10 de abril de 2008

O dia seguinte

Ontem à noite, após o jogo, a torcida do Grêmio demitiu Pelaipe. Em uma entrevista ainda não muito bem entendida (patética ou cautelosa?), o presidente Odone tergiversou, rodou por todos os lados e não confirmou a saída de Pelaipe. Talvez por amizade, talvez por consideração ou talvez porque espera confirmar alguém antes de anunciar a troca.
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Seja qual for o motivo, uma coisa está certa: a torcida demitiu Pelaipe.
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Se uma coisa é certa, outra é visível: desde o "episódio Britto", o presidente Odone parece estar sem tesão para o cargo. Está na hora de reassumir, presidente. Ou largar de vez.
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A entrevista de Roth, comentando a desclassificação, foi uma aula de como tentar agarrar-se ao pincel, empoleirado numa escada sem degraus. Com a usual pouca habilidade para conduzir diálogos onde ele é alvo de críticas, renegou o grupo e tentou equilibra-se afirmando terem sido "apenas 2 derrotas", entre outros fracos ensaios retóricos. Mas... Sua permanência é uma possibilidade. Depende de quanto havia de sinceridade na entrevista de Odone.
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Está na hora da Instituição Grêmio aplacar velhas cizânias e elaborar uma espécie de "Plano Marshall", para reconstruir o futebol profissional do clube. Divergências são normais e aceitáveis. Mas a autofagia baseada em interesses ou desavenças pessoais está consumindo energia demais. Basta!
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Em campo, o time perdeu a vibração que o caracterizava quando Mano era o técnico. Havia uma sinergia perfeita time-torcida. Um alimentava o outro e ambos formavam um corpo monolítico e quase insuperável no Olímpico. Este é um patrimônio que precisa ser salvo. Ainda há tempo.