6 de maio de 2008

Furo e neologismo

Embora não precisasse (porque ninguém sabia), temos que admitir: o blog levou um furo. Tudo por causa do preâmbulo da notícia. Soubemos no domingo à noite. Antes da frase, veio o preâmbulo da descrença: "Um amigo meu é colega do filho do Krieger..." Ora, uma notícia que começa assim não pode ser levada a sério. O resultado está aí: o blog foi furado, porque hoje, dois dias depois, noticia-se que o Grêmio tenta Aloísio, do São Paulo.
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Agora, então, a descrença muda de alvo: não dá para acreditar em alguém que tenta fazer negócio com o São Paulo. Não aprenderam nada com os episódios Jorge Wagner e Souza?
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Amigos morangos perguntam insistentemente se não vou falar nada sobre o jogo, se não tenho explicação para o resultado do clássico de domingo. Só uma coisa tenho a dizer: o Real Porto Alegre ganhou o clássico, porque o Juventude amarelou antes que ele. Pelo que se ouviu, a torcida do timinho amarelou primeiro. Estava completamente muda até o primeiro gol. 60 mil pessoas mudas, amarelas. Quietas como saci cagado, como se diz lá no Alegrete. Aí, subvertendo a ordem natural das coisas, o Juventude amarelou. Esta é a explicação lógica, correta e definitiva sobre o resultado do clássico.
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Ontem perto do meio-dia, circulavam algumas informações: ou o "profe" iria sair ou Krieger iria sair ou ambos iriam sair ou ninguém iria sair. Deu a última opção, com o que peço licença para criar um neologismo. Depois das invencionices do "profe" no jogo contra o Juventude, que determinaram a desclassificação no Gauchão Fifa e concorreram para a eliminação na Copa do Brasil, temos agora a 'conviccionice'.
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A 'conviccionice' é mais, muito mais do que teimosia. Ela se manifesta como uma crença exacerbada. Quem tem ataques de 'conviccionice' pensa: "Se eu sou Deus, quem pode estar contra mim?" Krieger acha que o "profe" é o cara. Deixou isso claro mais do que uma vez. Depois não venha com nhém-nhém-nhém, porque isso já está incorporado à sua biografia.
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Como em futebol tudo é possível (porque a distância entre o Gabiru e o Beckham não é tão grande como as cifras que os separa dizem), não se descarta uma vitória ou um empate no sábado. Mas isso não mudará um fato que já era conhecido antes da saída de Mancini: a torcida do Grêmio não suporta o "profe" e nunca vai ter um ataque de 'conviccionice".