartão amarelo para Dudu, alegando que ele estava reclamando muito.
Aos 40, Felipão bota Lucas Coelho no lugar de Dudu, que estava marcado pela arbitragem e era grande a possibilidade de ser expulso.
E não houve mais nada que merecesse grande registro.


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 O jogo era crucial para a manutenção das pretensões de classificação à Libertadores. Matematicamente, ainda há possibilidade, porém as chances agora são pequenas e dependem de resultados paralelos.
Mas é complicado necessitar de resultado favorável numa antepenúltima rodada de campeonato jogando na casa do Corinthians, historicamente o clube mais favorecido pela arbitragem.
Agora, só vencendo os dois últimos jogos contra Bahia e Flamengo e torcendo contra os demais é que será possível a classificação. 
Só a Matemágica salva. 
 
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Como jogaram

Marcelo Grohe: Fez uma excepcional defesa no primeiro tempo. Foi bem no segundo, apesar de que talvez pudesse ter salvo o lance do gol.
Ramiro: Entrou para substituir Pará, que havia tomado o terceiro cartão amarelo no jogo contra o Cruzeiro. Não estava muito inspirado.

Bressan: Substituiu Geromel, que vinha fazendo ótimas apresentações e, assim como Pará, também levou o terceiro cartão amarelo no jogo contra o Cruzeiro. Foi razoável.
Rhodolfo: A firmeza de sempre. Ainda assim, não conseguiu impedir o gol corinthiano.
Zé Roberto: Manteve o mesmo nível de suas últimas apresentações. Sabe jogar com a bola no pé e tomou conta da lateral esquerda. Mas o cruzamento para o gol saiu por seu lado do campo.
Wallace: Felipão descobriu aquele que talvez seja o melhor volante que o Grêmio possui hoje, mesmo sendo apenas um garoto. Discreto e efetivo.

Fellipe Bastos: Retornou da suspensão por cartão amarelo que o havia tirado do jogo contra o Cruzeiro. Não acertou nenhum lance de bola parada, mesmo sendo aclamado por ter grande aproveitamento nos treinamentos.
Riveros: Marcou o gol do Grêmio no último jogo e teve boa participação. Como Ramiro foi deslocado para a lateral direita, manteve-se na volância. Foi discreto no primeiro tempo e saiu no intervalo para a entrada de Giuliano.
Luan: Não obteve vitória pessoal sobre os marcadores. Saiu para a entrada de Alan Ruiz.
Dudu: Assim como Luan, tentou ir para cima dos marcadores, porém foi contido. Saiu no final do jogo para a entrada de Lucas Coelho.
Barcos: Marcou um gol, porém a arbitragem invalidou.

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Giuliano: Entrou para deixar o time com maior poder ofensivo. Até conseguiu, mas não a ponto de permitir grandes ações.

Alan Ruiz: Entrou no lugar de Luan, que não havia tido grande jornada.
Lucas Coelho: Entrou faltando 5 minutos para acabar o tempo regulamentar. Não teve muito tempo de fazer nada.

Felipão: Teve que remontar o time por conta de desfalques com o que havia à disposição. Sabe das limitações do elenco.
 
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Arbitragem:
Ricardo Marques Ribeiro, auxiliado por Márcio Eustáquio Santiago e Guilherme Dias Camilo (trio de Minas Gerais). O famigerado Ricardo Marques Ribeiro é um dos mais conhecidos membros da Galeria dos Grandes Pilantras da arbitragem brasileira. Seu histórico de metidas de mão contra o Grêmio é grande. Não teria motivo para ser diferente hoje. Sonegou cartões para os jogadores corinthianos e ainda tentou intimidar a equipe gremista. Saiu de campo sendo muito xingado pelos jogadores gremistas.

22 de novembro de 2014

A mandinga e a mãe do Paulão


Fiz uma troca com o Daniel Matador. Eu escrevo o post pré-jogo e ele faz o pós jogo.
Pensei nisto porque quero ver o jogo amanhã sem desgrudar um segundo da imagem da tv. Mas fiz também, inconscientemente, porque penso que devamos apelar para tudo. Até para a mandinga.
O Daniel não perdeu nenhum jogo em que teve a missão de escrever sobre ele no blog. Na dúvida, por que não tentar manter a escrita? Lembro que eu sempre escrevo que tabus existem para ser quebrados. Mas este não será quebrado amanhã.
Eu espero que não.
E rezo também.
Pensei em tantas coisas para escrever durante a semana, mas comecei o post sem saber onde vou chegar.
Ninguém ficou mais decepcionado quinta-feira do que eu. Tanto quanto pode ser. Mais não.
E a decepção, mais do que pela derrota, foi pela forma com que ela ocorreu.
A vitória esteve ali, abraçadinha com o time. Mas infiel, a desgraçada preferiu se bandear para o lado dos mineiros. Como se eles estivessem precisando dela.
Fiquei com um gosto amargo de ressaca, mesmo não tendo tomado nada a não ser água.
Mas a vida segue.
Não consegui evitar de, mais uma vez, perceber o amargor da torcida gremista e o oportunismo dos canalhas.
A torcida tricolor é pior que um eletrocardiograma. Vai da euforia à mais profunda depressão mais rápido do que escorre o dinheiro da Petrobras para as mãos dos ladrões de dinheiro público.
O jogador que é craque hoje é o pereba de amanhã. O riso vira choro e ranger de dentes em segundos. A frustração impede que se veja as coisas boas.
Já os abutres... Bem, abutres existem para comer carniça. Uma derrota é suficiente para tornar o time que querem destruir em muito ruim. "O Grêmio é muito pior do que o Cruzeiro", eles disseram.
"O Grêmio só ganha se jogar partidas épicas", bradaram do alto de seus conhecimentos,
"Ninguém consegue jogar partidas de exceção todos os dias", riram no pós jogo de quinta-feira.
Pois é. Este time ruim, sob o comando do Felipão, faz campanha de campeão. Até a derrota para o virtual campeão brasileiro, era "apenas" o líder do segundo turno, que está chegando ao fim.
Mas é ruim. Horrível este time. Limitadíssimo. E grande parte da torcida compra a ideia.
Pois eu penso que o Grêmio não é o melhor mas está longe de ser apenas coadjuvante neste campeonato. Fosse assim e não estaria na posição que está. Recuperou 10 pontos com a chegada do Felipão.
E chega vivo amanhã. Se nos fosse dado escolher UMA vitória entre Cruzeiro e Corinthians, é claro que todo gremista inteligente escolheria o Corinthians, candidato direto à vaga.
E pelo que tenho visto dos dois times, a vitória tricolor não será nenhuma surpresa amanhã. Ao contrário, penso que ela é até provável. Se não perderem os gols como perderam quinta-feira, é claro.
E ganhando amanhã voltamos à briga. Com força e como favoritos.
Pena que o time aquele que tem pacto com o demônio vai pegar o Atlético só com reservas. Mas vai saber o que pode acontecer. Claro que, conforme a imprensa noticiou, eles terão o "trio de ouro" em campo. Mas o trio espetacular estava em campo nos 5 x 0 da Chapecoense e nos 4 x 1 do GRE-nada que era para ser 7. Mas enfim, a vida continua.
Portanto, caro amigo que lê o blog, sem esta de jogar a toalha antes da hora.

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Paulão não festejou o golaço de bicicleta domingo. E deu suas razões. Sua mãe foi hostilizada, foi vítima de racismo no Cheira-rio e foi embora chorando antes do final da partida. Nunca mais volta lá ela disse.
Espera-se alguma repercussão do episódio na diligente, profissional e ética imprensa esportiva gaúcha.
E também que o Sargento Garcia prenda o Zorro.
Claro que quando apontamos estas coisas, sempre tem os ingênuos que dizem que não é bem isto e bla-bla-bla.

21 de novembro de 2014

Avalanche Tricolor: sofrendo no ar, sofrendo em terra, nosso destino é sofrer até a vitória

Por Mílton Jung

 

Grêmio 1 x 2 Cruzeiro
Campeonato Brasileiro – Arena Grêmio


O dia começou para mim muito cedo, em São Paulo, como sempre começa, mesmo sendo feriado para a maior parte da cidade, nesta quinta-feira. Não contente com a carga de trabalho diária, acrescentei viagem a Florianópolis, onde fui convidado para falar sobre comunicação para os principais dirigentes da indústria catarinense e algumas dezenas de assessores. É da capital catarinense, cenário de muitas das minhas férias na adolescência, que estou retornando esta noite, abordo de um avião que leva a marca Gol – registre-se, apesar da minha escolha ter se dado pela conveniência do horário, gosto de pensar que tenha sido uma premonição.

Deveria ter saído do Aeroporto Hercílio Luz muito mais tarde, atendendo a marcação do voo feita pelos organizadores do evento, mas me apressei em chegar a tempo de uma troca de avião. Por mais que minha cabeça consiga se concentrar nos compromissos assumidos em São Paulo e Florianópolis, confesso-lhe, caro e raro leitor desta Avalanche, que o coração passou o dia batendo em Porto Alegre. E agora bate ainda mais angustiado, pois sem acesso às informações em tempo real, aqui do alto, fico imaginando o clima em torno da Arena Grêmio.

Vejo as arquibancadas lotadas e tomadas pelo nosso azul em tom que se sobrepõe ao do adversário. Faz alguns dias que penso em cada momento deste jogo, mesmo porque meus colegas paulistanos não passaram um minuto sem me lembrar do grande desafio que tínhamos pela frente: a melhor campanha deste segundo turno diante da melhor campanha do campeonato até agora. Todos esperando nada mais do que uma vitória contra o líder, pois provocaria uma reversão de expectativa na competição: uma esperança pequena, é verdade, mas uma esperança. Mal sabem que estava pouco me importando com as intenções deles, pois para mim, para nós gremistas, a vitória tinha outras motivações: seria a certificação para a Libertadores, nosso sonho maior.

A partida vai começar em instantes e quando isto acontecer ainda estarei chegando de volta a São Paulo. Talvez ainda consiga descer em tempo de ouvir os locutores de rádio transmitindo os primeiros minutos ou ao menos o primeiro tempo do jogo. Talvez não. Nunca se sabe o que as viagens de avião podem nos proporcionar de atraso. Na dúvida, sofro sozinho pensando como estará nosso time em campo. Partimos para o ataque desde o início no embalo do torcedor, fórmula que tem funcionado nos últimos compromissos? Ou resolvemos respeitar o adversário e chutar a bola lá de atrás, o que torna o drama desta decisão ainda maior? Fico na expectativa de que a defesa volte a demonstrar segurança, sua marca neste novo momento do time. Torço para que o meio campo e o ataque estejam inspirandos, trocando bola rápido, driblando, chutando, quem sabe marcando gol logo cedo. Tenho vontade de descer aqui mesmo apenas para saber o que está acontecendo em Porto Alegre.

Sei que minha presença diante da televisão tanto quanto no estádio não mudaria uma vírgula do nosso destino, pois mais que eu sofra, vibre e grite, não jogo. Dependo exclusivamente do desempenho do time e da luz irradiada por Luis Felipe Scolari. Mas quero estar ao lado do time com a ilusão de que sou capaz de ajudá-lo.

O piloto pede para colocarmos o cinco de segurança, pois vamos enfrentar uma área de turbulência. Será que ele está sabendo de alguma coisa da partida que eu não sei? Será que nossa situação se complicou diante do mais forte adversário que poderíamos enfrentar nesta competição? Daqui a pouco, todas estas minhas dúvidas serão dirimidas. O comissário de bordo passa ao meu lado e pede para desligar o computador, estamos praticamente chegando ao Aeroporto de Congonhas. Assim que aterrisar, ligo meu celular, acesso a primeira rádio que conseguir de Porto Alegre, e passarei a sofrer pelos ouvidos.

Pés na terra, ouvidos ainda sob a pressão do voo, rádio ligado, descubro que saímos na frente com um gol de Riveros, ainda na primeira parte do jogo; o árbitro irritou mais uma vez; o adversário foi maior do que tudo isso; e acabamos derrotados. Perdemos essa batalha, mas temos mais três pela frente. E em cada uma delas, assumo o compromisso, estarei ao lado do Grêmio, onde o Grêmio estiver. Talvez não faça muita diferença para o desempenho do time, mas para mim faz. Sofrer à distância é muito pior do que apenas sofrer.

20 de novembro de 2014

Quem não mata ... Morre!

Grêmio 1 x 2 Cruzeiro 


Primeiro Tempo: 1 x 0


Início nervoso. O juiz paulista novato parecia elétrico antes do jogo. Sentia a pressão.
O Cruzeiro começou fazendo forte pressão na saída de bola do Grêmio.
E a primeira vez que o time chegou com perigo foi aos 4 minutos. Zé Roberto bateu mal para fora.
O jogo continuou pegado sem solução de ataque, mas sem sustos na defesa.
Mas aos 13 minutos Barcos armou pela esquerda do ataque e cruzou. No rebote, Riveros driblou Julio Batista e tocou no canto. Belo gol.
O gol deixou o time ainda mais ligado e aos 15:40 em cobrança de falta a bola passou pela área sem ninguém conseguir empurrar para dentro.
O Cruzeiro foi para cima para tentar o empate, mas a defesa continuou sólida. Algumas roscas inesperadas, mas nada muito perigoso.
Aos 26 minutos um crime. Barcos cabeceou na cobrança de uma falta a bola venceu o goleiro, bateu na trave e passeou caprichosa pela frente da linha do gol até ser tirada quando passava pela outra trave.
Dois minutos depois Barcos fez grande jogada de novo e pifou Ramiro. O baixinho chutou para defesa do goleiro. Um gol perdido.
Logo depois Barcos entrou impedido em outro bom ataque. 
Aos 30 minutos Parazim vibrou como um gol quando uma cruzada do Cruzeiro bateu na bunda dele e foi para a lateral.
Um minuto depois o Cruzeiro chutou a primeira bola no gol do Marcelo. Um traque de fora da área.
Nesta altura, dois jogadores dos mineiros já tinham saído por lesão enquanto o Tricolor voava em campo. Grande trabalho de Fábio Mahseredjan.
Dudu fez grande jogada e deu para Luan que chutou no corpo do zagueiro. Eram 38 minutos e o 1 x 0 era um presente dos deuses do futebol para o Cruzeiro.
Zé Roberto e Riveros tomaram cartão amarelo em duas jogadas de ataque do Cruzeiro.
E o primeiro tempo terminou sem sustos.

.....

Um primeiro tempo quase perfeito do Grêmio após os primeiros 10 minutos de estudos.
Só não foi perfeito porque pelo menos mais dois gols poderiam ter sido feitos e o jogo ter sido liquidado ainda antes do intervalo.

Segundo Tempo: 0 x 2

Felipão mandou a campo o mesmo time que jogou o grande primeiro tempo.
E o segundo tempo começou com o Cruzeiro tentando fazer pressão. E chutando a gol mas para fora aos 4 minutos. E errando um gol feito aos 6 minutos. A bola passou raspando a trave do Marcelo.
O Grêmio parecia sentir o reflexo da grande intnsidade de jogo que teve na etapa inicial.
Aos 7:20 minutos os mineiros chegaram com relativo perigo de novo.
E o juiz passou a dar sinais que queria arranjar o empate. Não deu uma falta em Dudu na entrada da área. Logo depois não deu uma falta no Pará e na sequência inventou um escanteio contra o Grêmio.
Na cobrança o Cruzeiro chegou com grande perigo. A bola passou por cima do gol.
Aos 13 minutos o juiz amarelou Geromel que está fora do próximo jogo.
O Grêmio não se encontrava mais em campo e passou perigo mais uma vez aos 17 minutos. O chute do cruzeirense foi para fora.
Enquanto isto a Sportv torcia descaradamente para o Cruzeiro. Especialmente o comentarista ridículo que escalaram para o jogo.
Dudu desperdiçou a chance de fazer o segundo tentando dominar uma bola no risco da pequena área ao invés de bater de primeira.
Aos 20 minutos o castigo. Na cobrança de escanteio Grohe fez um milagre mas no rebote nao conseguiu defender. 1 x 1. Merecido pelo que o Imortal não estava jogando no segundo tempo.
Com o gol, o Grêmio que já não estava bem começou a acelerar o jogo.
Mas Dudu entrou pela esquerda e cruzou aos 25 minutos. Barcos dominou e bateu à queima roupa em cima do goleiro.
Na cobrança do escanteio os jogadores reclamaram de um pênalti, que, claro, não foi marcado.
A pressão passou a ser intensa. Mas aos 30 minutos um contra-ataque de 7 contra 3 resultou no segundo gol dos mineiros.
E nada mais aconteceu.

.....

Um jogo para ser ganho no primeiro tempo. Não foi. 
Um segundo tempo que mostrou outro Cruzeiro sob o olhar complacente e passivo do Felipão, que só mudou depois do desastre.
Depois não adianta chorar.
Agora ficou muito difícil. É tudo ou nada domingo.  Penso que está mais para nada.

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Como jogaram

Marcelo Grohe: Nenhum trabalho no primeiro tempo. Sem culpa nos gols.
Pará: Parece que está aprendendo a jogar no ataque, afora uma cruzada errada. Levou o terceiro amarelo.
Geromel: Levou o terceiro amarelo.
Rhodolfo: Voltou como se não tivesse ficado um mês parado.
Zé Roberto: Muito bem na frente e atrás no primeiro tempo. Parou no segundo.
Wallace: Joga muito.
Ramiro:  Errou um gol que poderia ter decidido o jogo.
Riveros: Jogou terça. Fez o gol do time e saiu cansado.
Luan: O mais discreto do primeiro tempo. E o pior no segundo tempo.
Dudu: Um primeiro tempo muito bom e um segundo tempo de peladeiro. Errou um gol do risco da pequena área.
Barcos: Grande primeiro tempo. Errou um gol quase dentro do gol no segundo.
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Alán Ruiz (Riveros): Entrou bem mas muito tarde.
Lucas Coelho (Barcos): Não fez nada.
Giuliano (Luan): Sem tempo.

Felipão: Errou ao não recompor o time quando viu que o Grêmio estava perdendo o meio campo. Só foi fazer isto depois da virada.

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Arbitragem: 
Thiago Duarte,Peixoto Vinicius Furlan, Marcelo Van Gasse (SP) - Um primeiro tempo bem mais ou menos. E um segundo tempo calamitoso. Errou tudo contra o Grêmio e ainda amarelou meio time. Deve ter carteirinha de sócio do Curintia.