Atlético-MG 1 x 3 Grêmio
Pedro Rocha fez dois gols que calaram o Mineirão. |
Caros
Desde 2007 não tínhamos o prazer e o nervosismo de estarmos na final de um torneio de grande porte. Quis o destino que o comandante desta nova epopeia fosse justamente o maior ídolo da história do clube. O maior campeão da Copa do Brasil retornava de forma pujante e meritória. Após uma classificação épica contra o Atlético-PR, outra surpreendente contra o virtual campeão brasileiro Palmeiras e a última frente ao sempre forte Cruzeiro, botávamos o pé na final do torneio que reúne a maior quantidade de equipes do país.
O Atlético-MG jogava em casa. Chovia em Minas Gerais. O Mineirão era o palco. Começavam os primeiros 90 minutos da decisão consagraria o campeão da Copa do Brasil de 2016. E as coisas assim se passaram.
1º tempo - Atlético-MG 0 x 1 Grêmio
Logo aos 2 minutos, Kannemann roubou bola próximo na intermediária e lançou Pedro Rocha, mas a bola foi muito forte. Aos 4 minutos, Luan chutou de fora da área e a bola passou muito perto da trave esquerda de Victor. Aos 6 minutos, Gabriel levou cartão amarelo por entrada violenta em Douglas, que chegou a assustar, mas retornou ao jogo. Aos 10, blitz tricolor que resultou numa bomba de Maicon de fora da área, mas que saiu pela linha de fundo. Aos 17, Maicosuel bateu de longe, mas sem grande perigo. No minuto seguinte, Pedro Rocha recebeu de Douglas e deixou para Walace, que bateu e a bola desviou em Júnior Urso, indo para escanteio. Aos 21, em falha da defesa gremista, a bola sobrou na área para Robinho, que chutou por cima. Aos 22, Douglas chutou e Victor defendeu para escanteio, salvando o Galo.
Até que, aos 30, Maicon deu primorosa assistência em profundidade para Pedro Rocha, que deu um corte seco no zagueiro e chutou na saída de Victor, abrindo o placar! Aos 32, Maicosuel pegou um rebote dentro da área, mas chutou por cima. O Grêmio, após o gol, dominava as ações. Era o senhor do Mineirão. Enervava o adversário. Aos 41, Pedro Rocha encobriu Victor e o zagueiro salvou quando a bola ia entrando! Aos 42, Júnior Urso chutou e Grohe fez um verdadeiro milagre! Aos 44, jogadaça de Edilson, que entortou Fábio Santos e cruzou, mas Luan demorou para concluir e chutou em cima do zagueiro. Aos 45, Geromel salvou de cabeça perigoso cruzamento para a área. Aos 46, em contra-ataque, Pedro Rocha ficou cara a cara com Victor e perdeu, chutando em cima do goleiro.
Grêmio tá tri bem postura ofensiva marcando pressão. To gostando.— André Soledar (@Soledar_) 23 de novembro de 2016
Renato Gaúcho tá parecendo bicheiro de filme da saudosa era da pornochanchada dos anos 80/90. Camisa de botão quase toda aberta e cordãozão.— Volta Pra Marcar! (@VoltaPraMarcar) 24 de novembro de 2016
27 de jogo e Grêmio dono das ações. Só Marcelo Oliveira errou até agora.— Rodrigo Giacomet (@RodrigoGiacomet) 24 de novembro de 2016
Renato chamou o Peter Rock no canto e ensinou esse drible. Dale meu Grêmio, querido!— Rafa Bacchin (@rafa_bacchin) 24 de novembro de 2016
2º tempo - Atlético-MG 1 x 2 GrêmioNao ta faltando raça pro Galo. É um baile de um time bem treinado contra um time treinado por um treinador tosco. O Galo nao tem conjunto— Rica Perrone (@RicaPerrone) 24 de novembro de 2016
Eram menos de 3 minutos quando Pratto chutou, a bola desviou e quase encobriu Grohe. Só que, aos 9 minutos, Pedro Rocha FEZ FILA e marcou um golaço! Aos 13, após cobrança de falta, Leandro Donizete cabeceou e a bola passou perigosamente perto do travessão. Aos 15, Douglas chutou de longe e Victor defendeu. Aos 19, Walace deu um bago de longe, mas Victor pegou. Aos 22, Renato chamou Everton e iria tirar Pedro Rocha, mas o árbitro resolveu aprontar. No último lance, o garoto fez uma falta fortuita e levou um injusto cartão amarelo. Como tinha tirado a camisa para comemorar o segundo gol, foi expulso. Renato então segurou a entrada de Everton.
Jogando com um a mais, o Galo era só pressão. Aos 28, Grohe interceptou cruzamento de Robinho e evitou perigoso lance. Aos 31, Pratto chutou na pequena área e a zaga rebateu. Aos 34, Pratto subiu e cabeceou perigosamente. No minuto seguinte, Everton finalmente entrou, mas no lugar de Douglas, que saiu exausto. Aos 36, após uma cobrança de escanteio, Gabriel pegou de primeira, sem chance para Grohe. Era só pressão e pressão neste momento. O tricolor era só defesa. Aos 43, Ramiro saiu para a entrada de Jaílson. O Galo atacava e o Grêmio defendia. Só que, aos 45, a imortalidade voltou. Geromel fez jogada de PONTEIRO DIREITO e cruzou para Everton, que meteu de primeira para matar o Galo! O árbitro deu mais 6 minutos, mas o Atlético não acreditava no que via. Era um time de zumbis em campo. Fred entrou aos 45 no lugar de Luan. Aos 49, Walace avançava e só não ficou cara a cara com Victor porque parou no último zagueiro.
Pedro Rocha metendo dois em dia de final.— Michely Westphal (@Westphaal_) 24 de novembro de 2016
O equilíbrio no mundo ja não existe mais.
EU TE AMOOOOO MEU @Gremio EU VOU MORRERRRRRRRR VAMOOOOOO QUEREMOS A COPA!!!!!!— Luciana Barbosa (@Cajuciana) 24 de novembro de 2016
O CANTO ESQUERDO DO VICTOR É MUITO AMOR— Lucas Ambos (@lucas_ambos) 24 de novembro de 2016
Juizão quis prejudicar o Grêmio e acaba prejudicando o jogo, agora o Grêmio, com razão, vai fazer cera até dizer chega.— Guilherme.S.J. (@guilhermesj) 24 de novembro de 2016
Como jogaram:Os gremistas já estão preparando a estátua em homenagem ao Renato quando o @Gremio conquistar a #CopaDoBrasil? Porque ele merece, né?— Pri Tescaro (@pritescaro) 24 de novembro de 2016
Grohe: operou um milagre num chute de Júnior Urso. Fez diversas outras boas defesas durante o jogo. Nota 9
Edílson: botou Fábio Santos no bolso. Jogou malandramente, principalmente quando o time estava com um a menos. Nota 7
Geromel: a segurança de sempre. Foi o esteio da zaga. Fez a jogada que culminou no terceiro gol. É um alienígena. Nota 10
Kannemann: é um cão de guarda que sabe morder. Era o único pendurado e conseguiu defender tudo sem levar cartão amarelo. Monstro. Nota 9
Marcelo Oliveira: destoou do restante do time, chegando a comprometer algumas vezes. Nota 6
Walace: foi bem, apesar de perder alguns lances e passes. Nota 7
Maicon: foi bem demais, jogou como um verdadeiro capitão. Deu inclusive a assistência para o gol de Pedro Rocha. Nota 8
Douglas: mais uma vez foi o maestro do meio de campo. A categoria rotineira. Nota 7
Ramiro: cumpriu função tática de modo perfeito, recompondo sempre. Nota 7
Pedro Rocha: abriu o placar com um belo gol. Perdeu outro mais fácil do que o convertido. Fez mais um no segundo tempo. Hoje ele foi 10. Nota 10
Luan: capitaneava quase todas as jogadas de meio e ataque. Perdeu um gol em frente à goleiro por ter demorado para concluir. Nota 7
Everton: entrou no lugar de Douglas, mas o jogo já estava na finaleira. Ainda assim, fez o gol que matou o jogo. Nota 8
Jaílson: entrou no lugar de Ramiro, na famosa substituição para matar tempo. Sem nota
Fred: entrou no lugar de Luan, também para matar tempo. Sem nota
Renato Portaluppi: montou um esquema que depenou o Galo no primeiro tempo. E conseguiu espetar e assar no segundo tempo. Que não se discuta mais. Ninguém tem mais estrela que Renato Portaluppi.
Arbitragem: Pericles Bassols Cortez (PE/FIFA), auxiliado por Rodrigo Henrique Correa (RJ/FIFA) e Nadine Camara Bastos (SC/FIFA). Fez o que pôde para ferrar com o jogo, inclusive expulsando Pedro Rocha. Mas não adiantou.
Era apenas o primeiro jogo. Mas não há necessidade de outro. O Grêmio foi soberbo! Amassou o Atlético em sua própria casa. Preparem os corações. Porto Alegre será pequena. O Rei de Copas está voltando!
Saudações Imortais