29 de setembro de 2017

Cícero

Cícero chega para a reta final da Libertadores.
No grupo do Grêmio do zap zap que surgiu a partir dos leitores do blog, reduto dos corneteiros diga-se de passagem, teve zum zum zum.
"Pior é que eu gosto dele", disse um deles. Ou seja, ele preferia um que não gostasse para poder cornetear mais à vontade.
No twitter um outro escreveu: "contratam este cara só para barrar a ascensão do Patrick".
No tricolor é assim: a direção é presa por ter cão e é presa também por não ter cão.
O que eu acho?
Simples: com a saída de Gata Fernandez e Miller (por vontade única e exclusiva deles) o grupo ficou capenga. A saída do Pedro Rocha pode ser suprida com os que tem e com treinamento. A saída do Luan, por lesão, não teve reposição. O time ficou sem poder de ataque.
Patrick mostrou que é mais uma joia. Mas Patrick precisa confirmar e para confirmar precisa de tempo, como quase todo o jovem. Ele me pareceu também precisar ganhar mais corpo. Então, Patrick para uma emergência está bem. Mas não dá nenhuma garantia de que pode ser solução no curto, curtíssimo aliás, prazo.
Cícero é muito rodado. E, o principal: Cícero é muito bom jogador de futebol. Embora não seja um craque está acima da planície. E, com certeza, estará muito motivado para mostrar seu valor e conseguir reaver sua carreira.
Foi, portanto, uma contratação oportuna, cirúrgica e, acredito, muito importante.
E querem saber? Tem tudo para dar certo. E tenho certeza que dará.
Seja bem vindo Cícero.
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Pois chega Cícero e a pergunta é quem dos três previstos (Jael, Cristian e Patrick) sai para ele entrar na lista?
Se pudesse inscrever quatro jogadores eu teria uma sugestão. Mas como só pode por mais três, eu tiraria o Jael. Mas quem decide é o Renato. Ele deve saber se o Patrick tem capacidade de dar o retorno imediato necessário.

26 de setembro de 2017

Avalanche Tricolor: vamos ao que interessa?

Por Milton Jung

Bahia 1×0 Grêmio
Brasileiro – Arena Fonte Nova



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Jogadores discutem com auxiliar (reprodução Premier)

Vamos discutir se foi pênalti ou não o escorregão de Edílson, já nos acréscimos?

Fosse eu, não marcaria. Claro que não! A começar pelo fato de que eu jamais me atreveria a entrar em campo para arbitrar uma partida de futebol. Tenho coisa melhor pra fazer na vida. E claro que não porque afinal sou gremista e minha visão sempre estará influenciada pela emoção que emana do coração. Sem pipocar, assinalaria o tiro de meta. E aí de quem viesse reclamar! Seria recebido com o cartão vermelho na mão.

Vai que o lance fosse do outro lado do campo? A favor do Grêmio e já nos acréscimos? Você daria pênalti? Eu, com certeza. E o consideraria indiscutível. Sairia de campo sem entender porque tanta polêmica. Todo mundo viu!? “O lateral deles escorregou e bateu no pé do nosso atacante. Até não queria fazer a fatal. Uma fatalidade. Mas claro que foi pênalti para o meu Grêmio”, teria dito.

Sendo assim e diante da minha parcialidade o melhor a fazer nesta Avalanche, caro e raro leitor, é deixar esta “brigalhada” sobre se foi ou não pênalti para os entendidos (e como os temos no futebol brasileiro).

Talvez seja mais produtivo para o restante do campeonato e, especialmente, para aquilo que mais nos interessa nesta temporada – ser campeão da Libertadores – buscar respostas para o fato de termos mais uma vez jogado com a bola no pé e sob nosso domínio a maior parte do jogo e não termos conseguido transformar isso em gol.

Depois daquele 5×0 no início de setembro, já jogamos cinco partidas e marcamos apenas um gol. Tudo bem, foi o gol mais importante que tínhamos de ter marcado nesta temporada, pois nos deixou ainda mais próximo desta obsessão que temos pela Libertadores. Jamais trocaria aquele gol marcado de cabeça por Barrios, quarta passada, por qualquer outro que deixamos de assinalar neste Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.

Aliás, sobre gols que deixamos de marcar, mais uma curiosidade: nas últimas nove partidas fizemos apenas em duas. Tudo bem, fizemos naquela mais importante que tínhamos de ter feito etcetera e tal …. Mas talvez seja um bom assunto para nos fazer pensar.

Eu disse pensar e não reclamar como tenho visto muitos dos nossos por aí.

Nosso time tem o melhor ataque do Campeonato Brasileiro com 40 gols, cinco a mais do que o líder e quatro a mais do que o segundo ataque com melhor desempenho. Joga o futebol mais bonito desta competição, mesmo que a tenhamos deixado em segundo plano em várias rodadas. Faz um jogo interessante, a despeito de marcar gols ou não.

O que mudou nessa última leva de jogos foi a ausência de Pedro Rocha por um lado, de Luan por todo o campo e, na maior parte das rodadas, de Barrios dentro da área. E isso, evidentemente, faz muita diferença em uma equipe de futebol por mais equilibrado que possa parecer o seu elenco.

Com o ímpeto de Rocha não podemos mais contar, infelizmente. Com o talento de Luan e o oportunismo de Barrios, porém, basta ter um pouco de paciência. Logo e no momento em que mais precisarmos, daqui um mês, na semifinal da Libertadores, ambos estarão firmes e fortes de volta a equipe. E os espaços se abrirão para que eles e seus colegas cheguem ao gol que está escasso nessas últimas partidas.

Sem contar que ouvi falar da possibilidade de Douglas e seus passes incríveis estarem disponíveis em breve, o que abre novas opções de escalação. Seja bem-vindo, Douglas!

Com a equipe recuperada, nossos talentos em campo e focado apenas no principal objetivo desta temporada, os gols tendem a voltar com mais facilidade e assim não precisaremos ficar na dependência da decisão de um árbitro e seus auxiliares.

24 de setembro de 2017

Bahia 1x0 Grêmio - Brasileirão 2017

Renato Portaluppi escalou o Grêmio para a 25ª rodada do Brasileirão com Paulo Victor, Bressan, Arroyo e Jael. Quatro posições com jogadores diferentes do que estamos acostumados a ver. As trocas logo foram esclarecidas pela falta de condições totais dos jogadores titulares (ou que vinham sendo titulares).
Ainda faltando 13 rodadas para o final do Campeonato Brasileiro, entrávamos em campo na terceira colocação após a vitória do Santos em cima do Atlético-PR, que pulou para o segundo lugar.


1º Tempo: Bahia 0 x 0 Grêmio

O primeiro lance de susto foi logo antes dos 2 minutos, quando em uma bola despretensiosa chutada em direção ao gol, Paulo Victor defendeu a bola e quase entrou dentro do gol com ela em mãos. O Bahia chegou com força aos 5 minutos e novamente aos 8. O Grêmio até trocava passes em direção ao gol, mas era o time adversário que chegava com mais ímpeto. 
O primeiro chute do Grêmio foi somente aos 14 minutos, de fora da área, em uma tentativa do Michel. A partir dos 20 minutos o Grêmio começou a se impor. Chegava com boa troca de passes e de forma mais aguda e objetiva. A partir desse momento o Bahia começou a chegar mais forte, e tivemos momentos nervosos e cartões amarelos para ambos os lados.
Não tínhamos grandes chances de gols, mas nosso desempenho estava melhor do que no início do jogo.
Nos minutos finais o jogo voltou a ficar morno e o árbitro acabou o primeiro tempo aos 47 minutos.


2º Tempo: Bahia x Grêmio

O segundo tempo começou tão morno quanto terminou o primeiro. O Bahia teve boa chance de falta aos 17 minutos. 
Aos 18 minutos Renato tirou Ramiro e colocou Patrick. Aos 23 entrou Éverton e saiu Arroyo. A entrada desses dois jogadores deram outra movimentação ao jogo.
Aos 32 minutos o melhor lance do Grêmio no jogo. Éverton fez fila pela esquerda, cruzou e Patrick chutou no travessão. No rebote Fernandinho chutou em cima do goleiro.
A partir desse momento só deu Grêmio. Chagávamos com perigo e o Bahia ficava atrás da linha da bola, esperando contra-ataque. 
Aos 43 minutos a última substituição: saiu Fernandinho e entrou Leo Moura.
Aos 47 minutos o inesperado. Edílson tropeçou dentro da área adversária, encostou no adversário e o juiz acabou dando pênalti para o Bahia. 1x0 pra eles.
E o jogo terminou aos 51 minutos.

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Não foi o resultado esperado. A atuação foi média.
Seguimos em busca do Tri da América. O Campeonato Brasileiro infelizmente é muito difícil buscar.
Sem crise. Temos que usar o Brasileirão de forma inteligente.


Como jogaram:

Paulo Victor: pouco exigido, levou gol de pênalti. Atuação segura. Nota 7.
Bressan: não consegue desarmar um lance direito. Nota 6.
Kannemann: atuação segura. Nota 7.
Edílson: atuação fraca. Tropeçou de forma bizarra dentro da área adversária que acabou em pênalti para o Bahia aos 47 minutos do segundo tempo. Nota 5.
Bruno Cortez: atuação média. Nota 6.
Michel: atuação segura. Nota 7.
Arthur: eu não me canso de ver esse guri jogar e de dizer que é craque. Manda no meio campo. Nota 9.
Ramiro: atuação média. Não vem bem. Saiu para entrada de Patrick aos 19 minutos do segundo tempo. Nota 6.
Fernandinho: boa movimentação. Saiu para entrada de Leo Moura aos 43 minutos do segundo tempo. Nota 7.
Arroyo: mais uma vez mostrou o motivo de não ser muito utilizado. Saiu para entrada de Éverton aos 23 minutos do segundo tempo. Nota 5.
Jael: cruel, mas cruel com a bola. Nota 3.

Patrick: entrou aos 19 minutos do segundo tempo. Com personalidade foi pra cima e chutou uma bola na trave. Nota 7.
Éverton: entrou aos 23 minutos do segundo tempo. Deu outra movimentação ao jogo. Fez boas jogadas pelo lado esquerdo. Nota 7.
Léo Moura: entrou aos 43 minutos do segundo tempo. Sem nota.


Escalações:

Grêmio: Paulo Victor, Bressan, Kannemann, Edílson e Bruno Cortez, Michel, Arthur e Ramiro (Patrick), Fernandinho (Leo Moura), Arroyo (Éverton) e Jael. Técnico: Renato Portaluppi.

Bahia: Jean, Eduardo, Tiago, L. Fonseca e Capixaba, Edson, Juninho, Vinícius (Allione) e Zé Rafael (Edgar Junio), Mendoza e Rodrigão. Técnico: Preto Casagrande (Maurício Copertino)

Arbitragem: Luiz Flávio de Oliveira (SP), Danilo Ricardo Manis (SP) e Miguel Cataneo da Costa (SP).



22 de setembro de 2017

The days after


Foram duas semanas muito tensas. Semanas dominadas pelos corneteiros e suas previsões apocalípticas. Semanas em que predominaram as ofensas e as ameaças. Um arigó que só aparece nas derrotas sugeriu a queda da bastilha, ou melhor, de toda a diretoria do Grêmio e até o fechamento do blog em caso de derrota.
Foram tempos duros. Tempos de acusações levianas e maledicentes. Claro que sempre sob o manto do anonimato. Tanto que um blogueiro de outro blog colocou seu e-mail, telefone e endereço particular para os corajosos que o acusavam escondidos nas sombras do anonimato.
Após o jogo só consegui deitas quase as duas da manhã. E as sete horas já estava em pé. Pelo trabalho mas mais pela adrenalina que ainda havia.
Ontem mandei um whats para o Ilgo: teremos quinze dias de folga?
Resposta curta e grossa: não.
Pois é. Tem alguns que ainda na alegria e alívio da vitória já postavam críticas ao time e a jogadores. Não descansam nunca. Não há uma brecha para sentir felicidade.
Mas segue a vida. E por isto, vou explicar algumas coisas abaixo.
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O Grêmio perdeu para o Cruzeiro no detalhe. Aliás, quando há dois times equivalentes geralmente um ou dois detalhes decretam a vitória ou a derrota. Jogou bem o primeiro jogo mas não conseguiu ampliar o placar. Muito porque do outro lado estava um time com excelentes jogadores e um treinador especialista em retranca. E perdeu o segundo jogo em uma cabeçada de escanteio. Tivesse o Barrios feito aquele gol aos 4 minutos de jogo e estaríamos na final da Copa do Brasil. Gol que ele quase nunca erra, diga-se de passagem. Pois errou. Talvez porque ainda estivesse frio. Mas errou.
O Cruzeiro pressionou mas não criou chances, afora aquela cabeçada no escanteio. 1 x 0 e depois pênaltis.
Detalhes.

Pois o Grêmio ganhou e passou pelo Botafogo também nos detalhes. Controlou o primeiro jogo mas criou pouco, assim como o Botafogo quase não criou nada. Jogou mal até os 35 minutos do primeiro tempo na Arena, período em que poderia ter levado um gol e, portanto, ser desclassificado. Detalhe.
Fez o gol em bola parada quando melhorou mas não o suficiente para envolver o adversário. O detalhe de novo apareceu. Só que desta vez a nosso favor.
Assim é o futebol. Menos de 5 clubes no mundo têm dinheiro para investir no jogador que bem interessar. E mesmo estes não tem garantia de sucesso. Até porque nos principais campeonatos mundiais eles acabam se enfrentando e sempre sobra apenas um vencedor.
Então, nada justifica as críticas raivosas, truculentas e imbecis que foram despejadas nas redes sociais. Só uma coisa as explica: a frustração e a incapacidade da pessoa que as faz de conviver com as dificuldades e com as derrotas. Pessoas que jogam nos clubes todas as suas esperanças de saírem vencedoras em algo, mesmo que fortuito. Não conseguindo aflora o ódio.
Então está certo o Ilgo. Não teremos quinze dias de folga. Uma derrota para o Bahia traz de novo a horda de bárbaros para despejar ofensas em litros. Paciência. Um dia, quem sabe, aprenderão.
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O Botafogo chora uma pretensa cera do tricolor depois do gol. Aliás, tem um gremista justino chamado Sergio Xavier Filho que também criticou no Sportv o fato do Grêmio ter "se preocupado mais em garantir o resultado depois do gol do que em jogar bonito". Hahaha.
O site da Globo até fez uma comparação, mas seja por desconhecimento de matemática seja por malandragem, não fez a comparação correta. Aí que fiz eu as contas e tuitei. E reproduzo abaixo.
Ou seja: o jogo esteve percentualmente mais tempo parado enquanto o placar estava 0 x 0 quando o Botafogo, visivelmente queria enervar o tricolor para desestabilizar os jogadores.
Portanto, como tuitei, esta é uma queixa que não procede. Com exceção, é claro, para gentes como o idiota justino mencionado acima, que não cansa de louvar os adversários do Grêmio.

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Aqui e ali um e outro tentam me vincular ao Heraldo. Tem um retardado lá de Campinas que todo o dia faz pelo menos um comentário sobre o assunto. Agora já vai direto para a pasta de spam, mas não desiste.
Acho que os frequentadores deste blog já me conhecem muito bem para saber que eu tenho coragem para assumir minhas broncas e não tenho nenhum receio de dizer o que acho que deva ser dito. Muitas vezes até peso demais a mão.
Fica a dica aqui então. Me esqueçam. Até porque, mesmo que eu quisesse, não conseguiria criar um personagem tão fora da casinha como ele.

21 de setembro de 2017

Avalanche Tricolor: ‘Sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra’




Por Milton Jung




Grêmio 1×0 Botafogo
Libertadores – Arena Grêmio

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Neste 20 de Setembro havia três brasileiros disputando a Libertadores da América. Apenas um deles sobreviveu em campo na luta pelo título: o único que é Imortal. Diante de mais este feito, só me resta cantar, daqui de Belo Horizonte, onde me encontro nesta noite, para que todos ouçam por toda a América:
Como a aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade

Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
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E um adendo meu.

20 de setembro de 2017

Daniel Matador - Façanhas

Grêmio 1 x 0 Botafogo

Barrios fez o gol salvador da classificação tricolor.

Caros

Era noite de Libertadores na Arena. Nenhum jogo de Libertadores é comum, apesar de que sempre haverá aqueles embates mais importantes e decisivos que outros, principalmente nas fases de mata-mata. Em jogo estava a passagem para a fase semifinal da mais mítica e lendária competição da América. O Botafogo, muito bem conduzido desde o ano passado por Jair Ventura, recebeu a alcunha de "exterminador de campeões", por haver batido em fases anteriores clubes que já ergueram a taça, como Coco-Colo, Olimpia, Atletico Nacional, Estudiantes e Nacional do Uruguai.

O tricolor teve uma decisão logo no início, antes do jogo começar. Luan, que desfalcou o time nas últimas semanas, não teve condições de iniciar a partida, mas ficou no banco. Geromel, outro que desfalcou a equipe por conta de lesão, voltou envergando a braçadeira de capitão. Michel, que havia cumprido suspensão no jogo anterior, retornou para este embate decisivo. Porque era noite de Libertadores.


1º Tempo: Grêmio 0 x 0 Botafogo

O jogo começou tenso e, logo aos 4 minutos, Cortez emendou um SAPATAÇO de longe e a bola passou muito perto da forquilha direita de Gatito Fernandez. Aos 8, após escanteio, Grohe fez um milagre e salvou. Aos 13, Fernandinho driblou dois marcadores e chutou de longe, mas sem grande perigo. Aos 20, Fernandinho recebeu bola na área, girou e chutou NO TRAVESSÃO!!! Aos 24, Roger recuperou uma bola no ataque, driblou Kannemann e chutou forte, para grande defesa de Grohe!!! Na sequência, outra pancada do Botafogo que bateu no poste, em chute de Bruno Silva. O time carioca batia à vontade e o árbitro era um cagalhão que não marcava nada.

Aos 33, em cobrança de falta, Grohe fez outra defesa espetacular. Aos 37, algo nada convencional: Renato tirou Léo Moura e colocou Everton. Aos 42, outro PETARDO de Fernandinho, que passou perto da trave direita de Gatito. Aos 45, Everton abriu espaço no lado esquerdo e chutou, com a bola passando próxima à trave direita. E o árbitro apitou para encerrar um primeiro tempo muito nervoso.




2º Tempo: Grêmio 1 x 0 Botafogo

O time retornou após o intervalo sem modificações em relação ao que havia encerrado a primeira etapa. No primeiro minuto, Michel aparou de cabeça cobrança de falta e quase mandou na gaveta, não fosse Gatito ter defendido com a ponta dos dedos e mandado para escanteio. Aos 10, primeira chegada do Grêmio na pressão, como tem sido sua característica desde o início do ano e não aparecia nesse jogo. Aos 16, após escorada de cabeça de Barrios, a bola sobrou para Cortez na esquerda, que cortou o marcador e chutou para defesa de Gatito. Até que, aos 18, em cobrança de falta sofrida por Fernandinho, o matador Lucas Barrios marcou de cabeça e abriu o placar!!!

Aí o jogo parou e o Grêmio fez o que tem de ser feito nessas horas: começou a amorcegar o jogo. Aos 35, Barrios teve de sair com dores e Jaílson entrou. Aos 40, em cobrança de escanteio, perigosa cabeçada do Botafogo que saiu pelo lado direito de Grohe. Renato recuou o time e jogava para garantir o resultado. O Botafogo tentava meter pressão e deixava alguns espaços na defesa. Aos 45, Ramiro saiu para a entrada de Luan, na famosa substituição para ganhar tempo. O árbitro deu 4 longos minutos de acréscimo, mas já não tinha mais jogo. O Grêmio amorcegou até o final e despachava o "exterminador de campeões". Porque esta terra tem dono. E ele veste azul, preto e branco.




Como jogaram:

Grohe: fez ao menos duas grandes defesas na primeira etapa. Seguro no segundo tempo. Nota 8
Edilson: abaixo da média, mas tentou compensar ao final com raça. Nota 6
Geromel: mesmo descontado após período de lesão, é um zagueiro acima da média. Nota 8
Kannemann: surpreendentemente, falhou em alguns lances. Partida muito nervosa. Ao final, compensou salvando os perigosos avanços do adversário. Nota 7
Cortez: tentou alguns avanços, mas sem muito sucesso. Mas não faltou empenho. Nota 6

Michel: muito abaixo do normal. Nota 5
Arthur: meio sumido na primeira etapa, melhorou muito no segundo tempo. Nota 7
Ramiro: ficou aquém do que pode render. Saiu para a entrada de Luan. Nota 5
Léo Moura: não rendeu. Tanto que saiu antes do intervalo para a entrada de Everton. Nota 4
Fernandinho: um dos melhores em campo. E ainda sofreu a falta que originou o gol de Barrios. Nota 9
Barrios: um predestinado. Quem tem centroavante em campo não morre. Seu gol salvou a noite, o mês e pode salvar o ano. Nota 10

Everton: entrou no lugar de Léo Moura, ainda no primeiro tempo. Ao cair pela esquerda e liberar Fernandinho na direita, deu novo ritmo ao time. Nota 6
Jaílson: entrou no lugar de Barrios, na finaleira. Sem nota
Luan: entrou no lugar de Ramiro, só para ganhar tempo. Sem nota

Renato Portaluppi: teve que abrir mão de escalar Luan para iniciar o jogo e optou por Léo Moura. Só que teve de mudar sua convicção no primeiro tempo, pois o veterano não rendia o esperado em campo. A mudança surtiu efeito e a vitória veio. Nota 9

Arbitragem: o trio de atrapalhadores de jogo era argentino, sendo o apitador-mor Patrício Loustau e seus auxiliares Juan P. Belatti e Ezequiel Brailovsky. Não comprometeram de forma cabal, mas deixaram o Botafogo bater à vontade. Fraquinhos.

O Botafogo pisou na Arena com a alcunha de "exterminador de campeões". Só que ele não havia enfrentado o mais mítico dos campeões da América. O Grêmio voltou a vencer uma partida da forma que a Libertadores é vencida: na raça e no suor. Que grande noite em Porto Alegre, em pleno feriado da Revolução Farroupilha. O tricolor está novamente nas semifinais da maior competição do continente. Sirvam nossa façanhas!

Saudações Imortais

18 de setembro de 2017

Avalanche Tricolor: véspera de pouco, dia de muito ou vice e versa

Por Milton Jung

Grêmio 0x1 Chapecoense
Brasileiro – Arena Grêmio


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“Dia de muito, véspera de pouco” era ditado que ouvia muito da boca de minha mãe quando ainda era pequeno. Confesso, já não lembro mais em que momentos da minha infância a tal frase tinha serventia. Ficou na memória. E como todas as coisas na minha memória são passíveis de confusão. Troco nome de amigos assim como mudo frases populares e seu sentido. Essa em especial sempre me soou invertida e, na vida adulta, sempre foi usada para consolar-me naqueles dias em que nada costuma dar certo ou imaginamos que não tenha dado certo. Quem souber da sua origem que me ajude.

Há quem a use para alertar-nos da necessidade de equilibrarmos nossos bens e sentimentos, impedindo assim a euforia da vitória ou o desalento da derrota. Euforia e vitória andam de mãos dadas e geram ilusões que tendem a nos levar ao mesmo resultado lá na frente: ruim. Estão aí para provar que a busca tem de ser pelo caminho da mediação entre a excitação e a infelicidade.

Já ouvi quem repetisse o dito popular como forma de condenar o desperdício que cometemos nas épocas de fartura. Chamar nossa atenção para a necessidade de guardamos o que ganhamos hoje para o período das vacas magras. Como que querendo dizer que é preciso economizar agora para não faltar amanhã. Mas nesse caso, o ditado não teria de ser outro? Véspera de muito, dia de nada?

Sei lá! Só sei que foi a primeira frase que me veio a cabeça quando percebi que o Grêmio repetiria, neste domingo à tarde, o desempenho das últimas partidas quando apesar de ser o dono da bola, faltou-lhe capacidade de furar o bloqueio adversário. Comandou a partida e entregou os pontos. Teve muita bola no pé e pouca criação. Dominou o jogo mas não transformou essa supremacia em gols.

Que esta véspera de decisão da Libertadores, com pouca inspiração e nenhum gol, se transforme em um dia – no caso, uma quarta-feira –  de  futebol bem jogado e muita alegria para todos nós gremistas.

17 de setembro de 2017

Mais uma derrota em casa com os titulares

Grêmio 0 x 1 Chapecoense

Primeiro tempo: 0 x 0


Fernandinho começou pela direita e Everton pela esquerda. 
E Fernandinho deu uma bomba de fora da área que passou raspando aos 3:30 minutos. Era escanteio mas o juiz não deu.
Michel cabeceou para fora em cobrança de falta aos 6 minutos mas estava impedido.
Enquanto isto no twitter:


Aos 11 minutos Ramiro recebeu um presentaço de Arthur mas na cara do goleiro bateu para fora. Um gol feito perdido.
E a Chape começou a bater mais do que malandro bate em mulher. E sem cartão do senhor juiz.
O tricolor tinha mais posse de bola mas não conseguia criar chances claras de gol.
Jael cabeceou aos 27 minutos para defesa do goleiro.
Arthur deu uma chegada mais quentinha no jogador catarina que ficou brabinho. Não lembrou das cacetadas que o time dele estava dando.
Aos 34 minutos toque de mão na área dos catarinenses mas adivinhem: o juiz não deu.
Aos 43 minutos cobrança de lateral para os oestinos e Grohe teve de fazer um milagre. Bobeira total da zaga.
Aos 44 minutos Grohe salvou de novo um chute do meio do campo após falha da defesa. A bola ia no ângulo mas ele conseguiu salvar espetacularmente.



.....

Um primeiro tempo em que o Grêmio teve quase sempre posse de bola mas foi muito burocrático e sem inspiração.
No final, as duas melhores chances foram dos adversários.


Segundo tempo: 0 x 1

O segundo tempo começou com gol dos catarinenses aos 40 segundos. Chute de fora da área bateu na zaga e deslocou Grohe. 0 x 1.
Aos 5 minutos Fernandinho deu uma bomba de fora da área mas a bola saiu  raspando a trave.
Renato mandou Patrick e Arroyo para o jogo.
Aos 14:25 minutos Fernandinho bateu de fora da área mas pela esquerda do goleiro.
Grohe fez outra grande defesa aos 16 minutos. E outra boa defesa aos 18 minutos.
O tricolor parecia perdido em campo.
Aos 24 minutos o Grêmio chegou com perigo pela primeira vez.
E Barrios entrou no lugar de Jael.
Aos 41 minutos falta na entrada da área mas a bola deu na barreira, que estava há 5 metros da bola.
Aos 47 minutos Barrios bateu de perto mas para fora.

.....

Um primeiro tempo burocrático e um segundo tempo horroroso. O gol dos catarinenses acabou com toda a organização e com a tranquilidade do time.
Não adiantou por em campo o melhor time para garantir a vitória. A falta de articulação no ataque de novo apareceu.
Grêmio está a dez pontos dos manos que ganharam com gol roubado, diga-se de passagem. Destes 10, 9 foram em derrotas em casa com o time titular. E agora?


Como jogaram:

Grohe:
Duas grandes defesas no primeiro tempo. Sem culpa no gol. Nota  7
Léo Moura: Parece cansado e não repete as boas atuações do início do ano. Nota 4
Bressan: Uma falha no primeiro tempo quase resultou em gol. No mais muito bem. Nota 6
Thyere:
 Sem comprometerNota 5 
Bruno Cortez:
 Como nas últimas partidas muito improdutivo no ataque. Nota 3 
Michel: Bem atrás. Nota 4
Arthur:
Não repetiu atuações anteriores. Será que a maldição de jogador gremista na seleção já começou antes de ir? Nota 5
Ramiro: Perdeu um gol feito e saiu no início do segundo tempo. Nota 4 
Everton: Outro que não consegue repetir as atuações de alguns meses atrás. Nota 4
Fernandinho: Pela direita rende mais.. Nota 
Jael: Muito esforço e nenhum resultado. Nota 3 

.....

Patrick (Ramiro): Entrou bem o menino
Nota 6
Arroyo (Everton): Ainda está devendoNota 4

Barrios (Jael): Entrou e não fez nadaNota 4

Renato Portaluppi: Vai ter muito trabalho até quarta-feira. Que encontre inspiração. Nota 5 




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Arbitragem: 
Marcelo de Lima Henrique, Dibret Pedrosa Moises e Michael Correia (RJ) - Não dá para se queixar. Nota 4

16 de setembro de 2017

Desfalques em jogo de Libertadores - Análise de Botafogo 0 x 0 Grêmio


Jogo de Libertadores e a tensão pré-jogo não poderia ser diferente, ainda mais na dúvida se jogaríamos com dois dos nossos principais jogadores, e sem Michel que estava suspenso. Para a vaga de Geromel não haviam dúvidas que Bressan seria o substituto. Mas para a vaga de Luan, várias opções foram pensadas e discutidas: mantem a mesma equipe que jogou mal contra o Vasco? Entraria Arroyo? Jogaríamos com três volantes? E sem Michel, a dúvida era se entrava Jaílson ou recuava Ramiro. Pois Renato manteve a estrutura do time. Colocou Jaílson no lugar de Michel, ou seja, posicionado mais a frente da zaga, assim mantendo Arthur no seu posicionamento habitual. No lugar de Luan manteve Leo Moura como substituto, mas só no nome, pois se falarmos em posicionamento ele inverteu com Ramiro. Leo Moura ficou pela direita, dando apoio para Edilson, e Ramiro ficou centralizado. E essa mudança foi de fundamental importância para que o Grêmio tivesse o controle do jogo. Com certeza Leo Moura e Ramiro não fizeram o que Luan faz, e foram criticados por parte da torcida, pois eles não criaram jogadas. Concordo plenamente, mas observando mais a fundo, e isso que quero mostrar, os dois tiveram um papel importante.

 Na imagem acima Leo Moura pela direita na parceria com Edilson.
Abaixo, Ramiro se movimentando pela área central.

O Botafogo possui um modelo de jogo diferente do Grêmio. Enquanto o Grêmio quer a posse da bola, o time carioca quer dar a bola para o adversário, sendo um um time que gosta de jogar no contra-ataque, ou reativo se preferirem. Para isso o time da "estrela solitária" mantém 5 jogadores no meio campo, onde todos marcam, para que assim que recuperarem a bola saiam em contra-ataque, em especial pela esquerda, com Victor Luis (estava suspenso, por isso jogou Gilson) e Rodrigo Pimpão. Estes buscam jogadas em velocidade para encontrar Bruno Rodrigo e Roger na área. Com essa mudança do posicionamento de Leo Moura e Ramiro, Renato marcou a principal arma do Botafogo. Leo Moura jogou muito próximo de Edilson, que por sua vez jogou muito melhor, pois se preocupou em marcar, deixando para Leo Moura fazer a transição ofensiva. Já Ramiro tinha um poder de marcação mais intenso junto a saída de bola dos zagueiros e volantes. Os três melhoraram com essa mudança, com posições mais definidas e assim com mais intensidade. Edilson mais atrás, Leo Moura fazendo a transição e atacando pela direita, e Ramiro focado na saída de bola pelo meio. Isso se reflete no número de chances do Botafogo (4), onde NENHUMA foi a gol!


Mapa de calor de Gilson e Pimpão, que não foram efetivos no ataque botafoguense.

Bom, mas com Leo Moura e Ramiro com funções mais defensivas, quem criaria o jogo do Grêmio? Coube a qualidade e INTELIGÊNCIA de Arthur essa responsabilidade. Claro que não um armador como Luan, como Douglas, mas sim um jogador que sai de trás, criando as principais jogadas da equipe. Para isso, além do lado direito que já escrevi, o posicionamento do tão criticado Jailson (com razão, pois esse ano não parece nem de perto o jogador que surgiu no passado)  foi importante, sendo fixado mais a frente da defesa. Arthur se movimentou por todo campo, como normalmente faz, buscando passes e triangulações, com incríveis 95% de acertos em 70 passes. Mas além disso Arthur conseguiu avançar com a bola, e jogando mais pela esquerda, fazendo com que Bruno Silva, o principal jogador do Botafogo, ficasse mais na defesa, se preocupando com estas investidas.

Acima os números de Arthur contra o Botafogo

Posicionamento médio do Grêmio. Leo Moura na direita, Ramiro centralizado. Jailson na frente da defesa, Arthur com maior liberdade de avançar pela esquerda.

Não só por essa atuação onde toda mídia o escolheu como o melhor em campo (eu também fiz uma pesquisa no Twitter, onde teve 91% dos votos), mas por todo ano, ele merecidamente foi convocado por Tite, que estava no estádio acompanhando o jogo. O Footstats refletiu muito bem essa temporada espetacular de Arthur, como mostrado na imagem abaixo. Mas quero que tenham atenção para um dado, o mapa de calor, que se refere ao jogo contra o Vasco. Comparem com o jogo do Botafogo, e analisem a movimentação mais pela esquerda e uma menor preocupação defensiva pelo lado direito.


Ao fim do jogo, vejo que o resultado não foi dos piores, jogando fora de casa e sem as principais peças. Tivemos  54% de posse de bola, com 92% de passes certos, além de 11 finalizações, sendo 5 certas. Claro que na partida de volta aguardamos principalmente o retorno de Luan, pois necessitamos da vitória. Sem ele o time terá que se reinventar novamente, mas somos o Grêmio, e o Grêmio é copero!


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15 de setembro de 2017

Insanos ou apenas medrosos?

Eles vieram em bandos. Não só aqui neste blog. Invadiram também o Blog do Ilgo. E, imagino, todos os outros que falem do Grêmio.
O empate em 0 x 0 com o Botafogo desencadeou uma onda de histeria. E a histeria decretou a eliminação antecipada do tricolor na Libertadores.
Está difícil ser blogueiro gremista. De um lado tem os i$ento$ com carga inacreditável de matérias negativas sobre o tricolor. E quando pretensamente positivas, na verdade elas são feitas para alimentar a vontade do adversário em nos vencer. Exemplo?
Mas não são os i$ento$ o tema deste post e sim parte da torcida tricolor. Todos sabem que ficamos 15 anos sem ganhar um título de expressão e a quebra do tabu foi com uma Copa do Brasil ganha em alto nível. Altíssimo nível, na verdade.
Acreditava-se que este título amainaria a amargura da torcida. Não. Não confunda esta última frase com acomodação. Eu sei que um título termina quando acabam as comemorações. E sei que ganhar um deixa um gosto bom de quero mais. Eu me refiro a querer este mais com menos ansiedade, com menos pressão, com mais confiança.
Mas não. Parece que o penta campeonato aumentou em muitos a amargura e até mesmo a intolerância. Isto pode ser visto nos comentários? Em parte sim. Um dia, quem sabe, daremos acesso aos comentários não publicados. Tem para todos os gostos e de todos lugares. O mais raivoso dos últimos tempos vem todos dias da frente da catedral de Campinas, vejam só. Tão perto de Deus e com tanto ódio no coraçãozinho.
Mas qual a razão do aumento desta ira nada santa contra tudo e todos que trabalham no e pelo Grêmio?
Eu penso que há duas causas.
A primeira, que deve ser a minoritária, é insanidade. Sim. Simples assim. Torcedores insanos usam o clube do coração para descarregar todas as suas insatisfações e fracassos na vida privada. Nada serve. Nada está bom. Nunca.
A segunda causa, majoritária acredito eu, é o medo de perder. Medo de enfrentar as dificuldades. Uma pessoa com medo, muitas vezes, ao invés de elaborá-lo e buscar formas de superá-lo, prefere negar a realidade e acaba perdendo por antecipação. Sim, senhores, muitas vezes, ou na maioria das vezes, o medo de perder impede de vencer.
Então vem a chorumela e todos os ódios e rancores após o empate de quarta-feira. Alguns comentários foram simplesmente patéticos. Por exemplo:
Aqueles que estão comemorando o 0x0 fora não devem esquecer que da última vez comemoramos muito a vantagem do 1x1 fora e fomos eliminados em casa.
Péssimo resultado. Não se esqueçam que se o Botafogo fizer um gol no contra ataque o Grêmio precisa fazer dois. Agora sim que o Botafogo vai jogar numa retranca das brabas. E se for pros pênaltis, já sabem o que vai acontecer. 

Há 1 mês atras, o time do grêmio tinha metido 4 nesse Botafogo. Nosso contra ataque não é mais o mesmo. Não é mais mortal Aí o Arthur e vocês me comemoram 0x0 fora de casa num Mata Mata? Ou o Espinosa realmente ajudava o time, ou ninguém, eu digo NINGUEM MESMO, entendeu o porquê ganhamos a CB ano passado e o porquê a até 1 mês atrás NÓS ERAMOS O QUERIDINHO, nós jogávamos a melhor bola desse país, tanto eu como qualquer torcedor achava que íamos socar até o Real Madrid.. Mas agora? Me desculpem.. Mas nesse espírito? Vai ser difícil passar. Basta um descuido, levar Um gol de bobeira, ir pros pênaltis.. E bailou.
Chega? Penso que sim.

Importante seria este pessoal saber que futebol envolve sempre dois times. Ninguém joga sozinho. E uma partida de futebol entre clubes e times equivalentes sempre terá disputa e, principalmente, três resultados possíveis.
Empate fora em mata-mata é muito bom sim. Sempre.
Pausa para um parêntese necessário principalmente porque eu conheço estes piolhos: (achar empate fora bom não significa propor que se arme o time para empatar. Muitas e muitas vezes se procurarem no blog verão a minha inconformidade contra a ideologia de jogar fora buscando empate. Não concordo e nunca entendi esta ideologia). Isto posto sigamos em frente.
O tricolor, mesmo desfalcado de Michel e especialmente de Geromel e Luan, sempre propôs o jogo e não correu o risco de perder em nenhum momento. Se ao final do jogo fora de casa não veio a vitória, é óbvio que o empate foi muito bom.

"Ain, mas foi 0 x 0".

Pois vou contar para vocês uma coisa: empate em 0 x 0 fora de casa é infinitamente melhor do que perder por 4 x 5 ou mesmo por 18 x 19. Acreditem. Esta é uma verdade, apesar de um técnico famoso ter dito que derrota fora por 2 x 1 era melhor que empate por 0 x 0.
Mas vou falar outra coisa para vocês, medrosos ou insanos: investiguem a torcida do Botafogo para ver se ela está feliz com o empate. Meçam o teor de confiança dela sobre o jogo da próxima quarta-feira.

"Ain, mas o empate de 1 x 1 para cima serve para eles e nos pênaltis a gente perde".

Sim, claro. Assim como se tivéssemos ganho de 1 x 0 no Rio, o 0 x 1 levaria para os pênaltis e o 1 x 2 seria a classificação deles.
Não é isto que deve ser o centro da discussão.
O Grêmio desfalcado dos seus dois melhores jogadores jogou melhor no Rio e poderia sim ter ganho. Pois o Grêmio, mesmo que continue desfalcado de seus dois melhores jogadores na quarta-feira terá o apoio de 50 mil gremistas na arquibancada.

"Ain, torcedor não joga".

Sério? Vamos ver se joga ou não na quarta-feira.

"Então o Grêmio já eliminou os cariocas?"

Me aponta onde eu falei isto aí em cima. Não falei porque não sou retardado como o tal de "gremista_zh" (sic). Segundo porque sei muito bem que não há jogo jogado. Será certamente um jogo muito difícil que deverá ser decidido nos detalhes. E penso que temos mais armas para aproveitar os detalhes a nosso favor.

E para encerrar proponho uma questão: você aí insano ou medroso, se fosse obrigado a apostar teu rico dinheirinho no vencedor, para quem iria tua aposta, Grêmio ou cariocas?

Pense nisto e relaxe. Ou não. Eu apenas apresentei meus argumentos. Se quiserem continuar perdendo de véspera, façam bom proveito.

114 anos de glórias


14 de setembro de 2017

Avalanche Tricolor: as marcas do futebol gremista, na Libertadores

Por Milton Jung


Botafogo 0x0 Grêmio
Libertadores – Estádio Nilton Santos RJ


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Arthur deixa a sua marca (reprodução SporTV)
Personalidade e maturidade foram marcas do futebol gremista na noite desta quarta-feira, no Rio de Janeiro. Típicas de um time copeiro, experiente em competições sul-americanas e consciente do seu potencial. Não por acaso estamos em nossa décima-sétima Libertadores, já fomos quatro vezes à final e buscamos o Tri.

O Grêmio de Renato soube reduzir os riscos contra um adversário empurrado por sua entusiasmada e confiante torcida, que acabara de vir de uma vitória em clássico, no Campeonato Brasileiro. Sabia da pressão que poderia sofrer e soube trabalhar diante deste desafio.

Fez questão de ficar com a bola no pé e trocar passes sem precipitação, com precisão – esta que, aliás, é outra de nossas marcas, desde a temporada passada. Jogou com inteligência, tendo Arthur mais uma vez demonstrado talento acima da média na condução da bola.

Marcou com firmeza, expondo-se pouco ao perigo e contando com a experiência de jogadores como Kannemann, Edílson, Leo Moura e Fernandinho. 

Soube aproveitar o talento de seus jogadores, mesmo sem ter em campo dois de seus melhores: Geromel e Luan.

Nosso zagueiro mitológico mais uma vez foi substituído pela segurança de Bressan.

Já Luan não tem substituto em solo brasileiro, portanto não havia como esperar que alguém reproduzisse suas qualidades.

Nada está decidido, mas a decisão será na Arena, com a torcida a se somar aos nossos talentos. Sem contar que Renato terá de volta – é o que se espera – Geromel e Luan, marcas importantes desta equipe.

Por mais difícil que seja o confronto da próxima quarta-feira ou por mais que empate com gols seja favorável ao adversário, o Grêmio está firme e forte a caminho de deixar mais uma marca na Taça Libertadores.

13 de setembro de 2017

Quase um ótimo resultado

Botafogo 0 x 0 Grêmio

Primeiro tempo: 0 x 0


O jogo começou pegado e aos 5 minutos o juiz deu uma falta vencida para os cariocas 200 metros depois do local. Mau sinal.
Bressan cortou mal e quase que o adversário chegou aos 7:30 minutos.
Fernandinho deu o troco 30 segundos depois. Recebeu um lançamento, passou pelo marcador mas estava quase sem ângulo quando bateu para fora.
O twitter dava a impressão do jogo:


Cruzada de Edilson caiu na mão do goleiro aos 13 minutos.
Fernandinho chutou torto para fora aos 14:14 minutos.
Estava visível a falta de um armador no tricolor e tudo indicava que a solução seria na individualidade ou bola parada.
Os cariocas chegaram no ataque após erro de Arthur mas a bola foi por cima sem perigo.
Fernandinho deu um baile no lateral mas cruzou para a zaga cortar ao 23 minutos.
Arthur entrou a drible e foi agredido na entrada da área. A 50 centímetros da área. E o ladrão não deu. 



E os cariocas, depois de um longo tempo chegaram com muito perigo aos 30:30 minutos. A cruzada encontrou o atacante que mandou para fora.
Aos 33 minutos o Imortal chegou com perigo mas eu não vi porque tinha ido ao banheiro.
Aos 35 minutos Arthur driblou até o papa e mandou a bomba para uma grande defesa do goleiro.
Na cobrança do escanteio pênalti para o Grêmio, mas adivinhem? O ladrão não deu.



Os cariocas batiam adoidado e nada de cartão do ladrão venezuelano.
E terminou o primeiro tempo sem nenhuma jogada mais de importância.

.....

Um belo primeiro tempo do ponto de vista defensivo e um bom primeiro tempo no geral.
Fez falta um armador, mas se alguém tivesse de sair ganhando teria sido o tricolor.
Até porque teve um pênalti não marcado.
Sem contar que os cariocas bateram muito e só levaram cartão aos 44 minutos.


Segundo tempo: 0 x 0

O mesmo time voltou para o segundo tempo.
Aos 2 minutos um pênalti para os cariocas, felizmente não marcado. Pênalti que precisou de replay para ser visto e que até o cara do Sportv disse "eu marcaria". Nesta altura a arbitragem já era um desastre. Deixou os cariocas bater à vontade e não deu uma falta escandalosa no Arthur no primeiro tempo. Compensou? Vai saber.
Os cariocas voltaram mais insinuantes e tomando a iniciativa do jogo. 
Barrios tentou um chute de fora da área e prensou com o zagueiro. Imediatamente caiu no chão, mas pareceu ser apenas um susto.
E o juizão venezuelano continuava deixando os donos da casa bater à vontade. Impressionante um jogo desta importância apitado por um cara deum país que nem tem futebol profissional.
Barrios caiu de novo aos  minutos e Renato chamou Everton para o jogo.
O Grêmio não conseguia criar nada no ataque embora sustentasse com relativa tranquilidade atrás.
Mas aos 18:30 minutos Cortez cortou mal dentro da área e o atacante adversário bateu sobre a zaga quase na pequena área. A primeira jogada de real perigo no segundo tempo.
E no twitter:


E os cariocas batiam. E batiam. E nada acontecia.
Falta para o Grêmio aos 29 minutos. Léo Moura bateu e Everton quase completou. Mas a bola foi para escanteio.
Aos 33 minutos uma grande jogada de ataque do Grêmio. Bola de pé em pé até achar Léo Moura na direita que cruzou para Fernandinho dar um sem pulo para o zagueiro tirar em cima da linha com o goleiro já batido.
Aos 41 minutos uma cruzada perigosa que a zaga do tricolor espanou para o meio do campo.
Arthur chutou de fora da área aos 43 minutos mas a bola bateu na zaga e foi para escanteio. Na cobrança Ramiro pegou o rebote mas a bola foi alta por cima.

.....

Muita gente temia este jogo. De um lado o time queridinho da imprensa e do Brasil. Do outro um Grêmio esfacelado e sem seus melhores jogadores.
No final a maior qualidade do tricolor serviu para garantir o resultado.
Renato armou o time sem medo. Não jogou pelo empate. Faltou alguém mais lúcido no meio de campo para armar jogadas mais agudas mas em nenhum momento o time ficou atrás encurralado.
Não é o resultado dos sonhos mas podemos ganhar até com tranquilidade no jogo de volta.

Como jogaram:

Marcelo Grohe:
Só fez intervenções no primeiro tempo. E no segundo tempo também. Nota 6  
Edilson: Tem muita experiência e fez valer. Muito bem. Nota 8
Bressan: Até o mais renitente deve ter se entregado para a realidade. Está jogando muito bem. Nota 9
Kannemann:
 No primeiro tempo até se deu ao luxo de dar um drible desmoralizante no atacante. Mais uma vez um monstro. Nota 9 
Bruno Cortez:
 Muito acionado no primeiro tempo, pouco fez. Deu uma espirrada de taco no segundo tempo que quase resultou em gol adversário. Nota 5
Jailson: Um primeiro tempo muito firme. Repetiu no segundo tempo. Um dos melhores na contenção. Nota 7
Arthur:
Disparado o melhor do time no primeiro tempo. E no segundo tempo também. Nota 9,5
Ramiro: Muita garra e utilidade na marcação, mas pouca criação. Nota 6
Léo Moura: Um bom primeiro tempo. Foi aos poucos sumindo na segunda etapa. Nota 5
Fernandinho: Ele rende melhor na direita e fica meio torto na esquerda. Mesmo assim tem mostrado muita entrega e vontade. Quase fez um golaço. Nota 6
Lucas Barrios: Muito isolado no primeiro tempo, apareceu mais ajudando na arcação. Saiu no início do segundo sentindo alguma lesão. Nota 5 



.....

Everton (Barrios): entrou na direita que não é a dele e sofreu por isto
Nota 5
Rafael Thyere (Léo Moura): Entrou no fim. sem Nota




Renato Portaluppi: Deve ter perdido noites de sono e aumentado os cabelos brancos, mas conseguiu armar um time que foi melhor do que o adversário embora sem muita criatividade. Nota 8


Arbitragem:
José Argote, Luiz Murillo e Carlos Lopez (Venezuela) - Muito fraco. E ruim. Nem dá para dizer que é ladrão. É apenas ruim. Nota 2