18 de janeiro de 2016

Entre a agonia e a esperança


Está difícil.
Mas o presidente Romildo Bolzan já avisou  que o tiro tem que ser certeiro. Trazer jogador para apaziguar os ânimos e fazer média com a torcida não faz parte do script traçado pela direção. A busca é por jogador que faça a diferença e agregue qualidade ao time que já traz uma boa base de 2015.
Um atacante e um meia armador para finalizar o desenho da equipe que terá importantes competições este ano é o principal objetivo. Se quisesse se livrar com rapidez da ansiedade generalizada entre os gremistas, Bolzan talvez já tivesse se atirado sem muita convicção em alguma negociação de resultado duvidoso.

Mercado
O presidente já mostrou ser um homem convicto e muito seguro de suas decisões e nem um pouco aventureiro. "Não podemos errar", ele disse . Tem a noção exata daquilo que é possível fazer sem comprometer o futuro do clube. Planejou  passo a passo o caminho a ser seguido e não se afastará nenhum milímetro dele. O presidente não é homem de se entregar ao desespero e, portanto, deve ter lá suas estratégias para o combate.
Mas hoje, a notícia que se tem, é de que está bastante difícil conseguir as peças que precisamos. Além do  mercado ser deveras ganancioso, ainda existem aqueles capazes de se atravessar e fazerem loucuras do tipo que compromete as finanças por anos ou décadas. Como o presidente do Grêmio não é um homem dado a loucuras, a estratégia é ter paciência na procura e coragem de apostar nos jovens da casa. Falar é fácil, fazer é que é o difícil.

Aposta ou exigência?
Estarão prontos os meninos? Não sabemos. Duvido que alguém saiba. Mas é tradição no Grêmio fazer esse tipo de aposta. O resultado todos conhecemos e estão lá em todos os livros já escritos sobre o Imortal Tricolor . Caberá a cada torcedor fazer a sua escolha: apoiar a gurizada ou se jogar em exigências. As alternativas são exclusivamente essas. A tentação pela segunda hipótese é muito grande, mas talvez não a mais inteligente. Eu, particularmente, sonho com a chegada de dois "resolvedores". Sonhar é preciso. Sonhar é legítimo. Mas nem sempre possível.
Ainda conto com a possibilidade de termos as contratações desejadas, apesar de levar muita fé nos jovens que estão surgindo. Meu coração está dividido. Quase em agonia.
Então, hoje estamos assim: se equilibrando entre o sonho e a aflição. Como torcedora sanguínea, confesso que por vezes me pego inclinando para o lado da exigência. Quem sabe assim consiga enterrar essa terrível, interminável  e angustiante inquietação.