Caros
O destino definiu que Grêmio e Botafogo venham a enfrentar-se nas quartas-de-final da Libertadores da América. Este mesmo destino pode fazer com que, caso avancem, ambos também se enfrentem em uma possível final na Copa do Brasil. Não obstante tudo isso, neste domingo de Dia dos Pais as duas equipes tiveram que entrar em campo para o que poderia ser uma prévia dos confrontos de mata-mata. Porém, justamente por conta disso, Renato Portaluppi e Jair Ventura mandaram a campo equipes descaracterizadas de seus melhores quadros. Ao menos foi uma chance para conferir o desempenho de jogadores que podem vir a ser utilizados para substituir titulares impedidos de jogar.
O tricolor pisou no gramado do Engenhão com Paulo Victor no gol e a dupla de zaga composta por Bressan e Bruno Rodrigo. Nas laterais, Léo Gomes e o capitão Marcelo Oliveira. Kaio, Jaílson e Lincoln formaram um tripé no meio campo, com Fernandinho, Everton e Batista completando a linha de frente. Léo Moura iniciaria o jogo, porém sentiu um desconforto antes da partida e foi poupado.
Primeiro tempo: Botafogo 1 x 0 Grêmio
O jogo começou com o Botafogo em alta velocidade. E logo aos 6 minutos, em um contra-ataque que começou no meio e terminou na direita, Leandrinho recebeu nas costas da zaga e chutou na saída de Paulo Victor para abrir o placar. Aos 9 minutos, Paulo Victor deu um tapinha providencial para escanteio em uma bola alçada de forma venenosa. Aos 21, após escanteio, Batista arrematou de voleio e a bola não entrou porque a zaga alvi-negra salvou. Aos 24, após mais um contra-ataque em velocidade, Guilherme cortou a marcação, chutou e Paulo Victor encaixou.
Aos 26, outra boa defesa de Paulo Victor após jogada pela direita de ataque botafoguense. Aos 28, Everton avançou pela esquerda, driblou o marcador e, ao cruzar, a bola desviou na zaga e quase entrou, saindo para escanteio. Só depois da metade do primeiro tempo é que o tricolor começou a ficar menos nervoso em campo. Aos 37, Lincoln lançou Everton pela esquerda, que chutou de longe para defesa de Gatito Fernandez. Aos 44, Lincoln fez grande jogada na meia-lua e sofreu falta. Na cobrança, a bola pegou no defensor botafoguense e o árbitro marcou pênalti. O capitão Marcelo Oliveira cobrou, mas Gatito Fernandez defendeu. E mais não houve na primeira etapa.
O calendário Brasileiro já é uma merda, ai botam a CB e LA no meio do Brasileirão de pontos corridos e ai temos que ver times esfacelados.— Acima de Tudo Grêmio (@GremioAT) 13 de agosto de 2017
Grêmio melhorou. Lincoln entrou no jogo. Falta o Batista entrar.— Eduardo M P Machado (@epmachado) 13 de agosto de 2017
Botafogo achou um golfinho e não fez mais nada, Grêmio tem que aproveitar as chances!— Portuguesa agora (@DRIGREMISTA) 13 de agosto de 2017
Segundo tempo: Botafogo 0 x 0 GrêmioO Grêmio nunca mais vai fazer um gol de pênalti nesse brasileirão.— Nogueira (@guii_nogueiira) 13 de agosto de 2017
Não houve mudanças no time tricolor no retorno ao segundo tempo. Em menos de 2 minutos, Batista cabeceou quase livre uma bola que veio rebatida da zaga após um escanteio e perdeu uma boa chance de empatar. Aos 13, Paulo Victor novamente salvou um lance após um chute perigoso oriundo de contra-ataque. Aos 19, outra vez Paulo Victor salvando, dessa vez saindo de forma arrojada nos pés do atacante alvi-negro. Aos 21, Dionathã entrou no lugar de Batista. Aos 28, Jaílson saiu para a entrada de Patrick. Aos 37, Lincoln saiu para a entrada de Jean Pyerre. O jogo estava bem meia-boca e nada de muito produtivo saía. Aos 43, a primeira investida mais forte de Fernandinho na partida, com a bola desviando para escanteio. Aos 47, chutaço do Botafogo que chegou a raspar no travessão. E acabou assim mesmo.
Jailson, Kaio e Leonardo tem que irem pro banco, não dá pra ver esses três em campo, É SOFRÍVEL— Se Queda ⚽ (@Tamires_GrS) 13 de agosto de 2017
Já falei que o Paulo Vitor é o melhor jogador do Grêmio em campo hoje?— Danielle Cosme (@danielle_cosme) 13 de agosto de 2017
Não me irrito de estar perdendo fora com o time reserva. Me irrito com jogadas bizarras de jogador profissional.— Talita Jacques (@talitajacques) 13 de agosto de 2017
Como jogaram:Futebolzinho borocoxô justificado pela decisão de quarta feira. Quem joga muitos campeonatos precisa elencar prioridades, infelizmente...— Giulia Galant (@giuliagalant) 13 de agosto de 2017
Paulo Victor: talvez pudesse ter saído um pouco melhor no gol. Mas fez diversas intervenções importantes ao longo do jogo. Um dos melhores em campo. Nota 7
Léo Gomes: muito fraco. Até agora não disse a que veio. Difícil até mesmo de defender sua permanência para grupo. Nota 3
Bressan: não comprometeu de forma cabal, mas tomou uma bola pelo meio das pernas que poderia ter resultado em gol, não fosse a defesaça de Paulo Victor. Nota 5
Bruno Rodrigo: apenas razoável, nada mais que isso. Nota 5
Marcelo Oliveira: era o capitão, mas a jogada do gol do Botafogo saiu pelo seu lado. E errar pênalti decisivo é inaceitável. Nota 2
Kaio: sofreu para marcar os meias e avantes do Botafogo. Tomou sufoco até o final. Nota 3
Jaílson: falhou na marcação inicial de Leandrinho no lance que originou o gol. Saiu para a entrada de Patrick. Nota 2
Lincoln: estava meio sonolento em campo. Quando acordou, o time deu uma melhorada. Mas ainda parece indolente. Saiu para a entrada de Jean Pyerre. Nota 4
Fernandinho: outro que esteve apagado durante todo o jogo. Parecia até que não estava em campo. Nota 2
Everton: um dos raros que tentou algo. Mas cansou no segundo tempo. Nota 6
Batista: pouco acionado e também não apresentou-se muito. Saiu para a entrada de Dionathã. Nota 3 (com boa vontade)
Dionathã: entrou no lugar de Batista. Tentou bastante, mas ainda parece afoito. Nota 5
Patrick: entrou no lugar de Jaílson. Bom de bola, mas também precisa dosar as ações. Nota 5
Jean Pyerre: entrou no lugar de Lincoln, na finaleira. Sem nota
Renato Portaluppi: não conseguiu incutir no time aquele espírito aguerrido que costuma botar na equipe titular. Nota 5
Arbitragem: o trio era de Mato Grosso, formado pelo apitador meia-boca Wagner Reway e os auxiliares Eduardo Goncalves da Cruz e Fabio Rodrigo Rubinho. Incrivelmente, acertou na marcação do pênalti e não atrapalhou o jogo.
Era um jogo com desgraça anunciada, dada a escalação. Mas o próprio Botafogo não era o bicho, tanto que praticamente achou um gol no início do jogo e não fez nada de muito mais perigoso. Só que a indolência foi a marca do time. Normal que não se possa ver grandes avanços táticos em um grupo que não costuma jogar junto. Mas ao menos um pouco de vontade poderia existir e ela não apareceu, salvo raríssimas exceções. Foi uma partida modorrenta. Que venham as copas, porque ao menos no mata-mata há emoção e time titular.
Saudações Imortais