22 de fevereiro de 2016

Avalanche Tricolor: o mais importante era a vitória

Por Milton Jung

Grêmio 1×0 Novo Hamburgo
Gaúcho – Arena Grêmio


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Bobô comemora gol da vitória   Foto: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA
 
“O mais importante era a vitória”, foi o que disse Bobô ao fim da partida. Concordo com ele.

Sei que vencer é sempre importante. Desta vez, porém, os três pontos valiam muito mais. Diante da maratona que o Grêmio tem de enfrentar nestes primeiros meses do ano, é preciso manter todos os adversários ao nosso alcance. Não podemos permitir que alguém se desgarre ou a pressão dos que vêm de baixo exija esforço extra. Conseguimos isso ao chegarmos na quinta rodada do Campeonato Gaúcho somente a três pontos do líder e com gente metida a grande atrás de nós.

A vitória também era o mais importante, neste fim de tarde de domingo, porque somente esta seria capaz de controlar os intolerantes, uma turma incapaz de perceber que time de futebol não se contrói do dia para a noite. Especialmente um time que pretende impor uma forma de jogar diferente da maioria dos demais clubes brasileiros. O futebol qualificado, de toque de bola veloz e eficiente, com aproximação e tomada de espaço, além de marcação precisa, exige ajuste fino por parte do técnico e muito treino e boa condição física por parte do elenco. Isso não se alcança logo no início da temporada.

Tenho a impressão de que alguns torcedores têm a necessidade de encontrar um herói para a sua vida, buscam o salvador da pátria, aquele capaz de resolver todos os problemas do time dentro de campo e todas as suas frustrações fora do futebol. Agindo assim, nos transformamos em máquina de moer talentos. O herói de um jogo vira anti-herói no seguinte. E se o time não funciona, este é bode expiatório, vaiado e injustiçado, como chegamos a assistir na partida de hoje.

Sair de campo vencedor também foi importante para o autor da frase que abre esta Avalanche. Bobô terminou a temporada passada sem convencer, mesmo diante de seu esforço e alguns poucos gols. A chegada de novos atacantes deixou-o em segundo plano, para muitos até fora dos planos. Já ao entrar no lugar de Henrique Almeida, aos 10 minutos do segundo tempo, em vez de o coadjuvante das partidas anteriores transformou-se em protagonista. Apareceu três vezes seguidas em frente ao gol adversário, duas delas impedido de seguir as jogadas por irregularidades sinalizadas pelo árbitro, e a terceira para garantir a vitória. Será muito bom se sempre pudermos contar com o Bobô que assistimos em campo hoje.

Os três pontos ainda valiam a tranquilidade para Roger trabalhar com seu grupo, adaptar os novos atacantes, ter tempo para acertar a dupla de zaga e testar alternativas na equipe, mesclando jogadores titulares e reservas, conforme a conveniência. Sem a vitória, teríamos de arriscar o planejamento e expor alguns dos principais talentos da equipe a uma sequência perigosa de jogos.

Se já não fossem motivos suficientes todos os relacionados nesta Avalanche, a vitória marcou o 50º jogo de Roger como técnico do Grêmio, que chegou até aqui com 62% de aproveitamento, 27 vitórias, 12 empates e 11 derrotas. Mais do que esses números todos: Roger foi o responsável pela transformação que o futebol gremista sofreu do ano passado para cá. Por tudo que tem feito ao Grêmio, ele merecia esses três pontos, neste momento.

“O mais importante era a vitória”, sim, e tudo mais que esta representava para Roger, para o time, para Bobô e para todos nós que torcemos pelo Grêmio.

Comentários (19)

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Postado às duas horas e ninguém comentou ainda? Em dia de acarajé não se fala em futebol :-)

"Máquina de moer talentos" é ótima, e verdadeira: se encaixa muito bem na torcida gremista.

Mas vamos deixar claro que o time, a comissão técnica, a diretoria, ajudam. Percebemos muitas deficiências que não se entende como persistem, a exemplo dos fundamentos mal executados.

Para não me delongar, foco novamente nos laterais. Sempre aquela deficiência, marcam mal, não sabem cruzar uma bola que preste... Ora, sabendo que é um ativo valioso em falta no mercado, por que é que não se cria o "projeto lateral" nas categorias de base? Obviamente todos os guris querem ser o centro avante matador, mas e se disser a ele que eles têm 0,1% de chance de se dar bem como centro avante a 99% de chance de se dar bem se for um bom lateral, será que não vão mudar de ideia?

Assim, se além do excelente trabalho que Roger e a comissão técnica vêm prestando eles conseguirem fazer a boleirada executar os fundamentos, não tenhamos dúvida que menos talentos serão moídos, pois quem é bom conseguirá mostrar o seu potencial.
2 respostas · ativo 473 semanas atrás
Não sei como Raul, Tinga, Hermes e Junior não entraram nesse programa de procuram-se lateiras :)
Excelente trabalho que Roger e a comissão técnica vem prestando onde?

Vai ver quem escala Marcelo Oliveira de lateral, Edinho de volante e Douglas de camisa 10 titular sou eu....
Tá legal. Vencer foi o mais importante. Agora que essa escalação de bruxinhos do Roger não convence, não tenho dúvidas. Já pesaram (em Kg) o meio de campo do Grêmio? Edinho, Maicon e Douglas.
2 respostas · ativo 472 semanas atrás
kkkkkkkkkkkkkkkkk. Dá alguma arroba!!!!!!!!! E para concluir sem medo de errar no diagnóstico usássemos para esse trio de Incansáveis Guerreiros um Medidor de INTENSIDADE?
Comentei em outro post: para um treinador que busca a intensidade, não é meio estranho escalar dois ex jogadores, nãoédinho e gordo, e um meio campista muito bom, só que lerdo? Do trio, eu manteria o Maicon.
O time carece de velocidade, audácia e ousadia... Lento, sem chutar a gol, fica previsível, fácil de ser marcado... Sigo indo a todas e apoiando! Mas tá difícil....

FORÇA GRÊMIO !!!!!
Com a lesão do Wallace o meio de campo ficou muito lento e burocrático. Tomara que volte logo.

Marcelo Oliveira está longe de ser muito bom no apoio, mas ê aceitável. O problema dele é defensivo, não marca ninguém, a lateral esquerda é uma verdadeira avenida, livre para os adversários.
Alguém sabe dizer o que aconteceu com o Junior, que pintava como um lateral muito bom no início de 2015?
4 respostas · ativo 473 semanas atrás
Eu li aqui neste blog que o Junior é "muito chato". deve ter dado uma série de canetas nos capitães Maicon e, em especial, M.Oliveira e, por causa disso, foi enviado para tratamento psiquiátrico. Onde já se viu jogar mas futebol do que o capita do time. Huahuahua!

Ou seja, o Junior é ruim de vestiário. Ou seja, pode ser craque, mas nunca vai jogar no Grêmio por causa dos tantos preconceitos e crendices norteiam o clube.

seu Algoz - se tu não sabes do que está falando por que não te calas?
Então pq não esclarece a questão? Se não, pq n te calas?
Seu Algoz, é óbvio que falei em tom de brincadeira. Eu, assim como 99,995% da torcida que faz este grande clube, não sei nada do interno do Grêmio. Porém, vejo que o Grêmio não sabe aproveitar as crias da base. Sempre tem uma desculpa, às vezes muito estapafúrdia. É claro que não levei a sério o que li sobre este jogador em particular.

Porém, qualquer um vê que alguns dos jovens dispensados são melhores do que os velhos que são titulares absolutos, que custam muito mais caro e não produzem nada.
Hás de convir que a carência de bons jogadores de futebol das últimas duas décadas tem a ver com essas questões de como se administram os prováveis talentos. Sucessivas administrações e técnicos tem preferido jogadores "consagrados", mesmo reconhecidamente fracos em detrimento de outros que podem ter algum futuro. O Roger deste ano não é o mesmo do 1º semestre do ano passado, está fazendo a mesma coisa que os antecessores, seguindo as mesmas idéias e princípios daqueles.

A seguir com essa mesma idéia de futebol, o Grêmio vai ter futuro?
Dizem que Junior é muito chato e marrento, por isso ninguem toca bola pra ele.
No time dos bons moços, marrento não se cria.
Marcelo Oliveira eh lento , bruto, um lenhador jogando.
Só me lembro de uma , uma única cruzada dele que o Brian fez o gol de bochecha contra o Figuera.
Lateral tem q cruzar de 5 a 10 bolas boas no ataque.
Oliveira Marcelo de muito longe e eh burro pra jogar!
Ta faltando, vou repetir, pela enésima vez, treino, jogadas ensaiadas, bola aérea, corner, chutes de meia e longa distância, dribles ( jogadas de cunho pessoal que vença o marcador, entre na área e bata no canto) como fez o Maxi várias vezes.
O Douglas com sua displicência da jogando de 9 e recebe a bola de costas pró gol. Ele só tem serventia vindo de trás organizando o jogo, fazendo o time jogar, dando assistências.
Sem meias e com Edinho de volante vai ser sempre assim.
Time que não sabe fazer gols eh time ruim!!!
Eu queria saber onde foi parar o treinador inovador e moderno, parece que fomos enganados.
Se Roger sacar o Everton para a entrada de Bolanos será caso de intervenção da direção.
Tá feio o coisa, comemorando resultado contra o Nóia, é dose para leão. Jogamos muito pouco de novo. Não é possível que alguém da comissão técnica não alerte o Roger, sobre a capacidade técnica do Marcelo Oliveira, Douglas e do Edinho, SERÁ QUE TODA A TORCIDA TÁ DOIDA. Vamos encarar a realidade, com essa bolinha que estamos jogando NÃO VAMOS GANHAR, do LDU e São Lourenço, é FATO. Querer se enganar é dar chute na NOSSA ATUAL realidade, infelizmente.
Tche com todo respeito , se não tem nada d relevante para falar melhor e ouvir..
Não dá pra acreditar que o Milton, um apresentador super experiente, competente, desenvolto e muito inteligente, acredite deforma tão inocente nesse time do grêmio...
Como levar a sério um campeonato gaúcho como esse. Já estamos na 6ª rodada e o time do presidente conselheiro ainda não saiu da grande POA.

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