16 de julho de 2017

Daniel Matador - Chuva de gols

Grêmio 3 x 1 Ponte Preta

Barrios foi implacável e marcou dois gols na vitória gremista na Arena.


Caros

Depois de ter vencido o excelente time do Flamengo em seus domínios (contra todos os prognósticos), o tricolor entrou em campo na Arena para enfrentar um adversário que vinha de um histórico ruim, porém que sempre costumava encrespar os jogos por aqui. Renato teve que escalar Thyere no lugar de Kannemann, que cumpria suspensão por conta do terceiro cartão amarelo na última rodada. Pedro Rocha voltou para o time após recuperação física e Grohe também voltava depois de ter levado pontos no joelho, resultado do mais recente jogo pela Libertadores. E o restante do time seguia o mesmo que vinha jogando. O líder Corinthians havia tropeçado e empatado em casa no sábado contra o CAP. Seria a chance de comprovar ainda mais a profecia de São Portaluppi e diminuir a diferença em relação à liderança.

1º tempo: Grêmio 0 x 1 Ponte Preta

A temperatura na capital gaúcha caiu consideravelmente e a partida iniciou já com certa FRIAGEM. E o jogo também não teve nenhum lance capital até os 15 minutos, pois os times ficaram meio que estudando-se mutuamente. Com certo predomínio territorial e técnico da equipe gremista. Era notório que o time de Gilson Kleina veio com o intuito de defender-se e jogar por uma bola. Por incrível que pareça, o primeiro lance de perigo veio da Ponte, com um chute de fora da área que passou perto da trave esquerda de Grohe lá pelos 20 minutos.

Aos 23, Barrios fez boa jogada e Ramiro emendou o chute para o goleiro aracnídeo salvar. Aos 31, chutaço de Michel que o arqueiro inseto defendeu e Edilson, no rebote, quase marcou. Aos 34, o castigo: cruzamento da direita e Thyere mandou contra. E aí a Ponte resolvou faze ainda mais cera do que fazia desde o início. O jogo foi sendo amarrado até o encerramento da primeira etapa.




2º tempo: Grêmio 3 x 0 Ponte Preta

No intervalo, Renato sacou Arthur para iniciar a segunda etapa com Fernandinho. Um chuva fina caía na Arena. Aos 3 minutos, duas chances consecutivas: Pedro Rocha cruzou e o fazedor de teia aparou; em seguida, Barrios recebeu e chutou, mas o arqueiro encaixou. Aos, 11, Pedro Rocha deu um drible desconcertante no marcador, invadiu a área e passou para Barrios, que não perdoou e empatou a partida!

O tricolor pressionava e a Ponte só se defendia. Lá pelos 20, lance de pênalti não marcado. Edilson foi cruzar e o zagueiro deliberadamente meteu a mão na bola. Só que, aos 23, Fernandinho invadia a área e foi segurado pela nuca. Aí não teve como não marcar. Havíamos errado as duas últimas cobranças de pênalti com Luan e Edilson. Desta vez, Barrios pegou a bola, botou embaixo do braço e não deu chance pra ninguém. Foi lá e mostrou como é que o centroavante que se garante faz. Era a virada gremista na partida!

Aos 34, Pedro Rocha bateu de chapa e a bola passou muito perto, mas o arbitragem havia assinalado impedimento. Em seguida, ele mesmo saiu cansadaço para a entrada de Everton. Aos 38, defesaça de Grohe em chute venenoso da Ponte. Aos 40, Barrios saiu ovacionado para a entrada de Marcelo Oliveira. Aos 42, o time meteu a Ponte da roda: Luan recebeu, passou para Ramiro, que alçou de cabeça para a área para Everton marcar o seu e botar a tampa no caixão dos paulistas!
E aí foi só dar aquela ENCERADA marota até o árbitro assinalar o final da partida e confirmar mais uma vitória do Grêmio neste Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão!




Como jogaram:

Grohe: havia levado 7 pontos no joelho no jogo contra o Godoy Cruz. Sem culpa no gol contra. Nota 7
Edilson: performance meia-boca. Dificilmente Léo Moura não recupera a titularidade. Nota 5
Geromel: seguro como sempre e inclusive arriscou-se no ataque. Nota 8
Thyere: é sempre uma tarefa ingrata substituir qualquer um dos zagueiros da melhor dupla de zaga do país. Mas fazer gol contra já é sacanagem. Nota 4
Cortez: fez uma partida protocolar. Nota 6
Michel: desdobrou-se mais na marcação no segundo tempo, após a saída de Arthur. Nota 7
Arthur: hoje esteve bem abaixo do que costuma render. Saiu no intervalo para a entrada de Fernandinho. Nota 5
Ramiro: muito abaixo do normal. Nota 5
Luan: parecia que nem tinha entrado em campo hoje. Muito sumido. Nota 5
Pedro Rocha: retornou ao time após um período de recuperação física. Fez uma jogadaça no lance do gol. Saiu cansado para a entrada de Everton. Nota 7
Barrios: centroavante de carteirinha. Na primeira bola que recebeu, guardou. No pênalti, mostrou como se faz. Nota 9

Fernandinho: entrou no intervalo no lugar de Arthur. Cavou o pênalti que proporcionou a virada. Nota 7
Everton: entrou no lugar de Pedro Rocha, mas já na finaleira. Ainda assim, conseguiu anotar o seu. Nota 7
Marcelo Oliveira: a famosa entrada para matar tempo no final do jogo. Sem nota

Renato Portaluppi: tem encontrado dificuldades para furar retrancas de times menores, mas a entrada de Fernandinho, surpreendentemente, mudou o time no segundo tempo. O primeiro tempo foi um, o segundo tempo foi outro. Teve dedo dele. Nota 7

Arbitragem: Claudio Francisco Silva, de Sergipe, foi o apitador, auxiliado por Cleriston Barreto Rios (SE) e Fabio Pereira (TO). O árbitro foi muito fraco. Amarrou o jogo, não soube controle a questão disciplinar e chupou bala em vários lances. Não marcou um pênalti claríssimo em lance de mão na área do zagueiro da Ponte. O árbitro de linha de fundo viu tudo e também nada fez.

Foi um jogo em dois tempos. No primeiro, a retranca da Ponte nada fez, tanto que o gol foi contra. No segundo, o ímpeto tricolor amassou os paulistas e impôs uma vitória incontestável. Barrios mostra a cada dia que é um matador. Everton sempre dá sua contribuição. E até Fernandinho tem sido útil. A distância para o líder diminuiu. A caçada continua.

Saudações Imortais