30 de novembro de 2015

Avalanche Tricolor: talento e juventude põem mais uma Libertadores na conta

MILTONJUNG


Grêmio 2×1 Atlético MG
Brasileiro – Arena Grêmio


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Futebol não é matemática, mas a soma de alguns fatores tende a um resultado positivo. Quer um exemplo?
Troca de bola precisa + triangulação de jogadores + drible + chute certeiro =  gol.
E assim foi o primeiro gol do Grêmio.

Everton, Marcelo Oliveira, Everton de novo, o drible, o espaço conquistado sobre o marcador e o chute distante do goleiro. Foram eles que protagonizaram a jogada pelo lado esquerdo, capaz de desestruturar o adversário. Poderiam ter sido quaisquer outros dos gremistas em campo, pois Roger teve a capacidade de montar uma equipe que se impõe pelo talento, mesmo que em alguns momentos demonstre imaturidade.

Fomos imaturos muitas vezes nesta competição, o que nos fez desperdiçar lances de gols após belas tramas construídas pela equipe; ou ao perder pontos com gols levados nos minutos finais em contra-ataque; ou, como hoje, quando a ansiedade pelo resultado nos impediu de segurar a bola da maneira devida, o que parece ter levado Roger à loucura.

Como reclamar, porém, dos efeitos da juventude deste time se foram os jovens, a começar pelo próprio técnico de 40 anos, com idade bem abaixo da média nacional, os responsáveis por alguns dos momentos mais importantes no Campeonato Brasileiro. Hoje, além de Everton, de 19 anos, Luan, do alto dos seus 23 anos, nos ofereceu a alegria da vitória.

A propósito: a matemática, esta que não tem quase nada a ver com o futebol, também nos foi favorável no segundo gol. A cobrança de falta foi desenhada na planilha dos jogadores que se reuniram em torno de  Luan. O goleiro deles bem que percebeu que alguma surpresa sairia daquela falta e tentou impedir com todos seus artifícios. Mas nosso atacante calculou com precisão como bater na bola, a força necessária, o ponto certo por onde deveria passar e a distância que esta precisaria percorrer para chegar ao seu destino. O esforço para encontrar o resultado certo incluiu até uma variável: a possibilidade de deslocamento do goleiro. Puxando o traço: mais um gol do Grêmio.

Sei lá quanto foi calculada aquela defesa de Bruno Grassi, aos 44 do segundo tempo, mas o lance não poderia deixar de ser citado nesta Avalanche,  até porque, também por causa dele, somamos mais três pontos na tabela de classificação, o que nos permite, entre outras coisas, a chegar ao fim da temporada com desempenho invejável contra os primeiros colocados.

Você já fez as contas? Ganhamos quatro pontos de seis disputados com o Corinthians e seis pontos dos seis disputados com o Atlético Mineiro. Isso diz muito do time de Roger.

A combinação de resultados na última rodada ainda pode nos dar de presente o segundo lugar e cerca de R$ 6 milhões na conta bancária.  Mas o  que interessa mesmo é que hoje, independentemente da matemática, podemos comemorar com muita alegria a passagem para a Libertadores que, afinal de contas, é o nosso objetivo maior.

29 de novembro de 2015

Libertadores não vai ser no PES

Grêmio 2 x 1 Atlético MG

Promoção continua

Primeiro Tempo: 1 x 1


O jogo começou pegado e com disputas fortes. Pedro Rocha começou no lugar de Giuliano quando se esperava Maxi Rodriguez.
Aos 10 minutos uma bola na mão do jogador do Atlético dentro da área que o juiz deixou seguir. Se fosse na área do Grêmio seria pênalti. Batistinha disse que nem bateu no braço. Ridículo este panaca.
Talita tuitou:

O tricolor tinha mais posse de bola mas não conseguia criar jogadas de perigo.
Aos 21 minutos Galhardo cruzou com perigo mas ninguém chegou para concluir. 
Marcelo Grohe bateu um tiro de meta aos 27 minutos e sentiu a perna. 
Aos 30 minutos Everton chutou a primeira bola do Grêmio ao gol. Recebeu, driblou o zagueiro e mandou no cantinho do goleiro. Um belo gol. Destaque também para a participação do Marcelo Oliveira no lance.
Bruno Grassi entrou no lugar de Grohe machucado.
Aos 35 minutos o segundo bom ataque do Imortal. De novo com Everton, mas desta vez ele bateu mal para fora.
Pedro Rocha fomeou em um contra-ataque de 4 contra ataque e perdeu bisonhamente. Na sequência o juiz deu pênalti duvidoso contra o Grêmio. Pênalti marcado e convertido. 1 x 1.
Aos 45 minutos escanteio para o Grêmio que Geromel cabeceou por cima.
Aos 46:30 os mineiros chegaram com perigo mas Grassi defendeu.
E terminou o primeiro tempo.

.....

Um jogo muito disputado com poucas chances de gol.

Um pênalti, no mínimo duvidoso, permitiu o empate dos mineiros.
Everton pelo gol e pelas movimentações o melhor. Pedro Rocha, pelos erros e pela entregada do contra-ataque que resultou no empate, o pior.

Segundo Tempo: 1 x 0

Bobô voltou no lugar de Pedro Rocha. Roger, como sempre, repetindo as substituições um jogo após o outro.
Aos dois minutos jogada perigosa que a zaga mineira mandou para escanteio. Na cobrança, o goleiro pegou.
Enquanto isto Barcos passeava no meio da torcida recebendo o carinho que só gremistas dão para seus ex-jogadores.
Grassi saiu muito mal num escanteio aos 6 minutos e quase permitiu a virada do Atlético. Por sorte o cara cabeceou por cima sem goleiro.
O Grêmio não conseguia acertar as jogadas de ataque.
Aos 10 minutos Erazo fez uma jogada muito tosca. Talvez querendo, tardiamente, se recobrar da besteira que fez no GRE-nada.
Aos 11:30 minutos quase gol dos mineiros. A bola explodiu no corpo de Marcelo Oliveira, que salvou.
Bruno Grassi fez uma boa defesa aos 17:30 minutos. O Atlético, nesta altura do jogo era mais perigoso.
Ramiro levou uma cacetada na entrada da área. O juizão deu impedimento que aconteceu depois da falta. Diante da indignação do estádio voltou atrás. Eram 22 minutos.
Luan, que jogava muito pouco, bateu com extrema categoria . Rasteirinho no canto enquanto Vitor começava a se mexer para o outro lado.
Aos 26 minutos Erazo deu o bago que deveria ter dado no domingo anterior e salvou uma jogada de perigo.
Douglas foi agredido com um soco sem que o juiz visse. Vamos ver o que fará o tal de Schimiti. Se fosse um jogador do Grêmio certo que seria denunciado como malfeitor.
Logo depois ele perdeu um contra-ataque bisonhamente. Mereceu o soco que levou.
Bruno Grassi fez grande defesa aos 44 minutos em chute quase a queima roupa.
Em jogo que não teve paralisação no segundo tempo o juiz conseguiu dar 5 minutos de acréscimos.
No último lance do jogo quase o empate para desespero do Roger.

.....

Jogo de dois grandes times não poderia ser diferente. Muita disputa e sendo decidido no detalhe. E o detalhe favoreceu o tricolor. Contra o Atlético foram 6 pontos. Contra o Corinthians foram 4 pontos. Alguém tem medo da Libertadores?
Um atacante que faça gol e estamos prontos.
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Como jogaram:

Marcelo Grohe: Jogou 30 minutos e não fez nenhuma defesa. Nota 7 
Galhardo: Muito boa partida. 
Nota 7
Pedro Geromel: Falhou na origem da jogada que resultou na marcação do pênalti duvidoso. No resto do jogo mostrou a segurança de sempre. Salvou um gol no segundo tempo. 
Nota 7
Erazo: Depois do fracasso no GRE-nada vai ter de jogar muito para recuperar a confiança da torcida
Nota 5
Marcelo Oliveira: Salvou um gol quase sobre a linha. Nota 6
Walace: Boa partida. Alguns erros de passe. Nota 7
Ramiro: Muito boa partida. 
Nota 8
Pedro Rocha: Não jogou bem. Saiu no intervalo. 
Nota 3
Douglas: Algumas boas jogadas e alguns passes errados no primeiro tempo. Continuou jogando mal no segundo tempo. 
Nota 3 
Luan: Totalmente sumido no primeiro tempo. Continuou jogando pouco até fazer um golaço de falta no segundo tempo. 
Nota 7
Everton: Um belo gol e muita movimentação. O melhor do time. 
Nota 9
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Bruno Grassi (Marcelo Grohe): Algumas trapalhadas rebatendo bolas que poderia pegar firme. Uma saída muito ruim do gol. Uma grande defesa no final. Nota 7
Bobô (Pedro Rocha): Jogou todo o segundo tempo e não tocou na bola. Sem Nota
Edinho (Douglas): Entrou para fechar o meio no final. Fechou.  Nota 6

Roger: Tem muito crédito, mas está devendo nas substituições.  
Nota 6 
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Arbitragem:
 Pericles Bassols Pegado Cortez (RJ/Fifa), Emerson Augusto de Carvalho (SP/Fifa) e Rodrigo Henrique Correa (RJ/Fifa) - Não deu um pênalti para o Grêmio em jogada que cansamos de ver ser marcado nos jogos deste ano. Deu um muito duvidoso para o Atlético. No segundo tempo inverteu faltas e deu 5 minutos de acréscimo sem nada que justificasse isto.

28 de novembro de 2015

Brio/Lava Jato: pergunta oportuna; resposta errada

Em 21 de janeiro de 2014, publicamos o post "Mentira: braços longos e pernas curtas", no qual dissecamos diversas questões relativas ao negócio da reforma do estádio gaúcho da Copa 2014. Alguns formadores de opinião, seja por desconhecimento, seja por dificuldade de entender algumas coisas, seja por cegueira de paixão, analisam o modelo do negócio lá feito em total dissonância com a realidade retratada nos documentos públicos disponíveis. Com a prisão do presidente do BTG Pactual, uma vez mais o assunto veio à pauta, com os mesmos vícios de análise e a mesma miopia. Um exemplo é a reportagem de Rodrigo Capelo da Revista Época (ver a matéria aqui).

No texto, uma pergunta e uma resposta: Qual o risco que as prisões oferecem ao clube e ao estádio? A princípio, mínimo. Os documentos gritam o contrário (há muitos no post "Mentira; braços longos e pernas curtas").

Para responder à pergunta corretamente, deve-se desenhar o contexto jurídico do negócio. Para tanto, cabe definir dois termos chaves para a compreensão do contrato: direito real de superfície e alienação fiduciária.

Sobre o Direito de Superfície

O direito de superfície é o direito que uma pessoa física ou jurídica adquire sobre coisa alheia e tem por principal característica o poder explorar economicamente o bem objeto da transação. Tem como efeito destacar a propriedade do solo da propriedade da superfície. Tudo o que for existente e construído na superfície durante a vigência do DRS, pertence ao proprietário superficiário.
O direito de superfície não se confunde com o arrendamento. Aquele é uma relação de direito real, enquanto o arrendamento é uma relação de direito obrigacional. O arrendatário não é dono da coisa arrendada, enquanto o superficiário é dono da propriedade superficiária.

Sobre Alienação Fiduciária

Também chamada de alienação em garantia, Alienação Fiduciária é a transmissão da propriedade de um bem ao credor para garantia do cumprimento de uma obrigação do devedor. Essa modalidade de garantia em negócios envolvendo bens móveis, foi criada pela Lei n° 9514/97. [...] Para o credor, esse tipo de garantia trouxe a novidade de, caso o devedor não liquide sua obrigação no vencimento, poderá requerer a ação de busca e apreensão do bem alienado e, após apossar-se do mesmo, vendê-lo a terceiros, aplicando o valor de venda no pagamento de seu crédito.[...] Essa forma de garantia desobriga o credor de ter que acionar o devedor e somente depois ir à busca do bem objeto da garantia, facilitando e apressando o retorno de seu investimento.

Isso dito, vamos nominar quem são os sujeitos destacados acima, no caso do negócio e do financiamento para construção do estádio da Copa. Para tanto, vamos nos valer da matrícula 6.258, do Serviço de Registro de Imóveis da 5ª Zona da Capital:







Objetos da transação: estádio Beira-Rio e edifício garagem
Proprietário superficiário: SPE Holding Beira-Rio S/A (a Brio)
Devedor: SPE Holding Beira-Rio S/A (a Brio)
Credores: BNDES, Banrisul e Banco do Brasil

O documento só deixa dúvida para quem quer tê-la: o Sport Club Internacional cedeu à Brio o direito real de superfície da totalidade do estádio e da totalidade do edifício garagem, por 20 anos. Não há que se levantar a questão da exploração comercial pela Brio das suítes, cadeiras vips, lojas etc, para distinguir dos direitos do clube sobre cadeiras do primeiro anel etc. Este é um acordo comercial, algo diverso da propriedade da totalidade do imóvel do estádio e do edifício garagem, que é, inequivocamente, da Brio. Lembrem da definição acima: "... o superficiário é dono da propriedade superficiária".

Na segunda perna do negócio, como garantia do financiamento feito junto aos bancos (credores), a Brio cedeu a estes, em alienação fiduciária, os imóveis em questão, quais sejam: o estádio e o edifício garagem. Como vimos, alienação fiduciária pressupõe transmissão de propriedade. Como sabemos, ninguém pode ceder aquilo que não lhe pertence. Logo, a Brio (cujos donos são a AG e o Banco Pactual, veja link) repassou de si, proprietária, a propriedade da totalidade dos imóveis do estádio e do edifício aos bancos, conforme pode-se constatar na matrícula acima. Desejando verificar os sujeitos e as garantias do empréstimo no portal da Copa, clique aqui. A imagem abaixo foi retirada desse link.


À luz do documento mostrado e das suas implicações jurídicas, a única resposta plausível para a oportuna pergunta contida no título da matéria da Época ("O que Internacional e Beira-Rio têm a ver com a prisão de Esteves, do BTG, na Lava Jato") é TUDO. Não sendo pago o financiamento, a garantia pode ser executada, passando todo o estádio e o edifício garagem (bem como todas as rendas geradas pela exploração) para o controle dos bancos credores, para pagamento do empréstimo.

Tudo o que se disser contrariamente a isso é por tolo desconhecimento ou por dever cívico de acreditar no que a direção do antigo proprietário do Beira-Rio (Sport Club Internacional) manda que se acredite. Se nada mudar, em março de 2032 essas pessoas terão, finalmente razão ao afirmar que o SCI é o dono do Beira-rio.

27 de novembro de 2015

Blog já sabia dois anos atrás


Dilma atuou pessoalmente em obra da Andrade Gutierrez


Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, prometeu ao MPF entregar detalhes do pagamento de propina em obras da Copa de 2014. Dilma atuou pessoalmente em uma dessas obras: a reforma do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
A AG enfrentava dificuldades para financiar o projeto, tocado em parceria com o Banrisul e o Inter. O jornal Zero Hora registrou na ocasião um telefonema de Dilma para Azevedo, cobrando-lhe a execução da obra.
"É o meu clube, é o meu Estado. Não há hipótese nenhuma de a empresa sair que nem cachorro e deixar todo mundo de pincel na mão", disse a petista. Para 'motivar' Azevedo, ela citou o Itaquerão, erguido pela Odebrecht. "Eu quero que o caso Odebrecht seja a inspiração de vocês. A brincadeira acaba aqui."
Sim, Dilma, a brincadeira acabou.
http://www.oantagonista.com/posts/dilma-atuou-pessoalmente-em-obra-da-andrade-gutierrez
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André Esteves foi acionado para salvar estádio de Dilma


Diante do impasse para alavancar a obra do Beira-Rio, na qual Dilma Rousseff atuou pessoalmente, quem foi acionado para salvar a operação? O banqueiro amigo André Esteves, que virou sócio da Andrade Gutierrez na SPE BRio, destinada à recondicionar o estádio do Inter no padrão Fifa.
A operação foi aprovada pelo CADE e o BTG passou a ter 49% das ações por meio de um FIP, estruturado "inicialmente" com recursos do próprio BTG. A AG ficou com os 51% restantes.

Será que André Esteves, assim como Otávio Azevedo, recebeu um telefonema de Dilma?
http://www.oantagonista.com/posts/andre-esteves-foi-acionado-para-salvar-estadio-de-dilma

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O posto abaixo foi publicado no blog, em 16/02/2014. Dados os últimos acontecimentos, se mostra atual. Por isso, republicamos.
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O poder público mais fanático do Brasil

Fanatismo e poder

Uma pesquisa recente da Pluri Consultoria, apontou a nossa torcida como a torcida mais fanática do Brasil. Alguém, no twitter, referiu que o RS tem, também, o poder público mais fanático do Brasil.
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A expressão da paixão

Governo Federal, Governo Estadual, esferas do Poder Municipal, todos trabalharam e continuam trabalhando arduamente para conceder benefícios ao clube do "estádio da Copa". Neste circo, já tivemos altos escalões de Brasília dando xeque-mate na Andrade Gutierrez, para que a empresa desistisse de defender os seus interesses no negócio do estádio, Governador interferindo na gestão operacional de banco, secretário municipal defendendo a invasão da rua pela construção.

Esta é só uma pequena amostra de tudo que já se viu, em termos de atropelos à lei, à probidade, ao bom senso, e, também, à inteligência da população que paga impostos. Tudo para favorecer um ente privado, objeto de paixão exacerbada, por quem deveria, em primeiro lugar, zelar com responsabilidade pelos bens e recursos públicos colocados sob sua jurisdição. Este compromisso está implícito no ato da investidura em cargos de administração pública e é parte inalienável do dever dos governantes e de quem exerce cargo público. Vê-se bem que não é o que se vê.
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A Arena e seus percalços

A obra da Arena do Grêmio enfrentou e enfrenta inúmeros percalços. Obstáculos de toda espécie são colocados não só por pessoas que tem o dever de zelar pelo ambiente e pelo patrimônio público, mas também por entes públicos e políticos interessados em melar, atrapalhar, complicar, enfim, dificultar o desenvolvimento e a operação do empreendimento.

Alguns exemplos de ações de zelo, podem ser vistos aqui:

1) Tribunal, MP de Contas e Tribunal de Contas questionam prefeitura;
2) Ministério Público pede à prefeitura suspensão obras no entorno da Arena;
3) Juiz determina esclarecimentos sobre Arena.
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A nova ameaça

Na sexta-feira, 14/02, o mundo amanheceu perplexo. Porto Alegre e o povo gaúcho, que já "perderam" a Copa das Confederações, correm o risco de, pasmem, "perder também a Copa do Mundo". Esta foi a mensagem de alerta e pânico passada a todos nós por Giovanni Luigi, o presidente dos lonáticos. Já pensaram? Não é mesmo o fim da Copa do Mundo? Motivo: o time do estádio da Copa não tem dinheiro para pagar as estruturas temporárias do evento.

Não, não é esta a nova ameaça a que me refiro. A real, a verdadeira ameaça é a tentativa que se constrói de, uma vez mais, a estrutura montada no poder público mais fanático do Brasil, entrar em campo para assaltar os cofres dos governosEles querem empurrar as despesas pelas quais se comprometeram para serem os donos da Copa (veja imagem) para nós.

A Copa é vossa? Então, paguem por ela.

A campanha no meio político e na mídia já começou. Uma pequena amostra:
1) "Provas" de que a Prefeitura e o Estado devem pagar;
2) O contrato é "dúbio";
3) Uma vez mais, políticos ameaçam abrir as pernas o bolso do erário;
4) A Copa "ameaçada";
5) As tetas dos cofres públicos ao alcance da mão grande;

Sugar dinheiro público exige método e há quem o domine. Vejam, nas imagens abaixo, uma demonstração cabal de como funciona e como tem canais poderosos e longo alcance a máquina de usar influência política para fins nada nobres. A capa e a reportagem vinculada da ZH deste domingo é um ato pensado de uma estratégia maior, para envolver a Presidente na questão das estruturas provisórias. A segunda imagem, conteúdo parcial da reportagem da mesma ZH, mostra o ponto a que chegou a pressão sobre a empresa e a manobra para "sensibilizar" Dilma. Houve um tempo no qual a RBS entendia que tráfico de influência era prática nociva. No caso em tela, a prática é exaltada. Perdeu-se a ética na redação.

Capa no calor da "polêmica" das estruturas temporárias.

Matéria da Zero Hora de domingo, 16/02/2014.

Mas também temos pessoas atentas e que buscam esclarecimentos. O jornalista Ígor Póvoa, por exemplo, buscou informações junto a Secretaria Extraordinária da Copa 2014, SECOPA e recebeu mail de Aline Peixoto Rimolo, da Assessoria de Comunicação, com esclarecimentos que reproduzimos e transcrevemos parcialmente, pela qualidade da imagem:


Sobre a questão da rubrica "ESTRUTURAS TEMPORÁRIAS COPA 2014", o valor de R$ 22.673.400,00, constante no orçamento da Prefeitura Municipal de Porto Alegre para o corrente ano, cabe destacar que ela refere-se, conforme descrição da própria peça orçamentária, a estruturas temporárias nos períodos de abrangência dos diversos pontos oficiais do evento, portanto não se referindo diretamente ao Estádio Beira-Rio.
A utilização planejada pela Prefeitura desses recursos, caso seja necessária, se dará em atividades de responsabilidade por cidade, como as estruturas físicas da FANFEST, que também conta com outra rubrica para a execução operacional de serviços [...]
De outra parte, o Portal da Transparência mostra que não está prevista nenhuma despesa do Governo do Estado ou da Prefeitura com as tais "estruturas provisórias", ao contrário do que os espertos querem fazer a opinião pública crer. Confira neste link.
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O que nos resta?

O assalto está planejado, com todo o apoio necessário ao sucesso dos grandes assaltos. A nós, resta esperar que o Ministério Público, em suas várias esferas, não permita que isso corra. A preocupação com a probidade esteve presente em várias matérias com links postados acima, dos quais reproduzimos algumas partes para melhor situar o leitor sobre alguns dos nomes estão zelando pelas coisas públicas.

Fernanda Ismael é adjunta de Geraldo Costa da Camino


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Nilson de O. Rodrigues Filho é Promotor de Defesa do Patrimônio Público.





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Alexandre Saltz é Promotor de Defesa do Meio Ambiente

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Trabalho é trabalho. Lazer é lazer

Um ponto positivo adicional dessas pessoas citadas acima, que estão cuidando para que a OAS e a Arena não avancem sobre recursos públicos, é que eles gostam de futebol e, por isso, entendem a alma do torcedor. Isso faz com que tenhamos tranquilidade para que o assalto engendrado no caso das estruturas provisórias não passe de uma tentativa frustrada de nos impingir prejuízos permanentes. Nas legendas de alguma imagens há links para as fontes. Outras são encontradas no Face Book ou em sites de busca.

O que faz nas horas vagas Geraldo Costa da Camino

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O que faz nas horas vagas Nilson de Oliveira Rodrigues Filho

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O que faz nas horas vagas Alexandre Saltz

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26 de novembro de 2015

Daniel Matador - Jamais nos matarão

"Paulo Pelaipe e o lateral Patrício levaram um susto com o gemido que ouviram, bem atrás de uma porta. O som lembrava alguém ferido, talvez muito machucado. Em seguida, veio o grito:
- AHAHAHAHAHAH!
Aí, um estrondo. Domingos havia acertado a porta de madeira do vestiário, uma das internas, com uma certeira voadora. A porta rachou bem no meio e o marco soltou. Empunhando o marco da porta com as duas mãos, como um tacape, Domingos começou a quebrar tudo que encontrava pela frente. Primeiro as pias, depois os espelhos, os bidês, os bancos, as torneiras, os canos e os chuveiros. Batia com o pedaço de pau e gritava:
- Estão nos roubando, estão nos roubando!"


Trecho de 71 Segundos - O Jogo de uma Vida

Jamais nos matarão: a frase que tornou-se um mantra.


Caros

Este não é um post para relembrar tudo o que ocorreu no épico 26 de novembro de 2005. É fácil resgatar a história em uma época de internet. Em uma rápida pesquisa no Youtube acha-se o jogo completo entre Grêmio e Náutico no Estádio dos Aflitos. A esta altura, a não ser que você seja um marciano recém chegado à Terra, saberá que o Grêmio retornou ao lugar de onde os grandes não devem sair. Mas que, por capricho do destino ou incompetência gerencial (e até mesmo uma junção de ambos), por vezes acontece. Mas, como diz o ditado, grande não é aquele que nunca caiu, mas sim aquele que foi capaz de levantar.

Mas esta época onde qualquer um tem voz em algum tipo de ferramenta na internet, onde redes sociais criam personagens e retardados, cabem algumas considerações que muitos talvez já tenham feito, mas que outros tantos insistem em não entender. Seja por burrice ou mau-caratismo (ou uma junção de ambos, sendo repetitivo no termo). Para ser bem didático, resolvi distribuir a explicação por tópicos. Sabe como é, o déficit de atenção é um problema que tem atingido uma grande camada da população, então a gente tenta explicar como se fosse para criança. Vamos lá.



Djalma Beltrami, o ladrão que acabou transformando um simples jogo em uma batalha épica.



1) O Grêmio e seus torcedores comemoram título de Série B como se fosse uma grande conquista. ERRADO!
O Grêmio é um dos raros clubes que já conquistou tudo que um clube de futebol poderia conquistar mundo afora. E repetiu várias das conquistas. É um multicampeão. Ninguém comemora título de Série B. Se o Grêmio tivesse goleado o Náutico naquele jogo e fosse campeão, nem estaríamos aqui falando sobre isso agora. Seria um troféu tão importante quanto a Copa Phillips (que conquistamos duas vezes, diga-se de passagem), o Troféu Palma de Mallorca (que conquistamos na própria Espanha, ganhando na final do Barcelona, antes de muitos) ou a Copa Los Angeles. O que comemora-se é a FORMA como esta taça foi erguida, e não o título em si. Entendido? Não? Então nem continue a leitura, você com certeza faz parte do pessoal burro ou mau caráter que citamos lá no início do post. Ou segue aí, de repente tu aprendes alguma coisa.



Galatto defendeu o segundo pênalti de maneira milagrosa, dando início aos históricos 71 segundos.

2) O Grêmio e seus torcedores tentam se convencer (e convencer os outros) que a conquista da Série B é coisa de clube grande. ERRADO!
É ÓBVIO que conquistar torneios menores não é coisa de clube grande, seu retardado! Qualquer elemento com dois neurônios sabe disso. Os torneio menores servem para fazer volume na sala de troféus e era isso. Quem tenta se convencer do contrário tem sérios problemas. A missão do clube grande (e aqui falamos do G12, os maiores e mais tradicionais clube do Brasil) quando disputa um campeonato como a Série B é obviamente retornar à Série A. Erguer a taça, nesse caso, pode vir a ser uma consequência. Nada além disso.

Sandro Goiano foi o capitão do time e um dos pilares daquela equipe no jogo.


3) O Grêmio que tornou aquela final difícil, time grande tem que patrolar sempre os pequenos. ERRADO!
Eu nem deveria explicar uma asneira dessas, mas como o lance aqui é ensinar criança, vamos lá. Na grande maioria dos casos, um clube grande e tradicional costuma sobressair-se sobre um clube menor e com menos tradição. NA GRANDE MAIORIA DOS CASOS! Não no último jogo do campeonato, onde tudo poderia acontecer e tudo conspirou contra. O grande ponto é que aquele jogo foi atípico. Algo que nunca mais acontecerá na história do futebol mundial. Dois pênaltis não convertidos pelo adversário, quatro expulsões e um estádio lotado torcendo contra. O dia em que ocorrer algo parecido, aí a gente volta a conversar. Até lá, podem botar isso aí na conta das probabilidades que acontecem uma vez a cada século.


Por fim, caro elemento que talvez tenha chegado até aqui e que ainda ache que o Grêmio ou seus torcedores não devem comemorar a Batalha dos Aflitos: desista do futebol, cara. Só quem torce para o Grêmio e viveu aquele dia tem condições de entender o que ocorreu. Mais ninguém. E não é nenhum pseudo-babaca que vai ter a pachorra de querer ensinar a forma como lembramos ou comemoramos nossos feitos.

Hoje esta data histórica completa 10 anos. Aquele 26 de novembro de 2005 foi épico. Foi histórico. Foi memorável. Ele irá ecoar até o fim dos tempos como a maior batalha campal que o futebol já viu. E o Grêmio saiu dela da forma como entrou: imortal. Porque, nesta vida, somente uma coisa é certa: JAMAIS NOS MATARÃO!

Saudações Imortais

23 de novembro de 2015

Pontinho fora é o caralho

Estes pelo menos eram engraçados

Está aqui quem sempre defendeu a diretoria e o magnífico trabalho que tem feito para reconstruir o clube.
Está aqui quem sempre disse que só uma reconstrução sólida será capaz de trazer vitórias e títulos permanentes.
Está aqui quem tem sido acusado por intolerantes de todo o tipo de ser "chapa branca".
Está aqui um fã de carteirinha do Romildo e de todos os membros do CA.
Mas está aqui também um gremista indignado com o que viu ontem.
A semana começou errada e só poderia terminar errada.
Começou com a escolha deste juiz de nariz e rabo arrebitado que não deixa o Grêmio ganhar nunca. Escolha que não mereceu mais do que tímidos muxoxos da direção quando o que se queria era uma reação forte e decisiva. Senão para impedir que apitasse mas para que o pilantra soubesse que não sairia barato mais uma não vitória com ele no apito.
Continuou com a declaração infeliz do Presidente Romildo de que "assinaria um empate". Relevei pensando que fosse estratégia para desarmar os caras que vinham sedentos por revanche. Não era, viu-se no campo.
Mais um sinal foi dado quando a Net saiu do ar 5 minutos antes do início obrigando a ver todo o jogo via 3G no iPad.
E terminou dolorosamente ao ver um time sem ambição, sem vontade, sem culhão e sem talento nenhum perder para o pior time mazembado dos últimos 15 anos e que nem treinador tem.
Esta mentalidade do pontinho fora é pior do que um câncer. Já foi mais do que provado mas por alguma razão parece que ninguém aprende lá no Grêmio.
Deixar de matar aquele time ridículo e esfacelado deles por falta de vontade é não entender a alma do futebol. Tudo o que a torcida queria neste final de ano era dar mais uma tunda e enterrar de vez aqueles arrogantes. Mas não. Eles entregaram de bandeja uma vitória que rendeu até uma ridícula e patética volta olímpica.
Conseguiram, de quebra, acabar com um ano que estava terminando muito bem diante do que se prenunciava no início.
Sim, o Grêmio vai para a LA mesmo com a derrota. Não, eles não vão para a LA mesmo com a vitória.Mas não era este o enredo que a direção, a comissão técnica e os jogadores deveriam ter traçado.
Foi uma merda o que fizeram. E se não injetarem um ou dois jogadores com ambição de vencer e que levem os outros no cangote, o enredo de 2016 será parecido ou pior.

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Erazo

Que vá para o diabo que o carregue. Até dava para relevar o que o empresário fez assinando com um time de quinta categoria de Portugal para forçar um contrato melhor, mas aquela entrada mole e gay que resultou no gol dos caras jamais será esquecida. Muito menos perdoada. Não deveria nunca mais fardar a camisa tricolor.

Maicon

Não jogou e fez falta. Mas a ser verdade a proposta que apareceu na imprensa estaremos com mais uma prova de que falta talento em quem contrata e vende jogadores do Grêmio.

Roger

Já mostrou que é bom. Mas já mostrou também que se rende fácil aos elogios e deixa a soberba tomar conta às vezes.
Pelo que levou a campo ontem parece que perdeu a gana de vencer que tinha quando jogava. Assistiu passivamente a enrolação do time.
Não era jogo para análises táticas no intervalo. Era jogo para grito na orelha, bafo na nuca. Preferiu apagar as luzes para mostrar filmezinho como se fosse uma partida normal. Conseguiu adormecer o time.

Juiz de nariz e rabo arrebitado

Está se especializando no roubo. É daqueles malandros que rouba e sai de campo elogiado. O mais perigoso tipo de apitador.