7 de julho de 2009

E a farra dos aspones?



A imprensa tem repercutido a "briga" entre a direção do Grêmio e a Geral. As versões são diversas. Há quem diga que a Geral quer apenas ter o apoio da direção nas conversas com a Brigada Militar, para que possam ingressar no estádio com os "trapos" e os instrumentos. Há os que dizem ser o desentendimento originado pelos subsídios existentes na gestão Odone, os quais teriam sido suprimidos pela atual direção. Segundo alguns, o subsídio era dado na forma de ingressos, depois transformado em dinheiro.

O painel "Direção omi$$a" dá uma pista neste sentido. A Geral nega haver tal recado, assumindo, então, que foi uma construção sem sentido ou, em outras palavras, "juvenil".

Já manifestamos aqui nossa discordância com esta forma de "patrocínio", o qual é contrário ao espírito apregoado pela torcida de "apoio incondicional".

Porém...

A moeda tem outro lado. Pelo que tenho visto, a direção atual tem agido de forma diversa no que diz respeito à farra dos aspones. Em todos os jogos do Imortal, um exército de "abnegadores" (abnegados aproveitadores), faz clientelismo distribuindo cadeiras a amigos e correlatos. No dia do jogo com o Cruzeiro, uma vez mais presenciei a cena. "Torcedores" solicitando cadeiras a aspones, que retrucavam na base de "Quantas tu precisas?"

Por que a Direção não toma medidas drásticas também nesta área? Quantos mil reais sangram em cada jogo no clientelismo dos "abnegadores"? Coerência aqui é muito desejável. Futebol profissional é uma atividade cara. Torcedor de verdade, paga ingresso para ter o prazer de torcer pelo seu time.