2 de setembro de 2017

Daniel Matador - Todo Sport adora levar 5 na Arena

Grêmio 5 x 0 Sport

Fernandinho fez grande partida e anotou dois gols na goleada.

Caros

Em um nem tão distante 02 de setembro de 1989 o Grêmio recebia o Sport Recife no lendário Estádio Olímpico Monumental para a decisão da primeira Copa do Brasil. Após abrir o placar e levar o gol de empate, Cuca fez o gol que deu o título que abriu o caminho para a alcunha de Rei de Copas que o tricolor ostenta até hoje.

Pois 28 anos depois este mesmo Sport foi recebido na portentosa Arena, desta vez enfrentando um Grêmio que ostenta 5 títulos daquela competição. Só que o enfrentamento, desta vez, era pelo Campeonato Brasileiro e a equipe gremista buscava mais três pontos para continuar no encalço do Corinthians e da liderança. E o técnico do clube pernambucano era ninguém mais, ninguém menos que o conhecidíssimo amante do carteado, o pofexô Luxemburgo.

Primeiro tempo: Grêmio 2 x 0 Sport

Aos 9 minutos, Cortez fez uma jogadaça pela esquerda e cruzou com grand perigo. Aos 11, Edilson cobrou mais uma daquelas faltas estilo PATADA, num prenúncio do que estava por vir. O Sport povoava o meio de campo, dificultando as tentativas tricolores. Aos 16, Ramiro chutou rasteiro, de longe, para defesa do interminável goleiro Magrão. Aos 17, grande lance de Fernandinho, que girou na meia-lua da grande área e sofreu falta (por pouco não foi pênalti). Na cobrança, Edilson emendou um PATAÇO que quase furou a rede e abriu o placar!
Aos 25, Everton invadiu a área e chutou para Magrão fazer um milagre. Aos 27, chute cruzado e rasante de Fernandinho, que desviou na zaga e Everton quase alcançou. Aos 35, Edilson fez uma jogada simplesmente ESPETACULAR pela direita, livrando-se de três marcadores com CANETA E DRIBLE DA VACA para cruzar e Everton ampliar o placar!
Aos 43, Michel deu uma PANCADA de fora da área e nocauteou o zagueiro Ronaldo Alves. E após alguns acréscimos, a primeira etapa acabou com a vitória parcial do tricolor.




Segundo tempo: Grêmio 3 x 0 Sport

Antes do primeiro minuto de jogo Fernandinho já arriscava um chute de longe, que saiu pela linha de fundo. Aos 5, o primeiro lance de perigo do Sport até então, num chute de longe que passou perto da forquilha direita de Grohe. O time de Renato passou a administrar o resultado, tocando a bola e evitando expôr-se desnecessariamente. Até que, aos 21, Ramiro sofreu pênalti claríssimo, anotado graças à intervenção do árbitro auxiliar de linha de fundo. Fernandinho bateu de canhota, forte, próximo ao ângulo esquerdo de Magrão, que chegou a tocar na bola, mas não evitou o terceiro gol tricolor!

Aos 24, Ramiro deu uma assistência de cabeça para Fernandinho, que também cabeceou para anotar o quarto gol!

Aos 29, Léo Moura saiu extenuado para a entrada de Patrick. E, aos 32, em sua primeira jogada, o garoto driblou seus marcadores e chutou, quase marcando um golaço. Aos 33, Ramiro saiu para a entrada de Dionathã. Aos 37, Everton saiu para a entrada de Beto da Silva. Aos 38, Dionathã recebeu, limpou e bateu de fora da área para anotar o quinto gol!

A esta altura, o Sport não sabia mais o que fazer, a não ser torcer para o jogo acabar logo e não levar mais. E saiu aliviado por ter levado apenas cinco. Todo Sport adora levar cinco no lombo na Arena.



Como jogaram:

Grohe: assistiu o jogo de graça. Nota 6
Edilson: o nome do jogo. Marcou um golaço de falta e fez uma jogada de craque antes de dar a assistência para o gol de Everton. Nota 9
Bressan: demonstrou segurança e não comprometeu. Nota 7
Kannemann: o velho cão de guarda de sempre. Nota 8
Cortez: tentou alguns avanços, porém não teve tanta vitória pessoal. Nota 6
Michel: fez boa parceria com Arthur. Nota 6
Arthur: a costumeira categoria no meio de campo. Nota 7
Ramiro: um pouco abaixo dos demais, porém recuperou-se um pouco na segunda etapa. Nota 6
Léo Moura: a mudança de posição não fez com que rendesse tanto, mas ainda assim foi bem. Nota 7
Fernandinho: muita vontade e força de ataque. Marcou um gol de pênalti e outro de cabeça. Nota 9
Éverton: muito melhor do que nas últimas partidas. Várias vitórias pessoais sobre os marcadores e um gol anotado. Nota 8

Patrick: entrou no lugar de Léo Moura. Mostrou qualidade nos poucos minutos que ficou em campo. Nota 6
Dionathã: entrou no lugar de Ramiro e anotou um belo gol. Nota 7
Beto da Silva: entrou no lugar de Everton, na finaleira. Sem nota

Renato Portaluppi: sua habilidade em mobilizar a equipe, mesmo após um revés, é impressionante. A goleada passa por ele. Nota 9

Arbitragem: o trio goiano foi formado pelo apitador André Luiz de Feitas, auxiliado por Fabrício Vilarinho e Leone Rocha. O árbitro tinha grande dificuldade em sacar cartões do bolso. Deveriam estar colados, provavelmente. Não fosse o árbitro de linha de fundo, não teria anotado o pênalti em Ramiro. Bem fraquinho.

Foi um verdadeiro massacre. Mesmo não contando com Barrios, Luan e Geromel, o Grêmio mostrou que seu grupo é muito forte. O Sport reviveu sob o comando de Luxamburgo, que deu um padrão de jogo à equipe e subiu posições na tabela. Mas não adiantou e ele levou cinco na cola. A caça ao título continua!

Pedro Rocha despediu-se no gramado da Arena.

Durante o intervalo, Pedro Rocha percorreu o gramado da Arena e foi ovacionado pela torcida ao despedir-se do clube por onde foi campeão. E saiu como todo jogador deveria sair sempre que necessário: de cabeça erguida, faixa no peito e taça erguida. Que todo jogador possa mirar seu exemplo.

Saudações Imortais