21 de outubro de 2017

A corneta enferrujada

O empate contra o Corinthians teve um efeito positivo: acabou o mimimi de parte da torcida sobre poupar ou não jogadores. Nove pontos atrás faltando apenas 10 rodadas combinado com a possibilidade, se tudo der certo, de mais 4 jogos pela Libertadores tornam impossível o título brasileiro.
Certo que aqueles que criticam pelo amor à crítica dirão: "se não tivesse poupado antes não estaria a 9 pontos do líder."
Errado. O Grêmio perdeu 9 pontos na Arena (Corinthians, Avaí e Chapecoense) jogando com os titulares.
Outra certeza: nunca, jamais, um time ganhou Libertadores e Campeonato Nacional na mesma temporada. E isto quando a Libertadores acabava em julho. Imaginem agora que as rodadas finais da Libertadores coincidem com a reta final do campeonato nacional. Sem contar que o mesmo acontece com a Copa do Brasil que terminou há duas semanas.
Os apocalípticos do tudo errado não se rendem: "Ain, só o Grêmio poupou." E dão exemplos: "O Corinthians, o Cruzeiro, o Santos, etc. não pouparam."
Primeiro que não é verdade. Pouparam sim. Talvez não a maioria dos titulares, até porque a maioria não tem grupo para se dar a este luxo. Mas pouparam. Segundo que os redondos da corneta dando estes exemplos estão só provando que tem de poupar mesmo.
O Corinthians caiu prematuramente na Copa do Brasil e na Sulamiranda. Então não tinha porque poupar. Mesmo assim está rateando. O Cruzeiro poupou para ganhar a Copa do Brasil. E todos os outros não ganharam porcaria nenhuma durante o ano. E muitos dos exemplos: Botafogo, Atlético MG e Atlético Petralha estão lutando para não cair.
Renato está certo escalando o time que vai a campo amanhã. Luan e Michel precisam jogar para ganhar ritmo de jogo. Os outros precisam estar prontos para a batalha de quarta-feira.
Portanto, bendito empate que limpou a área de uivos e lamentações.