Por Milton Jung
Grêmio 2×1 Palmeiras
Copa do Brasil – Arena Grêmio
Havia algo diferente no ar. Mesmo com um público aquém da nossa necessidade, a concentração de torcedores em alguns setores da Arena passava a sensação de que o espírito copeiro estaria em campo. E foi o que se viu do primeiro ao último minuto de partida.
O toque de bola e a movimentação no ataque, tendo Luan como coringa, atuando em todas as posições do meio para a frente (às vezes até lá atrás), uniram-se a marcação alta e futebol com intensidade – legado de Roger.
A obsessão por ganhar toda disputa, marcar o adversário a qualquer custo e afastar a bola da nossa área mesmo que seja com um chutão, também estavam lá. Assim como a velocidade no ataque e a bola alçada para a área na expectativa de uma conclusão certeira de um dos nossos – ao estilo Renato.
E na união do futebol desejado por Roger e por Renato – dois campeões ao seu estilo -, o Grêmio foi Grêmio na primeira partida destas quartas-de-final, na Copa do Brasil.
Ver Ramiro aparecendo na entrada da área e acertando um chute indefensável no primeiro gol é animador. Gosto de saber que temos jogadores dispostos a superar suas limitações e críticas (justas ou não).
Ver que no segundo gol tínhamos ao menos dois jogadores dispostos a empurrar a bola para dentro, além de um terceiro que aparecia livre para concluir, sinaliza a disposição da equipe em superar o mau momento.
É assim que gostamos de ver o Grêmio. É assim que queremos o Grêmio: lutador, copeiro e com talento, seja na Copa seja no Brasileiro!