12 de junho de 2007

Desconstruindo La Bombonera


La Bombonera

O palco do primeiro jogo
Nome oficial: Alberto J. Armando
Apelido: La Bombonera
Inauguração: 25 de maio de 1940 (reformado em 1996)
Capacidade: 49.000 espectadores
Dimensões: 105 m x 68 m (iguais às do Olímpico Monumental)

Os confrontos dos titãs
Grêmio e Boca se encontraram quatro vezes em partidas oficiais, todas pela Supercopa. Em 1988, o Grêmio eliminou o Boca, perdendo por 1 x 0 na Bombonera e vencendo por 2 x 0 no Olímpico. Em 1989, empate em 0 x 0, em Porto Alegre e vitória do Boca por 2 x 0, em Buenos Aires. Dois mata-mata, uma classificação para cada lado. Tem sido assim: quem joga a última em casa, leva.

O que se espera?
Como já foi comentado aqui, o que se observa no Grêmio, quando atua fora de casa, é uma tentativa de "amorcegar" o jogo, fazer o tempo passar. Essa não é uma das capacidades do time.

A tentativa de desacelerar o jogo, acaba se transformando em lentidão, quando não em apatia. É isso que deve ser trabalhado nestes dias que antecedem a Batalha da Bombonera. Cadenciar o jogo não significa jogar em câmera lenta. O adversário segue acelerado. É preciso ter a posse de bola, chegar na bola para fazer o jogo. O que se viu contra o Santos, foi alguns jogadores esperando a bola. Na maioria das vezes, ela não chega, é surrupiada no caminho.

É claro que não se pode exigir um desempenho fora igual ao dos jogos de Porto Alegre, mas é necessário mais determinação, mais atitude. É preciso povoar os 2/3 mais defensivos do gramado. Não permitir que o Boca ultrapasse a linha do meio-de-campo com bola definida. Forçar a ligação direta, ajuda a marcação e dificulta o trabalho do ataque. Isso pode ser obtido com dois ingredientes fundamentais: garra e determinação. Resumindo: uma comidinha caseira gaúcha ocupando a bombonière.

Quem deve jogar?
Devem jogar aqueles que estiverem mais aptos para a batalha, somados os fatores físicos e psicológicos. Por pensar assim, defendo a escalação de Lucas. É um jogador experimentado, capaz de cadenciar o jogo e prender a bola no campo de ataque. Isto será fundamental, para que o tempo se escoe. Um 4-5-1, com Gavilán, Goiano, Lucas, Tcheco e Diego Souza me parece a melhor opção. Na frente, Carlos Eduardo.

Sem medo de ser feliz
Desconstruiremos a Bombonera.
Passaremos. E, passando, escreveremos mais uma lenda no Livro de Ouro do futebol. Mais uma das lendas que fazem o Grêmio apaixonante. Esta será contada como o feito de um time obstinado e de uma torcida mágica, que detinha o poder de multiplicar os jogadores em campo.
Força, Grêmio!
Dá-lhe, Grêmio!