27 de outubro de 2017

Detalhe, Grohe, Fifa e o Rezende

Passado o momento inicial de euforia após a grande vitória de quarta-feira é importante fazer algumas reflexões.
O Grêmio fez uma grande atuação e mereceu o resultado. Mas, e sempre tem um mas, o jogo mostrou que em campeonatos de alto nível a vitória muitas vezes acontece no detalhe.
Eu escrevi aqui que o Cruzeiro ganhou do tricolor na Copa do Brasil por detalhe. Se Barrios faz aquele gol no início acabava lá a trajetória do clube mineiro. Bastou para sofrer um ataque furioso dos corneteiros sem noção.
E quarta-feira o 3 x 0 aconteceu também por detalhe. Os equatorianos perderam um gol antes do Luan abrir o placar. E Grohe fez uma defesa miraculosa que, não fosse ela, o jogo seria 2 x 1 e ficaria aberto.
Claro que a preparação correta e criteriosa ajuda, e muito, para que os detalhes pendam favoravelmente mais para um lado do que para o outro. Mas um lance errado, uma defesa milagrosa podem sim determinar quem sereá o campeão.
Então, meus amigos: tentem olhar o futebol e torcer para o Grêmio com os olhos e com o coração, respectivamente. Deixem o fígado apenas preocupado em limpar o corpo dos tragos e dos maus alimentos.

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Por falar em Marcelo Grohe, eu olho e olho e olho a defesa dele e ao mesmo tempo não consigo de deixar de lembrar que ele é (ou era) chamado de T-Rex ou de mão de alface por boa parte da torcida.
Esta defesa ... (escolha o adjetivo que quiser) tem lugar garantido na história do futebol para todo o sempre.
É certo que foi uma combinação de reflexo, muito, enorme, fantástico, etc. com sorte da bola bater na mão. Mas é mais certo ainda que 99,999 % dos goleiros sobre a face da terra, ao levar um chute daquela potência a menos de 2 metros não conseguiria evitar que a bola entrasse, mesmo que ela batesse em sua mão como aconteceu.
Então, foi reflexo e força. Muita força.
Mão de alface não? Pois é.

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E a FIFA reconheceu o Grêmio, entre outros, como campeão mundial.
E daí? Eu nunca me preocupei com isto. Aliás, o twitter abaixo é um resumo do que penso do assunto. Mais não preciso dizer.
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Eu, de vez em quando tenho entrado em atrito com muitos leitores. Não sei se é a situação econômica, política, religiosa, sexual ou o que, mas tem muita gente intolerante que quer impor suas ideia pela força ou pela agressão.
O time vai mal? Que morra o treinador, o presidente, os jogadores, etc.
O time ganha? Não conseguem nem festejar o resultado. "Foi muito bem massssssssssssss". Não há espaço para a alegria e o respeito às opiniões alheias.
Se prestarem atenção verão que as blogueiras já não escrevem mais há muito tempo. O Daniel só faz post pós jogo quando eu não posso. O Maurício escreve posts mais técnicos que não dão margem para desaforo, e por isto vai levando.
Muitos outros colaboradores já largaram por não aguentar desaforo.
Outro dia surgiu o boato que eu seria um leitor que comenta nos blogs e que estava infernizando o Corneta do RW. Lá fui eu passar o telefone do comentarista (com a concordância dele) para o corneta se certificar que o cara não era eu.
Eu tenho coragem suficiente para dar a bronca que acho justa. Não preciso me esconder atrás de ninguém. E nem quero ganhar nada com o blog.
Me puseram no grupo do whatts logo após a grande vitória de quarta. Não demorou 5 minutos para um retardado, ao invés de festejar a vitória, me acusar que "eu vivo na sombra do meu irmão."
As tréguas, quando existem, são de curtíssima duração. Sei que bastará perder para o Avaí no domingo para voltarem com tudo.
"Ain... não dá para criticar? Não dá para apontar os erros?"
Dá. Claro.
Mas espera o dia seguinte. E não ofende o treinador, o jogador, o blogueiro, ou quem quer que seja. Isto não é crítica. Isto é agressão. Façam como o Gilberto Rezende. O maior mala. Insuportável! Chato! Murrinha! Todo errado nas críticas. Mas educadinho.