No post logo abaixo, Arigatô pergunta se dá para fazer um time com os jogadores do elenco do Grêmio. Se olhar os nomes sim. Assim como daria para fazer um belo time com os nomes de 2011.
Aí o Heraldo vem logo perguntar porque então é que não teve time este ano.
Óbvio e ululante caro André Bahia. Um time não se faz só com nomes de bons ou grandes jogadores.
Então tem de ser perna de pau lutador? Perguntará Marcelão.
Claro que não meu. Jogador tem que ser bom. Este mito do esforçado coiceiro só serve para quem não entende nada de futebol.
Só para lembrar: o time de 1996, que tinha fama de brucutu,
contava apenas com o Dinho, Goiano, Emerson, Carlos Miguel, Arilson e
Paulo Nunes. Todos jogadores de técnica refinada. Na frente Jardel, o
único perna de pau que deu certo no futebol. Nas laterais Arce e Roger,
dois laterais de alta técnica também.
E agora, antes que o Beto Imortal Tricolor e a Marga se desesperem eu explico porque eles ganhavam tudo.
Muito simples: aquele time do Grêmio não admitia perder. Entrava em campo com a alma também vestindo a camisa Imortal.
Os
antigos lembram um jogo pela Libertadores daquele ano. Uma Libertadores
daquelas que eram de verdade. Aquelas em que só entravam os campeões e
vices. Nada de quinto colocado. Jogo encardido no Olímpico. A vitória era indispensável e aos 33 minutos do segundo tempo o Grêmio,
que jogava mal, tomou o 0 x 1. Bem feito para o time adversário, que
não lembro o nome agora. Acordou as feras e tomou a virada aos 43 e aos
45 minutos.
Este é o verdadeiro Grêmio multi campeão. Em todos eles a técnica e a raça andaram juntas. Nunca se ganhou nada só com raça ou só com técnica.
Então?
Este time de 2012 poderá dar certo? Nomes tem e de sobra. Mesmo
jogadores que este ano mostraram pouca vontade, podem voltar a tê-la,
dependendo das circunstâncias. Dou exemplo do Marquinhos. No
último ano dele no Avaí, jogou 70 minutos do último clássico do
campeonato machucado. Nem por isto deixou de comandar o time na
conquista do título.
Portanto, o time dará certo se no vestiário houver alguém que mostre aos jogadores quem é o Grêmio. Alguém que ensine aos jogadores que vencer é mais importante do que competir.
Difícil? Nem tanto. Basta ter inteligência e se fazer respeitar. Este ano está na mão do Caio Jr., do Paixão, do Pelaipe e do Odone. Se eles souberem trabalhar os jogadores os títulos virão. Se não souberem, nada dará certo.