30 de outubro de 2015

Sala de Discussão #GRÊMIORÁDIOUMBRO

SALA DE DISCUSSÃO #GRÊMIORÁDIOUMBRO

A Grêmio Rádio Umbro, embora funcione em uma rádio de baixo alcance, já é segundo lugar em audiência nas jornadas do Grêmio.
Isto acontece por duas razões principais:

  1. A seriedade e qualidade da equipe que trabalha nas jornadas, sendo oficial mas não oficialista.
  2. A péssima qualidade profissional das equipes de jornalismo das rádios "profissionais" e "independentes."

A Grêmio Rádio Umbro, aliás, surgiu principalmente por causa da segunda razão apontada acima. A torcida gremista não aguenta mais as coberturas parciais e claramente direcionadas para engrandecer o outro lado e vilipendiar quase tudo que acontece no tricolor. Se isto acontece por falta de profissionalismo ou se acontece por pura e simples "venda de opinião" não se sabe e não interessa. Mas que é inegável é.
Parabéns e longa vida a nossa rádio.
Mas como o mundo não para, penso que está na hora do segundo passo. E este passo seria um programa de discussão das coisas do Grêmio. De gremista para gremista. Uma equipe permanente da rádio e mais um ou dois convidados diários: dirigentes, jogadores, torcedores.
Poderia ser uma única horinha, das 12:30 às 13:30 por exemplo. Para iniciar.
Seria bonito ver o estrago. Seria sim.

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A piada do ano

Quando alguém diz que o futebol não é sério, sempre aparecem profissionais da bola para discordar. Há muita gente honesta e profissional no futebol, mas há muitos malas também.
Nos países desenvolvidos os jogadores ganham muito bem mas tem, em contra-partida, muitas obrigações. Entre estas está, vejam só, a responsabilidade de carregar e cuidar de seus pertences nas viagens. Nem se discute, então, em ser assíduo aos treinamentos ou se preocupar em desenvolver cultura tática.
Já pelas bandas dos países "tropicais" o furo é bem mais embaixo. Jogadores são mimados e paparicados como se fossem debiloides. Tem todos os direitos e reclamam se aparece algum dever. Dirigentes gastam à rodo e depois vão para casa sem nenhuma preocupação com o rastro de destruição que deixaram para trás.
E gostam também de fazer piada acreditando que estão falando sério. Como esta que foi feita esta semana pela direção do Santos.
O Grêmio quer o Galhardo? Simples, nos deem o Geromel que fechamos na hora.
O pior é que o autor da proposta vai para casa e consegue olhar para os filhos sem sentir vergonha.

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O time para a reta final

Há bastante apreensão na torcida tricolor com esta reta final do campeonato. Os dois últimos resultados, especialmente a derrota para a Chapecoense deixaram muito torcedor assustado e alguns até histéricos.
Lembram do ano passado, quando o time perdeu a vaga para a Libertadores nos últimos jogos. E são lembrados disto todos os dias pela imprensa "profissional", especialmente pelo tristemente famoso Mortadela. Um dia a história real deste elemento virá à tona, mas por enquanto deixemos assim.
Pois no ano passado o Grêmio nunca esteve 6 pontos na frente do quarto colocado. Além disto, embora os resultados não tão animadores, faz várias rodadas que mantém a diferença, o que significa que os concorrentes também estão rateando.
Final de campeonato é aquele momento em que os que estão na frente querem chegar na frente e os que estão lá atrás fazem qualquer desespero para não cair.
O que preocupa mais, ao menos para mim, são as lesões que apareceram agora. E pior do que as lesões é o fato de que elas atacaram jogadores chaves do Imortal.
Maicon e Luan são quase imprescindíveis e, para piorar, não tem reservas com as mesmas qualidades e mesmo com as mesmas características.
O time tem outra dinâmica quando eles não jogam. A bola sai menos limpa de trás e não fica muito tempo na frente. Para piorar, Roger, que começou tão bem, parece ter sido acometido da doença que ataca todos os treinadores: a soberba e a crença de que tudo que inventa dará certo.
Por alguma razão começou a mexer no time que vinha bem para acomodar primeiro o Fernandinho e depois o Bobô. Com Bobô foi ainda pior. Ele mudou o esquema e a forma de atuar do time sem ter tempo para treinamento.
O (mau) resultado se pode ver em campo.
Mas tudo que está ruim pode piorar. Agora chega a notícia de que Schuster será o substituto de Maicon. O que é que Schuster fez até agora para merecer esta chance? E na reta final? E em um jogo quase decisivo?
Pensa bem Roger. Não gasta os créditos que ganhaste em cassino, que estes, sabe-se dificilmente são recuperados.

28 de outubro de 2015

Volte algumas casas, Roger


O esquema não favorece Bobô. A bola não chega como deveria.

O ano de 2015 se arrasta para o final, e como sempre, já começou a caça às bruxas.
De novo, nenhum título.
Mais um ano em branco, na seca.
Realmente é um fenômeno isso que acontece. Poderíamos ganhar um prêmio por conseguir não vencer nem mesmo o Gauchão. Olha... tem que ser craque para conseguir desviar esse título por tantas vezes seguidas. Se bem que, pensando melhor, caiu na área adversária aquela é pênalti!!!!!
E há quem geme e vocifere ($$$$$$$$$) todos os dias contra a Sul-Minas-Rio porque poderá esvaziar o glorioso. É patética a blitz que certa emissora faz diariamente contra a Liga.
Está ficando feio, senhores! Disfarcem um pouco para não cair no ridículo.

Pois então, vou ter que lembrar a Roger que foi sem Bobô plantado na área que o seu Grêmio teve os melhores momentos. Não tem Luan, vai de Éverton. Até mesmo Máxi de atacante dá resposta melhor que o centroavante. Bobô não está se encaixando nesse esquema montado pelo técnico. Para começar, ele precisa de cruzamentos na área, justamente uma das deficiências do time. De cada dez bolas alçadas na área, 1/2 é aproveitável. Desse jeito, nem André Catimba,Alcindo e Jardel fariam milagres. Sem conseguir cruzamentos qualificados, centroavante aipim não vinga. Assim, temos jogado com dez e
ouso dizer ao Roger, "volte algumas casas e retome o esquema inovador".  Sabemos que a intenção é surpreender o adversário que já teria "descoberto a maneira do Grêmio jogar".
Mas a mudança tentada não rendeu frutos e está nos deixando nervosos. Não estou escrevendo nenhuma novidade. Seu Algoz já postou aqui na semana passada: "Não seja Bobô, Roger"

E por falar em Máxi, tenho quase certeza de que seu lugar e de segundo atacante. Suas características são de atacante. É perto da área adversária que ele mostra seu futebol. Seus dribles de entortar zagueiro, já lhe deram vários gols. Sem falar que É O MELHOR chutador do time. Ele sabe chutar e sua pontaria é a mais certeira. Quem melhor que ele  fez belos gols chutando de fora da área?  Eu apostaria lhe dando uma chance para fazer o papel de Luan.
Algumas vezes a solução para um problema está debaixo do nosso nariz e nem percebemos.

26 de outubro de 2015

Carlos Josias no Grêmio 100 mil

Diante de tanta chorumela e da raiva despropositada observada nos comentários do blog e das redes sociais pensava em escrever sobre a situação.
Mas li o post abaixo do Josias no Grêmio 100 mil e, diante da concordância dele republico aqui. O original está neste link.

Boa leitura e melhor reflexão.

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CONSIDERANDO(S). RESULTADO. TORCIDA, REDES E O COCORICÓ DA MÍDIA.

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07








Considerando que o jogo foi no Maracanã, contra clube grande e de tradição, o empate foi muito bom resultado.
Considerando a campanha recente do Vasco, o resultado foi muito bom.
Considerando que o Vasco luta com todas as forças para sair da zona de rebaixamento, que conta com apoio maciço de várias forças para isto e que vencer era imperioso a ele, o resultado para nós, foi muito bom.

Considerando a campanha geral do Vasco neste Brasileiro, o resultado foi ruim.
Considerando o time do Vasco que é muito frágil, o resultado foi ruim.

Considerando que estamos na reta final e agora não dá para titubear, e que era o momento de livrar pontuação e solidificar gordura, o resultado foi ruim.
Considerando as aproximações e no momento em que ocorrem, o resultado foi perigoso e gera preocupação.

Considerados de lado, preocupa como irá reagir o Grêmio com confrontos severos daqui para o final e como suportará, Roger em especial, a pressão que vai haver.
Calcula-se, pelas pesquisas (Ibope de 2014), que a torcida do Grêmio em todo o país estaria em mais de 6 milhões, alguns dizem que hoje chegaria a 7.

Incluindo este ´considerando`, as redes sociais, como o Twitter, não a representam, e somados todos os Gremistas atuantes nela o percentual diante do todo beira ao ridículo. Já ficou bastante comprovado que rede social ajuda, mas não lota estádio, complica, mas não destrói o time, faz barulho mas não ganha eleição. O Oficialismo ou a Corneta e a Crítica podem ajudar ou complicar mas não são decisivos.

Infelizmente o mesmo não se diz da mídia, que exerce uma insistente pressão e se disfarça em defensora dos interesses do torcedor, o que é uma retumbante mentira, ela na verdade caça audiência para gerar anunciantes em troca do vil metal. Isto na realidade está sendo descoberto pouco a pouco e cada vez mais ela irá exercer menos influência no que, aqui sim, as redes têm cumprido um papel importante neste 4o império e tem ajudado muito a mudar o panorama e diminuir a pressão.

Mas aqui na terra de dois ela ainda canta alto, não mais de galo, mas faz cocoricó enjoado. Começou forte na coletiva do Treinador.

Os Sopradores de Tumba possuem muito menos relevância do que supõe, 5, 10, 20,30, 40, 50 mil seguidores, ´considerando` tb que uns seguem os outros, faze parte daquele percentual irrisório em meio a 6 milhões, são nada falando de tudo mas não alcançam todos. O problema são as Galinhas. Se Roger segurar a Galinhada, chegamos lá. Mas há que se estar atento e forte.

Saudações tricolores

Avalanche Tricolor: mais um ponto ganho no caminho para a Libertadores

Vasco 0 x 0 Grêmio
Brasileiro – Maracanã

Por Milton Jung

Giuliano é um dos talentos gremistas (foto site oficial do Grêmio)
Giuliano é um dos talentos gremistas (foto site oficial do Grêmio)

Futebol de resultado foi expressão cunhada para explicar o jogo jogado por times que tinham como meta marcar pontos a cada partida e a qualquer preço, e neste “qualquer” cabe o anti-jogo, a cera e o poder defensivo se sobrepondo as demais possibilidades.

Outro lugar comum que empesta o discurso futebolístico é o tal de jogar com o regulamento embaixo do braço, muito usado para justificar o desempenho de times que podem até se satisfazer com uma derrota desde que esta não lhe tire a classificação.

Pautar-se por essas estratégias é sempre muito perigoso. É irritante! Apesar de já termos sido obrigados a encarar essa realidade em outras temporadas.

Hoje é diferente.

O Grêmio, a seis rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, está com sua classificação para a Libertadores praticamente decidida. Mesmo que matematicamente ainda existam riscos, é pouco provável que algo desastroso aconteça na nossa caminhada que tem como objetivo maior a candidatura para a conquista do terceiro título sul-americano.

O resultado obtido nesse fim de tarde de domingo ficou de bom tamanho para quem já decidiu qual é a sua meta na competição. Com o empate fora de casa e contra adversário que luta desesperadamente para sobreviver, mantivemos distância segura dos times que vem atrás e consolidamos a posição que nos dá uma vaga direta a Libertadores.

Escrevo com esta tranquilidade porque embaixo tem muita gente se engalfinhado ainda sem saber qual será seu destino, enquanto nós seguimos firme e forte lá no alto. Mais do que isso: o futebol planejado por Roger é ofensivo sem abrir mão da sua força defensiva; o time montado por ele tem jogadores de talento que surgem dos dois lados do campo, movimentação lógica na transição da defesa para o ataque e um passe com precisão acima da média. E temos, claro, uma baita goleiro!

Mesmo diante dos altos e baixos apresentados nas últimas rodadas, às vezes dentro de um mesmo jogo, o Grêmio está sob controle. Isso não significa que esteja pronto e acabado. Há carências que precisam ser supridas, mas a posição no campeonato permite que o técnico e a diretoria façam essa avaliação e possam planejar a temporada de 2016. Então, não me venham com esta de futebol de resultado ou regulamento embaixo do braço. O que o Grêmio joga hoje é um futebol qualificado.

25 de outubro de 2015

Daniel Matador - Só um pontinho no potreiro carioca

Vasco 0 x 0 Grêmio

Caros

O jogo servia para duas coisas: consolidar cada vez mais a presença do tricolor na Libertadores 2016 e jogar mais uma pá de terra na cova do Vasco da Gama. Grohe, mesmo ainda não estando na plenitude, volta a ocupar a titularidade no gol. Thyere entrou no lugar do indisponível Geromel e Pedro Rocha iniciou o jogo no lugar de Luan, foi poupado pelo DM. Registre-se o Maracanã com campo muito judiado por conta dos jogos constantes que lá ocorrem.

O jogo foi dureza.


Primeiro Tempo: Vasco 0 x 0 Grêmio

O condicionamento da arbitragem começou a fazer-se sentir logo a 2 minutos de jogo, quando Walace fez uma falta normal de jogo, sem violência alguma (o famoso ombro-a-ombro), e levou cartão amarelo. Aos 6, grande jogada de Douglas à frente da área, mas Marcelo Oliveira recebeu na ponta e cruzou bisonhamente. Aos 12, bom cruzamento de Galhardo, com Rodrigo Refri quase marcando contra e mandando para escanteio. Aos 17, baita jogada trabalhada entre Marcelo Oliveira e Bobô, que quase marcou. Aos 23, uma jogadaça que terminou com cruzamento rasteiro de Walace e Bobô quase marcou novamente, desta vez de carrinho.

Aos 27, Oliveira avançava pelo meio, com Bobô e Giuliano nas pontas contra 3 defensores vascaínos, porém foi preciosista e perdeu a jogada. No minuto seguinte, chutaço de Nenê e grande defesa de Grohe. Aos 31, um petardo de Andrezinho de fora da área que passou perto. Aos 36, outro grande lance de Nenê, que chutou de fora da área para boa defesa de Grohe. Aos 38, Rodrigo Refri acabou recebendo uma bola de frente para o gol. Como é zagueiro (e tosco), deu um chute na lua. Aos 41, falta perigosíssima contra o Grêmio, com a bola sendo desviada e batendo no travessão. Aos 43, Bobô meteu bola de 3 dedos para Douglas, que invadia a área mas foi desarmado no último instante. E mais não teve, com o árbitro encerrando o primeiro tempo aos 47 minutos com o placar fechado.




Segundo Tempo: Vasco 0 x 0 Grêmio

O time voltou para o segundo tempo sem modificações na escalação. Aos 2 minutos, Grohe já encaixava uma defesa. E aos 5 Grohe literalmente salvou aquele que seria o gol que abriria o placar, em chute colocado de Nenê. Aos 9, Giuliano fez excelente conclusão em chute de voleio, com o goleiro vascaíno salvando para escanteio. Aos 12, Maicon deu um pataço de fora da área e quase marcou. Aos 19, Everton entrou no lugar de Bobô, modificando assim o sistema de ataque. Aos 21, Douglas lançou bola que chegou livre para Everton e Pedro Rocha, que conseguiram a proeza de se auto-atrapalharem e desperdiçarem uma das melhores chances de marcar em todo o jogo.

Aos 25, em grande jogada individual, Maicon invadiu a área pelo lado direito, mas Martin Silva acabou fechando o ângulo e impedindo o gol. Nesse mesmo lance, Maicon sentiu e acabou saindo para a entrada de Moisés. Aos 33, Douglas saiu para a entrada de Fernandinho. Aos 41, bom chute de Galhardo, rebatido pela defesa e com Everton tentando uma bicicleta no rebote, sem sucesso. No minuto seguinte, boa jogada de Everton pela esquerda, com Fernandinho cabeceando para fora na sequência. Aos 45, mais um chute perigoso de Nenê encaixado por Grohe. Aos 48, um contra-ataque que poderia ser mortal foi desperdiçado por Giuliano. E o jogo encerrou com o placar fechado.





Como jogaram:

Grohe: seu retorno serviu para devolver tranquilidade ao gol tricolor. Fez uma defesa dificílima no início do segundo tempo, além de várias outras intervenções importantes. Nota 9
Galhardo: fez uma partida muito fraca. Teve até chance de marcar e acabou sendo indolente. Nota 3
Thyere: teve a missão de substituir o melhor zagueiro do campeonato, Pedro Geromel. Não comprometeu e mostrou que pode ser útil ao grupo. Nota 7
Erazo: conseguiu bons desarmes contra os atacantes vascaínos. Nota 7
Marcelo Oliveira: foi mais incisivo do que nas últimas partidas. Mas precisa melhorar mais nos cruzamentos e, infelizmente, tem pouca vitória pessoal sobre os marcadores. Nota 5
Walace: levou um cartão amarelo no início do jogo (desta vez, injustamente) e jogou bem abaixo do que já mostrou anteriormente. Nota 4
Maicon: sua presença dá outra dinâmica ao meio de campo tricolor. É peça chave no time de Roger. Espera-se que a lesão sentida durante a partida não seja grave. Nota 7
Douglas: boas jogadas e pifadas. Participou bem de quase todo o jogo. Saiu para a entrada de Fernandinho. Nota 7
Giuliano: correu bastante e deu um belo arremate que quase resultou em gol. Mas poderia ter feito mais. Matou um contra-ataque que poderia ter garantido a vitória no último lance do jogo. Nota 5
Pedro Rocha: não conseguiu produziu muita coisa em termos ofensivos. Na melhor chance, atrapalhou-se com Everton e perdeu uma grande possibilidade de marcar. Nota 3
Bobô: muito participativo, porém sem conseguir ser incisivo a ponto de decidir. Foi substituído por Everton. Nota 5

Everton: entrou no lugar de Bobô e tentou alguns avanços. Foi agressivo, como é sua característica, mas teve pouco tempo para atuar. Nota 6
Moisés: entrou no lugar de Maicon e deu conta do recado. Nota 5
Fernandinho: entrou no lugar de Douglas e teve até chance de marcar, mas não brilhou. Nota 3

Roger: montou um esquema que não conseguiu produzir muita coisa em termos ofensivos. Desconte-se o fato de que não contava com Geromel e Luan. Nota 6

Arbitragem: Marcelo Aparecido de Souza, além de amorcegar o quanto pôde, evitava ao máximo dar cartões ou faltas ao time do Vasco. Mostrou cartão amarelo para um vascaíno aos QUARENTA minutos do segundo tempo. Uma piada.

Era um jogo para vencer, visto que o Vasco mostrou até agora ser um time batível. Mas o Grêmio acabou não sendo agressivo como deveria e trouxe apenas um ponto do Rio de Janeiro. Agora, é tratar de garantir a vitória contra o Flamengo na Arena no próximo domingo. A Libertadores continua na mira.

Saudações Imortais

21 de outubro de 2015

Uma lição na hora certa

Dias depois de todos já pitaquearem a torto e direito sobre os motivos da derrota do Grêmio para a poderosa Chapecoense (sim, goleia times de ponta) , vou dizer o que eu acho em alto e bom som:
O Grêmio perdeu a partida de domingo porque pensava que o jogo estava ganho e relaxou no segundo tempo.
Punto e basta.

Salto agulha só serve para furar a pelota.

Alguns chamam isso de salto alto, moloidice, prepotência, ou seja lá o que for.
Mas o que eu vi na Arena foi um Tricolor ganhando com  folga e dominando amplamente o time catarinense no primeiro tempo. Tanto domínio que  a probabilidade de pensar em uma virada era de 0%. Era jogo tão jogado, que no intervalo fui comer cachorro-quente e mandar mensagens pelo whatsap para amigos.
Sim, senhores, nunca me desconcentrei tanto durante o intervalo em um jogo do Grêmio. Já eram favas contadas e nem emoção tinha mais...
Porém, eu só não contava com a mesma atitude dos jogadores. Assim como eu dei o jogo por jogado, tenho 100% de certeza de que o mesmo aconteceu com o time, apesar do alerta do técnico Roger, na volta para o campo, confessados por Maicon em entrevista. Em determinada altura da competição, os atletas gremistas afrouxaram na marcação e diminuíram o ritmo. A Chapecoense , que já mostrou que de boba não tem nada, adorou a deixa e foi com tudo para cima. Só podia acabar do jeito que vimos.
No final, há tempos não ouvia uma vaia correr tão livre, leve solta.

Mas sabem o que eu acho?
Foi uma LIÇÃO que chegou na hora certa para todos. Não havia momento mais adequado para levar essa muito merecida chibatada no lombo. E como foi!!!!
Os jogadores aprenderão na marra que a concentração deve ser total do INÍCIO ao FIM dos noventa minutos , seja qual for o adversário. Futebol não é matemática e convém sempre estar preparado para prováveis surpresas.
Roger aprenderá que, apesar de ter um futuro muito promissor, ser inteligente e estudioso, ainda não é o melhor em atividade e ainda tem muito feijão pela frente para saborear. Não deve se deixar levar pela vaidade e nem pelos elogios que são fartos no momento das vitórias.

A direção levará desse episódio a certeza de que para 2016 reforços, obrigatoriamente, terão de vir se quiser comemorar títulos.
E eu, aprendi que minha mobilização tem que ser durante os 90 minutos. E não usar o intervalo para ficar trocando receita de bolo com as amigas.

Enfim, o jogo de domingo contra a Chapecoense foi um belo tiro no pé e que o episódio sirva de alerta a todos. Não se deixem levar pela balela de que times de menor expressão são batíveis a qualquer dia e hora.
Isso é uma rotunda e descarada mentira, nunca esqueçam!
Todos sabem disso, mas todos sempre incorrem no mesmo erro. Seja por prepotência, seja por desconcentração.
E quando isso ocorre, o resultado nunca é bom.
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Nova rede conveniada
        Em apenas 40 dias de atividade, a nova plataforma de benefícios do Grêmio registra forte adesão dos sócios à rede conveniada do Tricolor. A ferramenta, disponível pelo endereço gremio.convenia.com.br, tem como objetivo aprimorar a forma de o Clube se relacionar com os seus associados. "Um estudo sobre o perfil do sócio gremista nos fez buscar parceiros que atendessem as preferências e as necessidades do associado. De 150 convênios, saltamos para mais de 600 campanhas promocionais em diversos parceiros, canais de venda e localidades", afirma o executivo de marketing do Grêmio, Beto Carvalho. A mudança é visível no próprio interface da ferramenta, que possibilita uma rápida identificação dos convênios e acesso aos produtos.
        Desde o seu lançamento, no dia 08/09, foram mais de oito mil sócios impactados pelo novo sistema, 10 mil visualizações, cinco mil vouchers emitidos, totalizando cerca de 300 mil reais de descontos.
Os benefícios têm abrangência nacional e são exclusivos para os associados que estiverem com as suas mensalidades em dia. As vantagens incluem abatimentos no valor de ingressos para cinemas, teatros, além de descontos em livrarias, táxis, faculdades, cursos de idiomas, artigos esportivos e outros.
      Entre os parceiros do clube de vantagens gremista, destaque para as campanhas do Autódromo de Tarumã, que oferece 10% desconto na corrida de kart, Dado Bier e Dado Garden, Empório da Cerveja, Hotel Urbano e Cinemark.
         Para participar, os sócios deverão acessar o site gremio.convenia.com.br, fazer a ativação do seu CPF e descobrir um novo mundo de oportunidades. Mais informações na Central de Atendimento do Quadro Social, pelo e-mail atendimento@gremio.net ou no telefone (51) 32182000.
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Ouçam a Mesa de Bar do Grêmio com a participação, do Daniel Matador, dos permanentes Anderson Kegler, Fane Inbox e Rodrigo aqui neste link,

20 de outubro de 2015

Não seja Bobô Roger


Pois depois de grandes momentos do time, com Luan de falso nove e sem um centroavante de referência, Roger resolveu mudar.
Não se sabe se por interferência de alguns corneteiros internos ou se levado pela soberba que acomete 13 de 10 técnicos de futebol.
Mas de repente ele decidiu que precisava criar novas formas de jogar.
O resultado se sabe: Pedro Rocha, que perdia gols sim, mas ajudava a abrir as defesas com sua movimentação perdeu a confiança e o futebol, e o time, desacostumado a jogar com um cara fincado na área adversária, não sabe como fazer a bola chegar lá para que este seja útil.
Roger é um sujeito espetacular, inteligente e sério. Com absoluta certeza logo estará entre os maiores técnicos do Brasil e, quem sabe, do mundo. É treinador para muitos anos e muitos títulos.
Mas não pode e não deve ratear agora. Que deixe para experimentar novas formas de jogar na Sul-Minas e no noveletão.
Garantir o terceiro lugar no Campeonato Nacional é fundamental para que 2016 seja um ano muito melhor.
Nada de experiências novas ou revival de experiências fracassadas.
Não seja bobô Roger, que a casa pode cair e aí vai ser difícil explicar o que houve.

19 de outubro de 2015

Avalanche Tricolor: um resultado que não muda absolutamente nada

Por Milton Jung



Grêmio 2 x 3 Chapecoense
Brasileiro – Arena Grêmio


Walace é um dos novos talentos em busca de experiência (foto do álbum do Grêmio Oficial no Flickr)
Walace é um dos novos talentos em busca de experiência
 (foto do álbum do Grêmio Oficial no Flickr)

Há algumas rodadas ensaiei, nesta Avalanche, contagem regressiva para o título, uma aposta de que teríamos condições de, em uma arrancada fulminante, atropelar os adversários que estavam à frente, baseada no futebol qualificado que temos apresentado neste campeonato. Claro que era muito mais uma ação inspirada na crença do torcedor do que na lógica da competição, a medida que os times que brigam diretamente pelo título vêm mostrando muito equilíbrio e maturidade em suas atuações até aqui. Precisaríamos contar com o acaso, com a sorte, com tropeços inesperados, além de nos apresentarmos com desempenhos bem acima da média – sem isto, aliás, nada seria possível.

Foi também aqui nesta Avalanche que compartilhei com você, caro e raro leitor, o prazer de assistir ao time do Grêmio em campo por seu futebol envolvente, troca de passes precisa, movimentação veloz de seus jogadores, domínio do jogo graças a posse de bola, e bola possuída graças a marcação eficiente. Coisa bonita de se ver, que há muito não se via no time gremista.

O Grêmio cresceu muito rapidamente de produção nesta temporada e se transformou desde a chegada de Roger, em maio. Algo surpreendente devido a contenção de despesas e carência de contratações. Diante disso, é justificável que alguns de seus talentos reflitam em campo a falta de experiência e apresentem desempenho com oscilação, especialmente nos momentos decisivos. Aceite ou não, a inteligência emocional influencia no esporte. Portanto, como também já havia escrito por aqui, entendo que alguns resultados negativos têm de ser postos na conta da falta de maturidade de um time que vem sendo construído com jovens talentos.

Sei que alguns de nós vamos explicar o revés deste fim de tarde de domingo culpando este ou aquele jogador, identificando falhas nas escolhas feitas pelo técnico ou na postura adotada pelo time no segundo tempo, mas quero deixar claro, em alto e bom som (se é que isso fosse possível em um texto escrito), que a derrota nesta rodada não muda absolutamente nada na minha forma de pensar e ver o Grêmio jogar. Aliás, não muda nada na trajetória gremista para conquistar o que realmente sonhamos conquistar: a Libertadores no ano que vem – quando, então, teremos um time com mais quilômetros rodados e, portanto, com experiência para saber “matar” com um jogo no qual conseguiu colocar dois gols de vantagem sobre o adversário.

18 de outubro de 2015

Uma derrota ridícula

Grêmio 2 x 3 Chapecoense

Primeiro Tempo: 2 x 0

Maicon bateu mal a gol antes do terceiro minutos depois de passe de Douglas. Foi a primeira chance do Imortal. Depois das chuvas que desalorajam milhares de pessoas tinha um  sol pálido na Arena.
Enquanto eu escrevia a primeira frase, Douglas deu um bago de fora da área sem chances para o goleirão. Era o 1 x 0.
Os chapecoínos não se intimidaram e mandaram uma bola na trave aos 8 minutos. Jogo quente. E chegaram de novo com perigo aos 11 minutos. A bola passou raspando para fora.
E em ataque do Grêmio o zagueiro salvou com a mão, mas o juizão, famoso por prejudicar o tricolor não deu nada. No meu critério não seria pênalti mas nos critérios dos juízes seria. Claro que não vale em jogo do Grêmio.
Bobô bateu forte para fora aos 13:30 minutos.
Galhardo deu um chapéu no zagueiro e na sequência Bobô errou o gol aos 18 minutos. 
Douglas jogava muito e armava grandes jogadas.
O jogo continuou com domínio tricolor mas sem jogadas efetivas de ataque.
Galhardo bateu falta por cima do gol aos 28 minutos.
Aos 30 minutos Bobô errou o gol em cobrança de escanteio.
Mas não errou aos 34 minutos. Cruzada de Galhardo que achou o centroavante dividindo com o goleiro. 2 x 0. O goleiro da Chapecoense se machucou no lance e teve de ser substituído.
Aos 42 minutos os oestinos catarinenses assustaram com um chute forte de fora da área que passou por cima.
Douglas entregou um contra-ataque aos 43 minutos e Geromel teve de fazer falta de cartão. O terceiro e está fora contra o Vasco. Na cobrança escanteio. E no escanteio Galhardo salvou o gol no risco da meta.
E nada mais aconteceu.
.....

Um primeiro tempo muito bom. Um gol no início para tranquilizar.
O controle do jogo e a construção do segundo gol para deixar ainda mais tranquilo.


Segundo Tempo: 0 x 3

O mesmo time voltou para o segundo tempo. E trouxe junto a mesma disposição.
Aos 6:30 minutos quase gol da Chapecoense. A zaga mandou para escanteio. Um lance para acender o sinal de alerta.
Alerta que pareceu não acender e o tricolor continuou troteando. Até Erazo fazer um pênalti aos 10 minutos. E o placar diminuir para 2 x 1.
E quase que os chapeconautas empataram aos 14 minutos com um chute forte de fora da área que passou raspando. E quase empataram de novo um minuto depois. O chute saiu para fora. E de novo quase empataram aos 17 minutos.
O primeiro ataque bom do Grêmio foi aos 19 minutos mas Luan não dominou quando ficaria livre na cara do gol. Na sequência Pedro Rocha entrou no lugar de Bobô.
Aos 20 nova chegada com perigo dos chapecolhanos.
Com 23 minutos o tricolor não tinha uma conclusão a gol no segundo tempo contra 6 dos verdoengos oestinos.
O placar estava apertado mas mesmo assim os jogadores do Imortal continuavam com as firulas desnecessárias e improdutivas. E sem chutar a gol.
Yuri entrou no lugar de Luan aos 29 minutos.
Não bastasse o time jogar mal e o juiz começou a aplicar inventando faltas próximo à área do Grêmio.
Aos 32 minutos o primeiro bom ataque do Grêmio. No contra-ataque falhou a zaga e o time sofreu o empate. Muita falha do goleiro.
Pedro Rocha perdeu um gol aos 34 minutos. O goleiro fez grande defesa.
Roger, no desespero, colocou Braian.
Aos 43 minutos Douglas bateu falta que quase entrou.
Na sequência pênalti no Galhardo que o juiz não deu.
E entrevero que acabou com expulsão do zagueiro dos catarinas.
No fim o castigo merecido. Levar a virada em casa é vergonhoso.

.....

Um primeiro tempo muito bom com uma vitória que poderia ser ainda mais elástica.
Um segundo tempo ridículo onde faltou vontade mesmo depois de tomar o primeiro gol.

Inadmissível um time que busca algo mais entrar troteando como entraram no segundo tempo.
Estes jogadores não tem bola para jogar no toquinho improdutivo como se fossem craques fora de série.
Três pontos jogados no lixo, como se tem visto nos últimos anos.
Estes abostados tem de saber que só ganham quando jogam com seriedade.
_____

Como jogaram:

Bruno Grassi: Nenhuma defesa no primeiro tempo. Falhou vergonhosamente no segundo gol.  Nota 1
Galhardo: Salvou um gol na risca e cruzou para o gol de Bobô no primeiro tempo. Falhou no gol de empate. 
Nota 4
Pedro Geromel: Um grande zagueiro. O melhor do Brasil, disparado. 
Nota 8
Erazo: Firme no primeiro tempo
. E no segundo. Nota 6 
Marcelo Oliveira: Atuação discreta mas sem comprometer. Nota 5
Walace: Melhor volante de contenção do Brasil. 
Nota 7
Maicon: Voltou jogando muito. 
Nota 7
Giuliano: Quase não apareceu no primeiro tempo. E nem no segundo tempo. 
Nota 4
Douglas: Um golaço e grande atuação no primeiro tempo. Nada no segundo. 
Nota 5
Luan: . Apático, pouco fez no primeiro tempo. E fez menos ainda no segundo tempo.  
Nota 1
Bobô: No primeiro tempo um gol e mais nada. Saiu para entrar Pedro Rocha aos 20 minutos do segundo tempo. Pelo gol leva 
Nota 5. 
.....


Pedro Rocha (Bobô): Parece que entrouNota 0
Yuri Mamute (Luan): Dizem que entrouNota 0
Braian (Maicon): Não entrouNota 0

Roger: Não soube fazer o time manter a seriedade no segundo tempo. E mexeu mal. 
Nota 1
__________

Arbitragem:
Luiz Flávio de Oliveira (SP/FIfa), Rogério Zanardo (SP) e Miguel Ribeiro da Costa (SP) - Deu pênalti contra e não deu pênalti a favor. Normal.

17 de outubro de 2015

Daniel Matador - Consulte seu agente de viagens

Caros

Começa neste domingo o aguardado horário de verão. Particularmente falando, sempre gostei deste expediente. E os chatonildos que reclamam "ai, não consigo adaptar-me a esse horário" que vão catar coquinho. É só uma hora, pombas! Mas não duvido que tenha até mesmo "atletas" que venham a botar na conta do horário de verão algum desempenho pífio na rodada deste final de semana. E justamente por conta do horário de verão, algumas partidas terão uma leve modificação de horário. Como é o caso do confronto na Arena, que inicia às 17h.

O Grêmio receberá a Chapecoense em um jogo chave para suas pretensões, principalmente considerando a atual fase do campeonato. Se a vitória contra o Santos serviu para molhar o carimbo do passaporte, uma vitória contra o time catarinense servirá para fazer aquela ligação marota para o agente de viagens e perguntar sobre os pacotes para a América do Sul em 2016. A Libertadores sempre foi o chão do Grêmio e tudo caminha para que assim seja novamente.

Grupo treinou durante a semana e deverá manter a mesma formação que venceu o Santos.


Roger deverá mandar a campo uma equipe com Grassi no gol, tendo Galhardo e Marcelo Oliveira nas laterais. Geromel retoma a dupla de zaga com Erazo, mesmo em face da boa partida que Bressan fez contra o Santos. Walace e Maicon reeditam a dupla que originou as melhores performances defensivas do time neste ano. Do meio para a frente, Douglas, Giuliano, Luan e Bobô. Em tese, um time com formatação semelhante ao que venceu o Santos. Interessante para verificar e testar novamente esta formação tática com um atacante de maior presença na área.

A Arena terá a promoção do Outubro Rosa neste domingo. Quem estiver utilizando a camisa da campanha, paga somente R$ 20,00 no ingresso de cadeira no setor Gramado Sul. E também haverá o ônibus em frente à Rampa Oeste, o qual estará recolhendo donativos para os atingidos pelas chuvas destes últimos dias. Quem puder, vá à Arena. Além de apoiar o tricolor, ajude quem precisa.

Saudações Imortais

16 de outubro de 2015

Bastidores Grêmio x Santos

Avalanche Tricolor: a força do Grêmio na Era Roger

Por Milton Jung


Grêmio 1 x0 Santos
Brasileiro – Arena Grêmio


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Encerrado o primeiro tempo, os jogadores escalados para a entrevista fizeram sua análise sobre o resultado até aquele momento. O Grêmio já vencia por um a zero e surpreendentemente com um gol na cobrança de escanteio e de cabeça, coisa pouco comum na Era Roger – desculpe-me se batismo este momento desta forma, posso até estar parecendo muito entusiasmado, mas há motivos para acreditar que a mudança de comportamento e na forma de jogarmos futebol, que se iniciou com a chegada do técnico, em maio deste ano, perdure por um bom tempo.

Bressan, autor do gol, disse que sua conquista foi resultado do trabalho coletivo e, especialmente, do treino feito por Roger um dia antes da partida, na qual insistiu nas cobranças de escanteio. Fiquei surpreso, pois há algumas semanas ouvi do próprio treinador, em entrevista ao programa Bola da Vez, na ESPN Brasil, que, historicamente, o aproveitamento destes lances é baixo e com as características dos atuais jogadores gremistas não adianta ficar insistindo em bolas pelo alto. Mas Roger sabe que se os jogadores certos estiverem no lugar certo no momento certo, o gol pode sair por ali.

Renato, capitão adversário, além de sair de campo reclamando injustamente do árbitro que supostamente não havia marcado irregularidade no lance do gol, afirmou de forma categórica que o Santos já sabia que o Grêmio é forte na “bola parada” (expressão que uso entre aspas porque não concordo com ela). Deixou muito claro que estavam fazendo a leitura errada do jogo.

O Grêmio, apesar desta noite ter vencido com gol marcado após cobrança de escanteio, é forte na bola tocada, e não na bola parada.

Durante toda a partida, ao menos durante os momentos em que dominou a partida, o Grêmio, como sempre tem sido na Era Roger, tocou muito bem a bola de pé em pé, graças a velocidade com que seus jogadores se deslocam no gramado e a forma como conseguem se aproximar para dar opção de passe. É assim que o Grêmio impõem perigo ao adversário, que se não for capaz de conter este domínio de bola vai ser surpreendido com um atacante na cara do gol, como ocorreu desde os primeiros minutos do jogo de hoje. Como nem sempre essas jogadas resultam em gol, às vezes se transformam em escanteio e aí sim valem os treinos de posicionamento dentro da área, realizados por Roger.

O que quero dizer depois de toda esta ladainha é que apesar de o Grêmio ter vencido hoje com um gol de cabeça após cobrança de escanteio, o que faz o Grêmio superior aos seus adversários, ao menos superior a maioria de seus adversários, é a bola que corre na grama com precisão, velocidade e muita categoria. Isso faz o Grêmio diferente. A “bola parada” é apenas mais um detalhe.

Mas deixe que pensem ao contrário, pois enquanto continuarem querendo impedir gols de “bola parada” continuaremos vencendo com a bola (muito bem) tocada.

15 de outubro de 2015

Daniel Matador - Molhando o carimbo do passaporte

Grêmio 1 x 0 Santos



Caros

A saudade de um jogo na Arena era gigante. Mas parecia que São Pedro, aquele velho sacana, quis avacalhar com tudo e resolveu despejar toda a água acumulada do céu sobre o Rio Grande do Sul nas últimas 48 horas. Só que nem isso foi suficiente para aplacar a sanha de uma horda de gremistas que despacharam-se para o Humaitá para ver o tricolor pisar novamente no gramado para lutar por sua posição no G3.

Roger efetuou algumas mudanças no time, sendo que algumas foram ocasionadas por lesão (como o caso de Grohe, que contundiu-se a serviço da seleção e é desfalque), outras por opção técnico-tática (caso de Pedro Rocha, escolhido para ficar no banco para que novas possibilidades táticas pudessem ser exploradas) e até mesmo por contingências diversas (caso de Erazo, que foi liberado para resolver questões de ordem pessoal no Equador). O time entrou em campo com Bruno Grassi no gol, tendo Galhardo e Marcelo Oliveira nas laterais. A zaga contou com Geromel e Bressan, este último entrando no lugar de Erazo pelas razões já expostas. O capitão Maicon retornou depois de algum tempo no DM, formando a dupla afinada com Walace que garantiu alguns dos melhores momentos do time no campeonato. Completando a equipe, Douglas, Giuliano e Luan, com Bobô encabeçando o ataque, em uma clara tentativa de testar o que foi treinado durante estes 10 dias de treino.


Primeiro Tempo:  Grêmio 1 x 0 Santos

Em menos de 30 segundos o Grêmio já chegava em chute cruzado de Luan, espalmado para escanteio pelo goleiro santista. Menos de um minuto depois, Douglas deu um toque de letra para Marcelo Oliveira, que lançou para Giuliano, com este último desperdiçando excelente oportunidade. Aos 7, Marquinhos Gabriel desferiu perigoso chute, porém Grassi estava na jogada e a bola subiu demais. Aos 9, Lucas Lima tentou se criar, mas parou em Geromel, que matou a jogada com falta. Na cobrança, bola na trave direita de Grassi. Antes dos 15 minutos, um fato digno de registro: por milagre, o árbitro deu cartão amarelo para o goleiro do Peixe por fazer cera. Aos 18, Galhardo cobrou escanteio e Bobô, mesmo sob marcação forte, apareceu para cabecear perigosamente, com a bola passando próximo à trave.

O Grêmio dominava o jogo com mais de 60% de posse de bola e vários lances de ataque. Até que, aos 26, após excelente cobrança de escanteio de Douglas, Bressan cabeceou de forma certeira para abrir o placar. Aos 38, ótimo lançamento de Geromel para Bobô, que dominou no peito e avançou, porém a bola correu demais. Aos 42, boa defesa de Grassi em chute paralelo do ataque do Santos. Aos 45, blitz gremista na área santista, com a defesa tirando do jeito que dava. E a primeira etapa encerrava com vitória parcial do tricolor.


Segundo Tempo: Grêmio 0 x 0 Santos

Aos 5, Giuliano tentou chute colocado quase no bico da grande área. Aos 9, cobrança de falta do Santos, rechaçada de forma competente por Geromel. Na sequência, jogada tramada e arremate do ataque santista, com a bola indo para escanteio. Aos 15, Pedro Rocha entrou para saída de Bobô, Aos 16, Grassi antecipou-se bem para impedir ataque do Santos. Em seguida, Douglas quase conseguiu grande chance, mas a bola espirrou e sobrou para Giuliano, que chutou forte por cima. O time do Santos adiantou a marcação e passou a ocupar mais espaços no campo de ataque. Aos 19, Lucas Lima chutou, a bola desviou e Grassi, atento no lance, mandou para escanteio. Na cobrança, o arqueiro tricolor afastou de soco, sofrendo carga no lance, o que demandou atenção médica.

Aos 22, Pedro Rocha lançou Walace, que chutou e conseguiu um escanteio. Aos 25, Douglas tentou encobrir o goleiro e a bola passou muito perto. Um minuto depois, Pedro Rocha recebeu passe açucarado de Walace e por pouco não marcou. Aos 28, o mesmo Pedro Rocha dominou à frente da área, abriu e chutou com força, porém sem atingir o gol. Aos 33, Douglas saiu para a entrada de Maxi Rodriguez. A segunda etapa apresentou um futebol com ritmo bem menos intenso do que a primeira, tanto por parte do Grêmio quanto do Santos. Aos 40, ataque perigosíssimo da equipe santista, que conseguiu um escanteio. Aos 44, Luan saiu para a entrada do volante Moisés, em clara tentativa de segurar o resultado. Aos 45, Bressan salva um lance de carrinho, jogando para escanteio. A pressão do Santos era grande, com uma série de escanteios ao final do jogo. Mas a equipe de Roger soube administrar e vencer o jogo.

Como jogaram:

Bruno Grassi: houve um clamor de torcida e mídia para sua escalação. E, em princípio, tal clamor era justificado. Mostrou muito mais segurança do que Tiago e qualifica-se para ser o reserva imediato de Grohe. Nota 7
Galhardo: tentou alguns avanços, mas sem grande efetividade. No máximo, deu conta do recado. Nota 4
Geromel: não adianta, é o melhor zagueiro em atividade no futebol brasileiro. Jogou com muita categoria, o que já é uma rotina. Nota 8
Bressan: recebeu chance por conta da liberação de Erazo para tratar de assuntos particulares no Equador. E aproveitou muito bem, abrindo o placar com um gol de cabeça. Também teve boa jornada na defesa. Nota 8
Marcelo Oliveira: sem grande brilho, apesar da regularidade de sempre. Nota 5
Walace: é um jogador que, ao lado de Maicon, acaba crescendo de produção. Fez um primeiro tempo discreto, mas melhorou muito na segunda etapa. Nota 7
Maicon: ficou lesionado durante um bom período e sua ausência foi sentida. O time foi outro com ele, que administra o meio de campo como poucos. Nota 7
Douglas: cobrou magistralmente o escanteio que originou o gol de Bressan. Tramou boas jogadas, saindo no final por cansaço. Nota 7
Giuliano: junto com Douglas, armou as principais jogadas ofensivas do time. Decaiu no segundo tempo, apesar da vontade. Nota 6
Luan: pareceu mais perdido do que de costume. Não repetiu as boas jornadas de costume. Nota 5
Bobô: iniciou como titular e teve boa participação, chegando com perigo. Mas não fez gol, o que é o principal atributo de um bom centroavante. Nota 6

Pedro Rocha: entrou no lugar de Bobô para modificar a disposição tática do time. Teve boas chances e criou algumas jogadas interessantes no ataque. Nota 6
Maxi Rodrigues: entrou no lugar de Douglas, porém teve somente 15 minutos para mostrar alguma coisa. Mas não mostrou praticamente nada, o que é pouco para o que já conseguiu fazer em situações semelhantes. Nota 3
Moisés: a típica entrada somente para matar tempo. Sem nota

Roger: realizou vários treinamentos diferenciados durante os 10 dias de intervalo. Um dos fundamentos treinados para variar as opções táticas foi a bola parada. E justamente assim que saiu o gol de Bressan. Amarrou o jogo na segunda etapa e soube garantir o resultado. Nota 7

Arbitragem: a gloriosa CBF escalou para este importante jogo entre dois clubes que está nas primeiras colocações do campeonato um obscuro trio de arbitragem baiano. Muito natural, visto tratar-se da CBF. Entretando, Marielson Alves Silva (auxiliado por Elicarlos Franco de Oliveira e Marcos Welb Rocha de Amorim) surpreendentemente não comprometeu.

Era um jogo para já ir abrindo a almofadinha e molhar o carimbo do passaporte para a Libertadores 2016. E o Grêmio fez aquilo que era o necessário: venceu. Pouco importa o placar, e sim os três pontos na conta. A distância para o quarto colocado, neste momento, é de 9 pontos! A Libertadores do ano que vem é uma realidade cada vez mais próxima. Preparem seus passaportes tricolores.

Saudações Imortais

12 de outubro de 2015

Nada pode ser maior



Pois tem notícias que saem de Santa Catarina para cima e não tem nenhuma repercussão na aldeia de São Pedro.
Como esta neste link aqui ó.

Ser apenas o clube brasileiro com maior número de participação em decisões nacionais e internacionais não é coisa pouca.


Enquanto isto, o time formado pelos garotos está quase na final da Copa Walmir Louruz. O que mostra que eles podem encarar o ruralito com folga enquanto os titulares jogarem a Sul-Minas.
Hoje empatou em Caxias contra o Juventude.
O time que jogou foi este;

Léo; Wesley, Lucas Rex, Denilson e Junior; Arthur (Balbino), Kaio, Jeferson e Felipe Tontini (Nicolas Careca); Tilica (Iago) e Batista (Erick).

10 de outubro de 2015

Daniel Matador - Deu saudade, minha linda, deu saudade...

"Mês passado, minha linda, tu bem sabes
O temporal encheu o passo da cruzada
E o gateado, que não sabe o que é saudade,
Por cismado não cruzou o vau da estrada."


Trecho de "Por um abraço", de Jairo Lambari Fernandes


Caros

O que é pior do que ficar mais de uma semana sem jogo do Grêmio? Ficar mais de uma semana sem jogo do Grêmio e ter que aguentar chuvas torrenciais ininterruptas. E sem nenhum joguinho com os amigos, porque o clima acaba atrapalhando a vida de todos, inclusive encharcando os campos de várzea da região. Pois era isso, mais do que tudo, que afligia o pobre Acácio. Porque, mesmo trabalhando feito um condenado e com mil problemas para resolver, era no futebol que ele dava um jeito de extravasar as agruras da vida. Acácio era centroavante da escola antiga. Para ele, não importava como fazer gol. O importante era marcar.

Quando não conseguia jogar com os amigos, ao menos dava um jeito de passar na Arena para assistir seu Grêmio jogar. E todo o ritual do pré-jogo, nos bares com os amigos, fazia parte desta terapia. Os jogos de várzea e o "Dia de Grêmio" faziam com que Acácio não precisasse de psicólogo para enfrentar os percalços que todos têm. Mas aí, meio que de repente, os pulhas da CBF resolveram convocar Luan e Grohe para as seleções, paralisando o Brasileirão. E São Pedro botou a pá de cal quando inventou de despejar toda a chuva do ano durante este período. Os campos ficaram imprestáveis para a prática do futebolzinho amador.

Como a desgraça nunca é pouca e vem sempre acompanhada, na semana ainda teve um dia em que caiu granizo e o telhado da casa de Acácio ficou mais furado que a defesa do colorado em Gre-nal. E o pneu do carro furou quando ele voltava da ferragem, onde tinha ido comprar os itens para o conserto. Tudo aquilo só podia ser alguma praga. Sem Grêmio, sem Arena, sem futebol. E, pra arrematar, acontece toda essa engronha quando se aproximava o feriadão do Dia das Crianças, quando ele finalmente teria um raro dia de descanso.

Para a coisa ficar ainda pior, uma mensagem chegou via Whatsapp. Um dos amigos do futebol tinha indicado o nome dele para ajudar em uma ação no Dia das Crianças em parceria com uma entidade beneficente. Acácio até já tinha esquecido disso e estava com a cabeça cheia de coisas, mas promessa é dívida e ele nunca faltaria com sua palavra. Seu amigo falou que a pessoa responsável entraria em contato com ele para combinar os detalhes. E chegava agora a mensagem da uma tal de Carina, perguntando se ele estaria disponível para auxiliar com os pequenos no feriado do Dia das Crianças. "Lá se vai o meu feriadinho...", pensou o centroavante que rompia defesas e raramente saía de campo sem marcar o seu. Desta vez, ao invés do futebol, ele provavelmente ajudaria a servir refri para a festa da gurizada. Era bom também, ele sempre gostou de ajudar. Nem que fosse preparando os cachorros-quentes.

Carina então falou que fariam um evento diferente. Como a Arena do Grêmio estava com uma promoção para o Tour no Dia das Crianças, levariam algumas delas para conhecer o estádio. E aí o coração de Acácio bombou! E a saudade de rever a Arena, mesmo que não fosse em dia de jogo do Grêmio, falou mais alto que qualquer coisa. Prontamente colocou-se à disposição de Carina. Até que algo que ainda não havia reparado, por conta de estar com a cabeça em outro lugar, ocorreu. Ele deu um zoom na foto do perfil da moça e só então notou que ela era simplesmente linda! Uma loira de olhos verdes e que ainda trabalhava ajudando crianças. "O que eu estou pensando? Não tem possibilidade de uma deusa dessas me dar chance."

Mas aí ele lembrou que era centroavante. Centroavante que não tem confiança não faz gol. E então arriscou um chute para tentar abrir o placar, digitando freneticamente no teclado do smartphone: "Por um acaso tu vais fazer algo depois do tour na Arena com a gurizadinha?" Após alguns segundos de espera, Carina começou a digitar. E parecia que estava digitando uma carta, tão longos foram os segundos que se passaram. "Eu iria perguntar o mesmo para ti. Sabes se está passando algum filme bom no cinema?" Gol do Grêmio!!!

Acácio saiu para o pátio, onde continuava chovendo, e berrou bem alto, batendo no peito, como quando marcava seus gols na várzea. "Ah, São Pedro!!! Não adiantou mandar chuva pra destruir meu telhado e alagar as ruas! Vou voltar pra matar a saudade da Arena. Não importa que não tenha jogo do Grêmio. Dessa vez, quem vai marcar gol lá serei eu!"


Saudações Imortais

P. S.: nesta segunda-feira, Dia das Crianças, a Arena do Grêmio realmente estará com promoção. Crianças com até 12 anos, acompanhadas por adultos, não pagam. Aproveitem e, com chuva ou sem, matem a saudade.
Para saber mais, clique aqui: https://www.arenapoa.com.br/noticias/arena-do-gremio-realizara-tour-especial-no-dia-das-criancas

9 de outubro de 2015

Novela chata e repetitiva

Começou a novela chata das especulações de fim de ano. Esse enredo é tão repetitivo...
Erazo asssinou pré contrato com Estoril.
Santos pede R$ 5 milhões por Galhardo.
Geromel é assediado por 800 clubes da Europa.
Empresário de Roger diz que ele teve grande valorização como revelação.
São Paulo quer R$ 10 milhões por Maicon.
E assim vai...
Só falta dizerem que o pipoqueiro da Arena exige de Romildo Bolzan contrato longo e valorização salarial.

Tem que ter muita paciência para ler e ouvir tanta ladainha.

Mas para quem conhece o trabalho sério e competente da gestão Romildo Bolzan, tem certeza de que não será no grito que alguém levará vantagem.
Não adianta empresário, agente, pai, sogro ou avô tentar extorquir o Grêmio com propostas acima daquilo que o clube poderá pagar. Se não está satisfeito no clube, gracias por todo, ve con Dios!
Existem centenas de jogadores que pagariam para jogar no Imortal Tricolor. O próprio Erazo é um exemplo disso. Pagou do próprio bolso para seu clube liberá-lo para jogar em Porto Alegre.
Dos forasteiros do atual grupo , os únicos que acho que vale a pena tentar segurar, são Roger e Geromel.  Os outros são plenamente substituíveis. Nem vale a pena a torcida se desgastar com as fofocas da ivi que já tiveram inicio.
__________


Reportagem da globo.com hoje:

Conforme o presidente Romildo Bolzan Júnior, há cerca de 30 nomes em análise. O Tricolor revira uma lista com possíveis atletas tanto do mercado nacional quanto do sul-americano e europeu. O novo software desenvolvido pela alemã SAP (Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados), mesmo em fase de testes, já auxilia no mapeamento por meio do gerenciamento de informações sobre jogadores.

- Temos 20, 30 nomes em exame. Serão jogadores de todas as partes do campo, de defesa, de meio e de ataque. Nós vamos harmonizar o plantel com jogadores para todas as posições. Não vai mudar muito. Temos sete titularíssimos e quatro ou cinco muito titulares. E vêm mais cinco para brigar por titularidade também. A ideia é ter um plantel com 16, 17 jogadores neste nível - contou Romildo ao GloboEsporte.com.

- Nessa semana definimos o limite de nossas faixas salariais. Não por jogador, não por faixas, mas pelo volume da folha. O Grêmio vai ter volume de folha salarial com futebol que poderá ter tanto de gasto no mês. A partir daí, com saídas, entradas e custos, a gente vai ter um plantel que vai ser muito competitivo para a Libertadores e também para o ano inteiro. Vamos diagnosticar muito bem as aquisições que vamos fazer - salienta o presidente.

7 de outubro de 2015

Milton Jung: Foi um prazer conhecer Roger



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Conhecia Roger como ídolo da época em que jogava. Depois, como admirador pelo trabalho que vem realizando no comando técnico do Grêmio. A ESPN Brasil me ofereceu a oportunidade de ser apresentado pessoalmente a ele ao me convidar para entrevistá-lo no programa Bola da Vez, ancorado pelo polivalente Dan Stulbach, também meu colega de rádio CBN, e com participação do comentarista Mauro Cezar. Tanto quanto a conversa que foi ao ar na noite de terça-feira, o bate-papo que tivemos fora do programa foi enriquecedor.

Falamos muito de futebol, mas não somente sobre ele. Conversamos sobre momentos da infância e dificuldades superadas, que forjaram seu caráter e revelaram sua personalidade. Descobri um pai de família zeloso que, ao parar de jogar, entendeu que a mulher, dedicada a ele nos 17 anos em que esteve dentro de campo, merecia ter seu espaço para retomar a carreira profissional. Pai que não permite que suas meninas, com 7 e 9 anos, assistam à televisão sem que os programas sejam pré-selecionados. Nem entrega nas mãos delas computador e celular pois pretende manter o controle sobre o conteúdo que elas recebem.

Ao chegar na sala de espera da ESPN, Roger preferiu ficar em pé, posição que lhe oferecia mais conforto diante da dor provocada por três hérnias de disco que tendem a lhe incomodar, principalmente em momentos de pressão. Trata a situação com a mesma aparente calma que orienta seus jogadores no vestiário. Disse que jogar bola é sentir dor: “quando acordava sem dor, dava uma canelada no pé da cama, porque senão algo não estava normal naquele dia”.

Tentei descobrir o que o tirava do sério, pois mesmo na tensão do jogo tendia a falar baixo. No ar, falou pouco sobre o assunto. Fora dele, deixou claro que jogador desleixado o faz perder a paciência. A impressão que tive é que a falta de compromisso de alguns atletas, o remete a situações vividas no passado. Mesmo nessas situações, contudo, é capaz de refletir sobre sua reação, discute a situação com a mulher, especialista em recursos humanos; se precisar, vai ao divã, pois há anos realiza terapia. E se perceber que exagerou, pede desculpas, pois sabe que a humildade tem de ser exercida especialmente pelos que assumem posto de liderança.

Aliás, uma das coisas que me chamaram atenção na fala e comportamento de Roger foi a visão estratégica que tem da vida – do futebol, também, mas isto nós já sabíamos, haja vista o desempenho do Grêmio na competição. Planejou sua carreira, estabeleceu metas para cada dez anos, identificou o momento de parar de jogar, e determinou que se em cinco anos não fosse técnico de um grande clube brasileiro trocaria de profissão. Tem agora outras metas: ser campeão pelo Grêmio até o ano que vem, quando vê boas perspectivas para o time, isso se não conseguir diminuir a diferença para o Corinthians já este ano, no Campeonato Brasileiro. Deixará a carreira aos 55 anos de idade, mas ainda não decidiu o que fazer. A persistirem os sintomas, se transformará em gerente ou dono de algum clube de futebol.

Mostrou-se entusiasmado quando lhe entreguei um exemplar do livro “Comunicar para liderar”, que escrevi em parceria com a fonoaudióloga Leny Kyrillos. Prometeu “devorá-lo” no voo de volta a Porto Alegre, pois o uso da comunicação nas relações interpessoais, disse Roger, tem sido tema de muitas conversas entre ele a mulher, em casa. Torço para que tenha lido e aprovado. Deixou claro que dá muito valor a palavra, além de valorizar o vocabulário. Sabe que mal colocada pode causar problemas de relacionamento no grupo. Mas quando usada com precisão, é capaz de transformar comportamentos.

Uma das histórias do futebol que me chamaram atenção foi quando contou sobre a conversa que teve com Douglas para mostrar a utilidade do camisa 10 no time, inclusive na marcação, pois nosso mais talentoso jogador do elenco tem capacidade de recuperação e controle do espaço, o que provoca erros de passe do adversário. Valores que as estatísticas não mostram e parte da torcida gremista não reconhece. “O que falam e pensam do nosso trabalho, não temos controle, o que você pensa sobre você mesmo, isso você é capaz de controlar”, disse o técnico em ensinamento que vale para Douglas, para mim e para você. E, claro, serviu muito para aquela equipe que encontrou desacreditada e colocou entre os melhores times do futebol brasileiro.

Aos caros e raros leitores que deixaram sugestões de perguntas, aqui e no blog do Imortal Tricolor, antes de mais nada agradeço pela colaboração. Muitas não puderam ser feitas e algumas foram atendidas no decorrer da conversa, como a que explica o baixo aproveitamento nas cobranças de falta e escanteio. Também respondeu aos que cobram o aproveitamento de jovens talentos na equipe principal mostrando que o percentual de garotos é alto, e mais não põe no time porque entende o risco que correm ao serem expostos sem estarem devidamente amadurecidos.

A pedidos, perguntei sobre a ansiedade do torcedor na busca de títulos e quanto isso poderia atrapalhar a construção do time para o ano que vem. Prefere usar esse desejo que considera justo, por gremista que também é, como motivador para a equipe. Por falar em ser gremista, foi perguntado quem é o melhor técnico que conhece e não titubeou: Tite. Quem é o melhor time: o Grêmio. E você treinaria o Inter? Disse que tem uma relação histórica com o Grêmio e, acrescentou: me preparei para treinar grandes times (entenda como quiser essa resposta).

Foi um grande prazer, Roger!
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A entrevista pode ser vista no post logo abaixo.