É uma afirmação delicada, mas as evidências que colho me empurram cada vez mais para ela. Olho jogos de campeonatos, acompanho a Copa e a cada dia me convenço mais: o mundo do futebol vive uma ilusão. Não existem tantos craques quanto nos fazem querer crer. E os que são, não têm a magnitude que lhes é emprestada.
A origem da ilusão vem principalmente dos aquecimentos e dos comerciais. Neles, os "craques" que vendem marcas esportivas se especializam em fazer firulas com a bola. Tornam-se focas hiper bem remuneradas. Pegam a bola aqui, passam por lá, equilibram ali, giram, torcem, saltitam... Fazem uma miríade de movimentos (ou quase isso) mostrando habilidade incrível.
Na hora do vamos ver, no campo de jogo, a produção de uma foca para um "não craque" não tem a dimensão que a mídia nos vende. Na prática, uma Coréia do Norte, bem treinada e determinada pode dificultar a vida de um "time de estrelas".
Neste cenário, o cargo de treinador ganha importância. Mais consegue um time de jogadores considerados "médios" bem treinados, do que uma penca de estrelas tocando bola na base do improviso.
É o que a vista me mostra.