De volta para o meu aconchego, bastaram trinta minutos na internet para que a imersão de desinfecção a que submeti meus neurônios durante quinze dias fosse neutralizada.
Baixou uma névoa cinza e por alguns instantes fiquei baqueada até mesmo tremilique com o nervosismo. Só então dei-me conta de que não estava mais de férias, em paz espiritual intensa. Sim, estava de volta ao Brasil, o país da vigarice e do mau caratismo.
Para ser brasileiro é preciso ter nervos de aço. Não é para qualquer um. O Brasil não é um país para iniciantes. Ser brasileiro exige malabarismos filosóficos e sociológicos diários que levam ao mais alto nível de estresse mental. São tantas as incongruências, que um pensamento reto e lógico não acostumado as nossas pirotecnias mentais, não resiste saudável.
O povo brasileiro é um povo mentalmente doente. Não é à toa os altos índices de depressão, ansiedade, pânicos e fobias com os consultórios psiquiátricos lotados.
Diante do post de ontem do seu Algoz (abaixo), foi impossível calar.
É quase insano diariamente ter de manejar a vida com notícias sobre vigarices, pilantragens, corrupção e todo tipo de maus "feitos".
Impressionante a desfaçatez e esperteza para dar o bote no dinheiro público que deveria ir para educação, saúde e segurança. Essas sim, as verdadeiras obrigações do Estado.
Por outro lado, eu fiquei muito feliz com a possibilidade aventada pelo presidente do Sport Clube Internacional e gostaria de vê-la implementada: o cancelamento dos jogos da Copa do Mundo em Porto Alegre. Seria a coisa mais sensata a ser feita. Seria ótimo escaparmos incólumes do fiasco que será esse evento. E serão muitos, a começar pela mão grande dos comerciantes gananciosos que abaterá os turistas estrangeiros um a um. Mas é claro que essa idéia não passa de balão de ensaio (é parte da estratégia usada por vigaristas para conseguir seu intento).
Mas por mim, está decidido: sem Copa do Mundo no Rio Grande do Sul. Isso nos pouparia uma grande dose de energia tentando encobrir e explicar ao mundo todos os fiascos e falhas que estão desenhadas para acontecer.
Neste exato momento, diante do descalabro que tem acontecido em torno da construção dos "modernos estádios" com a conivência dos três poderes (incluindo-se aí o Ministério Público), sinto-me envergonhada de ser brasileira.
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Voltando ao Grêmio, que é o que realmente interessa aqui neste blog, já li e não acreditei:
1) Máxi Rodriguez, começa o ano de 2014 na reserva.
2) Ainda não foi assinado o novo contrato entre Grêmio e OAS.
Mas esses são assuntos para outro post.
Para depois que me recobrar das notícias sobre as vigarices de uns e outros.