27 de novembro de 2009

Um técnico para o Grêmio


Essa novela do técnico está tirando o humor da torcida do Grêmio. A Direção ficou atarantada com a negativa de Adilson, que contava como certo, e dá mostras de estar cada vez mais sem saber para qual lado é o norte. O presidente Duda elaborou ontem um raciocínio digno de si mesmo. Ele disse: "Os técnicos caros estão fora da luta pelo título".

Esqueceu de acrescentar que isso inclui Roth e Autuori. O repórter, como sói acontecer, não lembrou de lembrá-lo. O primeiro tornou-se caro (aliás, caríssimo) na gestão Duda-Krieger, quando foi "valorizado" por motivos que fogem à compreensão de cérebros que funcionam com o adequado abastecimento de fósforo e oxigênio. O segundo, já nasceu caro. Afinal, era a pedra basilar do "planejamento" de looooongo prazo que norteia as ações diretivas do nosso clube do coração.

Por óbvio, o presidente deveria saber: o que faz um técnico caro é o salário que ele recebe. Então, se os "estrategistas" contratarem o técnico do Fortes e Livres de Muçum pagando centenas plurais de milhares de reais, ele será um técnico caro.
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Aqui um parêntese: os salários de técnico no Brasil deram um salto nos últimos anos, cuja amplitude é difícil de entender. Difícil assim, com as informações fracionadas que nos chegam. Fala-se em 150, 200, 250 mil, como se fosse um salário obrigatório para contratar um treinador com alguma competência. Este assunto tem um aroma que não me agrada. Fecha parênteses.
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Voltemos ao cerne do post: quem seria o técnico ideal para o momento atual do Grêmio?

Agora, preste atenção na pergunta que vou fazer: Por que não eu?
Sim, eu. Arigatô técnico, já!

Motivos não faltam para justificar esta contratação. Só para citar alguns:

1) Arigatô nunca perdeu Gre-nal, nem como jogador e nem como treinador;

2) Nos últimos anos, Arigatô é a única pessoa a ter dado uma contribuição efetiva para a melhoria do treinamento de atacantes, ao criar o Arigagol. (Nunca ouviu falar em Arigagol? Entenda o que é neste link);

3) Para delírio de muitos e vinhetas de alguns, Arigatô pode colocar em seu planejamento dar um carrinho por semestre em uma placa de publicidade;

4) Como técnico, Arigatô estaria presente em todos os jogos do Grêmio, fato que aumentaria de forma dramática as chances estatísticas de vitória do Imortal, tanto em casa quanto fora (já pensou?);

5) Arigatô tem o perfil do Grêmio;

6) Ele não irá fazer caras e bocas a cada lance errado do time. Nem congelar impassível de braços cruzados dentro da área técnica. O grito será dado no momento e tom certos. Por exemplo, se o Herrera fizer uma das suas... Opa, mau exemplo. Com Arigatô no comando, Herrera não fará nada no Olímpico. Ele será emprestado ao Sport, onde, ao final de 2010, alcançará valorização suficiente para ser negociado a bom preço com um clube de futebol cujos encarregados do futebol não entendem nada de futebol.
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Deixei o aspecto financeiro para ser abordado ao final. E digo: você vai se surpreender com o que lerá. Arigatô não postula vencimentos exorbitantes. Nada de falar em duas ou mais centenas. Vou confidenciar a você. O Arigatô falou:

Por um salário de R$ 100 mil, eu treino o time principal e ainda corto a grama do campo suplementar, uma vez por mês.

Só faz uma ressalva: "Desde que, é claro, ninguém venha querer se associar aos meus módicos vencimentos".

Arigatô é o cara.