6 de junho de 2007

A noite de Kasparov



Lá nas minhas lembranças, o Santos sempre mereceu um lugar carinhoso.
Principalmente por Pelé, cuja imagem frequentava minha infância como um ser mítico. Ouvia as histórias que contavam sobre ele e seus parceiros Gilmar, Pepe e Coutinho, para cita alguns, com reverente incredulidade. O uniforme branco do Santos ficou impresso na memória como um simbolo de grandeza.
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Após tomar conhecimento, ontem, das declarações irresponsáveis e criminosas do jornalista (?) jonas greb, revirei o site oficial do Santos buscando uma nota de repúdio àquelas palavras mentirosas. Não esperava nada muito contundente, mas uma linha que fosse, condenando a atitude do marginal. Não encontrei nada. Aqui em mim, o uniforme branco do Santos começa a apresentar manchas de mofo.
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O palco de guerra foi montado. O clima de tensão só tende a crescer com a proximidade do apito inicial. Torçamos, antes de tudo, pela normalidade do jogo, para que os arautos da violência sejam os primeiros derrotados.
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Começa como um jogo de xadrez. E é preciso mantê-lo assim: sem sobressaltos, sem movimentos em falso. Em futebol, a pressão é reversível e reverte na razão inversa do quadrado do tempo que ainda falta. Os ingredientes necessários ao Grêmio são a marcação firme e determinada, a bravura e, quem sabe, um arremesso certeiro. Será uma noite eletrizante, como poucas noites foram nos últimos tempos. Confiamos que o técnico Mano Menezes colocará o time no eixo do jogo. Confiamos na vontade imensa do grupo de jogadores e na sua capacidade de resposta aos maiores desafios. Confiamos na surpresa do movimento inesperado sobre o peão adversário. E confiamos muito, também, no arremesso certeiro, para confirmar a história: os melhores santos são os que sofreram imolação.