27 de fevereiro de 2015

Ontem e hoje

Ontem morreu um torcedor vítima da inédita "integração estádio - comunidade" que aprovaram com palmas em Porto Alegre. Nenhuma repercussão.
Hoje funcionários do Planalto foram flagrados lavando as calçadas com mangueiras.
Dias atrás noticiaram que o Grêmio havia perdido a disputa por Alisando Lopes.
Hoje o próprio Alisando veio à público dizer que só recebeu oferta dos morangos.
Ontem torcedores guinchavam contra Rui Costa e diziam que ele não entendia nada de jogador.
Provocados pela Pitica, caíram na pegadinha e indicaram sessenta jogadores. Nenhum. Eu repito, nenhum, indiscutível e que fosse certeza de sucesso.
Ontem a querida presidente jurava que estava tudo em ordem e que o Brasil voava em céu de brigadeiro.
Hoje anunciam mais um aumento da gasolina para março.
Ontem Pará era o pior jogador da face da terra.
Hoje suspiram de saudades depois do jogo do Flamengo na quarta-feira.
Ontem Felipão era ídolo e Koff era Deus.
Hoje são dois ultrapassados que não mereciam sequer estar vivos.
Ontem este blog era legal e refletia os anseios da torcida.
Hoje é oficialista e leva beirada em tudo que acontece no Grêmio.
A vida realmente não está fácil. Para ninguém.
Os excessos são a regra ao invés de serem a exceção.
Talvez a vitória possível sim no domingo amenize tudo.
A derrota, também possível, pode trazer o caos e o desespero para muitos.
Não há outro caminho a seguir. Os clubes estão falidos. Os mazembados devem 3 meses de salário e não conseguem mais crédito na praça. Claro que não se ouve um pio sobre isto.
Eu acho que ganharemos. E não acharei que temos o melhor time do mundo.
Que todos tenham um sábado tranquilo e em paz.
E que o domingo seja ainda melhor.
Se não for, a vida continua.


26 de fevereiro de 2015

Sessenta alternativas para o Grêmio

Está feito!
Com a colaboração dos leitores do blog, conseguimos fazer uma lista com 60 nomes de jogadores que atuam em diferentes times espalhados pelo planeta Terra. Nomes que os torcedores gostariam de ver vestindo a camisa do Imortal Tricolor. Seria possível trazê-los? Não sei. Pode ser que sim, pode ser que não.
A direção do Grêmio está trabalhando pra fechar contratações que darão qualificação ao time. Então, não custaria nada passar os olhos sobre esta lista abaixo. Talvez pesquisar a situação de alguns, procurando informações e as possibilidades de jogarem em Porto Alegre. O segredo é garimpar.
E para o Imortal Tricolor, nada é impossível. Somos um clube gigante e temos história.
Seria lindo, com dois ou três nomes qualificados, montar uma bela equipe para enfrentar as disputas que teremos pela frente no ano de 2015.
A seguir, por ordem alfabética, as sugestões que conseguimos reunir com o auxílio dos nossos leitores .
 
Arnold Isako Nkufo
Aloísio (ex-Grêmio)
Angel Correa
Brian Rodrigues  centroavante (Betis-ESP)  
Brahian Alemán (Barcelonade Guayaquil)
Bryan Ruiz  atacante e armador
Borges
Cardona   (Atlético Nacional)
Carlos Vela (Real Sociedad)
Celso Borges  meia (Deportivo/Espanha)
Cleiton Xavier
Correa (ex-San Lorenzo)
Cristian Rodriguez  medio ofensivo (Atletico de Madrid)
Dagoberto
Damian Diaz (Emirados Árabes)
Daniel Bocanegra  lateral direito (Atlético Nacional)
Diego (Fenerbach)
Denis Stracqualursi centroavante (Emirados)
Diego Rolán (Bordeaux)
Emanuel Gigliotti (Boca Juniors)
Éder Luís
Felipe Gedoz  meia/atacante (Club Brugge/Bélgica)
Felipe Mattioni
Fernando Fernández atacante - Guarany (PAR)
Gastón Ramírez  (Hull City)
Gigliotti
Gio Moreno armador (ex Racing)
Gonzalo Castellani
Hernán Frede (Arsenal de Sarandí)
Hernane Brocador
Irven Ávila atacante (Sporting Cristal)
José Cevallos Enríquez  (LDU)
Jonas
Julio Buffarini  meia (San Lorenzo)
Juan Cavallaro (San Lorenzo)
Juan Cazares meia (Banfield)
Larrivey
Leonardo Valencia meia (Palestino)
Lucas Melano (Lanús)
Lucas Romero (Velez)
Lucas Zelaryán
Martín Tonso  meia (Newell's)
Mark Gonzalez  (Universidad Catolica)
Miller Bolaños meia (Emelec)
Mauro Boselli (León)
Montillo
Paulo Baier
Pereiro armador
Rodrigo Mora  ( River Plate)
Roger (ex-Ponte)
Romagnolli (San Lorenzo)
Rúben Botta (Chievo)
Sergio Díaz  atacante  (Cerro Portenho)
Riquelme, atacante (Palestino)
Rómulo Otero  meia (Caracas)  
Yerson Candelo  meia (Deportivo Cali)
Salomón Rondón   (Zenit)
Wellington Nem
Zulu (Juventude)
 

25 de fevereiro de 2015

Avalanche Tricolor: calma, o domingo vem aí!

Por Mílton Jung

 

Grêmio 0 x 0 Juventude
Campeonato Gaúcho – Arena Grêmio


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Três jogos seguidos na Arena e nenhuma vitória (pior, duas derrotas). Sete jogos jogados no Campeonato Gaúcho e apenas um oitavo lugar na competição, o que mal-e-mal nos assegura entre os classificados à próxima fase. Todos esses malogros são resultado de coisas ruins que têm marcado nosso desempenho dentro de campo. Defesa desarrumada, risco de gol a todo ataque adversário, falta de objetividade no avanço do time e produção pífia no ataque é o que assistimos à cada partida, independentemente do time escalado. E tentativas do técnico para encontrar o time certo não faltaram: é lateral de zagueiro e meio-campo na lateral; volante mais à frente, um dia com mais um ao seu lado na função e no outro com mais dois. Sem contar a turma do nosso ataque que muda para direita, muda para esquerda, muda a dupla, vende a dupla e, tanto faz uma dupla ou outra, nada acontece. Tem ainda as cobranças de escanteio que não encontram a cabeça dos nossos homens na área e as de falta que não encontram destino algum.

Justiça seja feita, mesmo diante dessa lista de horrores, ontem à noite, ainda se ensaiou um futebol um pouquinho melhor, especialmente no segundo tempo. Troca de bola mais curta e mais rápida e um razoável esforço para que as coisas deem certo, o que sempre gera esperança. Houve momentos em que até acreditei que a bola entraria, mesmo que empurrada, por insistência nossa ou falha deles. Passou perto uma, duas vezes. E nada de gol. Jogaram a bola para dentro da área e na falta de alguém melhor para colocar para dentro acabava sempre nas mãos do goleiro adversário. Na última bola, mais uma esperança. Agora vai! Alguém mete o pé e desvia para a gente comemorar uma sofrida vitória? Bem que se tentou, mas, os pés se atrapalharam. Bola para fora, de novo.

O futebol não dá certo, as mudanças não dão certo, os chutes e o cruzamento também não. Nada está dando certo! Quando parece que vai dar certo, lá vem a China! E cadê o diabo da nossa Imortalidade? Foi então que encontrei o fio de esperança que sempre me move mesmo nos piores momentos do Grêmio: domingo tem Gre-Nal.É isso! Se nada está dando certo até aqui é por que algo melhor estão nos reservando. Só pode ser isso. É a nossa penitência na busca da felicidade suprema. Eu sempre tenho no que acreditar. E é nisso que resolvi acreditar.

E você? Vamos acreditar juntos e até domingo!

A foto que ilustra este post é do álbum do Grêmio Oficial no Flickr

24 de fevereiro de 2015

Onde estão os jogadores que precisamos?



O momento atual do futebol do Grêmio é bem ruim, gerando tensão e preocupação entre os torcedores. Muitos já começam a temer pelo ano de 2015 e a fazer terra arrasada.
Eu ainda não cheguei nesse ponto e não acredito em rebaixamento e outras coisas desse gênero. Mas penso que já está na hora de chegarem os reforços prometidos pela direção. Os comentários é de que desembarcarão na Arena de três a quatro reforços para serem titulares. Dois deles devem chegar muito em breve.
Pois então, que seja para já!

Sabemos que a direção gremista estabeleceu metas financeiras e delas não se afastará. No ano passado, o clube tinha uma Copa Libertadores para disputar e isso exigiu investimentos em jogadores com um patamar salarial maior. Neste ano, em função de estar fora da disputa, as receitas geradas serão menores. O clube está se adaptando à nova realidade através de corte de gastos. Segundo o presidente Romildo Bolzan, todas as dívidas de curto prazo foram quitadas neste início de ano. Assim, o clube ganha fôlego para investir no futebol. Seu poder de endividamento cresce. Assim, os reforços virão. Os dirigentes estão sendo bastante cuidadosos  nas escolhas. A procura é minuciosa e feita com lupa. É preciso dar tiros certeiros porque contratar por contratar, não é uma boa política. Devem vir atletas que agreguem qualidade ao grupo que já temos e imagino que não adianta empilhar reforços que nada acrescentarão ao time.

Volto a dizer: a prioridade número UM obrigatóriamente deveria ser um meia de QUALIDADE COMPROVADA. Desde o ano passado bato neste ponto. Há tempos o time se ressente da falta desse jogador. Não será Douglas com seu futebol que irá suprir essa lacuna. O Grêmio precisa de muito mais. O Grêmio precisa de uma referência técnica compatível com a sua grandeza. Precisa de alguém que organize e pense o jogo e que tenha fôlego e inteligência superiores. Na minha concepção, não há como fazer futebol competitivo sem essa peça fundamental dando as cartas no coração da equipe e distribuindo o jogo. De nada adianta um bom ataque se a bola não chega de forma qualificada. E digo mais, para essa posição eu abriria mão do teto salarial. Um bom meia vale o investimento porque ele faz o time jogar. Muitas vezes a entrada de um nome tem o poder de mudar toda a configuração de um time e as peças acabam se encaixando. Já cansamos de ver exemplos assim no mundo do futebol.

Onde estão os jogadores que precisamos?
Hoje no twitter, convidei a torcida a indicar nomes de jogadores que poderiam ser sugeridos à direção. Muitas cabeças juntas pensando, têm mais possibilidades de acerto. Alguns citaram para vestir a camisa do Imortal Tricolor os nomes de Felipe Mattioni, Gigliotti, Correa (ex-San Lorenzo), Hernane Brocador, Borges, Éder Luís, Aloísio (ex-Grêmio), Roger (ex-Ponte), Mauro Boselli (León), Montillo, Dagoberto.
Este blog é acessado por torcedores gremistas no mundo todo. Temos leitores em todos os continentes. Convido a todos os leitores "olheiros" espalhados pelo planeta terra, que citem nomes de jogadores que vocês acham que sejam compatíveis com a realidade do futebol brasileiro e gremista e que tenham categoria suficiente para vestir a camisa de um clube com a grandeza do Grêmio.
Isto feito, procurarei fazer  com que a lista chege à direção. Considero muito importante a participção da torcida. Quem sabe um bom nome esquecido no fundo do baú não seja lembrado por alguém do outro lado do oceano?

23 de fevereiro de 2015

Em busca de um ataque

Grêmio 0 x 0 Juventude

Primeiro Tempo: 0 x 0
 
Hoje à noite na Arena o Juventude vem extremamente fechado para enfrentar o Grêmio. Depois de três vitórias seguidas, os caxienses chegam confiantes e interessados em garantir pelo menos um empate fora de casa consolidando a boa campanha no Gauchão..
O Imortal Tricolor poderá ter a volta de Giuliano, o que, na teoria , deverá agregar qualidade ao time. Mas não esqueçamos que o jogador vem de um longo tempo parado após se recuperar de cirurgia. Possivelmente começará no banco, podendo entrar no transcorrer da partida. Se for chamado para entrar, esperamos que a sua re-estréia seja positiva e possa ajudar o time.
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O jogo começou com grande disposição das duas equipes. Os dois tentam impor o jogo. Nos minutos iniciais , o Tricolor demonstra estar melhor entrosado , mas aos oito minutos, Erazo falha e o Juventude ameaça o gol de Marcelo. Logo a seguir, Pedro Rocha, em contra-ataque, chuta fraco pela linha de fundo. Aos 12 minutos, Marcelo Hermes sofre falta perto da área e Douglas cobra mal. O jogo segue com algumas tentativas de ataque frustradas, sem grandes consequências. Aos 18 minutos, o Juventude assusta , mas o atacante sai com bola e tudo. Um minuto depois, Zulu chuta para grande defesa de Grohe. Na cobrança de escanteio, Galhardo salva o gol que seria do Juventude. Até aqui, o time de Caxias tem as melhores chances Aos 24 minutos, Bastos chuta forte por cima do gol do Juventude. Logo após, Hermes faz boa jogada e chuta forte  mas o goleiro defende. Em nova cobrança de falta, Galhardo chuta por cima do gol. O Grêmio chega várias vezes ao ataque mas continua pecando nas finalizações. Douglas ligado, dá um belo carrinho no ataque impedindo o avanço do adversário. Aos 38 minutos, Everaldo perde um gol em falha do goleiro e acaba cometendo falta. Juventude se encolhe fechado na retranca e somente o Grêmio ataca nos minutos finais. É provável que o time volte do vestiário com Giuliano.
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Segundo Tempo: 0 x 0 

A equipe retorna a campo com Giuliano no lugar de Marcelo Hermes. Pouco mais de um minuto e Douglas chuta em boa jogada de Giuliano. O goleiro bem colocado, defende. Logo a seguir, Fellipe Bastos faz grande lançamento para Everaldo concluir com perigo. Giuliano sofre falta e Douglas quase marca um golaço , mas o goleiro tira para escanteio. Grêmio mete pressão no time do Juventude. Aos 13 Everaldo quase marca de cabeça. O goleiro Aírton faz grande defesa. O Grêmio joga melhor no segundo tempo. Aírton volta a fazer grande defesa em chute de Pedro Rocha que é substituído por Éverton. Duda levanta Galhardo após levar um baile mas não recebe o amarelo. O Grêmio cresce na partida com a participação de Giuliano. O juiz erra feio ao não dar um escanteio a favor do Tricolor. O jogo segue sem que o Juventude jamais ameace o gol do Marcelo. Douglas pede para sair por exaustão e é substituído por Lucas Coelho. Grêmio pressiona muito e os juventudistas resistem bravamente. Arbitragem erra novamente ao não dar escanteio para o Grêmio. Juventude quase marca aos 45 minutos. Grohe faz milagre. Em duas jogadas nos minutos finais, o Grêmio assusta o Juventude. Apesar de dominar a maior parte do tempo, o Imortal Tricolor não consegue furar a retranca do Juventude. O Grêmio é um time em busca de um ataque.

Como jogaram:

Grohe: mesma eficiência de sempre. Nota 8
Galhardo: regular. Nota 6
Rhodolfo: bem. Nota 6
Erazo: uma pixotada no início. Nota 5
Júnior: muito empenho e mostra qualidade. Nota 7
Fellipe Bastos: rebolou menos e foi mais objetivo.  Nota 6
Araújo: personalidade e segurança. Nota  6
Douglas: algumas boas jogadas. Faltou pernas. Nota 6
Giuliano: voltou muito bem. Nota 8
Pedro Rocha: bastante participativo, mal nas finalizações. Nota 6
Everaldo: discreto. Nota 5

Felipão: o time esteve melhor organizado em campo. Falta melhorar as finalizações.

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Arbitragem:Diego Almeida Real, auxiliado por Jorge Bernardi e Antônio Albornoz. Muito ruim. Errou sempre a favor do Juventude.


22 de fevereiro de 2015

Daniel Matador - Sem humildade



"Mostre-me um guerreiro humilde, e eu verei um cadáver."
Uhtred Uhtredson, protagonista das Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell.

Créditos da foto: @Ducker_Gremio

Caros

Graças ao maravilhoso planejamento dos “gênios” da gloriosa Federação Gaúcha de Futebol, que não conseguem nem olhar um calendário na hora de montar a tabela do Campeonato Gaúcho, o Grêmio terá de enfrentar o Juventude nesta segunda-feira, às 20h30min, na Arena. Sim, em plena segunda-feira! O “planejamento” inicial era ainda mais inacreditável: o clássico Gre-nal estava programado para o domingo, no mesmo dia em que ocorreria o UFC no remendinho (ao lado do remendão). Como a não menos briosa Brigada Militar alega não ter condições de oferecer segurança para dois eventos deste porte ao mesmo tempo, o Gre-nal deveria ser disputado no dia seguinte (no caso, na segunda-feira). Para não ficar ainda pior, inverteram o clássico com a rodada seguinte. Ainda assim, a Brigada Militar não oferecia condições de segurar dois eventos no mesmo dia que ocorressem na mesma cidade (no caso, o UFC no remendinho e o jogo do Grêmio na Arena). Então, lá vamos nós tapar os furos da incompetência alheia.

Em outros tempos, nem tão distantes assim, o Juventude era considerado a terceira força do futebol gaúcho. Socava o o pessoal da beira do lago sem dó, aplicando goleadas vexatórias, inclusive dentro do remendão, que na época nem remendado era. Mas nunca foi páreo para o Grêmio, mesmo em seu auge. O tempo passou, o forte patrocínio de uma multinacional italiana do setor lácteo deixou de despejar dinheiro no clube da serra e ele próprio foi incompetente o suficiente para sair da principal divisão do futebol brasileiro, onde figurou por mais de uma década, e despencar ladeira abaixo. Hoje o clube disputa a Série C nacional e não é nem sombra do time que já disputou até Libertadores da América.

Todos sabem que o Grêmio também não apresenta mais o esquadrão que patrolava os adversários há alguns anos atrás. Ninguém pode duvidar, contudo, que o elenco tricolor é, mesmo com as baixas que possui, superior a qualquer outro do interior. O que, logicamente, não é garantia de vitória. Se assim fosse, nem haveria necessidade de existirem os campeonatos. Não obstante, o ponto que deve ser ressaltado é que falta incutir nos jogadores gremistas um pouco de orgulho. Não se confunda isso com o salto alto, que é algo muito diferente. O salto alto é a certeza da vitória sem que se precise fazer esforço algum para isso ou mesmo menosprezando o adversário.

Já o orgulho é diferente. O orgulho é aquele sentimento que faz com que, após toda a preparação e treinamento, juntamente com a natural condição de superioridade técnica, o time sinta-se imbuído de autoconfiança suficiente para sobrepujar o adversário. Sem o surrado discurso de humildade. Quem tem que ter humildade é o oponente mais fraco, não o mais forte. O máximo que pode existir é um pouco de respeito, e olhe lá. Ao disseminar a humildade no grupo antes de um jogo contra um adversário inferior, já entra-se em campo valorizando-o em excesso. Um dos motivos que talvez impeça resultados mais expressivos.

Pois o Grêmio pisará no gramado da Arena nesta segunda-feira com uma formatação semelhante à que venceu o último jogo. No gol, Grohe se mantém. Galhardo e Júnior ficam nas laterais, este último uma afirmação cada vez maior. Rhodolfo e Erazo formam a dupla de zaga. A novidade pode ocorrer do meio para a frente. Dando continuidade ao sistema 4-5-1, Felipão pode escalar Fellipe Bastos, Araújo, Douglas, Giuliano Pedro Rocha, deixando Everaldo como referência de ataque. Giuliano seria a grande novidade no time, retornando após o período de recuperação da cirurgia à qual foi submetido há alguns meses. Em forma, pode ser um valioso reforço. Não há necessidade do discurso da humildade com este grupo para fazer frente ao Juventude.

Mesmo que o dia seja ruim, ao menos o horário é razoável. O jogo inicia às 20h30min, dando tempo tranquilo de deslocamento até a Arena e encerrando em bom horário até mesmo para quem depende de transporte público para retornar. A promoção de 5 PILAS para acompanhante de sócio patrimonial continua. Eu estarei lá para acompanhar o time. Quem puder, faça o mesmo. Temos que vencer e convencer. Sem humildade. Porque aqui é Grêmio.

Saudações Imortais

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Pego carona no post do Daniel para disponibilizar importante entrevista do Presidente Romildo Bolzan.

21 de fevereiro de 2015

Dez mandamentos nas contratações no Grêmio

*Texto enviado pelo leitor Guaru

 

  Dez mandamentos nas contratações no Grêmio

  1 - Não contratarás sul-americanos que fracassaram na Europa, sobretudo o leste.

  2 - Não contratarás ex-jogadores do Inter.

  3 - Não contratarás argentinos. Por um motivo ou outro, nunca deram certo no Grêmio.

  4 - O prazo máximo de contrato é de 2 anos (salvo apostas de baixíssimo custo). Melhor o risco de     perder um bom atleta (baixo) do que ficar com um encosto por anos.

  5 - Contratarás jogadores que façam gols. É nossa maior deficiência. Independente da posição.

  6 - Evitarás jogadores antipáticos à torcida. Se é difícil com apoio, sem apoio é impossível.

  7 - Não contratarás volantes. Nunca.

  8 - Contratarás esforçados, exceto se isso for tudo o que eles tem a oferecer.

  9 - Nunca contratarás "inhos". Exceto se o nome for Dinho, nesse caso o 7º mandamento não vale.

10 - Nunca cogitarás, nem de graça e com patrocínios, e negarás com veemência a mínima possibilidade de contratar o Traíra.

20 de fevereiro de 2015

Da série segundinos: O cruzeiro e mais onze

Acostumados a imitar o Imortal em tudo, e não satisfeitos, os mazembados resolveram agora imitar acima do Mampituba.
Agora é o Cruzeiro de Minas Gerais que reclamam de imitação.
Ou será que eles estão sonhando?
A notícia toda aqui.


19 de fevereiro de 2015

Avalanche Tricolor: solidariedade e meu fusca cor de vinho

Por Milton Jung

Passo Fundo 0 x 2 Grêmio

Campeonato Gaúcho – Vermelhão da Serra/RS


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Vermelhão da Serra era o apelido de um fusca que comprei depois que Fernando Collor roubou meu dinheiro da poupança. Acabara de vender um carro e a grana desapareceu. O que restou só dava pra comprar aquele que acabou sendo meu primeiro e único fusquinha na vida, apesar de intergrar uma família de fusqueiros. Meu pai sempre curtiu um e agora se atualizou com o Novo Fusca e meu irmão, o Christian, é o autor do mais famoso blog sobre o tema no Rio Grande do Sul, o MacFuca. O fusca era vermelho, mas por motivos que você, caro e raro leitor desta Avalanche, já pode imaginar, eu o apresentava como sendo cor de vinho. Era fusca, era vermelho manchado e era velhinho, mas resolveu bem meu problema. Conseguia ir e voltar para o trabalho, passeava com as namoradas e dava carona para os amigos. Nada que tenha gerado cenas memoráveis. Deu para o gasto, como costumam dizer por aí. Mais ou menos como nossa vitória ontem à noite, no estádio Vermelhão da Serra.

Ganhar por 2 a 0 do Passo Fundo, pelo Campeonato Gaúcho não chega a ser nada de especial, apesar da urgência do resultado. A posição na tabela era apavorante tanto quanto a atuação do time na maior parte das partidas. Diferentemente do que havíamos assistido até aqui, ontem o time, mesmo tendo sido pressionado pelo adversário, resistiu na defesa – Marcelo Grohe, voltou! – e acabou com o sufoco no ataque ao marcar logo cedo, com 15 minutos de jogo. E marcou após cobrança de escanteio. E marcou de cabeça, com Erazo! Coisas raras nestes tempos magros. O segundo gol também veio em excelente hora, pois aos 5 do segundo tempo se derruba a motivação que o adversário trouxe do vestiário e se mata as chances de reação. Trouxe ainda outra boa surpresa, Pedro Rocha que saiu jogando, mostrou personalidade e estava no lugar certo para fazer o gol.

Como disse, uma vitória que ajuda neste momento em que o time precisa se reencontrar, mas ainda é preciso melhorar muito para conquistar confiança e o título, que afinal de contas é o que queremos. Por isso, o que mais gostei mesmo na partida de ontem foram as duas demonstrações de solidariedade: do time com o técnico (ele merece); e da torcida com o time (nós merecemos). Mesmo com o desempenho frágil na competição, muitos gremistas estiveram no estádio e fizeram a festa no Vermelhão da Serra, que não é o meu fusca, mas deu para o gasto!

Daniel Matador - Como tem que ser

Caros

O tricolor foi a Passo Fundo para apagar a péssima imagem que havia ficado na retina do torcedor por conta dos últimos dois jogos. Nada mais emblemático do que um estádio com o nome de Vermelhão da Serra para ser o palco do início da redenção gremista. Grande parte das peças disponíveis para Felipão montar o time não empolga. O próprio gringo não se ajuda quando opta por escalar jogadores questionáveis e não mantém aqueles que deram melhor resposta em determinadas posições.

Um caso clássico é o garoto Júnior, um dos poucos bons destaques da equipe neste início de temporada. Ao invés de fixá-lo na lateral esquerda para que possa consolidar-se, Felipão tem alternado sua escalação nas partidas. A lateral direita também tem sido uma incógnita. Após a saída do nada saudoso Pará, a tendência natural seria a escalação de Galhardo por ali. Por maiores que sejam suas deficiências, o cabeludo não é pior do que seu antecessor. Mas a alternância com Matías Rodriguez nesta função também não tem permitido uma boa sequência.

O tricolor iniciou o jogo em frente à sua grande torcida no Planalto Médio com Grohe no gol, como de praxe. As laterais foram ocupadas por Galhardo e Júnior, com Rhodolfo e Erazo compondo a dupla de zaga. No meio de campo, Marcelo Oliveira, Fellipe Bastos e Araújo formaram um trio de volantes, com Douglas fazendo as vezes de armador solitário. Na frente, Everaldo e Pedro Rocha, este último ganhando chance após ter entrado bem nos últimos minutos contra o Veranópolis. A arbitragem do jogo ficou a cargo do árbitro mais amado pelo presidente da FGF, o famoso Francisco Silva Neto, mais conhecido como Chico Colorado.

Primeiro tempo: Grêmio 1 x 0 Passo Fundo

Ambas as equipes começaram com intensa movimentação. Apesar de não haver chances claras, tanto Grêmio quanto Passo fundo chegavam com força ao ataque. Logo aos 9 minutos o Chico Colorado amarelou Marcelo Oliveira. Eram quase 11 minutos quando Felipe Klein deu um chute à queima-roupa que Marcelo Grohe defendeu de forma soberba. Até que aos 13 minutos Douglas cobrou um escanteio com perfeição na cabeça de Frickson "El Elegante" Erazo, que testou para abrir o placar. Um gol histórico, visto ser o primeiro gol marcado por um atleta equatoriano com a camisa do Grêmio.

Aos 18, Pedro Rocha chutou rente à trave, porém havia recebido a bola em impedimento anotado pelo bandeirinha. Aos 26, após boa jogada que resultou em cruzamento para a área, Fellipe Bastos reclamou pênalti por ter sido empurrado. Como o árbitro era o Chico Colorado, óbvio que nada foi marcado. Um minuto depois, o mesmo Bastos arriscou um de seus famosos chutes de longa distância. Apesar de passar muito perto da trave, o destino é o mesmo desde que ele desembarcou em Porto Alegre: bola pra fora. Aos 33, Everaldo recebeu passe de Douglas, girou na meia-lua e chutou forte para boa defesa do goleiro do Passo Fundo. Um minuto depois, Galhardo fez falta e Chico Colorado puxou mais um amarelinho. Aos 43, Pedro Rocha fez boa jogada individual e desferiu um petardo de fora da área, porém sem acertar as metas adversárias. E assim acabou o primeiro tempo, com ligeiro domínio do Grêmio.

Segundo tempo: Grêmio 1 x 0 Passo Fundo

Não eram nem 2 minutos e Douglas cobrou mais um escanteio que levou muito perigo. Aos 3, Fellipe Bastos pegou uma bola na entrada da área e soltou um sarrafo que exigiu muito do goleiro, que acabou espalmando para escanteio. Aos 6, Douglas fez um lançamento em profundidade que foi interceptado parcialmente pela zaga. Na sobra, Everaldo desviou para o gol e, antes mesmo que a bola entrasse, Pedro Rocha deu um último toque para fazer o segundo gol tricolor no Vermelhão da Serra. Aos 9, Everaldo avançou em velocidade, invadiu a área e quase marcou o terceiro. Aos 11, em lance sem muito alarde, Júnior também recebeu cartão amarelo. Chico Colorado não titubeou em nenhum momento na hora de amarelar o time gremista.

Quase aos 15, Grohe fez grande defesa em chute de dentro da área. Aos 19, Chico Colorado amarelou Grohe. Aos 21, Júnior fez grande triangulação pela esquerda, invadiu a área e disparou um bom chute que o goleiro desviou para escanteio. Aos 23, Pedro Rocha deu lugar a Lucas Coelho. Quase aos 27, Grohe defendeu mais um chute de Klein, um dos poucos que arriscava alguma coisa no time do Passo Fundo. Aos 33, Wallace entrou no lugar de Araújo, que não havia feito grande apresentação. Logo em seguida Júnior fez uma jogada fantástica partindo do campo de defesa, driblando todo mundo e chutando colocado muito rente ao gol, quase marcando um tento espetacular.

Quase aos 37, Douglas fez um passe primoroso para Everaldo, que não conseguiu dominar em frente ao gol. Aos 40, Fellipe Bastos saiu para a entrada de Matías Rodriguez. Logo em seguida, Douglas quase marcou ao chutar uma bola venenosa que bateu no travessão. Aos 45, Chico Colorado fez mais uma das suas e marcou uma falta mandrake para o Passo Fundo na risca da grande área, aproveitando para também amarelar Matías Rodriguez. Souza (aquele mesmo) cobrou com perigo, mas para fora. Aos 48, após mais um passe primoroso de Douglas, Everaldo perdeu a chance cara a cara com o goleiro. E não havia tempo para mais nada. O Grêmio vencia para acabar com o mimimi. Como tem que ser.

Como jogaram:

Marcelo Grohe: firme e preciso como na maioria de suas jornadas. Fez boas defesas em alguns lances que poderiam ser mais perigosos.
Galhardo: um dos pontos fracos do time hoje. Não fez boa partida, apesar da boa vontade.
Rhodolfo: o capitão do time foi seguro como sempre, sem falhas.
Erazo: marcou seu nome na história por ter sido o primeiro equatoriano a anotar um gol com a camisa tricolor. Independentemente disso, fez sua melhor partida desde que chegou ao clube.
Júnior: não há discussão, tem de ser fixado na lateral esquerda. Não há necessidade de mais experiências, tomou conta da posição. Quase marcou um gol antológico.
Marcelo Oliveira: como volante, costuma ter suas melhores atuações. Hoje foi assim.
Fellipe Bastos: desempenho muito ruim no primeiro tempo. Deu uma melhorada no segundo.
Araújo: não fez boa partida. Parecia perdido em campo, principalmente no segundo tempo. Saiu para a entrada de Wallace.
Douglas: fez um primeiro tempo muito bom. Lançamentos, passes e até, pasmem, carrinhos! Aguentou até o final jogando com o mesmo afinco. Participou crucialmente dos gols e de vários lances de perigo criados.
Everaldo: teve participação ativa no segundo gol. Perdeu outro na cara do goleiro. Tem que se puxar um pouco mais e caprichar nas finalizações.
Pedro Rocha: fez gol, que é o que se espera de um atacante. Já havia entrado bem contra o Veranópolis e hoje foi premiado.

Lucas Coelho: nada fez nos minutos em que esteve em campo.
Wallace: entrou bem e teve bom controle nos pouco mais de 15 minutos em que jogou.
Matías Rodriguez: nada fez, a não ser tomar um cartão amarelo.

Felipão: conseguiu armar uma equipe que sobressaiu-se ao adversário. Consertou algumas falhas vistas nos jogos anteriores e, principalmente, fez modificações anímicas no time. Manja do riscado.

Arbitragem: Francisco Silva Neto, o famoso Chico Colorado. Sem comentários.

18 de fevereiro de 2015

Balaio




16 de fevereiro de 2015

O vestibular de Felipão e o torcedor Regina Duarte

*Texto do leitor Jonas Bernardes Silveira

É do blog Corneta do RW a definição de " Torcedor Regina Duarte", em alusão à
profética campanha política de José Serra na qual a atriz global diz “ter medo” de Lula e do PT. O Torcedor Regina Duarte é o que decreta o rebaixamento gremista em fevereiro, decreta a queda na Copa da Brasil para equipe de Série D.
Eliminar o Grêmio por decreto é uma das atitudes mais criticadas da ivi, é também uma das principais críticas a respeito de Paulo Sant’Anna, que sempre foi um dos primeiros gremistas a soar as trombetas do Apocalipse, muitas vezes precocemente, muitas vezes sem necessidade.
O problema do Torcedor Regina Duarte não é a opinião que manifesta, mas sim a falta de memória e a cegueira que estão associadas a essa opinião. Esquecem que o Grêmio é sempre o primeiro candidato ao rebaixamento em fevereiro, todos os anos os “analistas” prevêem que o Tricolor não sustentará a campanha do ano anterior, sempre por que “falta qualidade”, por vezes a previsão da queda é prorrogada até o início do Brasileirão, quando o tradicional começo trepidante do Grêmio dá início à missa de sétimo dia. E a torcida, empurrada pelos corneteiros de plantão, se fantasia de Regina Duarte.

Enquanto o torcedor espera pra ver um time e analisa o time como se isso fosse, Felipão está fazendo Vestibular. Na coletiva pós-jogo contra o Brasil ele disse com todas as letras que está lançando e avaliando os atletas pra decidir quem fica, que está se preparando pra definir o grupo gremista, sabedor de que precisa de reforços, e, mais ainda, de quais reforços precisa. O Grêmio inclusive já está atrás dos reforços, mas não quer repetir os erros com Kléber, Edinho e Fernandinho. Não quer pagar uma fortuna pra alguém que pode estar encostado em seis meses.
O torcedor que ouve da boca do treinador que o grupo está nessa fase de preparação e ainda exige resultados imediatos está de sacanagem. Não tem outro termo.

Quem não sabia que era essa a situação agora foi avisado oficialmente por Felipão, que interrompeu uma pergunta na coletiva pra falar com o torcedor gremista.
É perceptível a diferença entre o que o treinador está fazendo e o que o torcedor pensa que ele está fazendo. O torcedor critica, por exemplo, a saída de Júnior; mas esquece que Marcelo Oliveira foi contratado pra lateral esquerda e ainda não tinha jogado por ali, e que Walace ainda não tinha estreado. Se Felipão estivesse escalando o melhor time do Grêmio para dar sequência, Júnior teria seguido como titular. Contra o VEC, mais uma vez se percebeu a aparentemente desnecessária troca entre MatíasGalhardo, tudo parte de um processo de avaliação que pode terminar com o jovem Raul ganhando oportunidades por ali. Pedro Rocha ganhou oportunidade e, para variar, entrou bem no jogo. Cada vez mais o grupo aponta pra um meio campo de garotos, coisa que Felipão tem receio de escalar por conta dos tradicionais clichês do futebol, de que é necessária a presença de veteranos em todos os setores da equipe. Não por acaso, são eles que estão prejudicando o time em campo.

O trio de meias novamente foi alterado. É provável que siga sendo alterado até que Felipão tenha testado todos os jogadores de todas as formas que deseja. Não me surpreenderia se até o sistema fosse alterado, como já foi desde o início da temporada.
Eventualmente Araújo vai voltar a ter condições legais, e é bem possível que a dupla de volantes seja alterada várias vezes até que Felipão decida entre Marcelo Oliveira, Fellipe Bastos, Ramiro, Araújo e Walace.

Enquanto o Grêmio faz seu Vestibular, enfrenta equipes que jogam juntas há anos e treinam desde novembro ou dezembro, equipes que já definiram seu estilo de jogo e seu grupo, que tem como única preocupação fazer o crime. O Brasil de Pelotas, por exemplo, já tem time, esquema, e estratégia seguida à risca pelos jogadores, tudo testado e provado. O Grêmio não está nessa fase.
Tudo indica que a definição de time  vai ocorrer durante o próximo mês, com o retorno dos lesionados e a chegada dos reforços. Aí sim o treinador vai poder fazer o simples e escalar o que temos de melhor, com a devida sequência. Enquanto não houver repetição não teremos time, e os resultados seguirão parecendo um eletrocardiograma. Após a partida contra o Veranópolis, a coletiva do presidente gremista dá indícios de que o Grêmio vai buscar três atacantes e um meia. Fala-se na
saída de Douglas, um experimento sem risco que deu muito errado. Fico feliz de ouvir que estamos olhando pra fora do país na busca de reforços, pois está feia a coisa no mercado nacional.

Quem critica peças específicas nesse momento, querendo avaliar jogadores sempre pelo que fazem de pior, está fazendo um desserviço pro Grêmio. Fevereiro não é o momento ideal pra definir o futuro de um time nem a capacidade de um atleta. Só pra não dizerem que “acho tudo lindo”, apesar de eu não estar dizendo que não vou criticar o time caso a pasmaceira atual persista em abril, vou manifestar minha principal preocupação pessoal. Por mais que Felipão esteja testando o time e isso
prejudique a parte técnica e tática, a parte física não tem relação com isso. A impressão de momento é de que está faltando perna pros jogadores, e isso sim é preocupante. Não estou dizendo que fico preocupado por corrermos menos que o Brasil ou VEC, isso é natural por conta do momento, mas me preocupa que no final dos jogos não estávamos correndo. Trocamos de preparador físico, e perdemos um profissional muito bom. Qualquer que seja o time, a única coisa que pode prejudicar o Grêmio definitivamente é não ter perna aos trinta minutos do segundo tempo. Isso sim me dá medo.

15 de fevereiro de 2015

Avalanche Tricolor: só um pouco de esperança, pode ser?

Por Mílton Jung

Grêmio 0 x 1 Veranópolis
Campeonato Gaúcho – Arena Grêmio


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Lá se foram algumas horas, uma noite inteira e a manhã de domingo já se iniciou antes de começar a escrever este texto que costumo entregar após as partidas do Grêmio. O jogo foi ontem ao fim da tarde, em pleno Sábado de Carnaval, o que, ainda bem, motivou apenas 9 mil torcedores a ir ao estádio. Ninguém merecia passar pelo que eles passaram. Alguns, como eu, interromperam suas atividades, para sentar diante da televisão e acompanhar a mais uma partida pelo Campeonato Gaúcho. Além de torcer, por razões que não preciso explicar neste espaço, vejo os jogos na busca de um bom gancho – como os jornalistas se referem aos assuntos que os inspiram em um texto – para a Avalanche que teimo em escrever. Pode ser uma jogada bacana cometida por alguns dos nossos. Pode ser uma bela defesa que impediu o gol matador. A abnegação dos que suam a camisa e se entregam como eu faria se estivesse dentro de campo. No meu caso, me entregaria de corpo e alma, mesmo porque futebol não teria muito para entregar. Gosto também de encontrar na reação do torcedor o tema para o texto. Os closes que a câmera flagra durante a transmissão às vezes são simbólicos: a mão no rosto demonstrando sofreguidão, o casal de namorados que nos revela que tem coisa mais importante na vida do que a bola rolando, ou a criança entusiasmada de estar em um estádio de futebol, apesar de os jogadores terem esquecido de levar o futebol para o estádio.

Começo a me preocupar mesmo é quando a partida está chegando ao fim e quase nada encontro que valha a pena uma escrita. Pior ainda: quando o que assisto dá raiva e me leva a praguejar contra Deus e todo mundo (leia isso apenas como uma expressão, por favor!). Será que terei de fazer uma Avalanche cheia de ódio neste coração tricolor? E quem será o alvo deste ódio? Os jogadores que estão ali tentando se entender um com o outro? O veterano que, com a bola no pé, tenta encontrar alguém solto para recebê-la? Os guris que mal saíram de casa e já se exige personalidade de líder e decisão de gente grande? Coitados, são todos promessas de um bom futebol, mas que podem desaparecer no emaranhado da mediocridade. Quem sabe falo mal do técnico que escalou a todos? Mas ele escalou o que tinha para escalar, pois mais não encontrou no elenco. Poderia começar, então, pelos diretores que fizeram do clube uma feira livre, onde quem chegar com dinheiro no bolso leva. Mas eles, pelo que parece até aqui, também são vítimas deste cenário triste que estamos passando, pois tentam acertar as contas que foram corroídas nas gestões anteriores. Eu digo a você que não sei bem quem as corroeu, pois se tem coisa que detesto no futebol é prestar atenção no jogo da cartolagem que, pelo que já percebi, está cheio de torcedor envolvido.

Confesso que se desgosto do desempenho do time que está em campo, gosto menos ainda de ficar esculachando todo mundo. Sempre tento acreditar que alguma coisa acontecerá para reverter a situação. Quem sabe um desses jogadores que são sempre apresentados como esperança de bom futebol, deixem de ser apenas uma esperança e passem a jogar futebol de verdade? Ou o atacante que está há alguns anos no banco de reserva a espera de sua chance, sem nunca ter mostrado nada que lhe fizesse merecê-la, de repente desembesta, acerta o pé e todas a bolas que costumam ir para fora tomem a direção do gol? Fico a espera que o cobrador de faltas, aquele que, é o que dizem, fazia gol nos times em que jogou antes de vestir a camisa do Grêmio, consiga concluir em gol as cobranças de falta. E que o zagueiro que disputou a Copa do Mundo como titular consiga ao menos não tropeçar na bola. Minha torcida, como você percebe, sequer é por performances arrebatadoras. Resultados brilhantes. E vitórias heróicas. Quero pouco, muito pouco. Só um pouco de esperança! E se vier com futebol, melhor!

Em tempo: quando vejo que até o redator do ClicRBS tropeça feio na língua portuguesa ao flexionar o verbo haver para dizer que não existiram cartões vermelhos no jogo, percebo que a vida não está fácil para ninguém ….


A foto do alto deste post é do álbum do Grêmio no Flicker

14 de fevereiro de 2015

A sexta-feira 13 foi no sábado

Grêmio 0 x 1 Veranópolis

Primeiro Tempo: 0 x 1

Matias Rodriguez, Junior, Luan e Lucas Coelho foram as novidades do time.

A primeira jogada mais aguda foi entre Everton e Lucas Coelho mas a defesa tirou para escanteio.
Aos 9 minutos, após uma sequência de três escanteios o goleiro tirou da cabeça de Matías quando este ia marcar.
Everton quase marcou aos 12 minutos mas pegou de orelha na bola e mandou fraco para fora.
O Grêmio fazia boas tabelas na intermediária mas sempre pecava no último passe próximo à área adversária.
Aos 21 minutos, em contra-ataque o jogador do Veranópolis chutou, a bola baeteu no Erazo e entrou no cantinho. O detalhe é que quem cobria atrás era o Douglas pois o resto do time estava no ataque.
O gol descontrolou o time que passou a errar muitos passes e a rifar a bola. 
E só foi chutar a gol aos 31 minutos. Uma falta do meio do campo que Fellipe Bastos bateu para o goleiro espalmar. 
Os últimos 15 minutos do primeiro tempo se arrastaram com o Veranópolis todo atrás e os atacantes do Grêmio se enrolando com a bola Nada foi criado.
De registro duas falhas bisonhas de Douglas. Em uma deixou a bola passar por baixo do pé e em outra tinha três para passar mas deu no pé do adversário. E a vaia comeu nas duas vezes.

......

Um início razoável com boa movimentação e falha na jogada final.

Um gol fortuito do adversário e tudo se foi. Todos tentando resolver sozinho.

Segundo Tempo: 0 x 0


Felipão mudou dois jogadores no intervalo, mandando Galhardo e Pedro Rocha para o campo.

Pedro Rocha deu mais movimentação e aos 8 minutos Luan quase empatou após cruzada dele. O zagueiro salvou para escanteio.
Um minuto depois o Veranópolis quase fez o segundo. O jogador foi entrando sem ninguém tirar a bola e mandou raspando para fora.
Aos 13 minutos uma jogada duvidosa na área do Veranópolis. Os jogadores pediram pênalti mas o juiz nada marcou.
As 18 minutos Pedro Rocha fez boa jogada mas chutou nas mãos do goleiro.
De novo os jogadores da frente abusavam da individualidade tentando resolver o jogo sozinho.Felipão levou 27 minutos para fazer a terceira mudança. Lincoln entrou no lugar de Lucas Coelho. E já foi fazendo duas jogadas bisonhas.
Fellipe Bastos bateu mais uma falta ridiculamente aos 38 minutos.
Luan bateu perto do gol aos 45 minutos.

.....

Mais um jogo em que o time começa razoavelmente bem e depois se perde totalmente. Se o Brasil é um time bem armado o Veranópolis era o lanterna do campeonato. E nem assim o Grêmio se impôs. Como disse o Milton Jung há que ter muita paciência. E muito trabalho.
 


Como jogaram:

Grohe: Sem culpa no gol. Nota 5
Matías Rodriguez: Um primeiro tempo em que foi surpreendentemente bem na defesa. Mal no ataque.  Nota 5 
Rhodolfo: Estava fora de lugar no gol do VeranópolisNota 5 
Erazo: Deu azar no gol. No resto não teve problema. Nota 5 
Junior: Não repetiu o último jogo. Saiu no intervalo. Nota 6 
Marcelo Oliveira: Um dos poucos que se salvouNota 6 
Fellipe Bastos: Muito mal. Nota 2 
Luan: Acha que futebol é jogo individual. Não passou uma bola. Nota 4
Everton: Abusou do individualismo. Saiu no intervalo. Nota 4 
Douglas: A cada dia confirma a desconfiança da torcida. Ex-jogador. Nota 0 

Lucas Coelho: Dormiu a maior parte do jogoNota 3

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Galhardo (Junior): Muito dispersivo não rendeu o mesmo que na lateral. Nota 4

Pedro Rocha (Everton): Uma boa surpresa no meio do horror. Nota 7
Lincoln (Lucas Coelho): Não entrou bem. Nota 5  

Felipão: Está fazendo experiências, mas acho que está mexendo muito no time. 
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Arbitragem: Daniel Soder, auxiliado por Julio Cesar Rodrigues e Antônio Padilha - inverteu faltas mas não teve culpa no resultado.