Geromel participou do lance do segundo gol (foto: Lucas Uebel) |
Caros
As quartas-de-final da Copa do Brasil começaram hoje para o tricolor. Sem Wallace Reis (que já havia jogado a competição pelo Flamengo) e Maicon (lesionado), Kannemann e Jaílson entraram no time titular. Mas esta não foi a única mudança. Henrique Almeida foi sacado e Ramiro povoou o meio de campo, em uma clara mudança de esquema, com Pedro Rocha e Luan no ataque. Num jogo em casa, fazer gol e não levar seria o ideal para seguir adiante, na reedição do maior clássico brasileiro dos anos 90.
1º tempo: Grêmio 2 x 0 Palmeiras
Nem tinham rolado 30 segundo e Jaílson reviveu os confrontos dos anos 90 ao cometer uma falta. O Grêmio estava literalmente MORDENDO! Mas a primeira chance foi com Zé Roberto, que acabou chutando muito alto da entrada da área. Aos 14, uma grande chance num belíssimo passe de Douglas para Pedro Rocha, que quase marcou, mas acabou perdendo o domínio. Aos 19, Pedro Rocha recebeu, deu um drible desconcertante que deixou o zagueiro no chão e emendou um PETARDO que o goleiro milagrosamente defendeu. Mas o bandeirinha já marcava um duvidoso impedimento. No lance seguinte, Moisés cabeceou para defesa de Grohe. Aos 28, Luan cobrou um escanteio tentando um gol olímpico.
Até que, aos 34, Ramiro recebeu uma bola na direita de Douglas e emendou um SAPATO NA VEIA, abrindo o placar com um GOLAÇO! E aos 36 o árbitro marcou um raríssimo lance de recuo de bola ilegal para o goleiro do Palmeiras. Nua cobrança em dois toques, Geromel meteu um BALAÇO e quase marcou. Aos 42, Luan sofreu falta e cobrou de longe. Geromel cabeceou e a bola foi na travessão. No rebote, Pedro Rocha meteu o melão na bola e ampliou. Só o Grêmio jogava, AMASSANDO o Palmeiras, que não viu a cor da bola no primeiro tempo. Kannemann ganhou TODOS os lances individuais com Gabriel Jesus. No último minuto, Luan ainda chutou de fora da área e quase marcou o terceiro. Mas, para sorte da porcada, o árbitro encerrou o primeiro tempo.
To gostando da postura do Grêmio, não tá a melhor coisa do mundo taticamente, mas tá com bastante vontade.— André Soledar (@Soledar_) 29 de setembro de 2016
É outro Grêmio em campo. O time de Renato se lança pra frente, cruza e tenta o ataque contra o poderoso Palmeiras. #CopaDoBrasil— flaviofachel (@flaviofachel) 29 de setembro de 2016
Que lindo, Ramiro!!! NUNCA CRITIQUEI!!! Schweinsteiger de Gramado!!!— Giuliano, com G (@nanocotidiano) 29 de setembro de 2016
Luan jogando onde e como deve jogar. Só falta ter 2 atacantes que sejam matadores na frente dele. Renato sabe pouco de bola né?— Giovani (@GiovaniRasia) 29 de setembro de 2016
2º tempo: Grêmio 0 x 1 Palmeiras
Aos 2 minutos, Walace recebeu na ponta esquerda, chutou duas vezes (o primeiro chute esbarrou no zagueiro e voltou) e quase marcou o terceiro gol. No lance seguinte, em uma grande jogada palmeirense, Grohe foi obrigado a cometer pênalti. Na cobrança, Zé Roberto converteu e descontou. Aos 6, Luan emendou uma bola de longe, mas o arqueiro defendeu. Aos 12, Luan cobrou falta da direita e quase que Kannemann marca. Aos 20, um lance polêmico de pênalti não marcado sobre Edílson. Aos 26, jogadaça do Grêmio, com Luan batendo de chapa e a bola raspando a trave. Aos 34, Guilherme entrou no lugar de Pedro Rocha. Aos 40, um lance perigosíssimo na área de Grohe após uma bola alçada em cobrança de falta. Aos 44, Ramiro saiu aplaudidíssimo para a entrada de Thyere. E o jogo acabou com a vitória tricolor.
Imagina Geromel, Ze Pequeno e Cap Nascimento do mesmo lado? O mundo teria paz.— Rica Perrone (@RicaPerrone) 29 de setembro de 2016
QUE ÁRBITRO DESGRAÇADO! SE VENDEU POR POR UM SALÁRIO MÍNIMO, FDP! ARBITRAGEM DESSE JOGO ESTÁ SENDO A MAIOR ROUBALHEIRA DESCARADA DO FUTEBOL!— Lisa Avila (@lisaAvla) 29 de setembro de 2016
Luan e Douglas mortos. Sr Renato, seu lindo, poupe eles no sábado.— JuIi (@juIianacecon) 29 de setembro de 2016
Como jogaram:Eu tô MUUUUUITO iludido...— Douglas Brandão (@DBPersonal) 29 de setembro de 2016
VAMOOOOOO TRICOLOOORRR!!!
Grohe: foi praticamente obrigado a cometer o pênalti. Foi bem no restante do jogo. Nota 7
Edílson: voltou a jogar como em suas primeiras apresentações deste ano. Nota 7
Geromel: participou do lance do segundo gol, mas falhou na cobertura na jogada que originou o pênalti do Palmeiras. Ainda assim, foi muito bem. Nota 8
Kannemann: simplesmente perfeito no primeiro tempo, onde ganhou todas as jogadas e não deixou Gabriel Jesus se criar. Nota 9
Marcelo Oliveira: recebeu orientação de não fazer aquilo que não sabe. No caso, lançar-se ao ataque. Nota 6
Walace: outro que retomou um padrão de atuação superior. Ainda longe do que pode render, mas foi melhor. Nota 6
Jaílson: voltou a atuar bem, apesar de ser muito afoito em alguns lances e errar passes. Nota 6
Ramiro: um operário, muitas vezes em má jornada, mas que hoje redimiu-se com um golaço. Nota 9
Douglas: várias bolas pifadas, inclusive a que originou o golaço de Ramiro. Nota 7
Pedro Rocha: teve bons lances, mas pecava na finalização. Foi oportunista ao aproveitar o rebote que gerou o segundo gol. Saiu para a entrada de Guilherme. Nota 8
Luan: muito mais aplicado do que nos últimos jogos. Recebeu de Renato a missão de alçar a bola na área nas faltas de longa distância e cumpriu muito bem sua tarefa. Pecou demais em alguns lances de finalização. Nota 8
Guilherme: entrou no lugar de Pedro Rocha quando faltavam pouco mais de dez minutos para acabar o jogo. Sem nota
Thyere: entrou no lugar de Ramiro, naquela famosa substituição para matar tempo. Sem nota
Renato Portaluppi: quem diz que Renato não manja da casamata é mau-caráter. Ele armou o time de uma forma que simplesmente não deixou o Palmeiras ver a cor da bola. O resultado e o desempenho do time neste jogo têm a mão dele. Nota 9
Arbitragem: Claudio Francisco Lima E Silva (SE), auxiliado por Bruno Boschilia (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR). O trio foi bem atrapalhado e pecou em alguns lances de disciplina, deixando de aplicar cartão em várias oportunidades. Inverteu faltas e complicou o jogo. Muito fraco e influenciável.
Assim como nos clássicos dos anos 90, o Palmeiras tinha um time superior. Assim como nos clássicos dos anos 90, o Grêmio só tinha vontade. E assim como nos clássicos dos anos 90, o Palmeiras tomou um VAREIO de bola e perdeu o jogo. Mesmo com o juiz avacalhando o jogo, venceu o time que mostrou mais gana. Renato fez um trabalho soberbo nesta partida. O tricolor costumava retomar a bola rapidamente quando a perdia. Amassou o porco, que saiu morto da Arena. Era assim, crianças, que o Grêmio assombrava o Brasil na década de 90. O sonho do penta está mais vivo do que nunca!
Saudações Imortais