Grêmio 4×2 Glória
Gaúcho – Arena do Grêmio

Foi um fim de sábado intenso, que começou ali pelas cinco horas da tarde com a partida do Grêmio, na televisão, e se encerrou depois da meia-noite quando voltei a pé do Morumbi, após assistir ao show dos Rolling Stones.
Cheguei a titubear: ver o jogo do Grêmio até o fim e chegar em cima da hora para o show, arriscando ficar distante do palco? Não ver o jogo do Grêmio e garantir espaço nas primeiras filas da pista?
Não sei porque ainda encaro esses dilemas quando sei de antemão a resposta: assisto ao jogo do Grêmio, sempre (ou na maioria das vezes). Foi o que fiz e por pouco não me arrependi. Não que lá no estádio, pela hora que cheguei, não tenha conseguido uma boa visão do palco, muito beneficiada pelos incríveis telões que integravam a paisagem eletrônica.
O arrependimento bateu forte quando vi, já no segundo tempo, aquela escapada pelo corredor que havia no lado direito da nossa defesa, a bola cruzando toda a área para encontrar o atacante que entrava livre pelo nosso lado esquerdo.
Este show já havia assistido, nesta temporada. O Grêmio com muito mais futebol, chegando à defesa alheia com velocidade, chutando e desperdiçando oportunidade atrás de oportunidade. Consagrando o goleiro adversário. De repente, uma bobeada e tomamos o gol. Outra, e gol novamente. Ontem, corremos riscos mais duas ou três vezes. Ainda bem que nosso goleiro é sagrado.
Para ver espetáculo com o mesmo enredo, tivesse seguido mais cedo para o Morumbi, pensei cá com as listras tricolores da minha camisa. Lá estava com encontro marcado com velhos conhecidos: no palco estariam os mesmos astros e seus clássicos que curti em janeiro de 1995, no Pacaembu, e em abril de 1998, na pista de atletismo do Ibirapuera, apenas com uma roupagem diferente. Sim, eu estive com eles nas duas vezes anteriores e só não me meti entre os 1 milhão e 200 mil pessoas que assistiram à apresentação, em 2006, em Copacabana, porque casamento e filhos nos dão um certo senso de responsabilidade.
Gosto dos Stones e poucos são capazes de me emocionar como eles, especialmente quando somos milhares no mesmo espaço comungando o som que tocou minha geração. E, pela juventude que pulava ao meu lado, a de muitos outros, também.
Assim como das outras vezes, a expectativa era ouvi-los em “Jumpin’ jack flash”, “You can’t always get what you want” e “Satisfaction” – os sucessos de sempre. Já sabia que Mick Jagger conversaria com a gente em um esforçado português britânico, iria saracotear de uma lado para o outro e brincaria com a turma do palco.
Apesar da impressão de que tudo aquilo já havia sido visto anos atrás, mais uma vez assistir aos Stones seria único, grandioso e emocionante. Um espetáculo que queria ver de novo, e de novo, e mais uma vez se possível. Diferentemente daquele que o Grêmio apresentava na Arena, em Porto Alegre, e eu insistia em assistir até o fim, mesmo que isso pudesse atrapalhar meu compromisso mais tarde.

Luan marca mais uma vez Foto Grêmio Oficial/Lucas Uebel
Quando o Grêmio joga, mesmo nos piores de seus dias, sempre quero acreditar que algo surpreendente possa acontecer. E estamos bem distante destes maus dias. O que ocorre hoje é apenas a necessidade de afinar melhor nossos instrumentos: o passe, a aproximação, o deslocamento, a marcação, o chute a gol e a confiança. Roger, que comanda a nossa banda, tem se esforçado neste sentido, pois conhece bem o potencial de cada um dos seus integrantes. Sabe que somos capazes de oferecer um espetáculo vitorioso. E que faremos isso, em breve.
A surpresa veio quando já havia trocado minha camisa tricolor pela que estampa a cara envelhecida dos Stones: minha insistência, e muito mais a de Roger e dos jogadores, foram premiadas com dois gols no fim da partida, com Henrique Almeida (que seja o primeiro de muitos) e Luan (mais um de muitos que já marcou) completando o que Giuliano e Geromel haviam iniciado. Uma goleada construída de maneira estranha, mas que foi muito mais realista ao que havia acontecido em campo.
Mesmo com o adiantado da hora, cheguei em tempo de entrar no gramado do Morumbi e me intrometer no meio da massa que ocupava quase todo o espaço disponível. Fiquei no centro do campo, diante do palco e com milhares de pessoas embevecidas pelo espetáculo que assistíamos desde o primeiro acorde. Emocionei-me de novo com Mick, Keith, Ron e Charlie. E fui surpreendido com algumas performances no palco, além da beleza de “She’s a rainbow” e o ineditismo de “All down the line”(ao menos nesta turnê). Assim como o Grêmio, os Stones sempre me surpreendem.
Na volta para casa, ainda entorpecido pelo som dos Stones, cruzei por um pipoqueiro na saída do estádio: “doce ou salgado?”, perguntou-me. Quero um grande com o sabor da alegria (e um pouco de ironia, por favor).
Carcará · 472 semanas atrás
A gente tem problemas que nos perseguem e nos deixam cegos quanto a algumas coisas simples...
O gol do Luan, 4o. do Imortal, foi de craque. Se fosse morango, já estava vendido por 200 milhões.
Aliás, já vale uns 80. Parem de comparar... Não existe comparação!
Evitar o hábito... Mudando ele, muda-se o monge...
Abs.
heraldo · 472 semanas atrás
heraldo · 472 semanas atrás
heraldo · 472 semanas atrás
jbighead 96p · 472 semanas atrás
RicardoCanoense 85p · 471 semanas atrás
ruy · 472 semanas atrás
Já vai para 9 jogos oficiais que poderiam servir para afirmar o Lincoln no lugar do douglas e inventar um lateral na esquerda, mas nada muda.
A defesa continua uma peneira braba, coitado do Geromel.
sai_pra_lah · 472 semanas atrás
o cara nao ve q edinho eh ex-jogador... atrasado, dando bicudo, sem velocidade de recuperacao...
As mesmas caracteristicas descritas acima para MO com um problema maior... eh ele quem guarda a linha de fundo enquanto a bosta colorada ainda tem os zagueiros atras
Qualquer treinador q se preste e que estudou o Gremio vai colocar seu jogador mais rapido para jogar no lado do MO e assim sendo ter total liberdade de alcar bolas na nossa area...
douglas gordao eh ainda o unico desses todos q eu consigo tolerar pq as vezes ele pifa um...
abracos
Diego · 471 semanas atrás
MatheusTricolor 83p · 471 semanas atrás
Josué Antonio · 471 semanas atrás
E falando em show, depois do show de horrores que eu vi na estréia da Libertadores, eu estou acompanhando o Grêmio ainda com um pé atrás; acredito no trabalho do Roger, acredito que o nosso elenco não é absurdamente inferior aos rivais brasileiros da Libertadores, mas avalio também que o Grêmio parece estar meio perdido. Com 3 competições sendo disputadas, a impressão que me dá é que o Grêmio não está priorizando nenhuma. Parecia estar apostando as fichas na Libertadores, mas com o discurso de "arrancar um ponto fora e vencer em casa", não vai longe sem sorte.
O César Pacheco tem grande história no Grêmio, mas não deveria estar ocupando a posição que está.
Sei que todo mundo está emputecido com o que alguns torcedores fizeram e não acho que a violência seja a solução. Todavia, jogar pipoca também não é lá um atentado terrorista e pelo que eu li, todos saíram de maneira pacífica e sem causar quebra-quebra (isso sim é inadmissível e deve ser punido rigorosamente pelo Grêmio e autoridades competentes).
Se eu concordo com essa forma de manifestação, no mínimo, hostil? Não. Mas consigo compreender e não tenho certeza absoluta que ela não possa ter tido algo de positivo.
Deve-se lembrar também do aspecto de patrimônio do clube e identificação: Jonas saiu brabo para brilhar na Europa por muito menos. Um bando de panaca pegando no pé em jogo de Gauchão. Mas no final das contas, o Luan não é nenhum júnior mais (tanto que é sua segunda Libertadores com a camisa tricolor) e já tantas vezes foi ovacionado em coro pela torcida. No momento que ele ajudar o Grêmio a fazer história com mais um título e quebrar essa maldição que nos atormenta, ele estará construindo um elo inabalável com a torcida e entrando na história de um Grêmio vencedor e nenhum torcedor que se preze esquece os vencedores.
Acho que pelo que vimos contra o Glória, Luan demonstrou caráter e personalidade. E também indignação. E indignação é bom, é muito bom.
Para uma torcida que não tem muitas felicidades durante tanto tempo, acho a nossa torcida deveras leal e paciente. Somos uma torcida imensa e é claro que os mais exaltados vão aparecer algumas vezes.
Mas contra a LDU, é hora de esquecer todas as diferenças. Todas. E ir em peso torcer para o Grêmio conquistar um bom resultado contra, talvez, o adversário mais bem preparado do grupo.
MatheusTricolor 83p · 471 semanas atrás
Mauro · 471 semanas atrás
Wilson · 471 semanas atrás
Doga pode ser útil no segundo tempo pegando os adversários cansados.
gremiocampeaomundial · 471 semanas atrás
A explicação oficial será enrolation envolvendo condição física, falta de entrosamento, etc etc.
A explicação verdadeira será a "justiça" de não fazer um novato tirar a vaga do Pifador.
Rama · 471 semanas atrás
heraldo · 471 semanas atrás