31 de março de 2017

Avalanche Tricolor: para lembrar das peladas jogadas na Saldanha

Por Milton Jung


São Paulo 1×0 Grêmio
Gaúcho – Aldo Dapuzzo/Rio Grande


33729904005_367c92beed_z
Uma luta contra a bola, foto de LUCASUEBEL/GRÊMIOFBPA




Tem um posto Ipiranga ali na esquina. Aqui próximo, um galpão com calhetão. E do lado de lá das cabines de rádio e TV, um muro ocupa o espaço que deveria ser de arquibancada. Em meio a tudo isso, o pessoal mantém um campinho de futebol que intercala grama com buraco. Às vezes, a turma chuta a bola meio alta, seja por falta de habilidade seja por intercorrências do campo, e vai parar lá em cima do telhado. Por sorte, o telhado é inclinado e a bola volta para alegria da gurizada.
 
Foi assim, diante destas cenas e com todo o respeito a história do time da casa que assisti ao jogo da noite de ontem, o último do Grêmio pela fase de classificação do Campeonato Gaúcho. Tinha cara de várzea apesar da pompa e circunstância no início da partida. E apesar da importância do jogo para o adversário que precisava de um bom resultado para não cair à Segunda Divisão.
 
Ao Grêmio, no máximo, definiríamos o confronto da próxima fase, pois a classificação entre os quatro primeiros já estava garantida, por isso levou-se time “alternativo” a campo – ao péssimo campo em Rio Grande, que, aliás, foi um dos motivos da dificuldade na troca de passe, além da falta de entrosamento e alguma limitação técnica.

Talvez a falta de ambição do time tenha me dado tempo para olhar para a partida com todas as peculiaridades descritas no primeiro parágrafo – sim, tudo aquilo acontecia em um jogo de futebol oficial e com a chancela da Federação Gaúcha – e me levado a lembrar dos tempos do futebol no campinho perto de casa.
 
Lá no Menino Deus não tinha posto de gasolina, mas tinha a porta de ferro do açougue do Seu Bernardo que servia de goleira. Tinha a venda do seu Ernesto na outra esquina, onde bebíamos água no intervalo da pelada. Tinha um bordel, tratado com todo o respeito pela gurizada que jogava bola. E tinha muros para tabelar e telhados sem inclinação que mantinha a bola refém como pena pelo chute mal chutado.
 
Bons tempos aqueles do futebol jogado lá na Saldanha Marinho, bem do ladinho do saudoso Olímpico. Tempos em que aos grandes do Rio Grande bastava jogar bola para estar na final. Hoje, tem gente que quase nem se classifica à próxima fase.

Comentários (11)

Carregando... Logando...
  • Logado como
Parabéns pelo excelente texto!
2 respostas · ativo 415 semanas atrás
eu sou bem dãããaaaa e comento todos os posts de todos os blogs diversas vezes. sou bem afetado da cabeça. chupa macacada, tonho croquis..
RIP, Blog Imortal Tricolor. E viva a paz dos cemitérios.
3 respostas · ativo 415 semanas atrás
Talvez só hibernando.
Não apostaria 100% RIP.
Já estava com saudades dos teus comentários, que continuem e venham os posts.
Em proporção Dinter (lula),STJD (lava jato),ivi( entidades pelegas,cut,sindicatos,une,etc),coloradagi (mortadelas)
e hj a reunião com o tas pro Biter voltar a 1 divisão?

hj é dia da mentira ne kk
Leiam isto, o cara é demais!
"Ah, certamente, é uma hecatombe nuclear para eles. Os cientistas costumam dizer que apenas as baratas sobreviverão a uma hecatombe nuclear. Entretanto, pesquisas feitas recentemente no Instituto Universal Gaúcho de Física Quântica e Altos Estudos de Bagé afirma que, a uma deflagração nuclear, sobreviverão as baratas e os jornalistas da IVI."
Guberman
A IVI já foi rebaixada para IBI.
Depois da falsificação dos documentos, ser ICI.
E dependendo da CBF, pode vir a ser IDI.
Mas, para esta corja, as notícias são: o Olímpico abandonado, o entorno da Arena, os problemas com a OAS, etc,etc.
São inVencíveis, ou imBencíveis, ou inCencíveis, ou....

Postar um novo comentário

Comments by