Em entrevista à imprensa, o atacante Borges disse que os jogadores ficaram tristes com a saída do Silas. Já a maior parte da torcida ficou triste com a "ficada" do treinador. Parecia que ela nunca ia acabar. Ou que o time ia acabar antes dela.
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Já Silas, reconheceu que sempre houve desconfiança. Nisso ele está certo, porque o time que ele montou nunca passou segurança para quem o via do ponto-de-vista da arquibancada. Mas Silas é passado (Graças a Deus!).
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A saída do nosso treinador(?), levou-me a praticar um exercício: fiz de conta que era o encarregado de encontrar um novo técnico para o Grêmio. Quase procurei o presidente Duda e pedi demissão, antes que ele me liberasse. Senhoras e senhores, a indigência do mercado de treinadores é algo assustador. Olhem, abaixo, os que consegui listar e depois me digam se é possível aceitar ter se tornado um mercado onde salários de 2 centenas de milhares de reais são "abisolutamente" normais.
Abel Braga (Al-Jazira), Adilson Batista (Corinthians), Antônio Lopes (Avaí), Celso Roth (groupless), Cuca (Cruzeiro), Dorival Júnior (Santos), Dunga (sem time), Emerson Leão (Goiás), Estevam Soares (sem time), Ivo Wortmann (Brasiliense), Joel Santana (Botafogo), Luiz Felipe Scolari (Palmeiras), Mano Menezes (Seleção Brasileira), Muricy Ramalho (Fluminense), Osvaldo de Oliveira (Kashima Antlers), Paulo Autuori (hein?), Paulo César Carpegiani (Atlético-PR), Paulo César Gusmão (Vasco), Renato Portaluppi (Bahia), René Simões (Atlético-GO), Ricardo Ferreti (Pumas), Ricardo Silva (Vitória), Rogério Lourenço (Flamengo), Sérgio Farias (Al Ahli), Silas (sem time), Tite (sem time), Toninho Cecílio (Prudente), Toninho Cerezo (Al Shabab), Vagner Mancini (Guarani) e Vanderlei Luxemburgo (Atlético-MG).
Pode-se lembrar, ainda, Gilmar Iser, Beto Almeida e um ou outro que anda por clubes de segunda linha do futebol gaúcho ou nacional. Mas, em resumo, é isso.
O fato é que há grande carência de pessoas preparadas para assumirem o comando de um time e desenvolver um trabalho realmente qualificado.
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Então, neste deserto de opções, Renato Portaluppi é dado como certo para ser o comandante do nosso escrete. Como jogador, Renato é o meu maior ídolo. Como técnico, não montou um portfólio capaz de entusiasmar. Porém, espera-se que leve entusiasmo ao vestiário e à arquibancada. Esperemos, pois. Se ele vier.
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Agora, o triste nesta história é vermos um clube da envergadura do nosso Grêmio às voltas com dificuldades que já poderiam ter sido varridas para sempre dos arredores do Largo dos Campeões, se os assuntos do clube fossem tratados com mais profissionalismo e a paixão do torcedor com um pouco mais de respeito.
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