30 de novembro de 2017

Eu sou irmão do Ico

Eu nunca falei de mim no blog. Mas acho que devo contar algumas coisas particulares.
Este blog, vocês sabe, nasceu nas profundas agruras da segundona, que este ano foi rebatizada por 10 meses como Brasileirão série B. Mas isto é outro assunto.
E quem teve a ideia e a pôs em prática foi o Ico, que me convidou. O espírito do blog era mostrar que o Grêmio apesar de ter caído era grande, imenso. Por isto o Arigatô, que remetia a Tóquio. E por isto o seu Algoz, que não daria mole para os abusados cocô-irmãos. Ele era o Luan. Eu o Orcina. Não sabe quem foi o Orcina? Pode te instruir aqui.
E assim foi. Nas épocas mais amargas do time quando eu retrucava algum comentário ele vinha com o papo: "não briga com os leitores." Aí eu me controlava. Assim é o Ico. Pode ter todos os motivos para te mandar naquele lugar mas prefere caminhos menos bélicos.
O tempo passou, o blog cresceu muito em leitores e um dia o Ico me falou: "o presidente Koff quer falar comigo. Parece que quer me convidar para concorrer a vice presidente."
E queria. E ele, já na campanha, deixou de escrever no blog porque achava incompatível ser crítico e participar do sistema. E é.
Fiquei sozinho e solto. Aí comecei a mandar alguns naquele lugar. Para suprir a saída do Ico chamei a Pitica, depois o Daniel, a Talita. Mais recentemente veio o Maurício. Outros passaram mas por diversos motivos não continuaram no blog. Mas não é sobre o blog que eu quero falar.
Somos 5 irmãos. Três gremistas e dois colorados. O meu pai é colorado. Ou era. Porque desde que o Ico assumiu no Grêmio ele torce para os dois. Menos em GRE-nada, porque aí ele torce para o Grêmio. Porque minha família de italianos é assim. A gente briga um monte mas que não venha ninguém de fora, nem esposas e maridos, se meter que nos unimos contra tudo e todos. Tipo torcedor gremista. Vocês corneteiam até dar nojo, mas que não venha um torcedor qualquer se meter na corneta que a coisa vira.
Outro dia, aquele gagá do Kenny Braga teria falado que "toda a família do Ico era colorada". Como sempre mal informado o panaca. Somos 3 x 3. Mas ontem era 6 x 0 pro Grêmio.
Tempos atrás, naquele grupo do whats dos corneteiros que comentavam aqui, um cara quis me ofender e disse que "eu vivia na sombra do irmão." Até parece que eu saio por aí usando o nome dele para conseguir favores. E como se eu não tivesse vida própria. Modéstia à parte, sou bom no que faço. Saiam Brasil afora e falem com engenheiros civis e vocês verão que tenho certo nome. Até fora do país sou respeitado e conhecido por muita genta da área acadêmica. Então, até um ano atrás o cara da família mais conhecido era eu.
Pois na segunda semana de novembro fomos todos para Três de Maio festejar os 93 anos do pai. Uma rádio local soube da presença do Ico na cidade e apareceu lá em casa para entrevistá-lo.
Como ele tinha dado uma saída o pai me apresentou para o repórter e disse: "este é o irmão mais velho do Ico".
"Alto lá, falei. Vamos restabelecer a verdade aqui. O Ico é o meu irmão e não o contrário."
Pois hoje, em meio às festas do tri da América e ainda inebriado com o feito espetacular do Imortal Tricolor, eu vi o quanto o Ico é respeitado, admirado e tem reconhecido o seu trabalho. É quase uma unanimidade. Gente que torcia o nariz no início agora o incensa. E aqueles renitentes que pensam no clube como uma ponte para aparecer ou pior, para ganhar dinheiro, recolhem-se ao silêncio dos oportunistas. Voltarão com força na primeira chance mas agora não tem coragem para manter a crítica.
Confesso que senti a inveja boa, aquela que é amenizada pelo orgulho de usufruir da intimidade, amizade e amor do meu irmão.
É muito bom ver gente que amamos viver um momento mágico como ele está vivendo. Momento mais do que merecido. Especialmente se pensarmos na pressão que sofre quem ocupa este cargo nos clubes brasileiros. Se eu, que sou irmão e não tenho nada a ver com o que acontece no Grêmio levo porrada todo dia só por ser irmão do VP de futebol, fico imaginando o quanto esta tarefa deve ser árdua para ele.
Agora é o mundial, que o futebol não permite que se festeje por muito tempo. E sabem o que? Eu tenho o forte pressentimento que traremos o bi.
Mas eu nem vou esperar que isto aconteça para restabelecer uma verdade.
Não é o Ico que é meu irmão. Eu é que sou irmão do Ico. Com orgulho. Muito orgulho!



O caminho do TRI



A campanha



A comemoração



                                                    A festa da torcida

                                                                   
                                                       
                                              A chegada em Porto Alegre


Avalanche Tricolor: Eu sou TRI da América, pai! Obrigado!

Por Milton Jung 

Lanús 1×2 Grêmio
Libertadores – La Fortaleza/Lanús-ARG



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Pai,

Mesmo distantes, eu aqui em São Paulo e você em Porto Alegre, nunca estive tão próximo de você como nesta noite de decisão. E desde que ela começou a ser escrita, semana passada, naquele gol de Cícero, na reta final da primeira partida, têm sido frequentes as lembranças de nossos muitos momentos juntos e em torno do Grêmio.

Você não tem ideia, pai, foi uma avalanche de emoções antes mesmo de a bola começar a rolar na Argentina. E a cada lembrança, aumentava a vontade de ligar para você e dizer muito obrigado por tudo que você fez por mim. Na louca escapada de Fernandinho; na molecagem de Luan que saçaricou com a bola dentro da área; na defesa de Marcelo Grohe; em todo momento gigante que vivemos nesta noite até o apito final, lembrei de você pai! Queria abraçar você! Porque se eu sou TRI da América, e sou TRI por sua causa!

Foi você que me fez gremista! E por isso eu agradeço.

Obrigado, pai, por sua intervenção em 1969 quando um primo engraçadinho aproveitou-se da minha ingenuidade, vestiu-me com o uniforme daquele outro time, me deu uma bandeira e me ensinou a cantar “papai é o maior”. Imaginava ser uma homenagem para você. Descobri que era uma provocação barata. Dizem os parentes que apanhei com a bandeira. Sempre pensei que essa era uma piada em família até o dia em que você confessou, constrangido, o ocorrido. Sem constrangimento, pai. Foi pedagógico e definitivo. Aprendi a lição. Comecei ali a ser forjado gremista. E eu só tenho a agradecer.

Obrigado, pai, por me comprar a primeira camisa do Grêmio, daquelas com um tecido meio grosseiro, que encolhia e desbotava sempre que a mãe lavava no tanque. Foi com ela que você me levou para a escolhinha de futebol em um campo de terra que ficava atrás do Olímpico. Como você sofria me vendo tentar jogar bola, despachando os atacantes a pontapé, brigando com o adversário e discutindo com o juiz. Quantas vezes você veio brigar junto comigo. Nós dois formávamos um só time. Lembra, pai?

Foi assim no basquete do Grêmio, também. Puxa, você aceitou até virar cartola pra sentar no banco e estar ainda mais perto de mim. E aguentava o meu choro a cada derrota, e era capaz de justificar até minha mediocridade. Obrigado, pai, era você me fazendo gremista!

E quantas vezes, fomos ao Olímpico assistir aos jogos do Grêmio de mãos dadas – mãos que passaram a se soltar a medida que a adolescência surgia. Mas lá estava você, ao meu lado, sempre. Comemorando gols, esbravejando as jogadas mal jogadas, justificando os erros dos nossos craques, me ensinando a ser gremista. Sendo campeão!

Pai, obrigado! Foi no Olímpico, que construi minha personalidade. Foi lá que você me apresentou algumas das pessoas mais marcantes da minha vida. Lembra quando eu “rodei” na escola e não tinha coragem de contar para você? Você usou o Seu Ênio Andrade para chegar até mim e me mostrar que não deveria ter medo, afinal você era meu pai, era meu amigo. E eu contei e você me acolheu com um abraço.

Lá dentro do Olímpico você me colocou ao lado de Telê Santana que me deu puxão de orelha porque inventei de passar a bola com o lado de fora do pé; do Seu Ênio que me fez parte do time ao me convidar para ser gandula e transmitir suas instruções à equipe; de Loivo que me mostrou como apaixonante era jogar pelo Grêmio; de Iura que chorou comigo dentro do vestiário porque perdemos um campeonato. Obrigado, pai!

Se sofri a pressão argentina, se levei medo quando eles reagiram e nós perdemos um jogador. Se sorri a cada gol, cada defesa, cada bola bem tocada, cada drible desconcertante;  se chorei hoje à noite abraçado nos meninos aqui em casa; se sou TRI da América;  sou porque você me fez gremista.

Obrigado, pai!

29 de novembro de 2017

TRI CAMPEÃO DA AMÉRICA

Comemora torcedor.
Este título é teu! É nosso! E dos fanáticos! Dos secadores! De todos.
#Nosvamosacabarcomoplaneta

Daniel Matador - Pela glória eterna

“Em consequência, um exército vitorioso ganha primeiro e inicia a batalha depois; um exército derrotado luta primeiro e tenta obter a vitória depois. Esta é a diferença entre os que têm estratégia e os que não têm planos premeditados.”
Sun Tzu, no secular manual de estratégia militar "A Arte da Guerra"



Caros

Poucas horas nos separam da glória eterna. A própria Conmebol tem utilizado esta alcunha para definir a edição deste ano da Taça Libertadores da América. Não há mais o que dizer. Não há mais o que treinar. Não há mais o que fazer. Somente entrar em campo no estádio La Fortaleza (que nome icônico para uma final de Libertadores!) e mostrar ao continente americano que o Grêmio está de volta para libertá-lo.

Sim, pois durante estes anos a América esteve sob o terrível jugo de várias agremiações que ousaram macular a sagrada taça. “La Copa se mira y no se toca”, esta é a lei. Pois profanos a tocaram, fazendo com que ela clamasse por ser libertada. Até mexicanos estiveram perto de repetir o gesto que De León fez no Olímpico Monumental ao erguê-la. Algo inimaginável e que teria de ser corrigido. Pois coube ao tricolor a missão de honrá-la novamente. Como já havia feito da última vez com o capitão Adílson na distante Colômbia, em frente a um Atanasio Girardot lotado.

Agora uma terceira geração terá a chance de vivenciar na pele como é ser dono da América. Renato Portaluppi galgou um posto reservado a raros escolhidos, o de poder ser campeão continental como jogador e treinador. Ainda mais raro pelo fato desse evento ocorrer pelo mesmo clube. E chegou lá por méritos maiúsculos. Sempre teve talento, como já havia demonstrado na campanha de 2008 pelo Fluminense, quando perdeu o título por detalhe. Renato, porém, amadureceu. Soube conjugar seu talento e malandragem com a sapiência dos grandes mestres. E reservou-lhe o destino a oportunidade ímpar de, além de tudo isso, elevar seu time do coração ao panteão dos deuses novamente.

Ah, esses deuses sacanas que tanto avacalharam a vida gremista nos últimos anos! Pois resolveram retribuir tudo com juros e correção monetária. Viram que somente um forte como o Grêmio seria capaz de suportar no osso um período de trevas tão cruel. Não bastou somente ungir-lhe com o pentacampeonato da Copa do Brasil no ano passado, também fez seu arquirrival ser rebaixado na mesma semana. E novamente pregaram suas peças, fazendo o mesmo arquirrival perder o título da divisão do inferno e o tricolor disputar a taça maior do continente dias depois. E com certeza debandaram-se do Olimpo para os céus argentinos, só para ver seu filho predileto retomar o que é seu por direito.

Nesta noite portenha, que nenhuma boca se abra, a não ser para louvar os feitos deste clube. Somente um gigante teria condições de reerguer-se de forma tão colossal. Seu adversário não tem nem uma ínfima parte de sua história. E não será agora que começará a construí-la. Portaluppi fez como Sun Tzu ensinou há séculos: venceu primeiro para depois enfrentar a verdadeira batalha. O incauto adversário provavelmente ache que perder primeiro para buscar a vitória depois possa ser possível. Talvez até fosse. Mas não hoje. Não contra Portaluppi. Não contra o Grêmio.

Que a noite termine na Argentina e uma nova era comece. Uma era que se inicie com os acordes de uma canção de guerra tocada por um exército tricolor e que incute o pavor no coração de todos que a ouvem: “GRÊMIO, GRÊMIO, NÓS SOMOS CAMPEÕES DA AMÉRICA”!

Saudações Imortais

28 de novembro de 2017

O futebol não é justo

Quando o River Plate abriu 2x0 contra o Lanus na Argentina, pelo segundo jogo da semi-final da Libertadores, a primeira coisa que pensei foi: um time com vários jogadores que caíram no doping não pode ser campeão. Naquele momento o River Plate na final era algo praticamente concreto pra mim.
O meu pensamento imediato era em relação a justiça. Naquele dia o Grêmio já havia jogado a primeira partida contra o Barcelona de Guayaquil e estava praticamente garantido na final. Pensar em uma final entre Grêmio e River naquele momento me deu, sim, certos calafrios. Mas a ânsia por justiça em relação ao campeão tomava conta dos meus pensamentos.
Logo após o jogo, que culminou com a eliminação do River Plate eu fiquei preocupada. Enxergava o Lanus como um time guerreiro, um clube pequeno, mas com muita qualidade e competência para disputar a final da maior competição da América.

Havia visto alguns jogos do Lanus. Não jogos inteiros, mas algumas partes. Time excelente. Bom entrosamento, toque de bola, agressividade e com muita calma pra ditar o jogo. Como ouvi essa semana logo após o primeiro jogo: ninguém chega na final da maior competição da América por convite. Se chega por capacidade.

Tendo em vista tudo isso, já imaginava um confronto difícil, mas a primeira partida escancarou algo que não estava previsto nos meus pensamentos.
Ninguém é bobo aqui, todos nós sabemos que os times argentinos possuem um "lugar especial no coração da Conmebol", mas chegar ao ponto de tanto benefício, nunca vi.
Após o jogo fiquei uns 3 ou 4 dias inconsolável. Ver o que vi naquele dia na Arena me "desgraçou a cabeça", como digo. Aquele cartão amarelo do Kannemann, aquele pênalti não marcado e aquela arbitragem de segurar o jogo.... Foi demais pra mim.
Nos dias seguintes ao jogo comecei a receber e ler notícias de favorecimentos anteriores nessa competição ao Lanus. Pênaltis não marcados contra eles nas quartas, semi e final, além de uma relação "estranha" entre a diretoria do time argentino e a Conmebol. E mais: promessas de agressão aos gremistas na Argentina.

Todo esse turbilhão me fez pensar novamente na justiça. Não seria justo um time que age de forma desonesta nos bastidores ganhar essa Libertadores. 
Eu aceito perder no campo, por mais doloroso que seja, mas eu aceito. Não aceito perder nos bastidores.
Mas o futebol não é justo.

A última final de Libertadores nós perdemos no campo. O futebol foi justo aquela vez, temos que reconhecer. O Boca tinha um time mais qualificado que o nosso. Tínhamos um time com vontade, mas sem qualidade. O futebol foi justo dessa vez, nós querendo ou não.
O futebol foi justo em 2005, naquele título inacreditável da Série B, onde estávamos sendo prejudicados de uma forma inacreditável. O futebol foi justo ano passado, quando tínhamos o melhor time da competição e conquistamos o Penta da Copa do Brasil.

Mas o futebol não é justo. 
Não foi justo naquela Libertadores de 2002 onde fomos roubados dentro de casa, na semifinal, contra o Olímpia, que acabou conquistando o título.
Não foi justo na final do Campeonato Brasileiro em 1982 contra o Flamengo, onde tivemos um pênalti escandaloso em casa, que nos levaria a disputa de pênaltis na final, mas não foi marcado.
Não foi justo em 2006, quando o Nacional do Uruguai teve 2 gols mal anulados no Beira-Rio nas quartas-de-final da Libertadores, que acabou com o título colorado naquele ano.

Se o futebol fosse justo, esse título da Libertadores da América 2017 seria nosso. Nós trabalhamos o ano inteiro de forma correta para conquistar esse título. Nós estamos trabalhando de forma correta de uns anos pra cá.
Eu não sei se o TRI virá, mas tenho orgulho de dizer que nunca vi meu time ganhar título por ser "ajudado pela arbitragem".


27 de novembro de 2017

O poder público mais fanático do Brasil

Diante dos fatos decidimos republicar este post de 16 de fevereiro de 2014.

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Fanatismo e poder

Uma pesquisa recente da Pluri Consultoria, apontou a nossa torcida como a torcida mais fanática do Brasil. Alguém, no twitter, referiu que o RS tem, também, o poder público mais fanático do Brasil.
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A expressão da paixão

Governo Federal, Governo Estadual, esferas do Poder Municipal, todos trabalharam e continuam trabalhando arduamente para conceder benefícios ao clube do "estádio da Copa". Neste circo, já tivemos altos escalões de Brasília dando xeque-mate na Andrade Gutierrez, para que a empresa desistisse de defender os seus interesses no negócio do estádio, Governador interferindo na gestão operacional de banco, secretário municipal defendendo a invasão da rua pela construção.

Esta é só uma pequena amostra de tudo que já se viu, em termos de atropelos à lei, à probidade, ao bom senso, e, também, à inteligência da população que paga impostos. Tudo para favorecer um ente privado, objeto de paixão exacerbada, por quem deveria, em primeiro lugar, zelar com responsabilidade pelos bens e recursos públicos colocados sob sua jurisdição. Este compromisso está implícito no ato da investidura em cargos de administração pública e é parte inalienável do dever dos governantes e de quem exerce cargo público. Vê-se bem que não é o que se vê.
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A Arena e seus percalços

A obra da Arena do Grêmio enfrentou e enfrenta inúmeros percalços. Obstáculos de toda espécie são colocados não só por pessoas que tem o dever de zelar pelo ambiente e pelo patrimônio público, mas também por entes públicos e políticos interessados em melar, atrapalhar, complicar, enfim, dificultar o desenvolvimento e a operação do empreendimento.

Alguns exemplos de ações de zelo, podem ser vistos aqui:

1) Tribunal, MP de Contas e Tribunal de Contas questionam prefeitura;
2) Ministério Público pede à prefeitura suspensão obras no entorno da Arena;
3) Juiz determina esclarecimentos sobre Arena.
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A nova ameaça

Na sexta-feira, 14/02, o mundo amanheceu perplexo. Porto Alegre e o povo gaúcho, que já "perderam" a Copa das Confederações, correm o risco de, pasmem, "perder também a Copa do Mundo". Esta foi a mensagem de alerta e pânico passada a todos nós por Giovanni Luigi, o presidente dos lonáticos. Já pensaram? Não é mesmo o fim da Copa do Mundo? Motivo: o time do estádio da Copa não tem dinheiro para pagar as estruturas temporárias do evento.

Não, não é esta a nova ameaça a que me refiro. A real, a verdadeira ameaça é a tentativa que se constrói de, uma vez mais, a estrutura montada no poder público mais fanático do Brasil, entrar em campo para assaltar os cofres dos governosEles querem empurrar as despesas pelas quais se comprometeram para serem os donos da Copa (veja imagem) para nós.

A Copa é vossa? Então, paguem por ela.

A campanha no meio político e na mídia já começou. Uma pequena amostra:
1) "Provas" de que a Prefeitura e o Estado devem pagar;
2) O contrato é "dúbio";
3) Uma vez mais, políticos ameaçam abrir as pernas o bolso do erário;
4) A Copa "ameaçada";
5) As tetas dos cofres públicos ao alcance da mão grande;

Sugar dinheiro público exige método e há quem o domine. Vejam, nas imagens abaixo, uma demonstração cabal de como funciona e como tem canais poderosos e longo alcance a máquina de usar influência política para fins nada nobres. A capa e a reportagem vinculada da ZH deste domingo é um ato pensado de uma estratégia maior, para envolver a Presidente na questão das estruturas provisórias. A segunda imagem, conteúdo parcial da reportagem da mesma ZH, mostra o ponto a que chegou a pressão sobre a empresa e a manobra para "sensibilizar" Dilma. Houve um tempo no qual a RBS entendia que tráfico de influência era prática nociva. No caso em tela, a prática é exaltada. Perdeu-se a ética na redação.

Capa no calor da "polêmica" das estruturas temporárias.

Matéria da Zero Hora de domingo, 16/02/2014.

Mas também temos pessoas atentas e que buscam esclarecimentos. O jornalista Ígor Póvoa, por exemplo, buscou informações junto a Secretaria Extraordinária da Copa 2014, SECOPA e recebeu mail de Aline Peixoto Rimolo, da Assessoria de Comunicação, com esclarecimentos que reproduzimos e transcrevemos parcialmente, pela qualidade da imagem:


Sobre a questão da rubrica "ESTRUTURAS TEMPORÁRIAS COPA 2014", o valor de R$ 22.673.400,00, constante no orçamento da Prefeitura Municipal de Porto Alegre para o corrente ano, cabe destacar que ela refere-se, conforme descrição da própria peça orçamentária, a estruturas temporárias nos períodos de abrangência dos diversos pontos oficiais do evento, portanto não se referindo diretamente ao Estádio Beira-Rio.
A utilização planejada pela Prefeitura desses recursos, caso seja necessária, se dará em atividades de responsabilidade por cidade, como as estruturas físicas da FANFEST, que também conta com outra rubrica para a execução operacional de serviços [...]
De outra parte, o Portal da Transparência mostra que não está prevista nenhuma despesa do Governo do Estado ou da Prefeitura com as tais "estruturas provisórias", ao contrário do que os espertos querem fazer a opinião pública crer. Confira neste link.
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O que nos resta?

O assalto está planejado, com todo o apoio necessário ao sucesso dos grandes assaltos. A nós, resta esperar que o Ministério Público, em suas várias esferas, não permita que isso corra. A preocupação com a probidade esteve presente em várias matérias com links postados acima, dos quais reproduzimos algumas partes para melhor situar o leitor sobre alguns dos nomes estão zelando pelas coisas públicas.

Fernanda Ismael é adjunta de Geraldo Costa da Camino


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Nilson de O. Rodrigues Filho é Promotor de Defesa do Patrimônio Público.





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Alexandre Saltz é Promotor de Defesa do Meio Ambiente

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Trabalho é trabalho. Lazer é lazer

Um ponto positivo adicional dessas pessoas citadas acima, que estão cuidando para que a OAS e a Arena não avancem sobre recursos públicos, é que eles gostam de futebol e, por isso, entendem a alma do torcedor. Isso faz com que tenhamos tranquilidade para que o assalto engendrado no caso das estruturas provisórias não passe de uma tentativa frustrada de nos impingir prejuízos permanentes. Nas legendas de alguma imagens há links para as fontes. Outras são encontradas no Face Book ou em sites de busca.

O que faz nas horas vagas Geraldo Costa da Camino

Clique aqui para ver na fonte.


Clique aqui para ver na fonte.


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O que faz nas horas vagas Nilson de Oliveira Rodrigues Filho

Clique aqui para ver na fonte.










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O que faz nas horas vagas Alexandre Saltz

Clique aqui para ler na fonte.


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Nota: Em vista de problema com o gerenciador de comentários, que causou a perda de todos os comentários anteriormente postados, este post não abrirá janela para colher observações dos leitores.

Avalanche Tricolor: um cara curioso, sortudo e com muito talento

Por Milton Jung


Grêmio 1×1 Atletico-GO
Brasileiro – Arena Grêmio


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Renato no comando do Grêmio em foto de LUCASUEBEL/GrêmioFBPA

 Éramos apenas oito mil torcedores na Arena nesta tarde de domingo. Era possível identificar alguns pais e seus filhos, mães, amigas, colegas, talvez de trabalho, de escola ou daqueles que se conhecem no estádio mesmo e têm sua amizade restrita às arquibancadas. Para todos era mais um programa de domingo, sem muitas pretensões, afinal estávamos de passeio. O Campeonato termina semana que vem e estamos apenas guardando posição.

Verdade que ao lado do gramado via-se Renato tentando por ordem na casa, irritado com o baixo desempenho de alguns jogadores, esbravejando pelo desperdício de passes, pelo deslocamento mal feito, pela bola mal dominada. Para ele pouco interessa que o time seja do terceiro escalão: se é Grêmio tem de suar, tem de lutar e tem de vencer.

Nosso técnico é uma figura curiosa, mesmo.

Sempre passou a imagem de um playboy que apreciava tanto a bola quanto a balada. Aprontou muito na noite. Divertiu-se o quanto pode. Falou mais do que devia. Fez galhofa. Pagou pela língua. Da mesma maneira, com suas palavras e provocações foi essencial na motivação dos colegas com que jogava ou do time que comandava.

Em campo, com o 7 estampado nas costas, era um gigante disposto a vencer qualquer barreira. Se uma tropa de uruguaios o prensava contra a linha lateral, não se fazia de rogado. Sem mesmo olhar para o lado, despachava a bola para o alto e a jogava dentro da área. Foi assim que marcamos o gol da vitória que nos deu o primeiro título da Libertadores, em 1983. Se uma blitz de alemães se portasse diante dele, despachava-os com uma sequência de dribles para um lado e para o outro, assim como o fez duas vezes na final do Mundial, no mesmo ano.

Como técnico, soube se reinventar. E o fez porque estudou muito o futebol e os adversários, ao contrário do que a afirmação polêmica feita ano passado tenha dado a transparecer. Haja vista a diferença do comandante que tivemos nas primeiras passagens pelo Grêmio (em 2010, 2011 e 2013) e deste que assumiu em 2016 para conquistar a Copa do Brasil e oferecer ao torcedor o futebol mais bonito do país, em 2017. Entendeu que não haveria mais espaço apenas para chutões, jogadas diretas e chuveirinho – apesar de ter consciência de que às vezes são recursos necessários. Que o diga o gol que nos dá vantagem nesta final de Libertadores.

Renato percebeu que tinha de reproduzir no time que comandava a mesma simbiose que o tornou um craque: talento no drible, velocidade na jogada, precisão no passe e um desejo incrível de se superar, suar, lutar e vencer a qualquer custo. Técnica e raça. Soma-se a isso, uma pitada de sorte, aquela que costuma acompanhar os melhores. Senão, vejamos: na quarta passada, Jael e Cícero que tinham recém-entrado foram os protagonistas do gol da vitória; hoje, em jogo que sequer valia muito, quem empatou a partida de cabeça no segundo tempo? Lucas Poletto, primeira substituição feita por Renato.

Que nosso técnico siga sendo esse cara curioso, sortudo e, principalmente, de muito talento e inspiração para todos nós!

26 de novembro de 2017

O jogo de verdade é na quarta

Grêmio 1 x 1 Atlético Goianense

Primeiro tempo: 0 x 0



A cabeça toda na quarta-feira, mas há um jogo desta interminável maratona chata dos pontos corridos do brasileiro no meio do caminho. Por óbvio um time inteiro de reserva. Ou o chato aí vai continuar reclamando?
E o jogo começou muito monótono.
E no twitter as diferenças de tratamento entre os vices da série A e os vices da série B:



Vinte minutos e nenhum lance para contar para vocês.
Aos 22 minutos Thyere bobeou feio e quase entregou um gol. O chute do goiano foi para fora. Na cobrança do escanteio o atacante cabeceou para fora. Primeiras jogadas de perigo do jogo.
Um minuto depois foi a vez do zagueiro adversário bobear mas Kaio bateu por cima. Uma boa chance de gol perdida. Primeiro chute do tricolor a gol.
Aos 27 minutos outra chance dos sertanejos mas Paulo Vitor fez bela defesa.
E podem acreditar, não aconteceu mais nada até os 46 minutos quando terminou o primeiro tempo.
.....

Uma pelada. O Grêmio totalmente desligado do jogo. O adversário mostrando porque foi o primeiro a ser rebaixado.


Segundo tempo: 1 x 1

Lucas Poletto voltou no lugar de Cristian no segundo tempo.
Aos 5 minutos a primeira jogada perigosa do segundo tempo. E foi dos goianos. Chute forte mas pelo lado. Uma chance de gol perdida.
No minuto seguinte o troco: bela jogada de Dionathã que cruzou mas Lucas Poletto pedeu na cara do gol. A bola ainda sobrou para Patrick que chutou para defesa do goleiro. Primeira chance de gol do tricolor.
O Grêmio sofreu um contra-ataque aos 12 minutos mas o atacante escorregou quando ia ficar na frente do Paulo Vitor.



E no twitter uma pergunta sobre a punição da Geral do Grêmio. Mais uma, enquanto o lado de lá faz o que quer sob a complacência do Ministério Público.
Aos 25 minutos um gol de xiripa dos sertanejos. Bola rasteira de fora da área no cantinho depois dos zagueiros bobearem. 
Um minuto depois cruzada na área, Thyere cabeceou na trave e Lucas Poletto mandou também de cabeça para dentro do gol. 1 x 1.
E no twitter a corneta não poupa ninguém, imagina um bi-rebaixado.
Kaio errou um contra-ataque em que tinha 4 tricolores contra 3 sertanejos.
E foi isto.

.....

Um jogo em que não dá para cobrar nada de ninguém.
Todos os gremistas só pensam na quarta-feira. Imagina os jogadores.




Como jogaram:


Paulo Vitor: Uma boa defesa no primeiro tempo. Sem culpa no gol embora tenha sido de fora da área. Nota 7
Leo Gomes:
 Não teve problema atrás mas não fez nada na frenteNota 5
Thyere: Alternou boas e más jogadasNota 5
Bruno Rodrigo:
 O melhor da zagaNota 7

Conrado: Algumas falhas infantis no primeiro tempoNota 5
Cristian: Troteou todo o primeiro tempo. Talvez por isto saiu no intervalo. Nota 3
Machado:
 No primeiro tempo atrasou para escanteio uma bola que estava na área do adversário. Melhorou no segundo tempo. Mas não muito. Nota 5
Kaio: Muito lentoNota 4
Patrick: Depois de uma estreia promissora nos titulares parece que sente quando tem de ser protagonista nos reservas
Nota 5
Dionathã: Alguns bons movimentos. Tem futuroNota 7
Beto da Silva: O mais apagado do ataqueNota 4
.....

Lucas Poleto (Cristian):
 Filho do Paulo Roberto, entrou e fez gol
Nota 6

Jean Pyerre (Patrick): Pouco fezsem Nota
Vico (Machado): Entrou no final. sem Nota

Renato Portaluppi: Fez o que pode
Nota 6

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Arbitragem: 
Bruno Arleu de Araújo, Luiz Claudio Regazone e Eduardo Couto (RJ) - Nenhum erro mais sérioNota 8

24 de novembro de 2017

Avalanche Tricolor: como nos velhos tempos

Por Milton Jung


Grêmio 1×0 Lanus-ARG
Libertadores – Arena Grêmio


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Festa do gol em foto de LUCAS UEBEL/Grêmio FBPA
O destino me quis longe de Porto Alegre nesta noite memorável. Pior, me levou para distante da televisão. E o rádio voltou a ser meu companheiro de sofrimento, como nos velhos tempos em que ficava na casa do Menino Deus, bem pertinho do saudoso Olímpico Monumental. Escutava a voz daqueles incríveis narradores da Rádio Guaíba – a do pai fazia parte deste elenco – que nos levavam a enxergar cada lance, movimento, chute, defesa e emoção. A precisão na descrição dos fatos transformava palavras em imagens.

Hoje, Oscar Ulisses, da Globo/CBN, foi quem me levou a vivenciar esses momentos até quase os minutos finais desta primeira parte da decisão final da Libertadores. Vi o Grêmio em uma partida equilibrada no primeiro tempo, trocando passes para encontrar espaço na retranca adversária. Vi Marcelo Grohe em uma defesa espetacular salvar a lavoura em raro ataque dos argentinos. Vi a volta para o segundo tempo com o sufoco sobre a defesa deles. Chutes a longa distância. Pressão com bola aérea. Jogadas duras e ríspidas. Um árbitro leniente.  E vi Renato tirar Everton, Jael e Cícero do banco e  entrarem no time para furar o ferrolho montado por eles. 

Quando a preocupação com o empate já aflorava na torcida, encontrei um aparelho de televisão no meu caminho. E foi na tela da TV que assisti a Edílson lançar a bola para dentro da área, Jael saltar mais alto e escorar para Cícero que passou entre os zagueiros e resvalou na bola, em um movimento mais do que suficiente para marcar o seu primeiro gol com a camisa do Grêmio. E talvez o mais importante de sua história. Dos mais importantes da nossa história.

Demorou mas a vitória chegou, aos 37 minutos do segundo tempo. Foi na raça, disputando cada bola, encarando o adversário, discutindo com o árbitro, brigando pelos seus direitos, lutando contra tudo e contra todos. Como nos velhos tempos. Eu vi o Grêmio Copero em campo. 

23 de novembro de 2017

Daniel Matador - Não é fácil libertar a América

Grêmio 1 x 0 Lanús

Cícero saiu do banco para marcar o gol que pode iniciar a libertação da América
Caros

Este não é um post pós-jogo tradicional, daqueles que costumamos fazer após os jogos. Isso porque, dada a relevância do evento, todos os blogueiros estiveram na Arena para ver com seus próprios olhos a história acontecer. Em campo, o que se presenciou foi um jogo nervoso, como só os jogos de Libertadores sabem ser. Principalmente em tratando-se de uma final entre brasileiros e argentinos. O time do Lanús, ressalte-se é MUITO bem armado. Soube se comportar de maneira manhosa e jogou fechadinho, lançando-se por vezes em contra-ataques para tentar surpreender. Em dois lances no primeiro tempo, inclusive, Grohe teve de fazer milagres para garantir que os cordéis tricolores não fossem balançados.

O ponto negativo, por óbvio, foi a atuação da arbitragem. O árbitro Julio Bascuñan foi tendencioso e mal intencionado desde o início. Kannemann sofreu falta e, inexplicavelmente, levou cartão amarelo, ficando de fora da grande final na Argentina. Há relatos de que o zagueiro, após o término da partida, quis invadir o vestiário da arbitragem para tirar "bater um papinho" com os apitadores. Ramiro sofreu pênalti (cuja materialidade até pode ser contestada), mas o apitador sequer tencionou assinalar algo. No último lance do jogo, Jael sofre um pênalti escandaloso. Mesmo tendo a possibilidade de valer-se do VAR (o tão propalado recurso de vídeo, utilizado inclusive para assinalar o pênalti que deu a classificação ao Lanús para as finais da Libertadores diante do River Plate), o elemento optou por não fazê-lo e encerrou a partida. Nunca, jamais, em toda a história recente da Arena, um roubo foi tão escancarado.

Mesmo com tudo conspirando contra, o Grêmio mostrou porque já ergueu duas vezes a taça maior do continente. E porque é temido em toda a América. O contestado Jael havia entrado no lugar de Barrios. Cícero, que veio com contrato de risco para o tricolor, também havia ingressado no segundo tempo. Pois quis o maroto destino que Jael escorasse de cabeça e desse a assistência para Cícero vencer o catimbeiro goleiro do Lanús, rompendo o ferrolho armado pelos argentinos.

A vantagem é pequena? Em números, talvez. Mas torna-se gigante ao analisarmos todo o contexto em que esta Libertadores está inserida. O presidente Romildo, na coletiva pós-jogo, deixou muito clara sua indignação com tudo que ocorreu, dizendo que o Grêmio tomará suas providências para que este episódio não passe em branco, bem como não ocorram mais "falhas" semelhantes no jogo de volta.

Polêmicas à parte, resta a nós, torcedores, vibrarmos pela vitória e continuarmos acreditando neste grupo. Renato já mostrou que amadureceu e montou uma equipe que não treme em decisões. Que possamos todos ver, na próxima semana, Geromel encarnar o espírito de seus parceiros de zaga De León e Adilson, imortalizando-se também no panteão dos ídolos tricolores que ergueram a glória maior da América.

Saudações Imortais

21 de novembro de 2017

Até a pé nós iremos para o que der e vier

Estive em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul de quarta-feira a domingo.
Meio sem vontade fui ver Grêmio x São Paulo.
Me surpreendi com as 22 mil pessoas presentes. Grande público se lembrarmos que o estado todo respira Libertadores. Os gremistas então não pensam em mais nada.
Amanhã volto para o sul. Pego meu ingresso e vou comer um churrasco na Braseiro. Depois até a pé iremos para o que der e vier.
Dez longos anos nos separam da última final. Tempo até menor do espaço entre a final de 1984 e a de 1995. Mas mesmo assim longo. Demasiado se formos pensar na grandeza deste clube e no amor de sua torcida.
Muita coisa rolou. Deixamos o Olímpico por um palácio. O melhor do Brasil. Sofremos anos e anos sem títulos expressivos. Estivemos próximos da falência.
Mas como diz o Mosqueteiro: " O GRÊMIO É FORTE! O GRÊMIO É GRANDE!"
Tão grande que um canal de tv inexpressivo cheio de paulistanos recalcados tentou nos desestabilizar na véspera da decisão com uma história tão absurda e inverossímel quanto ridícula. Não conseguiu. Ninguém entrou na pilha. Direção ficou distante e Renato deu um relhaço ao vivo e a cores.
Venceremos? Não sei. São 180 minutos contra um time grande de um clube pequeno. Só um grande time vira dois placares adversos contra o San Lorenzo e contra o River Plate.
O time do Grêmio terá de ser grande também. Responder à altura o que encontrar pela frente.
E pelo que vi, temos sim, toda a condição de nos impor.
Temos um time treinado e resoluto. Mas mais importante, temos homens defendendo nossas cores.
Contra o São Paulo vendo uns chutes tortos do Edilson comentei com o Matador, que me escutava atento para aprender: "o Edilson é dispersivo geralmente mas em decisão é um monstro. Tem uma determinação e um foco que não se vê normalmente em jogadores."
Mas temos mais: temos Grohe, Geromito, Kannemann, Cortez, Arthur, Jaílson (Michel), ou Michel (Jaílson), Luan, Ramiro, o Ramirinho tão criticado tempos atrás, Barrios, Fernandinho. Pode ser o Everton. Pode ser qualquer outro. Não importa.
De repente o Jael entra e desencanta. Vai saber.
Não é hora de dizer eu queria este ou aquele. É hora de apoiar e de acreditar que cada um deles fará o melhor que puder para honrar esta camisa gloriosa.
E usar de tudo para ajudá-los. Até drones se for preciso, para desespero de um monte de arigós ridículos e desesperados.
É hora de tudo e de muito pouco.
Talvez apenas de gritar:

VAMOS VAMOS GRÊMIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!

20 de novembro de 2017

Análise de jogadores do Lanús e a seleção da final... sem drone!

Análise, jogador a jogador do Lanús! 
Fiz análise ao longo da última semana no meu Twitter @mwgremio, com fotos e análise mais completa. Aqui posto somente os pontos fortes e fracos para melhor visualização de todos!


ANDRADA (goleiro, nº 28)
Pontos fortes:
• jogo com pés, mtas vezes é um líbero. Atenção de Luan e Barrios.
• bola aérea, alto e boa envergadura

Pontos fracos:
• segurança. Rebate muitas bolas como nos dois gols do River

GÓMEZ (lateral direito, nº 4)
Pontos fortes:
• grande capacidade física, c força e velocidade na defesa e ataque
• boa leitura de jogo, dá ritmo
• inverte mto na diagonal c meias e atacantes

Pontos fracos:
• tem amarelo, pode se preocupar no 1 jogo

Rolando GARCIA Guerreño (zagueiro pela direita, nº 23)
Pontos fortes:
• força física
• mais habilidade que seu companheiro de zaga Braghieri (mas não muito mais)

Pontos fracos:
• lento
• sem saída de bola (toques laterais)
• faz muitas faltas

Diego BRAGHIERI (zagueiro pela esquerda, nº 6)
 Pontos fortes:
• força física
• bola aérea

Pontos fracos:
• lento
• sem mobilidade (cintura dura)
• faz mtas faltas • está pendurado
• junto c outro zagueiro Garcia Guerreño ponto fraco do time

Maxi VELAZQUEZ (lateral esquerdo, capitão, nº 3)
Pontos fortes:
• marcação (fica mais para Gomez (LD) sair e Pasquini e Acosta terem liberdade na esq
• visão tática
• liderança

 Pontos fracos:
• habilidade (qd ataca faz o simples, mas faz bem)

Iván MARCONE (volante, nº 30)
Ponto fortes:
• marcação (cão de guarda da defesa)
• passes (joga entre zagueiros para saída de bola)
• visão de jogo (antecipação)

Pontos fracos:
• muitas faltas
• pendurado (pode se preocupar para jogo de volta)

Roman MARTINEZ (meia direita, n° 10)
Pontos fortes:
• passes
• lançamentos/inversão de jogo
• obediência tática (inversões, pode ser extrema, interior, recomposição)

Pontos fracos:
• marcação
• faltas cometidas
• está pendurado

Nicolás PASQUINI (meia esquerda, n° 21)
Pontos fortes:
• cruzamentos (era lateral esquerdo até ano passado)
• bola parada
• passes

Pontos fracos:
• disputa aérea
• força física

ALEJANDRO SILVA (ponta/extrema direita, n° 16)
Pontos fortes:
• habilidade
• assistências
• velocidade
• posicionamento

Pontos fracos:
• marcação

Lautaro ACOSTA (ponta/extrema esquerda n° 7)
 Pontos fortes:
• habilidade/drible
• velocidade
• tabelas
• liderança (até mesmo com árbitros)

Pontos fracos:
• bola aérea
• marcação

José SAND (centroavante, n° 9)
Pontos fortes:
• finalização
• pivô
• passes curtos

Pontos fracos:
• habilidade
• recomposição

Com isso fiz uma comparação de jogador por jogador do Grêmio. Utilizei uma escala de 1 - 5, onde 1 é mais fraco, que tal?

GOLEIRO:
GROHE 4 X 3 ANDRADA

LATERAL DIREITO:
EDILSON 3 X 4 GÓMEZ 

ZAGUEIRO PELA DIREITA:
GEROMEL 5 X 2 GARCIA

ZAGUEIRO PELA ESQUERDA:
KANNEMANN 4 X 1 BRAGHIERI

LATERAL ESQUERDO:
CORTEZ 2 X 3 VELAZQUEZ

VOLANTE:
JAÍLSON/MICHEL 2 X 4 MARCONE

SEGUNDO VOLANTE:
ARTHUR 5 X 3 PASQUINI

MEIA:
LUAN 5 X 3 MARTINEZ

EXTREMA DIREITA:
RAMIRO 3 X 4 ALEJANDRO SILVA 

EXTREMA ESQUERDA: 
FERNANDINHO 2 X 5 ACOSTA

CENTROAVANTE:
BARRIOS 3 X 4 SAND

TIME DA FINAL:
GROHE; GÓMEZ, GEROMEL, KANNEMANN e VELAZQUEZ; MARCONE, ARTHUR, ALEJANDRO SILVA, LUAN e ACOSTA; SAND.

TOTAL PONTOS GRÊMIO: 38
TOTAL PONTOS LANÚS: 36

Conheces teu inimigo e conhece-te a ti mesmo; se tiveres cem combates a travar, cem vezes serás vitorioso. Se ignoras teu inimigo e conheces a ti mesmo, tuas chances de perder e de ganhar serão idênticas. Se ignoras ao mesmo tempo teu inimigo e a ti mesmo, só contarás teus combates por tuas derrotas.
Sun Tzu.




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