Um ser humano normal pode controlar a bebida, a quantidade de comida, a velocidade, as emoções, etc. Um ser humano normal só não consegue controlar a paixão. Quantos homens ou mulheres sabem que o fruto da paixão não vale o que come e mesmo assim não conseguem largá-lo?
Pois a paixão no esporte é igual. Quando se perde a inocência e ingenuidade, sabe-se que um time de futebol, especialmente nos dias de hoje, existe muito mais para alimentar os egos que gravitam ao seu redor e para render dinheiro para jogadores, empresários e, muitas vezes, também para os egos que gravitam ao seu redor.
Houve um tempo em que jogador jogava por amor a camisa. Hoje estes existem, mas são raros. Houve tempo em que dirigente era dirigente para conseguir vitórias para seu clube de coração e sua torcida. Estes eu já não tenho certeza que ainda existam, mesmo que raros. Houve um tempo em que a torcida, razão da existência de um clube, era ouvida e respeitada nos seus desejos pelos egos que gravitam ao redor do clube. Houve um tempo, e acreditem os mais novos, em que não se sentia a náusea que se sente hoje por muitas coisas que acontecem no futebol.
Pois apesar de tudo, a paixão, esta desgraçada, faz com que a gente não consiga se desvincular do time como seria o racional e o lógico. Assim, apesar de todos os desmandos da diretoria e de jogadores do Grêmio, apesar da volta do execrado Juarez a despeito do ódio que a grande maioria da torcida nutre por ele, apesar de tudo isto, continuamos olhando os jogos, torcendo por mercenários, vibrando com os gols e até sofrendo com eventuais derrotas. Claro que não com a mesma intensidade dos anos mais novos de nossa vida. Mas mesmo assim, ainda apaixonados pela camisa tricolor mais linda do mundo.
Sábado estava eu sentado na frente da tv torcendo pelo Juarez. Amanhã, de novo, estarei a postos. Até por isto, não vou largar o blog pelo tempo que gostaria. Para tristeza de muitos e alegria de uns poucos estou eu aqui de volta. Mas que o Juarez, o Pelaipe e o Odone andem na linha. Senão o pau vai pegar.