Festa amarga

Grêmio 0 x 1 Atlético MG

Pré jogo - 110 anos de amor

Cento e dez anos de vida. As novas gerações chegarão a isto. Com Alzhaimer, Parkinson, 20 cânceres diferentes curados, mas chegarão.
Ninguém chegará com a vitalidade do nosso Grêmio. Com a história do nosso Grêmio. Com a altivez e o orgulho do nosso Grêmio.
Eu não chegarei lá. Mas eu chegarei mais longe do que chegaria não fosse este clube fantástico que nos preenche as lacunas que aparecem no caminho, aplaca as dores da existência, dá uma trégua para as depressões e tristezas e faz acreditar que vale a pena continuar vivendo.
Hoje tem jogo. E hoje, embora o resultado seja importantíssimo, eu não estou nem aí para ele. Hoje eu só quero agradecer o Grêmio por ter entrado na minha vida. E ter me tornado um cara melhor.
Afastado de Porto Alegre, lembro comovido as minhas idas jogo sim outro também ao Olímpico. Independente do adversário e da importância que outros davam ao jogo.
Eu ia porque precisava de ar. Porque não podia viver sem aquela energia. Porque precisava entender todas aquelas pessoas unidas em torno de um ideal não identificado. Não entendi até hoje.
Mas isto pouco importa. O que importa é a emoção de ver aquela camisa entrar em campo.
E parafraseando o Arigatô tenho de dizer:

Parabéns e obrigado por tudo meu sempre jovem e querido Grêmio!
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A propósito: recomendo outra leitura. Nenhum jornalista gaúcho chegou sequer perto do Beting e do Rica Perrone.
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Primeiro tempo: 0 x 0

Aos 30 segundos, um ex-mazembado esfolou o Gabriel. A um minuto cruzada de Alex Telles levou perigo. Os dois times apresentaram suas armas.
O jogo era todo no meio de campo até que aos 10 minutos Barcos chutou com perigo de fora da área. O goleirinho espalmou.
Vinte minutos e nada de jogo. Ninguém conseguia armar nada. Os atacantes morriam de inanição.
Trinta minutos e nada. Vargas displicente e apagadíssimo.
Aos 40 minutos Vargas fez boa jogada pela direita e levou perigo. Acabou com um chute prensado de Barcos e um chute por cima do Bressan.
O Atlético chegou com perigo por Tardelli aos 43 minutos.
E terminou o primeiro tempo.
Não houve jogo. Se foi a emoção pela festa de 110 anos, se foi o esquema do Atlético, se foi falha dos jogadores não sei.
Zé Roberto foi muito mal, assim como tinha ido no jogo anterior. Até agora não conseguiu encaixar no esquema com 3 zagueiros.


Segundo tempo: 0 x 1

O Grêmio voltou com a mesma escalação, mas aparentemente com mais atitude. Aos 2 minutos Barcos fez boa jogada, sofreu falta mas mesmo assim acho Zé Roberto que entrou na área e deu uma bomba que o goleiro mandou para escanteio. Um recomeço promissor.
O jogo continuou sem opções até os 10 minutos. Foi quando Barcos fazia boa jogada e o juiz deu perigo de gol, parando um ataque muito perigoso.
Chovia muito desde o início do jogo e começaram a aparecer poças d´água no gramado.
Aos 14 minutos uma poça d´água ajudou e Vargas entrou na cara do gol. Errou duas vezes o gol feito. Gol que não se pode errar.
Aos 15:30 minutos mais uma chance.
Aos 16 minutos o castigo. Gol do Atlético.
Zé Roberto junto com as poças continuava a travar o time.
Renato só foi mudar o time aos 25 minutos. Entrou Deretti no lugar de Bressan.
Aos 29 minutos Zé Roberto coroou sua péssima atuação errando um gol feito.
Aos 42 minutos mais um gol perdido.
O Atlético soube catimbar e levar o jogo até o final sem maiores sustos.
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O Atlético teve uma chance e fez. O Grêmio teve 4 ou 5 e não fez. Injusto? Não. Competência.
Agora são nove pontos atrás. Fica mais difícil. Quase impossível o título. Mas não dá para desanimar.
Renato não pode ter medo de tirar Zé Roberto. Ele foi mal em Recife e foi péssimo hoje. Trava o time com seus toques improdutivos.
Uma pena também festejar os 110 anos com derrota. 

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Como jogaram

Dida: Sem trabalho no primeiro tempo. Não teve culpa no gol.
Gabriel: Firme. Está adquirindo confiança.
Rhodolfo: Comandou a zaga com a firmeza de sempre.
Bressan: Não destoou. 
Alex Telles: Algumas boas jogadas, mas parece cansado.
Pará: Bom. primeiro tempo. Mal no segundo tempo.
Ramiro: Não foi bem.
Riveros: Bem.
Zé Roberto: Voltou mal. Trava o time. O pior em campo. Não pode jogar neste time.
Vargas: Começou displicente e apagado. Melhorou a partir da metade do primeiro tempo.
Barcos: Isolado tentou alguma coisa no primeiro tempo sem conseguir.
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Jean Deretti (Bressan): Entrou bem. Mas perdeu um gol.
Wendell (Ramiro): Nada fez no pouco tempo.
Paulinho (Alex Telles): Entrou afobado.

Renato Portaluppi: Demorou para mexer e não tirou Zé Roberto, que era o pior do time.

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Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique - Inverteu faltas contra o Grêmio. Permitiu a catimba do Atlético. Ou seja, mais um que aprontou.