14 de abril de 2017

Avalanche Tricolor: avassalador e assustador

Por Milton Jung


Grêmio 3×2 Iquique
Libertadores – Arena Grêmio


gremio
Comemoração do terceiro gol, foto LUCASUEBEL/GREMIOFBPA

Avassalador … assim foi o Grêmio no primeiro tempo nesta partida pela Libertadores.

Mesmo com o adversário ensaiando pressão no começo do jogo, revelando-se bom tocador de bola e animado pela liderança invicta no campeonato nacional, o Grêmio não deu bola para os chilenos.

Teve personalidade para retomar a bola a partir de uma marcação forte e impondo muita velocidade na partida – sem correria, apenas trocando passes com rapidez; tocando e saindo para receber; tocando e lançando para seus atacantes que corriam à frente; tocando e fazendo gols.

Pedro Rocha teve suas chances e não aproveitou. Luan, sim. A primeira foi para calibrar o pé. A segunda, para abrir o placar. E a terceira, para mostrar quem mandava no jogo. E o Grêmio não dava sinais de estar satisfeito: seguiu veloz, com passes precisos e chegando ao ataque. Chamou o pênalti e Miller deixou sua marca. Quase fez mais um e mais outro.

E aí veio o segundo tempo … assustador.

A primeira atrasada de bola com a cabeça, que quase pegou Marcelo fora do gol, dava sinais de que alguma coisa havia mudado. Fomos desatentos, o adversário ganhou espaço no campo e passamos a ceder a bola de graça. Tomamos um e tomamos dois até acordar para a partida e nos lembrarmos que o jogo era de Libertadores.

Dali pra frente, o talento que nos diferenciou no primeiro tempo teve de ser substituído pela garra e força. Abrimos mão do toque de bola pela bola despachada. Do jogo de excelência passamos a fazer o não jogo. Foi preciso catimba e tarimba para resistir até o fim à frente no placar.

Ao fim e ao cabo, encerramos a rodada líderes e invictos, com muitos motivos para acreditar que o time tem competência para chegar ao topo nesta Libertadores. Só não precisávamos passar tanto susto, não é mesmo!?