30 de agosto de 2017

Derrota imerecida no final

Cruzeiro 2 x 0 Grêmio

Antes do jogo do Grêmio tivemos um pequeno desastre do time quase todo titular do Bínter.


Primeiro tempo: 0 x 0

Pedro Rocha foi vendido. Jogo para ver Beto da Silva, um de seus prováveis substitutos.
O Grêmio com uma gurizada e o time mineiro com um misto bem quente.
Mas os guris começaram cozinhando a raposa. E o primeiro ataque perigoso foi um chute do Patrick da entrada da área. Mas foi no meio do gol e o goleiro defendeu. Eram 10 minutos.
E o tricolor continuou melhor. Aos 16 minutos um chute forte de Jean Pyerre por cima do gol.
Aos 21 minutos os mineiros chegaram com perigo e Léo fez grande defesa salvando o gol. Primeira jogada perigosa na área do Grêmio.
O time de BH começou a pressionar mais mas a defesa tricolor estava bem postada.
Aos 33 minutos Léo fez outra grande defesa em chute à queima roupa. No rebote o meia uruguaio deles chutou por cima.
O primeiro tempo continuou com os mineiros forçando mas não criando nada.

.....

Um bom início com duas boas jogadas de ataque e depois um recuo exagerado.
Não sofremos grandes sustos mas em compensação não chegamos nenhuma vez no ataque depois dos 15 minutos.
Destaque para a defesa bastante segura.


Segundo tempo: 2 x 0

Dionathã voltou no lugar de Esperon.
Antes do segundo minuto falta perigosa para os mineiros mas a cobrança passou ao lado da trave.
Aos 3:30 minutos o tricolor chegou com perigo mas a cruzada foi muito forte e passou por toda a área.
Dionathã bateu de fora da área para boa defesa do goleiro aos 6 minutos.
Patrick sofreu uma falta violenta aos 13 minutos e saiu de campo machucado. No seu lugar entrou Dudu.
Aos 16 minutos o destemperado técnico adversário foi expulso por reclamação. Certo que não reclamou da não expulsão do jogador dele por falta violenta.
Léo fez outra grande defesa aos 18 minutos. A terceira no jogo.
Aos 18:40 minutos quase gol contra. A zaga do Grêmio se atrapalhou e a bola chutada contra o próprio gol saiu pelo lado da trave.
Os mineiros começaram a mandar para o jogo os jogadores titulares que estavam no banco. Mas mesmo assim a defesa tricolor conseguia segurar o resultado.
Dudu tabelou com Beto da Silva e chutou longe do gol aos 24:30 minutos.
A violência mineira dava razão ao twitter abaixo.


E a este outro:


Dionathã bateu outra perto do gol aos 37 minutos.
Aos 42 quase um golaço de Jean Pyerre, mas a bola saiu raspando o travessão.
Aos 44 minutos o castigo imerecido. Quando tudo indicava pênalti a zaga deu bobeira e saiu um gol de xiripa.
Um crime porque os meninos foram bravos e já estavam até mais atrevidos.
Aos 48 minutos o segundo, consequência do primeiro.

.....

Um bom jogo dos garotos.
Conrado, Patrick, Jean Pyerre e Dionathã mostraram que tem condições de, num futuro próprio, serem muito úteis.
Uma derrota em um lance fortuito no final do jogo.
E para encerrar. Boa sorte e vai com Deus Pedro Rocha. Tu soubeste honrar a camisa do Imortal. Sempre te achei um bom jogador. Depois descobri que eeras mais do que bom. E descobri mais. Descobri que além do grande talento tens personalidade e caráter. Serás sempre um vencedor. Tudo de bom para ti guri.


Como jogaram:

Léo:
Pelo menos duas grandes defesas no primeiro tempo. Mais outra muito boa no segundo tempo. Mostrou muita segurança. O melhor do time. Nenhuma culpa nos gols. Nota 9  
Leonardo: Um dos poucos "cascudos" apesar dos 19 anos. Fez o feijão com arroz básico. Nota 6
Rafael Thyere: Voltou bem espanando todas da área. Nota 7
Bruno Rodrigo:
 Tem um estilo discreto de jogar. No primeiro tempo foi seguro sem aparecer muito. O mesmo aconteceu na etapa final. Nota 7
Conrado:
 Parece um pouco baixo para lateral mas foi bem. Nota 7
Kaio: Parecia bem mais promissor quando apareceu no time de cima, mas não consegue deslanchar. Nota 5
Machado:
Muito bem na marcação. Nota 6
Esperon: No primeiro tempo mais desarmou do que tentou chegar na frente. Talvez por isto saiu para a entrada de Dionathã no intervalo. Nota 5
Patrick: Um bom primeiro tempo mostrando que tem grande futuro. Saiu machucado depois de falta violenta. Nota 7
Jean Pyerre: Alto, magro, perna fina, tem personalidade e parece muito promissor. Não sentiu o jogo. Nota 7
Beto da Silva: Muito isolado não conseguiu fazer nada no primeiro tempo. E nem no segundo tempo. Está visivelmente sem nenhum ritmo de jogo. De positivo o fato de ter jogado quase todo o jogo sem sentir nada. Nota 3 



.....

Dhionatã (Esperon): Entrou e deu mais velocidade e dinamismo ao time
Nota 6 
Dudu (Patrick): Também não se assustou com o jogoNota 5

Batista (Beto da Silva): Entrou no final do jogo. sem Nota

Felipe Endres: Vibra muito ao lado do campo e teve o mérito de mandar a campo um time de meninos que não se assustou com o adversário e com o estádio. 
Nota 7

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Arbitragem: 
Paulo Roberto Alves, Victor Hugo Imazu e Rafael Trombeta (PR). Deixou, como seu colega na semana passada, o time mineiro bater à vontade.
Nota 4

Miller, Luan, pau mandado e Corneta

Miller vai embora. Vítima de um cotovelo assassino, de uma lesão traiçoeira e de maledicências.
Certamente não é santo e sim, poderia ter sabido lidar melhor com boatos tão maldosos quanto anônimos. Mas todas as bobagens que possa possivelmente ter aprontado não justificam os ataques covardes, frutos da inveja e do ódio, a que foi submetido.
Poucas pessoas teriam estofo para matar no peito e sair jogando.
Certamente não alguém com formação deficiente e em país estrangeiro.
Sim, já morei 4,5 anos em terras estranhas e sei na carne o que significa isto.
Fica na lembrança o belo gol da estreia, a coragem de jogar 45 minutos com a boca estraçalhada por obra de um bandido e o gol da Copa do Brasil.
E o gosto amargo do que poderia ter sido e não foi.
Que os mais bobos aprendam a não se deixar levar pela sanha dos que querem acabar com o Grêmio.

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Luan fica. Sinceramente não sei se vibro ou lamento.O futuro, muito próximo aliás, é que dirá. Mais não digo.

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Um jornalista bem conhecido abriu suas baterias contra o Renato, Romildo e contra o Ico. Mais contra o Ico, porque é dos três o que tem menos força na torcida. Não há dia em que não fale ou escreva bobagens criticando tudo lá no tricolor.
Certamente cumpre ordens, se é que me entendem. Mais não digo. Por enquanto.

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Leio aqui e ali que o Imortal Tricolor está de rusga com o blog Corneta do RW.
Não sei de onde surgiu esta. Aqui no Imortal desafio alguém a encontrar um post que seja desairoso sobre o blog que expõe as patifarias da imprensa vermelha isenta.
Outro dia fiz uma brincadeira no twitter dizendo, diante de um ataque do corneta à direção, de que ele era um azul fascinado pelo vermelho. Pode tê-lo deixado magoado ou até mesmo furioso. Não sei e nem procurei saber. Sou daqueles que perde o amigo mas não perde a piada. Se foi o caso, apologies.

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E a vida segue.

29 de agosto de 2017

Ainda, e pela última vez, resposta ao ain ain ain

É tanto mi-mi-mi e  ain ain ain que resolvi falar, mais uma vez, e pela última vez, sobre o uso de titulares em todos os jogos.
Aliás, até os mais renitentes e inclusive os retardados passaram a concordar, sabe Deus como e porque, que não dá para jogar todos os jogos com todos os titulares.
Teve muito choro melequento no post "Chutes verbais sustentam teses idiotas". Muito ain e muita tentativa de distorção da verdade nos comentários. Mas por mais choro e vela que tenha tido, nenhum destes ranhentos conseguiu provar que o Cristiano Ronaldo (o ídolo preferido mais usado nos chutes) jogou todas as partidas do Real Madri e muito menos que jogou mais do que o Luan, por exemplo. Não conseguiram por uma razão simples. Ele jogou menos. Tiveram pelo menos a decência de não comparar o campeonato espanhol, um gauchão com grife, com o campeonato nacional do Brasil onde os times tem viagens longuíssimas e desgastantes. E nem piaram sobre a diferença de viajar de Roma a Paris com viajar de Porto Alegre a Iquique. Praticamente a mesma coisa não?
Mas deixemos os ranhentos esperneando mais um pouco e vamos fazer outra comparação. Vai que diminua a chorumela e, por consequência, o ranho.

Se a maioria concorda que tem de poupar, mas não todo o time, coloquem-se vocês no lugar do Renato e da direção.

A pergunta é a seguinte: Quais são os "titulares" absolutos e quase insubstituíveis do Grêmio?
Vou fazer uma tentativa de listar. Se não concordarem 100 % não tem problema, valerá o raciocínio da mesma forma.

Então vamos lá.

Marcelo Grohe é unanimidade. por mais críticas que sofra.
Edilson ou Léo Moura (um dos dois) deve jogar para o time não perder força.
Geromel e Kannemann é a zaga. Quando sai um já se viu a histeria que se abate.
Bruno Cortez assumiu e o seu reserva não tem a confiança de muitos gremistas. Aliás, tem ao contrário, o ódio de muitos.
Michel, Maicon e Arthur, dois destes três tem de estar em campo. Em caso contrário o time perde bastante.
Ramiro não tem reservas na função.
Luan é o craque maior.
Pedro Rocha, Lucas Barrios, Everton e Miller, quando queria, podem jogar no ataque sem problemas.
Não conto o Arroyo e o Beto da Silva porque estes estão sendo integrados agora.
Os demais jogadores, compõem grupo, às vezes entram bem mas não tem a mesma qualidade dos titulares.

Então vamos lá, para a pergunta seguinte: se você é o Renato quem você pouparia na véspera de jogo importante para não correr o risco de perder qualidade e, por consequência, correr menos risco de ser eliminado?

Marcelo Grohe? Possivelmente, apesar de que goleiro corre menos risco de lesão.
Edilson ou Leo Moura? Um dos dois é preservado e o outro vai para o jogo.
Os dois zagueiros, certamente, você pouparia. E, provavelmente o Cortez também.
No meio, escolheria um dos 3 volantes para jogar e pouparia os outros dois. Ou tu não farias isto?
Ramiro poderia ou não ser poupado.
Luan certamente ficaria fora.
E no ataque há maior fartura. Quem vai para o jogo vai bem.

Então teu time seria assim, muito provavelmente:
Marcelo Grohe (ou um reserva)
Léo Moura (Edilson), Thyere, Bressan (Bruno Rodrigo), Marcelo Oliveira.
Maicon (ou Michel) (ou Arthur), Jailson, Kaio ou outro menino da base.
Ramiro, vá lá.
Miller e Everton. Ou arriscarias machucar o Barrios?

Agora voltemos aos jogos em que o Grêmio "injustificadamente" poupou "todo o time" conforme a chorumela ranhenta e recorrente.

No gol Renato preferiu preservar Grohe. Fez alguma diferença?
Na lateral, em todas as vezes, ou o Léo Moura ou Edilson estavam lesionados. Você colocaria o outro arriscando perder os dois?
A tua zaga seria diferente desta acima ou iria com os titulares para depois espernear mais do que porco no abate porque um deles se machucou?
Marcelo Oliveira tem sofrido com lesões. Arriscarias a perder o Cortez também?
Maicon sofre com lesões há tempos, tu escalaria os dois ou um dos dois que sobraram?
Responda a estas perguntas e escale o time que colocarias em campo depois delas.
É diferente do que foi a campo contra o Sport, Palmeiras e Atlético Pr?
Sério?

"Ain, mas o Grêmio foi eliminado da mesma forma." 
Pois é. Imagina se não tivesse poupado.

Eu acho que o único erro até aqui foi ter valorizado aquele campeonato vagabundo de cartas marcadas do Novelhaco. Falei isto lá em Janeiro. Fora isto, discordar do que foi feito, diante das opções e das prioridades é falta de noção ou oportunismo do mais vagabundo e rasteiro.

28 de agosto de 2017

Vergonha alheia

Vergonha alheia, ou o dia em que definitivamente perdemos nosso rivalzinho mimadinho, magoadinho e bobinho.
Veja o ridículo a partir do minuto 10:22.
Como alguém falou no twitter, o Grêmio é punido até quando não tem nada a ver com a história.
Fica o registro da palhaçada para todo o sempre.





27 de agosto de 2017

Chutes verbais sustentam teses idiotas

Atualizado com twitter no final as 11 horas de 27/8 para atender aos comentaristas mais renitentes.

Não é raro se ouvir "entendidos" da praça cuspindo teses sobre como deve ser a gestão de grupos de jogadores, relativamente ao calendário de jogos. Um dos ditos mais comuns é: "O Real Madrid joga quarta domingo quarta domingo e não tem essa frescura de poupar jogadores". Ao sábio enunciado principal, sempre segue um corolário do tipo: "O Cristiano Ronaldo está sempre em campo e não se queixa de calendário".

O blog, como de praxe, desconfia dos conhecidos entendidos e vai à cata de dados. Fizemos um minucioso levantamento dos jogos do Real Madrid e do Cristiano Ronaldo em 2017. Deste, coletamos também os dados de jogos da seleção portuguesa. Tomamos o ano civil como referência, sabedores que a temporada europeia não segue este calendário. Este fato não afeta em nada o levantamento. Vejam, abaixo, os dados encontrados.
  • O primeiro jogo do Real Madrid e de Cristiano Ronaldo neste ano foi em 07/01/2017;
  • O último do Real Madrid e de Cristiano Ronaldo foi em 24/08/2017;
  • Portanto, o ano futebolístico de ambos em 2017 já teve 229 dias;
  • O Real Madrid disputou 43 jogos neste período;
  • O Real Madrid disputou, em média, um jogo a cada 5,3 dias;
  • Entre o Real e a Seleção Portuguesa, Cristiano Ronaldo jogou 37 partidas em 2017;
  • Em média, 1 jogo a cada 6,1 dias;
  • Os minutos jogados de CR foram 3.300, média de 89 minutos por jogo.
Vamos aos números do Grêmio e, para comparar, Luan, um dos nossos principais jogadores.
  • O primeiro jogo do Grêmio este ano foi no dia 03/02 e o de Luan em 26/01/2017;
  • O último de ambos foi em 24/08/2017;
  • O ano futebolístico de ambos em 2017 tem, respectivamente, 202 e 210 dias;
  • O Grêmio disputou 53 jogos no ano;
  • Grêmio disputou, em média, um jogo a cada 3,8 dias;
  • Luan jogou 41 partidas em 2017;
  • Em média, 1 jogo a cada 5,1 dias;
  • Os minutos jogados de Luan foram 3.717, média de 90 minutos por jogo.
Como se vê, com 27 dias a menos de temporada, o Grêmio disputou 10 jogos a mais do que o Real Madrid. Luan, mesmo sendo poupado em algumas partidas, fez 4 jogos a mais do que CR, em um intervalo de tempo com 19 dias a menos.

Cada um pode tirar as suas conclusões. Eu, quando ouvir os "entendidos" espirrando estatísticas furadas, que apoiam teses mais furadas ainda, pensarei apenas: "Tem empresário esperto que paga para esses sujeitos dizerem besteiras, posando de grandes entendidos". Na minha opinião, faz certo o Grêmio em poupar jogadores. Sem isso, teríamos ainda mais lesões do que tivemos este ano.



25 de agosto de 2017

Pós jogo




24 de agosto de 2017

Avalanche Tricolor: que venha o título da Libertadores!

Por Milton Jung


Cruzeiro (3) 1×0 (2) Grêmio
Copa do Brasil – Mineirão – BH/MG


Gremio2
Luan antes de colocar Barrios na cara do gol (reprodução SporTV)
Algumas horas já se passaram desde a frustrada tentativa de chegar a mais uma final de Copa do Brasil. Seria a chance de seguirmos fazendo história na competição que inauguramos com um título, em 1989; na qual acumulamos mais vitórias do que qualquer outro participante e em que tínhamos a oportunidade de vencer duas vezes seguidas, algo inédito. Além disso, estaríamos muito mais próximos de garantir ao menos uma das cinco conquistas possíveis neste ano – o que seria prêmio merecido ao time que tem apresentado o mais vistoso futebol da temporada.

Nem sempre as coisas são como deveriam ser. Ou gostaríamos que fossem. Deixa-se de fazer o resultado mais amplo em casa, mesmo que o placar nos tenha sido favorável; a bola matadora não é executada com a necessária precisão, como poderia ter ocorrido aos cinco minutos de jogo; alguém aparece mais livre do que seria admissível na nossa área; e, mesmo quando temos a chance de recuperação, desperdiça-se um pênalti atrás do outro. É uma sequência de fatores que conspiram contra nosso desejos. Coisas do futebol.

A vantagem de escrever à distância é que as palavras já não são mais escritas com a melancolia da frustração. Os primeiros sentimentos pouco católicos provocados pela graça não alcançada já não ficam nos tentando e cochichando no ouvido para influenciar nossa opinião. E a razão se eleva, permitindo um olhar mais equilibrado e menos dolorido.

Claro que não foi a busca pela razão que me afastou desta Avalanche por mais horas do que estou acostumado. Geralmente, o texto flui assim que o árbitro encerra a partida. Ontem não dava para fazer isso. A decisão estendida da vaga à final me levou para cama muito mais próximo do horário de acordar do que eu imaginava. Não bastasse o jogo terminar tarde, mais tarde ficou até a batida no coração voltar ao normal – já era madrugada e foi de madrugada que sai de casa.

Com a razão e o olhar em perspectiva evita-se culpar um erro qualquer e individual: os torcedores tendemos a procurar um algoz para justificar nossas derrotas, pois assim não precisamos admitir que, em algum momento, o adversário foi superior ou competente. Justifica-se a perda pelo destino que nos tirou o melhor zagueiro em atividade no Brasil mesmo que seu substituto em nada tenha comprometido, ao contrário. Fixamo-nos naquele ali que só assistiu ao adversário saltar para marcar seu gol quando deveria estar mais próximo. Ao apagão que possa ter impactado o craque da competição. Às vezes a desculpa está na decisão do técnico em ter deixado no banco um jogador em detrimento de outro. Em outras, é este fantasma dos pênaltis que nos ronda já faz algum tempo e faz com que a bola seja precisamente chutada na trave. Somos tão irracionais que agora alguns de nós colocam a culpa na preservação da equipe, estratégia usada para poupar nossos titulares de um calendário intenso de jogos e decisões.

Distante, descansado e consolado, tendo a ser mais razoável. Afinal, sei que o futebol tem dessas coisas, não é exatamente um esporte justo, especialmente em competições em que toda partida pode ser decisiva. Procuro ver o copo meio cheio e deixar o vazio da derrota para os inimigos do futebol bem jogado. Sim, porque perder a Copa do Brasil, esta que temos aos montes no armário do clube, tem apenas um aspecto preocupante a meu ver: o risco de terminarmos esta temporada sem um título, o que seria uma injustiça absurda ao estilo de jogo que temos apresentando e reforçaria a tese dos adeptos do futebol burucutu, emburrado e sem graça que muitas vezes rondou nosso gramado.

Sem a Copa, diante da falta de privilégio ao Brasileiro e, claro, pelo amor que temos a esta camisa tricolor: que o Grêmio seja campeão da Libertadores! O futebol de qualidade, com estilo e inteligência merece este título.

23 de agosto de 2017

Daniel Matador - Faltou competência

Cruzeiro 1 x 0 Grêmio


Caros

O Mineirão era o palco para a decisão de um dos finalistas da Copa do Brasil. E quis o destino que ele saísse entre os dois maiores campeões deste torneio. Grêmio e Cruzeiro fizeram um embate de gigantes em Minas Gerais. Revivendo as semifinais da competição do ano passado, os times de azul protagonizaram um jogo muito disputado e nervoso.

1º tempo: Cruzeiro 0 x 0 Grêmio

Aos 5 minutos, após alguns minutos iniciais nervosos, Barrios recebeu lançamento e chutou cara a cara com Fábio, que fez um milagre. Aos 7 minutos, após um bate-rebate na entrada da área, Hudson bateu forte e Grohe encaixou bem. Aos 12, um chutaço de fora da área de Thiago Neves gelou a espinha da torcida tricolor. Aos 16, Pedro Rocha cortou a marcação e chutou, mas a bola saiu pela linha de fundo. O Grêmio tinha mais qualidade até então e o Cruzeiro, via de regra, apelava para as faltas, muitas delas desleais.

Não havia chances claras de gol de ambas as partes até os 30 minutos, apesar do maior domínio de bola tricolor em pleno Mineirão. Aos 32, lançamento interceptado de cabeça na área do Grêmio e Grohe fez uma defesaça! Aos 41, falta perigosíssima na entrada da área cobrada por Thiago Neves e Grohe defende novamente. Depois de muita tensão, o árbitro encerrou a primeira etapa com o placar em branco.




2º tempo: Cruzeiro 1 x 0 Grêmio

O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com Raniel no lugar de Elber, em uma clara tentativa de jogar com centroavante. Aos 5 minutos, após cobrança de escanteio, bola rebatida na área e Grohe encaixou. Aos 7, após outro escanteio cobrado por Thiago Neves, Hudson desviou de cabeça e abriu o placar. Aos 11, Barrios saiu para a entrada de Everton. Aos 17, mais uma cobrança de escanteio e um chute de voleio com a bola passando rente ao travessão. O Cruzeiro fazia uma pressão violenta após o gol, com o tricolor tendo menor predominância do que no primeiro tempo.

O jogo, na segunda etapa, era do Cruzeiro. Aos 32, bola desviada e novo susto na zaga gremista. Aos 38, Ramiro saiu para a entrada de Fernandinho e Edilson ganhou a braçadeira de capitão. Bressan já havia sentido antes e, aos 41, não aguentou e teve de sair para a entrada de Bruno Rodrigo. Aos 46, falta batida por Luan e Fábio encaixou para salvar. E a partida encerrou com vitória simples dos mineiros, levando a decisão para os tiros livres diretos da marca penal.




Cobranças dos tiros livres diretos da marca penal:

Fernandinho: bateu muito bem e abriu a contagem.
Sobis: bateu no canto e quase errou.
Edilson: havia perdido a última cobrança em jogo normal. Perdeu de novo, desta vez dando um bago na trave.
Robinho: bateu e Grohe fez uma baita defesa.
Everton: emulou Edilson e também deu um bago no travessão.
Murilo: bateu e Grohe salvou novamente ao defender.
Arthur: bateu como gente grande e marcou.
Raniel: belíssima cobrança no ângulo.
Luan: bateu telegrafado e Fábio pegou.
Thiago Neves: bateu bem, marcou e classificou o Cruzeiro.
 
Como jogaram:

Grohe: duas grandes defesas no primeiro tempo. Grandes defesas nas cobranças. Nota 9
Edilson: razoável no primeiro tempo, muito afobado no segundo. Perdeu a cobrança do tiro livre. Nota 0
Bressan: era o jogador visto com mais desconfiança pela torcida. Acabou fazendo uma boa partida. Nota 7
Kannemann: um monstro na primeira etapa. Um monstro na segunda etapa. Nota 8
Cortez: um dos que mais tentou os avanços, porém com poucos cruzamentos, em face da pouca presença de jogadores na área. Nota 6
Michel: mais apagado do que o normal. Nota 5
Arthur: foi um motorzinho no meio de campo. Decaiu um pouco no segundo tempo. Grande cobrança do tiro livre. Nota 8
Ramiro: ganhou a braçadeira de capitão nesse jogo, mas não fez juz a ela. Pouco produziu e saiu para a entrada de Fernandinho. Nota 3
Pedro Rocha: extremamente bem marcado. Não conseguiu reproduzir suas boas atuações no Mineirão. Nota 5
Luan: foi caçado em campo. Não conseguiu sair dela. Fez uma cobrança ruim no tiro livre. Nota 1
Barrios: perdeu uma chance clara logo aos 5 minutos. Não conseguiu sobrepujar a defesa mineira desta vez. Nota 3

Everton: entrou no lugar de Barrios, mas sumiu em campo. Ainda perdeu a cobrança do tiro livre. Nota 0
Fernandinho: entrou no lugar de Ramiro, na finaleira. Boa cobrança do tiro livre. Sem nota
Bruno Rodrigo: entrou no lugar de Bressan, na finaleira. Sem nota

Renato Portaluppi: armou o time com o que tinha, mas não conseguiu impor seu jogo, como de costume. Nota 4

Arbitragem: Wagner do Nascimento Magalhães foi o apitador, auxiliado por Rodrigo Correa e Thiago Farinha (o trio é do RJ).

Sempre complicado analisar uma desclassificação, principalmente em uma decisão por tiros livres. Mas, no jogo, o time foi irreconhecível. E, nas cobranças, foi incompetente. Agora, todas as esperanças voltam-se para a Libertadores da América.

Saudações Imortais

22 de agosto de 2017

Guaru: O raio X do Rei



Fiz uma análise completa da participação do Grêmio na história da Copa do Brasil. Essa é a 29ª edição da competição mais emocionante do futebol nacional. A única que permite que duas equipes meçam forças, sobrevivendo o time mais apto.
A Copa do Brasil de 2017 tem o privilégio de contar com o Grêmio pela 24ª vez desde 1989. Não participamos da competição em 5 oportunidades no período de 2001 a 2012, época em que a CBF vetou a participação dos clubes que disputavam a Libertadores da América.
No currículo, o Grêmio possui o invejável histórico a seguir:
Campeão
5
89/94/97/2001/2016
Finalista
3
91/93/95
Semifinalista
4
96/2010/2012/2013
Quartas-de-Final
3
92/2004/2015
Oitavas-de-Final
5
90/98/99/2005/2014
Fases Iniciais
3
2000/2006/2008

Até aqui, foram 88 embates que o Imortal travou na Copa do Brasil, dos quais tivemos êxito em 70. Um aproveitamento de 79,55%.
Enfrentamos 49 equipes de 19 estados brasileiros e o retrospecto é o seguinte:

V
D
%
RS

2
0,00%
SP
13
8
61,90%
GO
2
1
66,67%
RJ
9
4
69,23%
MG
4
1
80,00%
SC
5
1
83,33%
PR
9
1
90,00%
ES
3

100,00%
MS
1

100,00%
MT
6

100,00%
PB
2

100,00%
PE
2

100,00%
CE
3

100,00%
RN
1

100,00%
BA
6

100,00%
AL
1

100,00%
PI
1

100,00%
SE
1

100,00%
RO
1

100,00%

70
18
79,55%

            Nas 18 ocasiões em que fomos eliminados, disputamos a o jogo de ida em casa na metade das vezes. Nosso desempenho foi o seguinte:
Ida em Casa
Ida Fora
Vitória 4x3
1
2010
Empate 0x0
2
2000/2015
Empate 0x0
1
93
Derrota 1x0
2
2006/2013
Empate 1x1
3
90/91/92
Derrota 2x1
2
95/2008
Derrota 0x1
1
2004
Derrota 3x1
1
96
Derrota 1x2
1
99
Derrota 2x0
1
98
Derrota 0x2
2
2012/2014
Derrota 3x0
1
2005

            Somente em 2010, o Santos conseguiu reverter uma vitória no jogo de ida do Grêmio. A virada épica de 4 x 3 no Olímpico não foi suficiente perante a derrota de 3 x 1 no jogo de volta na Vila Belmiro.
            Nos 70 confrontos em que triunfamos, em 16 deles disputamos o jogo de ida em casa. O retrospecto foi o seguinte:

Ida em Casa
Ida Fora
Vitória 4x0
1
2017
Vitória 0x5
1
89
Vitória 2x0
2
94/97
Vitória 0x4
3
92/93/2000
Vitória 3x1
3
2001/2010/2017
Vitória 1x3
3
2010/2015/2016
Vitória 1x0
2
94/2001
Vitória 0x2
4
89/2004/2012/2016
Vitória 2x1
3
97/2001/2016
Vitória 2x3
3
97/2010/2012
Empate 0x0
1
97
Vitória 1x2
5
97/99/2006/2012/2015
Empate 1x1
1
95
Vitória 0x1
10
89/91(2)/95/96/2008/2010/2012/2015/2016
Empate 2x2
1
2001
Empate 2x2
3
89/94/2004
Derrota 0x1
2
92/2015
Empate 1x1
9
89/91(2)/93(2)/95/96(2)/2005



Empate 0x0
6
89/94(2)/98/2004/2013



Derrota 4x3
1
93



Derrota 3x2
1
2001



Derrota 2x1
3
95/99/2005



Derrota 1x0
2
2001/2013



            Em uma leitura geral, levando em conta o desempenho do jogo de ida, temos o seguinte cartel:
Jogo de Ida
Classificações
Desclassificações
%
Vitória
40
1
97,5%
Empate
21
6
77,7%
Derrota
9
11
45%

            Por fim, segue o histórico equipe a equipe:

Equipe
Classifica-
ções
Desclas-sificações
Equipe
Classifica-ções
Desclas-sificações
Corinthians-SP
5
1
Fluminense Feira-BA
1

Flamengo-RJ
4
2
Grêmio Jaciara-MT
1

Fluminense -RJ
4
2
Ibiraçu-ES
1

Palmeiras-SP
3
2
Ipatinga-MG
1

Atlético-PR
3
1
Ji-Paraná-RO
1

Criciúma-SC
3
1
Joinville-SC
1

Bahia-BA
3

Linhares-ES
1

Coritiba-PR
3

Londrina-PR
1

São Paulo
2
2
Mixto-MT
1

Fortaleza-CE
2

Operário-MT
1

Vila Nova-GO
2

Paraná-PR
1

Vitória-BA
2

Piauí-PI
1

Santos-SP
1
2
River Plate-SE
1

Cruzeiro-MG
1
1
Santa Cruz-PE
1

Portuguesa-SP
1
1
Sorriso-MT
1

ABC-RN
1

Sport-PE
1

Araguaia-MT
1

União Bandeirante-PR
1

Atlético-MG
1

União Rondonópolis-MT
1

Auto Esporte- PB
1

Vasco-RJ
1

Avaí-SC
1

Villa Nova-MG
1

Campinense-PB
1

Votoraty-SP
1

Ceará-CE
1

Atlético-GO

1
Chapadão-MS
1

Internacional-RS

1
CRB-AL
1

XV de Novembro-RS

1
Desportiva Ferroviária-ES
1


70
18

Quarta-feira daremos cabo ao 89º enfrentamento em nossa história da Copa do Brasil. Mano Menezes, treinador do Cruzeiro, nosso próximo adversário, passou confiança na última entrevista coletiva. Confiança esta que pode estar baseada em qualquer coisa, menos na estatística:
·         Vencemos o jogo de ida por 1 x 0. Isso aconteceu em 12 oportunidades e, em todas, o Grêmio passou para a próxima fase.
·         São 97,5% de aproveitamento em vitórias no jogo de ida.
·         Em 5 jogos contra mineiros, levamos a melhor em 4, ou 80%.
·         Em 12 semifinais, classificamos em 8, ou 66,6%.

Vamos Tricolor. Rumo ao Hexa!!!