20 de dezembro de 2011

O lado bom

Profissionalismo?

Um dos 873 grupos políticos do Grêmio lançou ontem uma nota de Feliz Festas. Incrivelmente aproveitou para fazer o que os 873 grupos políticos do Grêmio mais gostam de fazer: espancar quem está de plantão no poder. Até aí nenhuma novidade. O que então tem de interessante? Só o fato de que este grupo político se elegeu com o Odone, teve carta branca para mandar no futebol até há pouco tempo e fez aquilo que todos nós vimos neste ano que já vai mais do que tarde. Alegou não ter tido "condições e nem dinheiro" e lamenta a aparente bonança financeira de agora. Começam a secar antes do ano iniciar os infelizes.
Depois estes 873 grupos políticos do Grêmio falam em profissionalismo, choque de gestão, blá-blá-blá.
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Profissionalismo??

Pode-se discordar de André Lima como jogador.Eu penso que ele teve grandes momentos no ano passado, foi prejudicado pela lesão este ano e terminou a temporada voltando aos poucos a jogar bem. Mas tudo bem. Concedo que alguém ou muitos não gostem dele. O que ninguém pode dizer de André Lima é que ele não luta. Poucos jogadores dos últimos anos tricolores tiveram a mesma entrega que ele teve quando jogou. Era comum vê-lo na área do Grêmio ajudando nos escanteios e ralando atrás de zagueiro quando estes tinham a bola. Aliás, até se lesionou num lance destes.
Por isto, a ser verdade a noticia de que ele vai treinar em separado em Eldorado, eu me pergunto porque?
Será porque o Pe(de chinelo)laipe não gosta dele? Será castigo por não ter feito os gols que dele se esperava? Alguém já ouviu alguma palavra de que ele é ruim de grupo ou o viu alguma vez desrespeitando a instituição ou a torcida?
Profissionalismo é também respeito ao profissional que nos serviu. Mesmo se no entender de quem manda, este já não serve mais.
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Sugestão

Eu sou de um tempo em que havia grandes comentaristas de futebol no Rio Grande do Sul. Ruy Osterman e Lauro Quadros são os exemplos mais vistosos. Então, não era incomum o torcedor pautar-se pelos comentários.
Os tempos mudaram. Os grandes comentaristas foram sumindo e sendo substituídos pelos wianeys, nandos gross, vidartes, zinis, hildors, etc. Tão medíocres quanto os antigos eram inteligentes. Sem falar na duvidosa conduta. Para piorar, repórteres de pequena ou nenhuma estatura moral passaram a opinar como se fossem doutores em futebol.
Então, mudaram os tempos, mas não mudou o costume de muitos. Bom número de torcedores ainda ouve estes caras para ter uma opinião. Através deles ficam sabendo se A é craque, se B é médio e se C é pereba. E saem a opinar por todos os lados baseados nos argumentos que ouviram. E, pior, vão para o campo preparados para vaiar o jogador que descobriram ser ruim pela imprensa.
A estes sugiro um exercício de final de ano. Desliguem o rádio e a tv. Não leiam jornal. E assistam aos primeiros jogos do ano sem ouvir rádio e sem som na tv. Acabarão descobrindo o quanto é bom ter opinião própria.
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O lado bom

O lado bom do vexame do Santos, porque não há outra palavra para descrever a vergonha que foi a decisão de domingo, é que se os cartolas forem inteligentes, o episódio poderá servir para forçar que empresários e jogadores baixem a bola nas pedidas de contrato. Barcelona a parte, ficou claro que os "craques" que aqui ficaram não jogam nada perto dos que estão na Europa. E por isto, devem ganhar proporcionalmente.
Mas fica a dúvida: existem cartolas inteligentes?