11 de maio de 2009
O jogo das negações
Grêmio 1 x 1 Santos foi o jogo das negações. Senão, vejamos.
O Grêmio não ganhou, como vinha fazendo sempre sob o comando de Marcelo Rospide. Deixou de ganhar, um tanto pela qualidade do adversário (ao contrário do campeão, o vice-campeão paulista não estreou com um time de juniores) e um tanto por algumas questões que permancem em aberto. A primeira delas é que, ao contrário do que afirmou Ruy Ostermann (talvez falando em defesa do amigo) após a sequência de vitórias na Libertadores, Roth não deixou um time pronto. Pelo contrário, o Grêmio não tem jogadas ensaiadas, não tem padrão de jogo definido, não tem alternativas para atacar o adversário. Na época de maior dificuldade dos últimos anos, Mano Menezes montou a estratégio do time sobre a bola parada. Foi assim, até com Lipatin marcando de cabeça, que o Grêmio voltou à Série A. Hoje, a força aérea tricolor não existe mais. Souza apossou-se da bola parada, que costumava ser atribuição de Tcheco. Não é mais, salvo em alguns levantamentos laterais. Ruy, com desempenho mais do que aceitável antes da lesão, parece ter deixado o bom futebol na enfermaria. Rafael Marques está sobrando na zaga. Não que esteja jogando demais, não. Sobrando, no sentido de que deve sair do time. Sim, porque o nosso 3-5-2 é capenga. De um lado pela má fase de Ruy, de outro pela inoperância ofensiva de Fábio Santos. Não lembro de nenhuma contribuição ofensiva deste jogador nos últimos 5 jogos. Para completar, quebrou-se o encanto da torcida com Marcelo Rospide, quando este retirou Maxi López do time. Particularmente, acho que o jogador não vinha atuando bem e poderia ser substituído. Parte da torcida, porém, elege ícones que não podem ser tocados. Gritos de "burro" foram ouvidos no Olímpico, dirigidos para a casamata tricolor. Curiosamente, pouco depois das substituições o time fez o que não havia conseguido até então: um gol, através de Réver. Mas o estrago está feito.
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Dissemos aqui, no dia 15 de abril que os homens de fé estavam se colocando em situação delicada. Eventual fracasso futuro na Libertadores poderá ser atribuído à demora em substituir o "profe". E completamos: "Uma temeridade, um risco excessivo, uma fatura que será cobrada." Ontem, após o jogo, ensaiou-se a cobrança da fatura.
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Esta fase da Libertadores está na mão e, possivelmente, também a próxima. Depois, porém, os adversários terão qualidade igual ou superior ao Santos. Mantido o nível atual de preparação coletiva do time, as vitórias estarão entregues a lances fortuitos, a lampejos de A ou de B. Isso, convenhamos, é roleta russa. Não é o que se esperava de quem prometeu um time capaz de ganhar uma Copa Libertadores.
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Olhando para o campo, não há como deixar de ver que o 3-5-2 exauriu-se como esquema, mantido o atual grupo de jogadores. Talvez seja hora de mudarmos para o 4-4-2, com Adilson, Túlio, Tcheco e Souza formando a segunda linha, logo à frente de "?", Léo, Réver e "?".
O jogo das negações
2009-05-11T00:14:00-03:00
Arigatô
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