2 de setembro de 2009

O mau e o mal




Vivaldino pronto para a parada da diversidade

O Supermercado da esquina tem uma promoção: dê o seu troco e indique a instituição para a qual deseja ser destinado. Escreve-se no papel associação A, ou B, ou C. E lá vai o troco certinho para ela.
Quase todos os blogs fazem enquete. O leitor clica a opção desejada e pronto: o voto é computado sem problema nenhum.
Conclusão: é muito fácil ligar alguém com uma vontade que este alguém queira expressar. Certo?
Certíssimo.
Menos ... para o pay per view (PPV).
O PPV pode ser assinado por telefone ou, pagando menos, pela internet.
Por alguma razão que escapa até aos mais argutos, não pergunta no momento da assinatura, para qual time o assinante torce ou deseja remeter a parcela destinada aos clubes. Ao invés disto, contratam o Ibope e o Data Folha para fazer uma "pesquisa de opinião". Como é a pesquisa não me pergunte. Certamente é mais imprecisa, muito mais imprecisa, do que a pergunta direta, o clic no clube de coração contabilizado por um programinha que qualquer iniciante de informática é capaz de fazer.
Aí vem a novidade que eu quero contar aqui. Anos de pesquisa de todo e qualquer jeito, e o Tricolor sempre mostrando que tem 2 torcedores para cada 1 torcedor do timinho. A primeira "pesquisa" do PPV mostrou uma diferença não tão grande, mas ainda a favor do Imortal. Foi o bastante. Agora o timinho já "tem mais assinantes". Pelo menos na pesquisa de um dos institutos. Mas grande o suficiente para anular a outra em que continuamos em maioria. Dois é mais caro que um. Sei não, mas tem um cheiro de Fernandinho Bla-bla-lho esta pesquisinha danadinha. Tem sim. Se tem.
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Ele chegou como grande esperança. Menino pobre, sem formação adequada, não conseguiu desenvolver o futebol que o talento nato deixava adivinhar que possuia.
Alternou bons jogos, alguns muito bons, com outros ruins. Assim foi até que perderam a paciência com ele e com o amigo de mesma origem Pedro Jr.
De volta às origens foi aconselhado a largar o futebol por problemas cardíacos. Morreu por amor fazendo o que mais gostava, jogar futebol. Estupidamente, aos 24 anos.
Paulo Ramos deixa um gosto amargo. De não ter tido o futuro que sonhava. De mostrar que a vida nem sempre é o que se deseja e espera que seja.