17 de novembro de 2016

Daniel Matador - Empatezinho maroto para cumprir tabela

São Paulo 1 x 1 Grêmio


Caros

No dia em que os salafrários do STJD anunciaram a suspensão da ridícula perda do mando de campo do jogo final da Copa do Brasil, o Grêmio visitou o palco do seu primeiro título brasileiro, o estádio do Morumbi. E o adversário foi aquele mesmo derrotado no saudoso ano de 1981, com um golaço de Baltazar, o Artilheiro de Deus. O São Paulo, após chegar a ficar ameaçado de rebaixamento (igual a certos times, não disse quais), fixou-se na zona intermediária da tabela do Temerzão. E o tricolor ainda tentava emplacar o discurso de que ambiciona uma vaga para a Libertadores da América por este campeonato. Na real, as partidas que restam servem mais para aquecimento e preparação para os jogos que realmente interessam: as finais da Copa do Brasil.

1º tempo: São Paulo 1 x 0 Grêmio

O jogo começou com uma forte pressão dos donos da casa. Aos 6 minutos, boa chegada do tricolor, em jogada iniciada por Douglas. Aos 12, num rápido contra-ataque, Chávez recebeu lançamento, antecipou-se à zaga e encobriu Grohe, abrindo o placar. Aos 18, Grohe faz grande defesa num chutaço de longe e manda para escanteio. A marcação gremista, até então, era deficiente, permitindo o controle da partida pelos paulistas.

Aos 34, Chávez bateu de canhota, mas a bola saiu pela linha de fundo. Aos 42, Maicon errou na saída de bola e Cueva ficou na cara de Grohe, que salvou milagrosamente. Aos 45, Douglas lançou Pedro Rocha, mas ninguém acompanhou e ele perdeu o lance. O árbitro deu mais um minuto e encerrou o primeiro tempo com a vitória parcial dos paulistas.




2º tempo: São Paulo 0 x 1 Grêmio

O tricolor voltou sem modificações para a segunda etapa. E o desempenho continuou meia-boca. A mudança perceptível foi um ligeiro avanço da marcação. Aos 13, Chávez chutou muito forte e Grohe fez outra boa defesa. Aos 18, rara chance em uma cobrança de falta, mas tão logo ela foi alçada na área, a arbitragem marcou falta no goleiro. No minuto seguinte, Éverton entrou no lugar de Pedro Rocha.

Aos 20, rápida chegada tricolor, com Douglas pifando Ramiro e o baixinho chutando para empatar! O gol deu uma abalada no tricolor do Morumbi, que não esperava uma reação gremista. Aos 32, Jaílson entrou para a saída de Edílson. Com isso, Ramiro foi deslocado para a lateral direita. Aos 42, outra boa chegada de Douglas, mas o ataque acabou morrendo. Aos 44, em um contra-ataque, quase que o São Paulo faz o segundo, num apagão inacreditável. No último minuto regulamentar, Luan saiu para a entrada de Batista, naquela famosa substituição para matar tempo. Já nos acréscimos, o Grêmio tentou um ataque, mas sem sucesso. E não havia mais nada a fazer. O apitador encerrou a partida empatada




Como jogaram:

Grohe: mal posicionado no gol de Chávez. Afora isso, fez boas defesas. Adiantou-se em um lance ao final do jogo que quase proporcionou gol são-paulino. Nota 5
Edílson: atuou por conta de um efeito suspensivo. Sem grande brilho. Nota 5
Geromel: fez o feijão com arroz de sempre. Nota 7
Wallace Reis: substituiu o suspenso Kannemann. Falhou no primeiro gol, depois deu uma estabilizada. Nota 5
Marcelo Oliveira: incrivelmente, parou de comprometer após a chegada de Renato, apesar de não ser brilhante. Nota 5
Walace: parecia perdido em campo, com a cabeça em outro lugar. Nota 5
Maicon: errou bastante no primeiro tempo. Deu uma melhorada no segundo. Nota 6
Ramiro: vinha cumprindo função tática, mas acabou sendo importantíssimo ao fazer o gol de empate. Nota 8
Douglas: não avançou para o ataque, quando suas jogadas poderiam surtir efeito. Quando fez isso, acabou pifando Ramiro. Nota 7
Pedro Rocha: a dificuldade que tem no confronto direto é impressionante. Não consegue ter vitória pessoal contra praticamente nenhum marcador. Peso morto no ataque. Nota 2 (com boa vontade)
Luan: ficou ilhado no ataque. Produziu bem menos do que pode. Nota 5

Éverton: entrou no lugar de Pedro Rocha e deu mais mobilidade. Nota 6
Jaílson: entrou no lugar de Edilson, mas ficou pouco tempo em campo. Sem nota
Batista: entrou no lugar de Luan, mas o jogo já estava praticamente no final. Sem nota

Renato Portaluppi: por mais que tente emplacar o discurso de que o time quer a vaga no G6, duvido que não fale para os jogadores tirarem o pé para estarem disponíveis para a grande final da Copa do Brasil. Mas a reação na segunda etapa tem mérito dele. Nota 7

Arbitragem: Jailson Macedo Freitas, auxiliado por Alessandro Rocha Matos e Elicarlos Franco de Oliveira (trio baiano). O fraco apitador está em vias de aposentar-se e ainda assim a CBF continua escalando-o para passar fiasco no final da carreira. Ficou de picuinha o jogo todo, só amorcegando.

O primeiro tempo do Grêmio foi lamentável. Não deu sequer um chute a gol. No segundo tempo, Renato avançou o time e arrancou um bom empate. É sabido que todas as atenções estão voltadas para a Copa do Brasil. Assim sendo, este empatezinho acabou sendo um bom negócio.

E uma informação importante ocorreu durante o jogo. O Atlético-MG confirmou que a partida de ida da grande final da Copa do Brasil ocorrerá no Mineirão.


Vamos tricolor, queremos a Copa!

Saudações Imortais