Um goleiro, um zagueiro, um meia e um atacante. Ou, mais academicamente falando, um goleiro, dois zagueiros, dois volantes, um meia e um atacante. Ah, a espinha dorsal! O eixo central do time. O espaço geográfico por onde devem começar as coisas boas feitas do nosso lado e terminar as tentativas de fazer do lado adversário.
Às vezes digo, e até escrevo, que a folha do Grêmio é cara, muito cara. Pessoas ligadas ao meio tentam destruir minhas observações dizendo que não se faz mais time bom sem gastar muito. Tenho sérias dúvidas sobre o "conhecimento" de futebol de quem gasta quanto gastam alguns dos maiores clubes brasileiros para obter resultados pífios.
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Olho a relação de atletas do nosso clube, nas posições-chaves da espinha.
Zagueiros: Edcarlos, Rodolfo, Vilson, Saimon e Rafael Marques.
Volantes e meias: Marquinhos, Gilberto Silva, Escudero, Fernando, Douglas, Fábio Rochemback, Willian Magrão e Adilson.
Atacantes: Yuri Mamute, Brandão, Leandro, Miralles, Diego Clementino e André Lima.
Em todas elas há atletas pagos a preço de espinha, mas o time não parou em pé este ano. A maioria deles, aliás, dá uma baita consistência ao banco de reservas.
Mesmo nas laterais, este anexo ao picadeiro principal, temos invólucros cervicais mantidos a preço de Liga da UEFA. E o time se dobrando ao mais tênue sopro. Vejamos.
Laterais: Mário Fernandes, Julio Cesar, Spessatto, Gabriel, Bruno Collaço e Lúcio.
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Acho que já escrevi isso aqui, mas repito: o nó que precisa ser desamarrado para que possamos gerir nosso futuro de forma mais tranquila do ponto-de-vista financeiro é sair da posição de meros repassadores dos recursos recebidos da TV e dos patrocinadores para atletas e empresários. Quanto mais recebemos, mais pagamos pelo mesmo produto duvidoso.
Sem resolver esta "questão mercadológica", será muito difícil manter a espinha ereta e o coração pulsando forte.