Desde que comecei a jogar no Grêmio, sempre peguei o time mordido, aguerrido. Fora de casa falta isso; dentro de casa, temos imposição, marcação forte.
Imediatamente os repórteres repercutiram (alguns procurando apenas criar polêmica) a declaração. Souza discordou. Acha que o time é melhor do que o de outros anos. Perguntado, Autuori afirmou "que faltou bola".
As palavras de Tcheco vêm ao encontro do que temos comentado. Por vezes, o Grêmio até está jogando de forma organizada, mas não consegue vencer fora, porque as lacunas de qualidade do time não são compensada pela costumeira garra, aquilo que se convencionou chamar de "pegada".
Temos um goleiro (Victor) e um zagueiro (Réver) excepcionais; os demais zagueiros disponíveis são razoáveis. Adilson é uma afirmação; Tcheco não é o jogador dispensável, que uma minoria barulhenta que fazer crer; Túlio é tolerável e Maxi Lópes é um Morales loiro, que faz gols. Aprovou.
Souza constitui capítulo à parte. É excelente chutador e presta algumas assistências, mas é individualista e erra demais quando tem a posse da bola na intermediária.
No mais, o que se vê são carências. O time montado por essa direção conseguiu, vejam só, me fazer ter saudades do Patrício e do Paulo Sérgio. Não necessariamente nesta ordem.
Meira parece não saber muito bem para onde ir. Na entrevista, mirou o vestiário. Quando percebeu que a bala ia em diração ao Autuori, colocou-se na trajetória do projétil. Fala em reforços há dias, como quem tem várias armas engatilhadas. Até agora, é só discurso.
Seguindo neste rumo, vamos classificar para a Sulamericana. Isto se o Olímpico Monumental não entrar em férias e continuar amedrontando os adversários. No próximo domingo, sem Tcheco e Souza, o osso será duro. É sempre bom lembrar que o Flamengo empilhou 4 x 0 na seleção mundial.