29 de abril de 2013

A corrida de sapinhos


Era uma vez uma corrida de sapinhos.
Eles tinham que subir uma grande torre e, atrás havia uma multidão, muita gente que vibrava com eles.
Começou a competição.
A multidão dizia:
Não vão conseguir, não vão conseguir!
Os sapinhos iam desistindo um a um, menos um deles que continuava subindo.
E a multidão continuava a aclamar:
Vocês não vão conseguir, vocês não vão conseguir
E os sapinhos iam desistindo, menos um, que subia tranqüilo, sem esforços.
Ao final da competição, todos os sapinhos desistiram, menos aquele.
Todos queriam saber o que aconteceu, e quando foram perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim, descobriram que ele era SURDO.

Moral da história

Quando se quer fazer alguma coisa que precise de coragem não se deve escutar comentários destrutivos. Muitas vezes, ser surdo aos apelos negativos pode ser o melhor negócio. Reza a lenda de que devemos fugir de pessoas e notícias negativas, e de tudo aquilo que na prática vem pra sugar a nossa energia. Quando não se pode fugir, o melhor é nos fazermos de surdos para não ter de ouvir tantas limitações que nos colocam. O perigo é de, se ouvirmos, passarmos a acreditar que não somos capazes o bastante. Então, a possibilidade de isso acontecer, será muito grande.

O sapinho é surdo, mas é vitorioso.


Jogar a toalha?

Cansada pela longa estiagem sem títulos?
Sim, estou.

Aborrecida pelo desempenho do time?
Sim, estou.

Irritada com a falta de liga na equipe?
Sim, estou.

Sem entender o mau momento?
Sim, estou.

Exasperada com o Pofexô, que tem a cabeça dura e não tenta novas alternativas?
Sim, estou.

Ansiosa para ver alguém chutar e arrebentar a porta do vestiário?
Sim, estou.

Desanimada e jogando a toalha neste ano de 2013?
Nunca. Nunquinha.Jamais. O ano de 2013 recém está começando para mim.
Quanto maiores as dificuldades, melhor o sabor da vitória.

Ainda é cedo para jogar a toalha e lançar tudo para o alto. A vida já me ensinou mais de uma vez, que o mundo gira e o que pode ser certeza absoluta hoje, não significa que o será amanhã pela manhã.
O torcedor está cansado, preocupado e ansioso?
Mas claro que sim! Eu também estou. Mas há torcedores tão desesperados, mas tão desesperados, que já clamam pela volta de Celso Roth. No meu caso, ainda não cheguei a esse nível de auto-imolação.  Se um dia isso acontecer, mandem me internar porque enlouqueci sem volta. Sinto que ainda dá para segurar um pouco a paciência com o nosso técnico. Na verdade, a hora é de fincar as convicções no chão e fazê-las florecer. Nada chega por acaso. Há caminhos e etapas a serem cumpridas. O que eu sei, é que ainda é cedo. Ainda temos um certo tempo para poder maturar e colher resultados. Depois, se for preciso, a gente vê o que faz com o Pofexô.
E não adianta vir com comentário de que não vale dizer que a torcida pediu "Fica, Luxemburgo".  Vale dizer sim, e agora assumam isso até o fim, seja lá  onde esse fim esteja.Como é que um homem que sabia tudo até quatro meses atrás, agora não serve mais? Cadê a coerência? E isso fala quem não morre de amores pelo Pofexô. Pois agora eu acho que a hora é de fincar o pé no acelerador e acreditar no homem.  
Por isso, só o que interessa ao torcedor gremista a partir de hoje, é lotar a Arena na quarta-feira, vibrar muito, empurrrar o time, incendiar o ambiente do jogo e fazer história.
Não faça como as pessoas da parábola acima que foram ver a corrida dos sapinhos, já convictas de que eles não iriam conseguir.
Esse espírito não faz parte do DNA Tricolor. Esse modo de agir, não é o modo de ser do torcedor gremista. Não se deixe levar pelos comentários maldosos e negativos. Faça-se de surdo como o sapinho da história e não se deixe  levar pela onda malévola. Não se trata de fechar os olhos para a realidade, mas sim, de acreditar que vai dar, ainda que tenhamos consciência de nossas dificuldades. Por saber que temos bons jogadores, um técnico com currículo vencedor e um presidente empilhador de faixas, estou acreditando.
Vamos resgatar a nossa fibra e vontade de vencer o adversário, como sempre fizemos dentro na nossa casa.
Jogo a jogo. Vitória a vitória.

 E dá-lhe, Grêmio!!!!