Começaremos hoje publicar a série Histórias Imortais.
São fatos vividos por gremistas como nós, relacionados com o nosso time. Quem quiser participar, é só mandar a história para o e-mail do blog, que está na coluna da direita.
Obrigado ao Júlio pela idéia e pelas histórias. Participem e divirtam-se.
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História vivida por Júlio Tricolor
Não tenho boas lembranças da data o meu aniversário, nos meus tempos de guri. Não é para menos. Aos dez anos, eu estava com uma gripe que mal me mexia na cama. Aos onze, com catapora. Aos doze, com hepatite. Aos 13, com sarampo. E, aos 14, com outro gripão. Mas a minha mãe, mesmo assim, insistia em convidar toda a primarada e um bando de tias para um festinha lá em casa. Só que eu, doente, tinha que ficar no quarto!
No dia em que eu estava fazendo 15 anos o Grêmio jogava com o Atlético Mineiro aqui no Olímpico. E lá em casa estavam todos eles novamente... os tios, as tias, os primos, as primas, os vizinhos! Enquanto estavam todos devidamente enchendo seus buchos, gritando e correndo pela casa, tomei uma decisão. Tirei a roupa de aniversário (sim, naquela época se usava roupa de aniversário), coloquei calção, camiseta, boné, e “guidis” (podem parar que dessa vocês lembram!)... Peguei a minha bandeira e cruzei a sala. Se tivessem combinados todos de ficarem em silêncio duvido que teria dado tão certo.
- Aonde é que tu vais?
- Vou para o jogo!
- Mas é teu aniversário!
- Quem convidou vocês foi a mãe, não fui eu!
E saí porta fora. Uma simpatia total.
Graças ao Grêmio naquele dia chegavam ao fim duas maldições: nunca mais fiquei doente no dia do meu aniversário e nunca mais tive que aturar a "família buscapé" dentro da minha casa!
Duas coisas mais: Grêmio 3 x 0 Atlético e tem gente que até hoje não me perdoa por isso!