Everaldo é um dos ídolos da torcida tricolor. |
Aproveito esta parada para a Copa do Mundo, para relembrar um grande jogador do Imortal Tricolor, que fez história no futebol brasileiro.
Everaldo Marques da Silva, mais conhecido apenas como Everaldo era lateral esquerdo do Grêmio. Foi o primeiro atleta atuando por um clube do Rio Grande do Sul a ganhar uma Copa do Mundo. Por este feito, ganhou uma estrela dourada na bandeira do Grêmio.
Possuia um estilo de jogo simples, mas eficiente, com uma grande capacidade de marcação. Jogando pelo Grêmio, conquistou o tricampeonato gaúcho nos anos em
1966, 1967 e 1968.
Estrela dourada é uma homenagem a Everaldo. |
A empolgação da torcida gremista com o êxito obtido pelo jogador que representou o Tricolor na vitoriosa campanha do tricampeonato fora tanta que, em seu retorno à Porto Alegre logo depois da conquista, saiu às ruas da cidade para comemorar como se fosse um verdadeiro título alcançado pelo próprio Grêmio. Na época, o fato foi considerado uma das maiores demonstrações de carinho já dispensadas a uma personalidade do Estado.
Everaldo ingressou no Grêmio em 1957, passando pelas categorias infanto-juvenil e juvenil. Em 1964 foi emprestado ao Juventude de Caxias do Sul, retornando ao Olímpico Munumental dois anos depois. Em 1967, foi convocado pela primeira vez para defender a Seleção Brasileira. Conquistou a Copa Rio Branco no Uruguai, assegurando vaga no selecionado que, em 1969, participaria das Eliminatórias que culminariam com o tricampeonato no México em 1970. Além de todos os prêmios conquistados, foi agraciado com o Prêmio Belfort Duarte, concedido aos jogadores de defesa leais, em julho de 1972. Entretanto, três meses depois, deu um soco no árbitro José Faville Neto durante uma partida e acabou suspenso por um ano. Para impedir que novos casos parecidos ocorressem, duas décadas depois as regras do prêmio foram mudadas, e a partir de então apenas jogadores aposentados poderiam requerê-lo.
Faleceu em um acidente aos trinta anos de idade, em seu Dodge Dart, quando viajava com sua família, no ano de 1974, ao voltar de Cachoeira do Sul para Porto Alegre. O carro fora um presente de uma concessionária pelo tri conquistado com a Copa do Mundo. No dia 30 de junho de 1970, seis dias após seu retorno do México, o Conselho Deliberativo do Grêmio, em uma sessão solene, perpetuou oficialmente a figura de Everaldo na história do Clube, dedicando ao atleta a famosa estrela dourada na bandeira. Na ocasião, o jogador recebeu também o título de Atleta Laureado, além de duas cadeiras quitadas no Estádio Olímpico.
A morte precoce do atleta não foi suficiente para apagar as lembranças de um jogador exemplar tanto dentro quanto fora do campo.