28 de janeiro de 2018

Daniel Matador - Queimando o solado na grama de plástico

São José 2 x 0 Grêmio

O potreiro sintético do Passo D'Areia foi o lamentável palco do jogo deste domingo.

Caros

Mais uma vez o tricolor foi "premiado" com um jogo em um domingo escaldante no gramado sintético do Estádio Passo D'Areia. Só quem já jogou nessa naba para saber o quanto é ruim atuar nesse tipo de piso. Principalmente para um time que está acostumado com o gramado quase perfeito da Arena. E, coincidentemente, só o Grêmio é "sorteado" para jogar durante o dia nessa engronha.


O técnico César Bueno fez algumas alterações em relação ao time de transição que vinha atuando nas primeiras rodadas do ruralito. Bruno Grassi seguiu no gol. Madson se manteve na lateral direita, enquanto na esquerda Guilherme Guedes deu lugar a Léo Gomes. Na zaga, Paulo Miranda e Mendonça repetiram a dupla que vinha atuando. No meio para a frente, Balbino, Matheus Henrique, Lima, Pepê, Jean Pyerre e Alisson completaram o time.

1º Tempo: São José 0 x 0 Grêmio 

O gramado, se é que se pode chamar aquela grama plástica disso, já começou fazendo das suas e teve que ser molhado antes do jogo para dar uma atenuada na temperatura e não queimar as solas dos jogadores, como já aconteceu em um passado não tão distante assim. Aos 10 minutos, após boa trama, Léo Gomes recebeu e disparou o sapato, com a bola passando muito perto da trave direita do goleiro do Zequinha. Aos 19, perigosa cabeçada que quase abriu o placar para o tricolor. Aos 25, boa chegada com Pepê e Lima; Alisson recebeu e tentou chutar, mas acabou nem disparando a gol, tampouco cruzando.

Aos 27, Lima recebeu na área, dominou e deu um voleio, para boa defesa do arqueiro Fábio. Pouco mais de um minuto depois, após cobrança de escanteio, Grassi defendeu uma bola que ia em gol após toque de calcanhar. Na sequência, em contra-ataque, o goleiro Fábio saiu da área e Pepê chutou de longe, mas o zagueiro do Zequinha salvou com uma cabeçada. Aos 38, outra boa defesa de Grassi, que encaixou a bola após um chute de longe. Aos 40, mais uma interceptação do arqueiro gremista em um cruzamento forte pela direita. O calor foi escaldante durante o primeiro tempo, mas o apitador não fez a parada técnica para hidratação dos atletas. A várzea continua.





2º Tempo: São José 2 x 0 Grêmio 

O time de César Bueno voltou igual para a segunda etapa. E, em menos de 2 minutos, Pepê já fazia um arremate pela direita, sendo puxado pelo marcador e concluindo mesmo assim. O árbitro nada marcou e a bola foi para fora. Aos 10, chegada perigosa do Zequinha, rechaçada pela defesa tricolor. No minuto seguinte, chute de fora da área contra as metas do goleiro Fábio, com a bola passando rasteira e indo para fora. Nesse momento, iniciou-se um TORÓ na zona norte de Porto Alegre. Mas foi daquelas chuvas de verão que só serviram pra molhar bobo, pois parou em seguida.

Aos 18, Jean Pyerre saiu para a entrada de Isaque. Eram quase 19 minutos quando, num contra-ataque, Kelvin avançou área adentro e soltou um BAGO que explodiu no travessão. Aos 21, Balbino saiu para a entrada de Ancheta. Aos 30, o árbitro marcou um toque de mão MUITO mandrake na meia-lua da área do Grêmio (Paulo Miranda estava de costas). Na cobrança, a bola desviou na defesa e o Zequinha abriu o placar. Aos 32, Ancheta quase marca um golaço. Aos 33, após jogada forte de ataque pela direita, a bola foi cruzada e o Zequinha ampliou com Rafael Goiano, que recebeu em posição duvidosa (mas, como o árbitro só marca impedimento para o Grêmio, não foi nada). Aos 40, Lima saiu para a entrada de Dionathã.





Como jogaram:

Bruno Grassi: boas intervenções no primeiro tempo. Mas é muito azarado e chama gol com impressionante facilidade. Nota 4
Madson: deu uma melhorada, mas ainda carece de mais embocadura. Nota 5
Paulo Miranda: dá uma certa estabilidade na zaga, mas costuma dar umas pixotadas tristes. Nota 5
Mendonça: é guri, faz o que pode. Nota 5
Léo Gomes: apesar de ser lateral direito de origem, costuma se dar bem quando vai pela esquerda. Hoje foi razoável. Nota 6
Balbino: foi discreto, sem muito brilho. Saiu para a entrada de Ancheta. Nota 4
Jean Pyerre: atuou com mais liberdade, criando boas chances. Decaiu no segundo tempo. Saiu para a entrada de Isaque. Nota 5
Matheus Henrique: novamente, o destaque do time. E, ainda assim, não mostrou muito. Nota 7
Lima: quase fez um belo gol. Mas não conseguiu fazer muito mais do que isso. Saiu para a entrada de Dionathã. Nota 5
Pepê: até tentou alguns avanços, mas não conseguiu superar a defesa do Zequinha. Nota 4
Alisson: um bom primeiro tempo, com várias chegadas ao ataque, mas ainda sem muita efetividade. Nota 5

Isaque: entrou no lugar de Jean Pyerre. Não fez nada de muito diferente. Nota 4
Ancheta: entrou no lugar de Balbino. Manteve o feijão com arroz, pouco melhor que seu antecessor. Nota 5
Dionathã: entrou no lugar de Lima, na finaleira. Sem nota


César Bueno: é um mistério o que fala para os garotos no intervalo, pois o time sempre volta e afunda em campo, mesmo que tenha voado no primeiro tempo. Dizem que é bom técnico, mas a amostragem é catastrófica. E nem falamos aqui de resultado, e sim de desempenho. Não vou nem dar nota pra não ficar chato.

Arbitragem: o apitador foi Érico Andrade, auxiliado por Leirson Peng Martins e Andreza Vanni Mocelin. O tal de Érico é muito ruim ou mal intencionado. Não fez a parada técnica para hidratação dos atletas durante o primeiro tempo. E olha que o calor estava de desmaiar o batista. Jogador do Zequinha recuou bola para o goleiro e ele nada marcou. Jogador do Zequinha estava claramente impedido e ele nada marcou, deixando a jogada seguir e a bola ser cruzada. Teve atleta do Grêmio com camisa sendo puxada e nem cartão foi aplicado. No segundo tempo, deu cartão amarelo para Balbino em um lance que nem falta foi. Até agora, a pior arbitragem do ruralito.

O time de transição é isso aí mesmo. Serve para revelar alguns bons talentos que podem ser aproveitados no time principal. E, sob este aspecto, cumpriu seu objetivo. Mas, sob o aspecto competitivo, deu para ver que César Bueno não conseguiu treinar bem as peças de que dispõe. E Bruno Grassi é um fenômeno, pois tem uma média de gols tomados que deve estar entre as maiores do futebol mundial. Na próxima rodada o time titular deve voltar. E aí as coisas tendem a retomar seu rumo normal.

Saudações Imortais