14 de junho de 2017

Avalanche Tricolor: uma questão de amor!


por miltonjung
  

Grêmio 1x0 Bahia
Brasileiro - Arena Grêmio

  
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Geromel e Kannemann comemorar vitória (reprodução da SporTV)
 Uma segunda-feira destinada aos namorados, àqueles casais que se aceitam como são e por isso se amam como se amam. Sabem que a perfeição não existe, porque essa somente surge quando a vida acaba. E queremos vida longa para viver ao lado de quem amamos. Um amor que explica sacrifício e compressão.
 Sinto-me privilegiado. Há 26 anos, comemoro o Dia dos Namorados ao lado da mesma pessoa, que soube me entender, compartilhar dor e angústia, alegria e prazer por todo esse tempo. Soubemos e sabemos ceder, e isso é fundamental para que se viva em harmonia. Nos olhamos e percebemos o que desejamos. Às vezes me engano, ela poucas vezes.
 Desde o fim de semana, dá sinais que preferia ficar em casa, nesta segunda-feira à noite: está frio lá fora, amanhã você acorda cedo, restaurantes cheios, só ficaremos nós dois, eu faço o jantar gostoso, você serve o vinho … uma desculpa atrás da outra para justificar nossa permanência.
 Desculpas, não. Compreensão.
 Ela sabia que o Grêmio jogaria nesta noite do Dia dos Namorados. Aliás, mais uma vez. Há três ou quatro anos, jogamos também em uma noite de 12 de junho: era um sábado, frio pelo inverno que se avizinhava e em São Paulo. Foi comigo ao Morumbi e respeitou meu sentimento porque sabia da minha alegria (naquele jogo, o resultado não foi nada bom - ainda bem que ela estava ao meu lado). Hoje, fez o mesmo, sem precisar sair de casa. Apenas preparou o ambiente para que, no calor do aquecimento elétrico, eu pudesse estar à frente da televisão no momento em que o Grêmio entrasse em campo.
 Ficou ali bebericando o vinho comigo, enquanto o time tentava furar o bloqueio defensivo do adversário. Ao ver que o gol não saía e a ansiedade aumentava, levantou-se sem se fazer perceber. Não queria me ter sofrendo pelo resultado que não alcançávamos. Não queria me constranger. Mais uma vez respeitou meu sentimento sabendo que nada daquilo desrespeitaria a paixão que compartilhamos um pelo outro. Quando a gente se ama, compreende.
 Eu também compreendia o Grêmio e a dificuldade para chegar ao gol. Tínhamos pela frente um adversário disposto a fechar todos os espaços possíveis e encarávamos este time encardido sem nossa formação ideal no ataque. A lesão de Barrios e o deslocamento de Luan para o comando do ataque exigiram adaptação e paciência.
Muita paciência.
 Tivemos de usar todas nossas formas de atacar. No toque de bola não encontrávamos espaço, no drible não avançávamos, então era hora de usar arsenal treinado por Renato. Sim, porque o gol aos 40 minutos do segundo tempo não foi obra do acaso. Já marcamos ao menos mais dois da mesma maneira, apenas com protagonistas diferentes, neste campeonato. Cobrança de escanteio no primeiro pau, o zagueiro desvia de cabeça e a bola encontra alguém fechando em direção ao gol do outro lado. Se antes foram Kannemann e Barrios, hoje foram Geromel e Cortez.
 A paciência, a compreensão e a  perseverança nos levaram a mais uma vitória  e nos deixaram na vice-liderança isolada do Campeonato Brasileiro. E, por isso, agradeço ao Grêmio.
 A paciência, a compreensão e a perseverança nos levaram a construir uma família e convivermos lado a lado ao longo de todos este tempo. E, por isso, agradeço a você meu amor!

Comentários (3)

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A paciência é uma virtude que o Grêmio e sua torcida tem de procurar recuperar depois da pausa prolongada de títulos antes da Copa do Brasil de 2016.
Renato mais amadurecido na carreira de técnico parece ter aprendido esta lição nas suas derrotas anteriores e parece ser o professor ideal para NOS re-ensinar esta lição...

Lição ESSENCIAL para um time ser campeão num campeonato longo e de pontos corridos.

O Jogo do Bahia é apenas o primeiro de muitos onde equipes intimidadas pelo futebol apresentado pelo Grêmio de muitos toques e passes velozes e PRECISOS montarão esquemas de marcação e pressão cada vez mais elaborados e aperfeiçoados para conter o NOSSO jogo.

Caberá a Renato e seus BLUE-WHITE-BLACK caps (esta é velha) continuar a treinar com afinco e buscar novas soluções para a inevitável falta de espaço nos próximos jogos na nossa Arena, conforme o Grêmio consiga manter-se a frente e no G4 da série A, para que o time continue invicto e inligatum e ganhando todos os pontos em sua casa.

OBS: está claro que o sci não será idiota a ponto de recorrer da multinha ridícula que os Auditores do STJD lhes presentearam no caso do USO DOS DOCUMENTOS FALSIFICADOS NO STJD, resta saber se a promotoria/CBF vai ou não recorrer da Sentença Patética de Injustiça Esportiva.... Para termos a certeza absoluta dessa Farsa de Justiça Esportiva...
Pessoal que carrega a IVI na ponta da língua (muitas vezes com razão):

Quando eu digo que a IVI é café com leite e o perigo (histórico) maior é o EIXO, ficam fazendo pirracinha, né?
CADÊ O APELO DO EIXO EM RELAÇÃO AO JULGAMENTO DOS vermelhos?
A nossa expulsão da Copa do Brasil foi exigida, confirmada, degustada, aplaudida.
Recebeu destaques em jornais, tv´s, rádios, sites, horas e horas de repercussão.
Foi o momento em que se fez justiça nesse país. Nunca houve, nem antes e nem depois.
Tatuaram na paleta do Imortal o cunho "racista". Condenado e excluído.

ME DIGAM SENHORES IVISTAS, CADÊ O EIXO REPERCUTINDO O FRACASSO DO JULGAMENTO DO inter.
Cadê o eixo cobrando a eliminação ou perda de pontos dos vermelhos.
Fiquem a vontade....sem gaguejar.
JOGADAS ENSAIADAS, meu DEUS, a quanto tempo que não se via isto no Grêmio. Time encaixado e ainda em crescimento. Não podemos tirar o mérito dos adversários, pois já entram em campo sabendo de cor e salteado a forma como o Tricolor joga. Os adversários sabem que, se não jogar na humildade, vão ser goleados.
Sobre amanhã, gostaria do Everton começando o jogo, mas muito provavelmente entrará no começo do segundo tempo. O Renato sabe que o rendimento dele é muito maior quando os adversários estão cansados.

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