20 de maio de 2013

A "bad trip" dos jornaleiros

Então ficamos assim: para desespero dos urubus da imprensa, o Pofexô fica.
Foi um dia de ondas e de chutes. Mas foi especialmente um dia de absurdos, em que toda a miséria desta imprensa esportiva gaúcha putrefata foi mais uma vez escancarada.
Todos, repito, todos os jornaleiros disseram em algum momento do dia que Luxemburgo ficava. E todos, repito, todos os jornaleiros disseram em algum momento do dia que Luxemburgo seria demitido. Assim eles não correm o risco de errar.
Mas o mais podre, o mais asqueroso, o mais nojento dos posts saiu exatamente da cabeça do mais repelente de todos os jornaleiros.
Disse assim o elemento:
O Grêmio deixa sua torcida confusa em relação a permanência ou não de Vanderlei Luxemburgo.
(...)
O presidente Fábio Koff não atendeu a telefonemas de jornalistas, assim como o assessor de futebol Marcos Chitolina. O executivo de futebol Rui Costa prometeu aos repórteres, de plantão no estacionamento que falaria na sala de imprensa. Depois, pediu desculpas e recuou. Chegou a deixar o Olímpico, mas voltou em seguida ao estádio, possivelmente por convocação de Koff.
O técnico, enquanto isso, ficou o tempo todo dentro do vestiário, enquanto os jogadores faziam trabalhos físicos com o preparador Antônio Mello.
Fica a impressão de que a direção, ao não falar nada, varre o mercado em busca de um substituto para só então dizer que Luxemburgo sairá.
Caso não encontre ninguém disponível, convocará entrevista coletiva e afirmará que jamais pensou em demissão.
Vamos por parte então:
  1. Quem disse que o presidente ou alguém do Grêmio precisava falar hoje?
  2. Pofexô estava em reunião e não, como escreveu o idiota, "o tempo todo dentro do vestiário" como se fosse um cão acuado.
Mas o gran-finale é que impressiona.
De informação o vigarista passa para especulação pura usando "fica a impressão" no meio do que seria uma notícia.
E encerra com a inacreditável conclusão que o Pofexô só não seria demitido se o Grêmio não achasse ninguém disponível. E que, haveria então uma entrevista onde se diria que "jamais pensou em demissão".
Ruy Osterman, Lauro Quadros e muitos outros devem ter sentido vergonha de ver no que se transformou um segmento do jornalismo que eles tanto trabalharam para ver respeitado.
Eu só consigo sentir náusea e ânsia de vômito.
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Mas e então? Deixando os safados de lado e voltando ao que interessa. O que eu acho?
Poderia lavar as mãos parafraseando Sócrates, o filósofo, dizendo só sei que nada sei.
Não fico no muro.
Passada a raiva da eliminação e deixando a razão dominar a mente, fui atrás de informação.
A mais importante de todas é a que diz que Luxemburgo tem o grupo na mão. Isto é fundamental.
Também olhei o espectro de treinadores disponíveis e não há nenhum nome que pudesse ser unanimidade. Então, saindo o Pofexô, viesse quem viesse continuaria uma onda danada. Sob este aspecto, portanto, não haveria alívio no ambiente.
Indo além: um novo treinador provavelmente começaria do zero. E estamos cansados de ver o clube sair do zero 2 ou 3 vezes por ano.
E por fim, o Pofexô fez, inegavelmente um bom trabalho no brasileiro do ano passado. Agora tem muito mais condição de ir mais longe.
Termino com algumas tuitadas do Arigatô, que servem de pista para coisas que virão:
  • Alô @RdGaucha, avisem o Wianey que o presidente jamais ficará sozinho. E não sou apenas eu a estar sempre com ele: o CA trabalha em harmonia
  • Os interesses do Grêmio não se submetem às necessidades das redações. Quando houver algo a ser informado, haverá a informação.
  • Importante que a torcida saiba: não há nenhum conflito ou "racha" no CA. Trabalhamos em harmonia sob a coordenação do presidente Koff.
  • Há três formas de se promover mudanças: mudando pessoas, mudando comportamentos ou uma combinação dos dois.