Avaí 2×2 Grêmio
Brasileiro – Estádio da Ressacada, Florianópolis/SC
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Everson Passos aqui embaixo, ao lado do Roberto Nonato, no estúdio da CBN
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Esta Avalanche não escrevo para você, caro e raro leitor. E tenho certeza de que você entenderá. Também peço encarecidamente aos amigos que reproduzem esta Avalanche em seus blogs dedicados ao Grêmio que poupem seus leitores das minhas palavras, mesmo porque não vou falar do resultado desta noite de domingo. O que falarei aqui é algo muito particular que não gostaria de ver exposto especialmente à sanha intolerante que toma conta da sociedade contemporânea. Mas preciso escrever. Para mim sempre foi a melhor maneira de arrancar a tristeza do coração.
Hoje, vou dedicar esta Avalanche a um colorado. Um cara que era capaz de vestir a camisa encarnada (ou estilizada) na alegria e no sofrimento. Nos momentos extremos em que seu time vencia, especialmente quando vencia o meu, ou diante de derrotas copiosas. Ele fazia questão de mostrar-se solidário nesses instantes. Solidário a sua paixão, como muitos de nós torcedores costumamos ser.
Falo aqui de Everson Passos, que morreu sexta-feira, dia 27 de outubro, após ter sofrido, há três meses, um derrame cerebral que o tirou a consciência e o desconectou da vida. Foi meu colega na CBN e teimo em acreditar que chegou a trabalhar com o pai lá na Rádio Guaíba de Porto Alegre. Se não o fez, com certeza conheceu meu pai enquanto atuava como jornalista no Rio Grande do Sul, pois o pai foi nosso assunto em comum em mais de uma oportunidade.
Ele falava pouco, resmungava muito, dizia certas verdades e nunca nos deixava ser levado pela ilusão das vitórias. E não falo aqui das coisas do futebol, não. É dá vida mesmo. O Everson tinha os dois pés no chão (a não ser quando estava montado em uma bicicleta) e nos colocava no devido lugar sempre que nos atrevêssemos devanear.
Chegava a ser engraçado na maneira de se portar diante dos fatos. Olhava de revesgueio, como costumamos dizer lá no Rio Grande, tinha um ar desconfiado e nas poucas palavras que proferia dizia muito.
Ao meu lado apresentou algumas edições do Jornal da CBN quando se revelava ainda mais rigoroso com a leitura dos textos. O mesmo rigor que usava no momento de redigir ou editar as reportagens. Um rigor que não se voltava aos colegas, mas a ele próprio.
Foi esse mesmo rigor que fez com que ele decidisse voltar para o Rio Grande do Sul. Deixou a rádio e São Paulo porque acreditava que tinha uma missão muito mais importante: cuidar da mãe que vivia sozinha desde a morte do pai. O destino lhe pregou uma peça. Poucos meses depois de chegar a terra natal sofreu o derrame e a mãe ficou para lhe dar carinho e apaziguá-lo até a morte.
E mesmo na morte, Everson não deixou de ser Everson.
Ao morrer com apenas 51 anos, sem precisar dizer uma só palavra, nos manda um recado ao estilo dele. Escancara a fragilidade do ser humano e nos faz ver como desperdiçamos nossos momentos com picuinhas, desentendimentos baratos entre amigos, colegas de trabalho, torcedores e mesmo irmãos, pais e mães. É como se estivesse nos dizendo: vai cuidar da sua vida!
Valeu, Everson! Anotei o recado.
heraldo · 385 semanas atrás
Rodrigo · 385 semanas atrás
RicardoCanoense 85p · 384 semanas atrás
FCG · 384 semanas atrás
COPIÃO DE TUDO · 384 semanas atrás
Gilberto Rezende 106p · 384 semanas atrás
Pena, se confirmarmos nesta quarta nossa passagem à final vai ser mais uma decisão que acompanharemos do sofá...
E não na nossa Arena....
Uma pena, mas poupamos na Libertadores pelo Ruralito e paramos no 4 x 0 contra o Zamora... Não foi falta de aviso...
Só podemos reclamar de nós mesmos; vamos enfrentar uma baita retranca como no primeiro jogo do Lanús contra o River...
Mesmo assim vamos lá pelo tri da América...
Dá-lhe Grêmio!!!
seuAlgoz 101p · 384 semanas atrás
Mas vai te foder!
Gilberto Rezende · 384 semanas atrás
Não preciso...
COPIÃO DE TUDO · 384 semanas atrás
COPIÃO DE TUDO · 384 semanas atrás
Mas como sofre esse Gilberto Rezende em todos os Blogs, parece china véia de beira de estrada, quando mais pau leva, mais se irrita e volta pra apanhar mais ainda. Haja pão com mortadela ..... Oremos e vamos rindo, é claro (kkkkk).
Rezende, como tu mesmo disse que gostas: ''vá de reto'', pois esta é a tua praia.
Meh · 384 semanas atrás
rafeits · 384 semanas atrás
Michelen Fortes · 384 semanas atrás
Diogo · 384 semanas atrás
TRIcolor · 384 semanas atrás
Se o Grêmio realmente quiser ser campeão, lá no reduto deles, vai ter que jogar sem medo de morrer. Vai ser preciso muita coragem, mas muita mesmo.
O pior que podia acontecer era jogar a segunda lá na argentina, e aconteceu. Agora vamos ver de que barro nosso time é feito. Repito: Não vai bastar somente futebol.
COPIÃO DE TUDO · 384 semanas atrás
Jair · 384 semanas atrás
Penso que hoje em dia, com tantas câmeras, com exigência de segurança e distância mínima da torcida para o campo e até VAR, a disputa ficou praticamente só no futebol e alguma malandragem ou provocação para levar o adversário à expulsão. Se tivermos maturidade e futebol, não tem nada que nos tire a Libertas.
Gilberto Rezende · 384 semanas atrás
A forma como a FIFA implementou o assistente de vídeo visa preservar a autoridade do árbitro de campo e com isso comete um erro colossal que pode até resultar na falha da iniciativa pioneira NO FUTEBOL.
O jogo de ONTEM confirmou meu pior temor, que o assistente de vídeo será um instrumento NÃO EQUÂNIME de justiça.
Só para o mandante ou o time de maior torcida no local do jogo.
Como ele depende da iniciativa do árbitro principal em acionar o recurso, na maioria das vezes, ele só será acionado pela pressão do time e torcida local (ou em maioria no estádio).
Quando o Árbitro Principal tiver convicção "no seu erro" como foi no caso do pênalti NÃO MARCADO a favor do River Plate aos 40 minutos do primeiro tempo ele simplesmente não se acionará o recurso (como foi ontem).
Em outros esportes com mais experiência no recurso, há o desafio, e no futebol americano TODOS os lances de gol são revisados INDEPENDENTE do árbito principal e quando o árbitro de vídeo percebe um ERRO do árbitro em campo interfere de iniciativa própria.
Se não for assim para que um assistente que só é acionado por pressão local ou covardia do árbitro em campo ???
Hoje coversei com um conhecido que joga Rugby e ele me disse que tem uma característica muito interessante no Rugby profissional, o microfone do árbitro é aberto para todos no estádio. TUDO o que o árbitro fala (e o que os jogadores falam próximo para o árbitro) é ouvido pela torcida e captado pelos jornalistas O TEMPO TODO.
Seria muito bom se fosse assim no futebol....
Jean · 384 semanas atrás