30 de novembro de 2010

3 jogos e 1 destino

Não tergiversemos: o Grêmio é favorito para terminar o Brasileiro em 4º lugar. Contra o Botafogo, jogará em casa por um empate, com a torcida na arquibancada lotada, o time em campo sabendo o que faz, Renato na casamata e com Souza, no máximo, no banco. Então, pela lógica, não há como algo dar errado. Deveremos ser nós o quarto colocado.

Porém, em futebol, a lógica costuma desaparecer quando a bola começa a rolar. É por isso que o estádio tem que estar cheio e a torcida tem que ir a campo disposta a levar a vaga no berro, que é como jogam as boas torcidas.
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Mas este é apenas um dos capítulos da empreitada. E é o capítulo do meio. Antes dele, amanhã, ocorrerá o primeiro jogo da final da Sul Americana. Este, um embate traiçoeiro. O nosso destino estará entregue aos pés dos outros. Entregar a sorte para terceiros é sempre uma loteria. O Goiás tem sido um time surpreendente e não escolhe pólo para causar surpresa: tanto pode vencer um jogo inusitado fora de casa, contra um clube grande, quanto pode sucumbir na missão de permanecer na primeira divisão. Na outra quarta-feira, já findo o Brasileiro, o Goiás jogará pela honra e tudo pode acontecer.

Assim, para nós, o Brasileiro terá prorrogação. Medida essencial se faz necessária: retardar as férias do Clementino. Que seja preparada uma poltrona no Olímpico, onde ele deverá se acomodar para assistir ao jogo final da Sul Americana, com fardamento completo. Mas a TV só poderá ser ligada aos 34 minutos do segundo tempo. Isso feito, a classificação é certa.
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A lógica dos baratos

A imprensa barata, não cansa de opinar torcendo. Se a Conmebol diz que, sendo brasileiro o campeão da Sul Americana, para a Libertadores se reduzirá uma vaga dos brasileiros no campeonato nacional, os baratos especulam que a regra não vale para os outros países. Sendo a LDU campeã e tendo obtido vaga em seu campeonato, sonharam eles: o representante seria o vice. Ou o time vizinho de um parente da mãe do Badanha. Ou, ainda, o flamante campeão da Copa Ênio Costamilan. Esse pessoal, pelos exercícios de imaginação que precisam desenvolver, merece ganhar mais.
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O ano que não houve

Mário Fernandes perdeu um ano. Na volta da cirurgia no ombro, um tornozelo torcido. Desejamos melhor sorte para este que é o zagueiro mais promissor da atual safra de jogadores brasileiros.