Não compartilho do pessimismo dos comentários. Não quanto ao ponto em que podemos chegar, que até a Libertadores está muito mais para miragem do que uma possibilidade concreta. Me refiro ao terra arrasada que leio.
A diretoria, é certo, cometeu muitos erros este ano, e isto nos leva ao estágio atual de pontuação. Mas o time do Grêmio, e o elenco, é um dos melhores do país. Coloque-se um zagueiro de verdade (que sim, pode ser o Rodolfo se ele recuperar o futebol do tempo de Fluminense) e um atacante que não seja tão dependente dos meias e penso que teríamos todas condições de ganhar um brasileiro com um pé nas costas.
O problema é saber se há competência para fazer o que deve ser feito. Parece que não. Leio hoje que direção procurou Juarez para renovar o contrato e este esnobou. Aí a coisa fica preta de novo. Juarez, todos sabem, tem medo de ser um vencedor e, quando se aproxima disto, dá um jeito de estragar tudo. O único título que ganhou foi porque não teve tempo de por em prática este seu instinto suicida. E, claro, jogou contra ninguém e com os juízes escolhidos a dedo.
Outra coisa que deve ser olhada com carinho pelos responsáveis é a alma dos jogadores atuais. Está faltando indignação e espírito guerreiro por questão de característica pessoal dos jogadores atuais ou porque não há comando e nem estímulo para que esta marca registrada do Imortal aflore no time? Só quem está lá dentro pode responder a esta questão.
Para nós cabe fazer conjeturas e esperar por dias melhores. Cuidando para não transformar o que tem de bom em ruim. Que para isto os isentos baratos são (mal) pagos. Isto não elimina as cobranças sobre quem decide, claro. Três meses passam muito rápido e não podemos admitir que se deixe tudo para fazer de forma atabalhoada e improvisada em janeiro. Nem o Juarez no comando.