11 de julho de 2009

O Orcina e os chorolados


Orcina e a grama lavrada por ele

Os mais novos não sabem quem foi Orcina. Eu conto. O Orcina era este foguinho da foto ai em cima. Um volantão que faz o Dinho ser exemplo de delicadeza. Jogou um ano no Grêmio, vindo do Grêmio Ba. Sim, o Orcina era de Bagé. Quando precisava reformar a grama do Olímpico colocavam o Orcina para dar carrinho. Ficava tudo lavrado.

O Orcina, na minha modesta opinião, deveria estar na calçada da fama. Jogou em tempos de vacas magras do Imortal e, nem por isto, adversários faziam festa conosco.

Pois o Orcina em mais um dia glorioso, mandou uns 5 adversários para a enfermaria. Na saída de campo o repórter perguntou porque ele tinha batido nos caras. O Orcina falou:

Eles que começaram. Aí baixei o graveto porque quem gosta de apanhar é mulher de brigadiano.

Esta última frase era um ditado muito usado. Mas deu um bafafá feio. A Brigada Militar entrou com processo contra o Orcina. No jogo seguinte, o Orcina media as palavras.

Eu não quis ofender. Falei porque todo mundo fala. Além disto meu pai é briga ... brigadeiro.

O Orcina media as palavras mas não media o graveto. O Peninha fez até uma homenagem para ele num dos livros que escreveu sobre o Imortal.

Pois se o Orcina fosse perguntado sobre a torcida cholorada hoje, diria que toda ela é composta de mulher de brigadiano. Afinal, aparentemente quanto mais apanha mais cresce. Dois laços vergonhosos em 7 dias e chegaram aos 100 mil sócios.
A continuar assim. Daqui há 3 anos, quando estiverem na série D, provavelmente todos os chorolados serão sócios. Já pensaram? 200 mil sócios pagando em dia? Bobeia e eles conseguem voltar prá série C.