Mas outras deixam o que pensar.
Sobre três volantes foi escrito o seguinte:
Ali nasceu a ideia dos três volantes — ele nega que a intenção tenha sido preencher os corredores laterais. Apoiado em estatísticas de seu grupo de apoio, conclui que a chance de vitória aumenta à medida em que crescem as bolas roubadas no campo adversário por jogadores de marcação e que "saibam" jogar. Os tais médios-apoiadores.E o que se viu domingo? O time entrou com três volantes, que admito, sabem jogar, Walace, Maicon e Jailson. E fracassou. Por que fracassou? Várias podem ser as causas:
- Inapetência histórica para jogar fora de casa.
- Descaso com o adversário.
- Pouca vontade de ganhar.
- Arrogância.
- Etc.
Mas aí aconteceu. Roger voltou com o mesmo time para o segundo tempo. Poderia ter tirado o caricato Marcelo Oliveira (deveria é melhor dizer). Poderia ter tirado um volante e abrir o time para buscar o empate pelo menos. Afinal, perdido de dois perdido de mil. Poderia ter feito muitas coisas. Mas o que fez Roger? Nada. NADA!
Roger mandou o mesmo time a campo e com a mesma postura.
E foi tudo?
Não. Foi muito pior.
Lá pelos 30 minutos Roger resolveu mudar. E o que fez o nosso treinador? Deu toda a chance do mundo para o azar e para os que o odeiam. Entre os quais não me incluo, diga-se de passagem. Roger tirou um volante e colocou o Ramiro. E o que é o Ramiro? Volante.
Roger perdendo, Roger perdendo, Roger perdendo tirou um volante o colocou outro volante. Com que intenção? Com que ideia?
Só vislumbro uma: Roger se apaixona por teses. Ele leu, seja no livro do Guardiola, seja no livro do Beckenbauer, seja no livro do Fernando Bla-bla-lho que "três volantes preenchem os corredores laterais e que a chance de vitória aumenta à medida em que crescem as bolas roubadas no campo adversário por jogadores de marcação e que "saibam" jogar. Os tais médios-apoiadores."
E Roger parece ser não só fascinado mas também obcecado pelas novas ideias. Não consegue pensar que se três volantes levam a um 0 x 2, talvez tirando um deles possa haver reversão. Prefere continuar caninamente fiel ao que leu e ao que pensa que entendeu.
E deu no que deu.
Há uma frase chavão que diz que quem ama não mata. Verdade. Mas Roger está mostrando que, se quem ama não mata, quem ama apaixonadamente morre vítima de suas paixões.